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Palmeiras 3 x 1 São Paulo – 02/06/2018

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Crédito: Cesar Greco/Ag Palmeiras/Divulgação

Com uma pressão enorme sobre o elenco e o técnico Roger Machado, por conta dos últimos resultados, o Palestra foi a campo para mais um Choque-Rei. A favor, o fato de ser em casa onde o Verdão venceu os outros 6 confrontos.

O 1º tempo foi sofrível. Sem nenhuma chance de gol e fazendo um contra numa pixotada da defesa. Era o reflexo do time todo.

Outro time voltou para a 2ª etapa. O Palmeiras foi pra cima e conseguiu uma virada espetacular.

A vitória deixa o time próximo do pelotão de frente (6º com 14 pontos a 6 do líder).

Jogo válido pela 9ª rodada do Brasileirão 2018.

FICHA TÉCNICA

Local: Allianz Parque, São Paulo (SP)
Data: 02/06/018, domingo
Horário: 21h (de Brasília)
Árbitro: Rodolpho Toski Marques (PR-Fifa)
Assistentes: Bruno Boschilia (PR-Fifa) e Victor Hugo Imazu dos Santos (PR)
Público: 32.841 pagantes
Renda: R$ 2.172.298,88
Cartões amarelos: Felipe Melo, Jailson, Antônio Carlos e Dudu (PAL); Militão, Anderson Martins, Bruno Alves e Nenê (SPO)
Gols: Palmeiras: Willian, aos 9 e aos 21 minutos, e Dudu, aos 24 minutos do segundo tempo;
São Paulo: Marcos Guilherme, aos 29 minutos do primeiro tempo

Palmeiras: Jailson; Mayke, Antônio Carlos, Edu Dracena e Diogo Barbosa (Victor Luis); Felipe Melo, Bruno Henrique e Moisés (Thiago Santos); Keno (Hyoran), Dudu e Willian
Técnico: Roger Machado

São Paulo: Sidão; Militão, Bruno Alves, Anderson Martins e Reinaldo (Liziero); Jucile, Hudson (Petros) e Nenê; Marcos Guilherme (Paulo Bóia), Everton e Diego Souza
Técnico: Diego Aguirre

Jogo completo.

Palmeiras defende 100% de aproveitamento contra São Paulo no Allianz Parque

Bruno Alexandre Elias
Departamento de Comunicação


A 9ª rodada do Campeonato Brasileiro colocará frente a frente Palmeiras e São Paulo neste sábado (02). Esta será a 310ª vez em que os dois clubes se enfrentam. No retrospecto geral, o Tricolor leva vantagem, com 108 vitórias contra 102 do Verdão. Por outro lado, no Allianz Parque, palco do próximo encontro entre as equipes, o Alviverde possui 100% de aproveitamento: venceu todos os seis duelos disputados no local desde a inauguração da arena, em 2014. O Maior Campeão do Brasil ainda possui um saldo amplamente favorável de 15 gols (marcou 18 gols e sofreu apenas três).

Além disso, considerando todos os jogos disputados diante do São Paulo dentro de sua casa – dessa vez, levando em consideração todas as formas físicas que o Estadio Palestra Italia/atual Allianz Parque já possuiu anteriormente –, o Palmeiras leva grande vantagem sobre o rival tricolor: foram 43 jogos, com 22 vitórias palestrina, 11 empates e dez vitórias são-paulinas. O Verdão possui 70 gols marcados contra 37 do adversário da vez.

Quando o assunto é Campeonato Brasileiro, competição pela qual as agremiações irão medir forças neste sábado, o Verdão leva nova vantagem neste histórico: em 64 jogos, foram 21 triunfos palmeirenses, 28 empates e 15 reveses (80 gols marcados e 71 sofridos). O primeiro embate pelo Nacional aconteceu em 1967, empate por 1 a 1 no Pacaembu (Torneio Roberto Gomes Pedrosa).

Tabu de quase 11 anos

Outro fator deve apimentar o clássico da vez: trata-se de um tabu de exatos dez anos e nove meses que favorece o Verdão. Desde 2007, o São Paulo não vence o Palmeiras jogando no palco deste encontro entre as duas equipes. Deste então, a história contabiliza dez duelos, entre 2008 e 2018, com dois empates e oito vitórias esmeraldinas – sendo sete delas em sequência.

PÓS-JOGO

Verdazzo

O Palmeiras venceu o SPFC por 3 a 1, de virada, manteve o tabu dos 100% frente ao inimigo no Allianz Parque, e interrompeu a série negativa em grande estilo. De quebra, também quebrou a série de vitórias do adversário e voltou a se aproximar do pelotão que lidera o campeonato. Em sete jogos no Allianz Parque, são sete vitórias do Verdão, com 21 gols marcados e apenas 4 sofridos. É freguês que chama?

PRIMEIRO TEMPO

Roger tirou Lucas Lima do time e escalou Moisés, jogando de DEZ, com a 10. A primeira chance foi de bola parada: Nenê cobrou falta da esquerda e Diego Souza ganhou de nossa defesa para cabecear à esquerda de Jailson, sem muito perigo.

O SPFC marcava atrás e o Verdão não tinha problemas para chegar até a linha divisória. A partir dali, encontrava duas paredes e tentava achar buracos para penetrar – para isso, rodava a bola sem pressa, com eventuais esticadas de Felipe Melo buscando alguém nas costas dos laterais. Com o meio-campo dominado, era um jogo de paciência e atenção. Mas nada acontecia.

Aos 28, Keno cruzou por baixo e Bruno Alves cortou de carrinho; a bola ficou junto a seu corpo e ele tocou a mão na bola ao tentar se levantar. Se o zagueiro do SPFC não levasse a mão à bola, não teria apoio para se levantar, desta forma, levou clara vantagem com o movimento. É tosco, mas é pênalti; o juizão não teve peito de marcar.

Na jogada seguinte, numa cobrança de lateral pela esquerda, o Palmeiras tomou mais um gol idiota: Reinaldo bateu; a bola pingou e enganou Edu Dracena, que ainda assim cabeceou para trás, na fogueira; Jailson não atacou a bola na dividida com Marcos Guilherme e ela passou sob suas pernas, morrendo no gol. Falha dupla, patética.

Os nervos do time e da torcida foram para o espaço com a desvantagem no placar, sobretudo pela forma com que aconteceu. O jogo seguiu amarrado; a diferença é que a cada perda de posse o apoio desapareceu, dando lugar a sonoras vaias, com exceção do Gol Norte. Aos 33, Reinaldo chutou de fora sem muito perigo e Jailson colocou a escanteio.

O jogo esquentou no final do primeiro tempo após uma série de erros da arbitragem – o principal deles, a não expulsão de Anderson Martins, que deveria ter levado o segundo amarelo após falta em Keno. Felipe Melo e Dudu receberam cartão por reclamação e toda a sequência serviu para reacender o estádio a nosso favor – mas não houve tempo para reação e o primeiro tempo terminou.

SEGUNDO TEMPO

O Verdão voltou igual para o segundo tempo, mas a atitude parecia diferente: logo a um minuto, triangulação entre Moisés, Bruno Henrique e Willian; o camisa 10 cruzou e Bruno Henrique chegou testando, à esquerda de Sidão. Diogo Barbosa sentiu lesão e saiu aos 6, dando lugar a Victor Luis.

Na insistência, o Verdão chegou ao empate aos 8: Keno ganhou mais uma de Reinaldo e cruzou por baixo; Willian chegou de trás e empurrou para as redes; antes de entrar a bola quase bateu em Dudu, o que fez com que os jogadores do SPFC tentassem gambazar o lance e anular o gol; a arbitragem, talvez com a pressão do pênalti claro não marcado no primeiro tempo, desta vez não cedeu.

Logo depois da confirmação do gol, Hyoran entrou no lugar de Keno. O estádio, claro, se inflamou e o Verdão seguia rodando a bola no campo de ataque, buscando o espaço; o visitante, mais do que nunca, se limitava a se defender, como um time pequeno. E foi duramente castigado por isso.

Aos 21, Hyoran caiu por dentro e se aproximou da área; Militão chegou para a dividida e a bola encobriu a zaga, caindo na medida para Willian fazer o que ele mesmo chamou profeticamente de “sem-pulo sonhador” no filme publicitário do PFC que passa no telão do estádio. A bola foi no ângulo de Sidão, mas o detalhe é que Willian estava impedido no lance.

O SPFC se lançou todo à frente de forma desesperada após a virada e deixou o contra-ataque todo à nossa disposição. E aos 24, a homenagem perfeita à freguesia: Moisés lançou Hyoran na direita; o garoto saiu do campo de defesa, ganhou na velocidade da defesa mais uma vez e fez um cruzamento preciso para o mergulho de Dudu no segundo pau, que quase furou as redes de Sidão. E a comemoração foi “daquele jeito”. O Allianz Parque viveu mais um momento mágico.

Aos 27, Moisés, exausto, deu lugar a Thiago Santos e  Roger travou o jogo. Se o sistema defensivo do Palmeiras já estava neutralizando todas as descidas do adversário com dois volantes, com a entrada do camisa 5 o jogo virou brincadeira de criança. O Verdão teve a chance de cravar mais uma goleada nos contra-ataques, mas desperdiçou.

Aos 34, Hyoran bateu falta na linha da pequena área e Thiago Santos estava inteiro na bola, mas Bruno Alves tirou a escanteio. Aos 37, Dudu puxou um lindo contra-ataque pela esquerda e serviu Willian, que perdeu a chance do hat-trick ao chutar fraco e torto, tentando achar o canto direito de Sidão.

O SPFC ainda tentou em dois lances sem muito perigo, em  chutes de fora de Paulinho: aos 41, ele mandou uma bola venenosa; Jailson caiu antes e teve que fazer um malabarismo todo esquisito para manchetar a bola para escanteio. Já nos descontos, o garoto tentou achar a gaveta direita de Jailson, mas mandou para fora. Ao som de olé, o péssimo Rodolpho Toski encerrou a partida.

FIM DE JOGO

Uma hora tinha que dar certo – e nada melhor do que enfrentar nosso freguês favorito para tirar a zica. A vitória de virada teve contornos de drama, com o gol tomado em mais uma falha patética da defesa, mas o ataque voltou a funcionar e a pressão sobre o elenco e a comissão técnica está aliviada.

Após o apito final, todo o time se dirigiu à pequena área e abraçaram efusivamente Jailson e Edu Dracena, numa demonstração muito forte de união do grupo. Essa reação deve ser muito importante para retomar a tranqüilidade, principalmente dos defensores, para que cessem as falhas individuais e o time volte a conquistar os resultados nestas três partidas que restam até a parada forçada.

Se vier a vitória em Porto Alegre, o time não apenas decola novamente, como alcança a previsão de pontos traçada no início do campeonato. Em futebol, as coisas viram muito rápido e nossa torcida já podia ter aprendido isso. VAMOS PALMEIRAS!

 

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