Com arbitragem lesiva, Palmeiras fica no 2 a 2 com o Bahia em casa
Time de Felipão joga bem, supera expulsão de Felipe Melo mas não soma os 3 pontos graças à interferência escandalosa do apito/VAR.
Lembrando o time do primeiro semestre, o Palmeiras iniciou o jogo trabalhando bem a bola e procurando o gol, embora a primeira oportunidade tenha surgido apenas aos 10 minutos: Dudu deixou para Scarpa cruzar de 3 dedos para Luiz Adriano – um dos estreantes da tarde – desviar de cabeça, para fora.
Aos 12 minutos o Verdão inverteu o lado do ataque e conseguiu abrir o placar: Scarpa cruzou, Luiz Adriano não alcançou e Moisés só não fez contra porque Douglas salvou, mas o rebote foi no pé de Dudu: 1 a 0. O gol não fez o time de Felipão diminuir o ritmo. Aos 17 Scarpa cobrou escanteio, Felipe Melo foi no terceirro andar e escorou como manda o manual, para o chão; a bola quicou e saiu rente ao travessão.
No lance seguinte, aos 18, um lance parecido: Scarpa cobrou outro escanteio e desta vez Vitor Hugo, que reestreou pelo clube, desviou para fora. O Bahia só foi conseguir responder aos 25 minutos, e graças a um erro do Palmeiras: Bruno Henrique perdeu a bola, Élber puxou rápido contra-ataque e tocou para Gilberto; o atacante passou por Weverton mas parou em Luan, que salvou praticamente sobre a linha.
Pouco depois a equipe baiana teve nova oportunidade: aos 30 minutos Élber arriscou de fora da área, nas mãos de Weverton. Aos 32, porém, o Verdão respondeu com outra bela jogada: Dudu acionou Marcos Rocha, o lateral cruzou rasteiro para Luiz Adriano bater de primeira buscando o ângulo esquerdo de Douglas, que foi buscar.
Um dos jogadores mais participativos do time, Gustavo Scarpa arriscou dois chutes seguidos aos 37 e aos 40 minutos; o primeiro, com o pé ruim, foi facilmente defendido pelo goleiro. O segundo, de canhota, fez Douglas espalmar, mandando para escanteio, que não resultou em nada.
Praticamente no último lance do primeiro tempo, aos 48 minutos, Felipe Melo foi dividir uma bola pelo alto com Lucca e abriu demais o braço, acertando o rosto do adversário. O árbitro expulsou o camisa 30, que ciente do erro, nem reclamou muito. Após uma rápida confusão, o jogo ainda teve mais 2 minutos de acréscimo e o Bahia conseguiu levantar duas bolas na área, ambas neutralizadas pelo sistema defensivo Palmeirense.
Tendo toda etapa final pela frente com 1 homem a menos, Felipão optou por trocar Zé Rafael por Thiago Santos. Se a ideia era segurar o resultado, durou apenas 2 minutos: após cruzamento de Moisés a bola bateu na mão de Diogo Barbosa; pênalti claro, mas que demorou absurdos 4 minutos para ser confirmado pelo VAR. Gilberto cobrou e empatou: 1 a 1.
O gol relâmpago do Bahia fez o Palmeiras sair para o jogo. Aos 12 minutos Marcos Rocha cobrou lateral na área, ninguém marcou Dudu, que cabeceou e exigiu ótima defesa do goleiro, mas no rebote o próprio camisa 7 conferiu: 2 a 1. Empurrado pela torcida, o Verdão não marcou o terceiro gol logo na sequência por muito pouco: Scarpa cruzou para Luiz Adriano, que chegou atrasado.
Cansado, Luiz Adriano deu lugar a Deyverson aos 23 minutos. A partir da entrada do camisa 16 o Verdão tentou prender mais a bola no campo de ataque, sem muito sucesso. Aos 28 Marcos Rocha sofreu falta no bico da grande área e Scarpa cobrou nas mãos de Douglas.
Aos 33 minutos a arbitragem decidiu interferir no resultado da partida ao assinalar um pênalti absolutamente inexistente de Luan em Arthur; o atacante furou o chute e depois tropeçou no zagueiro. O VAR indicou a penalidade ao juiz, que de maneira inexplicável concordou. Gilberto decretou o novo empate aos 39 minutos: 2 a 2.
Mesmo assaltado, o Palmeiras não se intimidou e foi tentar outro gol. Aos 41 Gregore saiu errado e precisou derrubar Dudu, que ficaria cara a cara com o goleiro; o volante recebeu o segundo cartão amarelo e foi para o chuveiro mais cedo. Aos 43 minutos Bruno Henrique ajeitou para Diogo Barbosa soltar a bomba, por cima.
Com 10 contra 10, o Palmeiras voltou a ter a posse de bola nos minutos finais. Aos 44 Dudu recebeu longo lançamento, fintou seu marcador e fuzilou a meta de Douglas. Bruno Henrique, que entrava livre na área, ficou reclamando o passe, com razão.
Os 10 minutos de acréscimo foram de mais tensão. Aos 49 a bola sobrou para Scarpa experimentar de longe, sem direção. Aos 51 Marcos Rocha foi lançado e foi derrubado dentro da área, mas a arbitragem assinalou impedimento de Dudu por supostamente interferir fora da jogada. Depois disso ficou claro que não seria possível vencer o jogo.
O empate em casa faz o Palmeiras chegar a 5 rodadas sem vitória no Brasileirão, de quebra impede o time de colar no líder e permite a providencial aproximação do Flamengo. Tá explicado.
Agora o Verdão descansa novamente por uma semana antes de iniciar uma série de 3 jogos seguidos contra o Grêmio. O primeiro, pelo Brasileirão, está marcado para 21h00 de sábado (17/08), em Porto Alegre. Os outros dois serão pela Libertadores em 23/08 (f) e 27/08 (c). |