Um empate contra a boa equipe do Atlético em Minas Gerais não pode ser considerado um resultado ruim. Se for levado em conta que o Palestra jogou mais de um tempo com um jogador a menos e, a partir dos 30 do segundo, 2 a menos, o ponto conquistado é muito valioso.
No entanto, o gostinho de derrota vem à tona se considerar que o Verdão saiu na frente do marcador e ainda perdeu um pênalti. Por outro lado, Prass também pegou um, então, o empate também não é de se lamentar. Era a chance de aproximar mais um pouco dos líderes.
No fim das contas, o Palmeiras pode ser ultrapassados pelo Flamengo e ainda ver o rival abrir uma distância maior na liderança.
Jogo válido pela 23ª rodada do Brasileirão 2017.
FICHA TÉCNICA
Local: Arena Independência, São Paulo (SP)
Data: 08/09/2017, sábado
Horário: 16h (de Brasília)
Árbitro: Leandro Pedro Vuaden (RS)
Assistentes: Jose Eduardo Calza (RS) e Mauricio Coelho Silva Penna (RS)
Público: 15.682 pagantes
Renda: RS 432.613,00
Cartões amarelos: Fred, Alex Silva e Leonardo Silva (ATL); Tchê Tchê e Fernando Prass (PAL)
Cartoes vermelhos: Luan e Willian (PAL)
Gols: Atlético-MG: Fábio Santos, aos 42 minutos do primeiro tempo
Palmeiras: Deyverson, aos 33 minutos do primeiro tempo
Atlético-MG: Victor; Alex Silva, Léo Silva, Gabriel, Fabio Santos; Adilson (Robinho), Elias, Cazares (Yago); Luan (Otero), Fred, Valdivia
Técnico: Rogério Micale
Palmeiras: Fernando Prass; Mayke, Luan, Edu Dracena e Egídio; Tchê Tchê, Jean (Thiago Santos), Moisés e Guerra (Juninho); Willian Deyverson (Dudu)
Técnica: Cuca
Globo Esporte, Terra Esportes, Estadao, Folha Online.
PÓS-JOGO
Com uma arbitragem vergonhosa de Leandro Vuaden, o Verdão empatou com o Atlético por 1 a 1, terminando o jogo com dois jogadores a menos e mostrando muita personalidade. O resultado não é bom, mas não chega a ser uma catástrofe, ainda mais diante das circunstâncias. Cuca agora terá nove dias para preparar o time para o jogo contra o Coritiba, que acontece no dia 18 – segunda-feira da outra semana, à noite.
PRIMEIRO TEMPO
Cuca armou o time da forma como todos esperavam após os treinos da semana, com Guerra, Moisés e Willian jogando próximos e municiando Deyverson; Mayke na direita, Egídio na esquerda e Jean ao lado de Tchê Tchê. Rogério Micale também confirmou o time que era esperado e o jogo começou bastante movimentado, com ligeira superioridade do Palmeiras.
Aos 3, Guerra recolheu pela direita e lançou longo buscando Willian, que dominou dentro da área, puxou para dentro e tentou achar o ângulo de Victor, como no segundo gol no último clássico, mas a bola bateu no bração aberto de Luan – pênalti claro que Leandro Vuaden não marcou. O Galo respondeu aos 6: Alex Silva bateu lateral na área, Luan afastou e o Luan do Galo emendou de primeira, de fora da área, colocado – a bola bateu na forquilha e saiu.
Os dois times mostravam muita rapidez na transição ofensiva e aplicação na recomposição defensiva, o que fazia com que o jogo fosse muito disputado em todos os pontos do campo. Fred era o destaque do Atlético, voltando para buscar jogo e fazendo o pivô; do lado do Palmeiras, a dupla de zaga se mostrava muito firme.
Aos 21, Luan tentou ligar duas vezes com Valdivia; na segunda deu certo e o meia do Atlético invadiu a área pela esquerda e chutou no canto do goleiro – Prass fez boa defesa. O próprio Valdivia pegou o rebote e abriu para Fábio Santos, que cruzou no segundo pau – Willian chegou na cobertura mas errou o toque, fazendo papel de atacante e ajeitando para Fred, que emendou de voleio, por cima do gol. O Atlético acertou a marcação e prensou o Palmeiras no campo de defesa, dominando completamente o jogo.
Aos 26, em troca de passes pelo lado direito do ataque do Atlético, Alex Silva se preparava para entrar na área e Egídio chegou tarde na dividida – o lateral do Atlético só deixou o corpo cair e Leandro Vuaden correu cheio de prazer para a marca da cal. Fred bateu e Fernando Prass defendeu no canto direito, sem dar rebote. Defesa clássica.
O Verdão resistiu à pressão e ao penal para sair na frente aos 33: Moisés puxou o contra-ataque e abriu para Willian Bigode, que afunilou enquanto Deyverson abriu pela esquerda – o toque foi preciso e Deyverson tocou cruzado, na saída de Victor, abrindo o placar.
Aos 40, após falta levantada em nossa área, Leonardo Silva e Luan disputaram o espaço – os dois fizeram falta, como em todo lance, mas Vuaden disparou em direção à cal para marcar mais um pênalti e ainda deu o segundo amarelo para Luan, expulsando-o de campo. Fábio Santos bateu bem, no ângulo, com a invasão escandalosa de Fred – o pênalti deveria ter voltado e Fred deveria ter levado o segundo amarelo por ter dado uma bicuda na bola. Lógico que Vuaden apenas validou o gol. Um roubo com 9,5 pontos na escala Ubaldo Aquino.
Cuca substituiu Guerra para colocar Juninho e recompor a zaga. O Palmeiras reagiu rápido ao gol e não deixou o Atlético criar pressão. Aos 46, Egídio levantou bola na área, a defesa afastou mal, Willian pegou o rebote de fora da área e tentou surpreender Victor, que estava fora do gol, mas o goleiro do Atlético se recuperou e defendeu. Aos 49, boa trama pela esquerda, com boa tabela entre Deyverson e Tchê Tchê – o camisa 8 emendou um belo chute, mas a bola saiu por cima, com perigo. E Vuaden terminou o primeiro tempo, depois de operar o Palmeiras de forma vergonhosa.
SEGUNDO TEMPO
Sem modificações, os dois times voltaram a campo e o Palmeiras, em princípio, não se limitava a esperar o Atlético no campo de defesa, mesmo com a inferioridade numérica. Aos 8, boa tabela entre Moisés e Mayke, que cruzou por baixo – Deyverson estava lá para conferir mas Leonardo Silva salvou em cima da hora.
Aos dez, depois de uma sequência de escanteios, Leonardo Silva tirou a bola da cabeça de Juninho com a mão – Vuaden não teve opção a não ser marcar mais um pênalti, desta vez a nosso favor. Deyverson bateu igual a vó dele e Victor defendeu.
Rogério Micale trocou o volante Adilson por Robinho, tentando aproveitar o jogador que tinha a mais. Depois de bastante correria dos dois lados, Dudu entrou no lugar de Deyverson. Depois de muito tempo, tivemos uma finalização: Elias tentou da intermediária, com força, mas a bola subiu. O Palmeiras não parecia sentir o homem que tinha a menos e não deixava o Atlético se impor, sendo até mais perigoso na armação dos contragolpes.
Aos 32, depois de um escanteio, a bola ficou viva e Valdivia emendou um bom chute, que saiu à direita de Fernando Prass. Um minuto depois, Valdivia deixou a sola na coxa de Willian na lateral do campo – nosso jogador reagiu e deu uma bica no jogador do Galo, caído – Vuaden mostrou o vermelho apenas para o Bigode, deixando o Palmeiras com dois a menos.
Cuca mandou Thiago Santos a campo, no lugar de Jean, enquanto o Galo começava uma pressão absurda. Aos 39, Yago fez uma falta escandalosa sobre Moisés na área antes de cabecear, após escanteio – Vuaden nada marcou e a bola saiu à direita do gol.
Aos 44, contra-ataque puxado por Moisés; ele disputou com Alex Silva e caiu na área – Vuaden teria marcado o pênalti facilmente se fosse do outro lado. Aos 45, mais um contra-ataque do Verdão; Egidio tramou com Mayke, que rolou para Moisés bater de frente para o gol – Victor defendeu.
Aos 47, Valdivia cabeceou após o 178º chuveirinho na área, à esquerda do gol. Seguiram-se finalizações de Yago e de Otero – Fernando Prass pegou tudo. E Vuaden resignou-se com o empate, encerrando o jogo.
FIM DE JOGO
O Palmeiras passou aperto no primeiro tempo, no onze contra onze. Mas soube controlar o jogo quando tinha um jogador a menos – e se armou de forma letal quando ficou com dois a menos, quase ganhando o jogo. Se o time não chegou a mostrar aquele futebol superior que esperávamos, não podemos nos queixar do comportamento do time diante de uma situação tão adversa. Cuca certamente fez mais observações que o ajudarão a corrigir ainda mais o time e esperamos uma boa vitória contra o Coritiba no próximo jogo, enquanto seguimos secando o rival. VAMOS PALMEIRAS!
* o Palmeiras precisa fazer uma representação formal contra Leandro Vuaden, vetando esse juiz até o fim dos tempos. Sua arbitragem esta tarde ultrapassou todos os limites da “ruindade”. Não podemos aceitar isso passivamente.