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Água Santa 4 x 1 Palmeiras – 27/03/2016

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O técnico Cuca surpreso com o placar. (Foto: Cesar Greco/Ag Palmeiras/Divulgação)

Precisando vencer para manter as aspirações no campeonato, o Palmeiras entregou mais um vexame em Presidente Prudente ao ser goleado por 4 a 1 pelo Água Santa.

Com o resultado, o time caiu para uma vergonhosa lanterna no grupo, apesar de estar a apenas três pontos da liderança. Para conseguir a classificação, no entanto, já não depende mais de si, a apenas três rodadas do fim.

Mais do que problemas táticos e técnicos, o time mostrou extrema fragilidade emocional, desabando após tomar gols por falhas individuais. O Água Santa é um time que vinha de seis jogos sem ganhar, o técnico acabou de chegar no clube e mal conhecia os jogadores pelo nome, e construiu o placar sem fazer força alguma.

Jogo válido pela 12ª rodada do Paulistão 2016.

FICHA TÉCNICA

Local: Prudentão, Presidente Prudente (SP)
Data-Hora: 27/3/2016 – 16h
Árbitro: Leandro Bizzio Marinho
Auxiliares: Daniel Paulo Ziolli e Osvaldo Apipe de Medeiros Filho
Público: 2.821 pagantes
Cartões amarelos: Russo e Bruno (AGS), Egídio e Edu Dracena (PAL)
Cartões vermelhos:

Gols: Gustavo (34’/1ºT) (1-0), Robinho (43’/1ºT) (1-1), Everaldo (44’/1ºT) (2-1), Bruninho (48’/1ºT) (3-1) e Roger Carvalho (contra) (22’/2ºT) (4-1).

ÁGUA SANTA: Dheimison; Pedro, Eli Sabiá, Gustavo e Tarracha (Bruno Ré, aos 23’/2ºT); Russo, Sérgio Manoel, Tchô (Rafael Tavares, aos 43’/2ºT) e Francisco Alex; Bruninho (Éder Loko, aos 20’/2ºT) e Everaldo. Técnico: Márcio Bittencourt.

PALMEIRAS: Fernando Prass; Lucas (João Pedro, no intervalo), Edu Dracena, Roger Carvalho e Egídio; Thiago Santos (Régis, no intervalo), Arouca e Robinho; Allione, Erik (Zé Roberto, aos 14’/2ºT) e Rafael Marques. Técnico: Cuca.

Gazeta, GloboEsporte, Terra

HISTÓRICO

Primeiro confronto entre as equipes.

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http://www.verdazzo.com.br/jogo/ficha/id/5868/agua-santa-4-x-1-palmeiras

O Palmeiras entregou mais um vexame em Presidente Prudente ao ser goleado por 4 a 1 pelo Água Santa, pela 12ª rodada do Paulistão. Com o resultado, o time caiu para uma vergonhosa lanterna no grupo, apesar de estar a apenas três pontos da liderança. Para conseguir a classificação, no entanto, já não depende mais de si, a apenas três rodadas do fim.

Mais do que problemas táticos e técnicos, o time mostrou extrema fragilidade emocional, desabando após tomar gols por falhas individuais. O Água Santa é um time que vinha de seis jogos sem ganhar, o técnico acabou de chegar no clube e mal conhecia os jogadores pelo nome, e construiu o placar sem fazer força alguma. Estamos numa crise seriíssima e precisamos definir agora o caminho a seguir: se vamos insistir para tentar salvar o semestre ou se já é hora de acalmar e pensar no Brasileiro e na Copa do Brasil.

PRIMEIRO TEMPO

A configuração do jogo parecia muito com a do jogo anterior, contra o Red Bull: um adversário sem nenhuma pretensão de pressionar o Palmeiras, esperando por um erro enquanto se segurava atrás. O Palmeiras, mesmo com o esquema com o tal do “falso nove”, fazia a bola rondar a área do time da Grande São Paulo sem muitos problemas. Isso ficou claro logo a dois minutos de jogo, quando Robinho desceu pelo meio e viu a zaga do adversário se abrir à sua frente; ele aproveitou a brecha e meteu um canudo que beijou a trave direita de Dheimisson, quase no ângulo. Seria o gol que mudaria completamente o panorama do jogo que vimos: o Palmeiras provavelmente jogaria bem mais calmo e teria mais espaços já que o Água Santa teria que sair para buscar o resultado.

Como deu na trave, o Palmeiras seguiu pressionando, enquanto o adversário apenas resistia. Robinho não tinha posição fixa no miolo, aparecendo ora como volante, ora como meia. Era o jogador mais lúcido do time, seguido por Allione. Mas Erik e Rafael Marques não se encaixaram nas jogadas, e os laterais também não se apresentaram como precisávamos. Assim, embora o volume de jogo fosse enorme, deixamos de ser ameaça ao gol de Dheimisson.

Aos 34, o que mais temíamos aconteceu: escanteio pela esquerda, Edu Dracena marcou Gustavo a um metro de distância, e o zagueiro cabeceou forte no canto direito de Fernando Prass, batido: 1 a 0.

Como num replay do jogo de quinta no Pacaembu, o time desmoronou mentalmente. Bruninho armou um contra-ataque três minutos depois e quase saiu o segundo; a marcação conseguiu desarmar Pedro no último toque antes da finalização. Um minuto depois, o Palmeiras teve a chance do empate em jogada de velocidade de Erik pela esquerda; ele foi ao fundo e cruzou rasteiro; Robinho não conseguiu o domínio mas Rafael Marques aproveitou a sobra, batendo para fora, desajeitado. Visivelmente nervoso.

Aos 41, no entanto, ganhamos um presente de Páscoa: Egídio suspendeu uma falta na área; o lance não oferecia perigo mas Gustavo acabou puxando Edu Dracena fora do lance. Foi pênalti; mas se o juiz não desse, ninguém reclamaria. Robinho bateu no meio do gol e torceu para o goleiro sair. Deu certo, e empatamos o jogo aos 43. Ufa! Iríamos para o vestiário com um empate e tudo para recolocar os nervos no lugar e buscar a vitória e a liderança do grupo. Certo?

Pois um minuto depois, Lucas fez cosplay da minha vó e assistiu Everaldo invadir a área pelo lado esquerdo sem a menor dificuldade; o atacante viu a saída de Fernando Prass e, mesmo com pouco ângulo, achou um buraco entre o goleiro e a trave para recolocar o Água Santa na frente. O golpe foi pior que o primeiro gol, pois deu a impressão de que podíamos fazer 35 gols, que levaríamos 36. Uma depressão profunda se abateu sobre toda ala de verde no estádio e na frente da televisão.

Mas havia ainda os golpes de crueldade. Bruninho fez jogada individual pela esquerda aos 47, limpou Lucas e bateu cruzado; a bola bateu na trave. Ufa! Podíamos ir perdendo para o vestiário, mas não de 3 a 1. Certo?

Quem dera. Um minuto depois, Bruninho mais uma vez – ele aproveitou uma bola viva em nossa intermediária, arrancou em direção à área, livre, driblou Fernando Prass e tocou para o gol vazio. Bruninho estava em claro impedimento, bem próximo ao bandeira. Mas não dá nem pra reclamar disso. Descemos mesmo para o descanso com dois gols de prejuízo. PARA O ÁGUA SANTA.

SEGUNDO TEMPO

Era só jogar bola, de novo. O adversário não inspirava respeito algum. Bastava ser Palmeiras. Com Regis e João Pedro nos lugares de Thiago Santos e Lucas, o time de Cuca tentava colocar a bola no chão e articular as jogadas, contra um adversário cada vez mais encolhido.

Aos dois minutos, uma boa chance: após bola alta na área, Rafael Marques perdeu a disputa com Gustavo; a bola se ofereceu para Robinho, livre, de frente para o gol. Ele bateu no canto esquerdo à meia altura e deu a chance para Gustavo se recuperar e afastar de cabeça – o goleiro estava batido.

O Palmeiras seguiu dominando o jogo, mas sem levar muito perigo. Cuca então decidiu melhorar ainda mais o toque de bola: sem poder aproveitar a velocidade de Erik, mandou Zé Roberto a campo, mantendo Rafael Marques como a referência à frente. Não funcionou, e jamais funcionará.

O Água Santa ainda levava perigo nas bolas paradas. Aos 19, Eli Sabiá conseguiu se projetar após cobrança de falta da esquerda, matou no peito e quando ajeitava o corpo no ar a bandeira subiu e o juiz apitou. Ele fez um golaço de bicicleta, Prass não defenderia. De qualquer forma, ninguém imaginava que o Água Santa pudesse fazer o quarto gol.

Três minutos depois, quem fez o quarto então foi nosso próprio zagueiro, em mais uma bola parada: escanteio da direita, Roger Carvalho disputou com Eli Sabiá, mas fechou os olhos, deixou a bola bater pateticamente em sua cabeça e colocou para dentro de nosso gol. Um erro grotesco que matou qualquer chance de reação do Palmeiras – que convenhamos, não aconteceria de qualquer forma.

A partir daí, ficou apenas a torcida para que o desastre não fosse maior. E quase ficou, com mais uma bola na trave, desta vez de Francisco Alex, que fez a jogada com Everaldo no meio de quatro jogadores de nossa defesa que apenas assistiram. Um tapa na cara da torcida do Palmeiras. Felizmente, após torturantes seis minutos de acréscimo, o jogo terminou.

FIM DE JOGO

Antes de arrumar os problemas técnicos e táticos, Cuca precisa encontrar um jeito de colocar os nervos deste time no lugar. Viramos presa fácil para times fracos do interior, neste momento somos o time que está jogando pior no Brasil. Quem pegar o Palmeiras se recupera. E tem Derby no próximo domingo.

Temos elenco, comissão técnica e estrutura para jogar bem mais que isto. O que está acontecendo é inadmissível. Alguém por favor faça alguma coisa.

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