Num jogo emocionante e teste para cardíaco o Palestra se classificou nos pênaltis às finais do Paulistão 2018.
Com a vantagem do empate, os comandados de Roger Machado não fizeram uma boa partida e em duas furadas da defesa, 2 gols do adversário.
O Santos começou equilibrando bem a partida e abriu o marcador. Logo em seguida o Verdão empatou e passou a dominar o jogo e criar as melhores chances. O Alviverde estava melhor a olhos vistos. Aos 39′ do primeiro tempo uma falha e um gol bobo.
No segundo tempo o Palestra dominou completamente o adversário, porém, não conseguiu furar a retranca Santista.
Nos pênaltis Jaílson garantiu a vaga na final, além das ótimas cobranças dos batedores.
Jogo de volta válido pela semifinal do Paulistão 2018.
FICHA TÉCNICA
Local: Pacaembu, São Paulo (SP)
Data: 27/03/2018, terça-feira
Horário: 20h30 (de Brasília)
Árbitro: Marcelo Aparecido Ribeiro de Souza
Assistentes: Herman Brumel Vani e Miguel Caetano Ribeiro da Costa
Público: 34.743 (pagantes)
Renda: R$ 1.327.610,00
Cartões amarelos: Felipe Melo e Willian (PAL); David Braz, Lucas Veríssimo, Alison e Eduardo Sasha (SAN)
Gols: Palmeiras: Bruno Henrique, aos 16 minutos do primeiro tempo;
Santos: Eduardo Sasha, aos 12, e Rodrygo, aos 38 minutos do primeiro tempo
Pênaltis: Palmeiras: Dudu, Tchê Tchê, Victor Luis, Moisés, Guerra;
Santos: Gabriel, Jean Mota e Artur Gomes
Palmeiras: Jailson; Tchê Tchê, Antônio Carlos, Thiago Martins e Victor Luis; Felipe Melo, Bruno Henrique e Lucas Lima (Guerra); Dudu, Keno e Willian (Deyverson)
Técnico: Roger Machado
Santos: Vanderlei, Daniel Guedes, Lucas Veríssimo, David Braz e Dodô; Alison; Eduardo Sasha (Diogo Vitor), Renato (Leandro Donizete), Arthur Gomes e Rodrygo (Jean Mota); Gabriel
Técnico: Jair Ventura
Globo Esporte, Terra Esportes, Estadao, Folha Online.
Verdão recebe Santos no Pacaembu por vaga na semi do Paulista; confira números
Bruno Alexandre Elias
Departamento de Comunicação
26/03/2018 – 17h28
O Palmeiras enfrentará o Santos pelas semifinais do Campeonato Paulista (jogo de volta), nesta terça-feira (27), às 20h30 (de Brasília), no Pacaembu, com vantagem na briga por uma vaga na final, já que venceu o duelo anterior pela contagem de 1 a 0. Desta vez com o mando a seu favor, o Verdão irá encontrar o Santos pela 331ª vez: a história registra atualmente 139 vitórias palmeirenses, 86 empates e 105 triunfos santistas – o Verdão marcou 554 gols e sofreu 468.
Se computadas apenas partidas válidas pelo Campeonato Paulista, o Palmeiras também leva vantagem. São 92 vitórias alviverdes contra 53 alvinegras, além de outros 43 empates em um total de 188 jogos. A equipe esmeraldina anotou 340 tentos e foi vazada em 252 ocasiões.
O Clássico da Saudade, como é chamado, é um dos mais antigos do Brasil, pois teve início em de 1915, portanto, no primeiro ano de existência do Palmeiras, fundado em 1914 com o nome de Palestra Italia. Ao longo da história, as equipes travaram duelos marcantes. Dentre os principais, está a goleada por 8 a 0 aplicada pelo então Palestra Italia em 1932 (este é o placar mais elástico estabelecido no confronto em todos os tempos).
Além disso, o Maior Campeão do Brasil coleciona feitos memoráveis em jogos contra o Santos, como os títulos dos Paulistas de 1927, 1947, 1959 (por 2 a 1 de virada, com Pelé em campo) e 1996 (por 2 a 0, sendo que nesta mesma campanha vitoriosa já havia goleado o rival anteriormente por 6 a 0 em plena Vila Belmiro), além da conquista da Copa do Brasil de 2015, em disputa por penalidades, com gol de Fernando Prass, e dos Torneios Inícios de 1927 e 1942.
Palco do duelo desta terça-feira (27), o Pacaembu pode ser considerado uma espécie de segunda casa do Palmeiras, pois o Verdão, inclusive, disputou a partida inaugural do estádio, em 28 de abril de 1940, contra o Coritiba (vitória por 6 a 2). Ao todo, o time entrou em campo no estádio municipal de São Paulo por 1119 vezes, com 569 vitórias, 301 empates e 249 derrotas (2042 gols marcados e 1310 sofridos).
Vale lembrar que o Alviverde vem protagonizando uma campanha excepcional no Paulistão: de forma isolada, é o dono do melhor ataque do Estadual (28 gols), da defesa menos vazada (oito gols sofridos) e possui o artilheiro isolado da competição (Borja, com seis gols). O grupo de Roger Machado também conta com o garçom do Campeonato Paulista (Lucas Lima, com seis assistências), com o melhor desarmador do certame (Marcos Rocha, responsável por 45 interceptações) e com o atleta mais caçado do torneio (Dudu, com 42 faltas sofridas).
PÓS-JOGO
O Palmeiras jogou mal, foi derrotado por 2 a 1 pelo Santos no Pacaembu quase lotado de palmeirenses, mas garantiu a passagem às finais do Paulistão nas cobranças de pênaltis ao fechar a série em 5 a 3, com cinco excelentes cobranças e uma defesaça de Jailson. O Verdão agora espera o outro finalista, que sairá do confronto entre SCCP e SPFC.
PRIMEIRO TEMPO
Com Tchê Tchê na lateral, o Verdão entrou em campo para enfrentar um adversário que veio para o jogo, em teoria, com um 4-2-4, com Arthur Gomes como quarto homem de ataque e apenas dois volantes na meia-cancha: Alisson e Renato. Na prática, Jair Ventura puxou o menino Rodrygo um pouco para trás, para tentar ajudar na ligação.
O Palmeiras manteve o padrão de jogo mesmo com a vantagem de um gol: valorizou a posse de bola e fez o relógio andar trocando passes, tentando achar um buraco na defesa do Santos, que buscava encaixar um contra-ataque. O primeiro chute a gol veio aos 10 minutos, com Keno, depois de jogada individual pela esquerda: ele deu a clássica puxada para o meio e bateu de direita, por cima.
Mas aos 12, nosso lado esquerdo falhou feio: Keno e Victor Luis foram facilmente envolvidos por Arthur Gomes e Daniel Guedes, que cruzou com muita felicidade na cabeça de Eduardo Sasha, que testou forte, à queima-roupa, vencendo Jailson.
O Santos não teve tempo para aproveitar a vantagem: aos 16, Tchê Tchê bateu lateral para a área; Alisson rebateu para a frente e Bruno Henrique pegou um chute na veia, no canto esquerdo de Vanderlei, que ainda tocou na bola mas não conseguiu impedir o gol de empate do Verdão.
Com os dois gols, os times seguiram seus planos de jogo originais. O Palmeiras seguia dominando as ações e o Santos, sem nenhum poder no meio-campo, tentando sair rápido para surpreender nossa defesa. Aos 27, foi a vez de Felipe Melo chegar à frente para tentar o chute de fora, mas errou o alvo, numa jogada em que os dois volantes subiram.
Aos 31, Willian cabeceou bola cruzada por Keno da direita, mas errou o tempo da subida e testou mal. Aos 34, Felipe Melo tentou de novo de fora, e desta vez o pé estava mais calibrado e a bola passou zunindo por cima de Vanderlei, levando muito perigo.
O jogo estava muito tranqüilo, mas o Santos chegou ao segundo gol contando com uma dose enorme de sorte aos 38: num ataque pela esquerda, Rodrygo foi pra cima de Antônio Carlos na velocidade e tocou para o meio; a bola ricocheteou em Antônio Carlos e Bruno Henrique e sobrou na medida para Gabriel, que finalizou – a bola iria para fora, mas bateu em Eduardo Sasha e sobrou para Rodrygo, livre, que só teve o trabalho para tocar para o canto esquerdo de Jailson. Foi tudo muito aleatório.
Aos 42, Bruno Henrique bateu falta da esquerda, direto, surpreendendo Vanderlei, que foi buscar na gaveta e salvou o Santos. Aos 44, Keno partiu para cima de David Braz e sofreu falta, do lado direito. Victor Luis bateu com força, por baixo, e Vanderlei fez mais uma ótima defesa. Aos 47, após escanteio da esquerda, Antônio Carlos estava caído, mas mesmo assim tentou empurrar de bico para o gol – mandou por cima. Final de primeiro tempo, Santos 2 a 1.
SEGUNDO TEMPO
O Palmeiras voltou sem alterações, mas muito disposto a marcar logo de cara. O Santos, como era esperado, montou uma retranca gigantesca, e mais do que nunca esperava matar o jogo num contra-ataque. Willian finalizou pela primeira vez aos dois minutos, testando após cruzamento de Tchê Tchê. Aos 4, David Braz cortou uma bola dentro da área num ponto onde braço e ombro estão no limite e qualquer decisão seria correta – o árbitro não teve vontade de dar o pênalti.
Precisando do gol, o Palmeiras não tinha criatividade, mas também esbarrava no nervosismo, na afobação e na cera do Santos, que estava satisfeitíssimo com o placar que levava para os pênaltis.
Aos 19, Roger tentou mexer na dinâmica do time trocando Lucas Lima por Guerra. Jair Ventura trocou então Rodrygo por Jean Mota. Aos 24, Guerra tentou uma tabela com Willian, David Braz chegou cortando e quase fez contra. Na cobrança de escanteio, mais um pênalti que o juiz poderia ter dado: David Braz empurrou Deyverson, que trombou em Bruno Henrique, que foi ao chão, mas o jogo seguiu. Deyverson tinha acabado de substituir Willian e o Palmeiras ganhou novo fôlego para ir pra cima.
Aos 28, num escanteio da direita, David Braz cabeceou no primeiro pau e Gabriel mergulhava na pequena área para conferir, mas Tchê Tchê travou e salvou o Verdão. Seguiram-se dez minutos do Palmeiras, já com Moisés no Bruno Henrique, tentando se aproximar da área sem a menor inspiração. Aos 38, Daniel Guedes tentou aleijar Dudu, levou só amarelo e ficou de graça. Após a cobrança da falta, Keno recebeu pela direita, dentro da área, e bateu de canhota buscando o canto oposto, mas errou.
Aos 42, após um grande perde-e-ganha, Dudu achou Keno entrando por trás da zaga e enfiou; o camisa 11 faria o gol mas Dodô chegou em cima da hora e salvou em escanteio. E nos descontos quase Jean Mota acerta uma varada do canto do campo, mas abola saiu por cima. E quando o Palmeiras se preparava para colocar mais uma bola na área, com dez segundos por jogar, o juiz mandou a decisão por pênaltis.
PÊNALTIS
Dudu bateu rasteiro no canto direito, forte
Gabriel deslocou Jailson e marcou no canto direito
Tchê Tchê também bateu no canto direito depois de duelar com Vanderlei, que demorou para definir
Jean Mota bateu forte no canto esquerdo e empatou – Jailson não saiu na foto
Victor Luis mandou uma sapatada no canto esquerdo de Vanderlei, que acertou o canto
Diogo Vitor ouviu a catimba de Jailson, tremeu e bateu do lado direito, para onde nosso goleiro saltou
Moisés bateu no canto direito, Vanderlei resvalou na bola, mas não o suficiente para evitar que a bola entrasse
Arthur Gomes bateu na bochecha da rede, no cantinho direito – Jailson estava no canto certo
Guerra bateu forte no meio e fechou a série
FIM DE JOGO
Que as lições tenham sido tiradas. O Palmeiras jogava melhor, tomou o gol, empatou, seguiu dominando, mas tomou outro gol perto do fim do primeiro tempo, aí esbarrou em suas próprias emoções. Não adianta nada ser o melhor em todas as estatísticas num torneio de mata-mata se num único jogo os nervos forem para o espaço. O Palmeiras sentiu de perto a sensação da injusta eliminação e não há lição mais valiosa para as finais e para os próximos mata-matas que virão no ano.
Nossos cinco batedores e Jailson foram heróicos: executaram os pênaltis com muita frieza, depois de dominar os nervos na parada após o fim do jogo. Foram gigantes ao conseguir deixar para trás o enorme fracasso de perder para o Santos em casa, focar nas batidas e guardar todas – e Jailsão em defender uma depois de uma catimba básica.
Estamos todos de parabéns e que venha o adversário, seja quem for – primeiro jogo sábado na casa do inimigo, e segundo jogo no outro domingo, no Allianz Parque, que tem tudo para levantar sua terceira taça em 102 jogos. VAMOS PALMEIRAS!