Jogando um futebol básico e “pro gasto” vencemos a equipe de Novorizonte com um bom placar e construímos uma boa vantagem para o jogo da volta na próxima quarta-feira.
O placar não refletiu bem o que foi o jogo. Foi totalmente merecedor, mas não criamos nem dominamos a partida como se deveria. Além disso tomamos algumas jogadas perigosas que poderiam ter resultado em gol adversário. Erramos muitos passes e a bola alçada na área é um desespero.
Jogo de ida válido pelas quartas de final do Paulistão 2018.
Gols, melhores momentos, jogo completo.
FICHA TÉCNICA
Local: Estádio Jorge Ismael de Biasi, Novo Horizonte (SP)
Data: 17/03/2018, sábado
Horário: 19h00 (Brasília)
Árbitro: Flavio Rodrigues de Souza
Assistentes: Danilo Ricardo Simon Manis e Luiz Alberto Andrini Nogueira
Público: 6.900 pagantes
Renda: R$ 407 mil
Cartões amarelos: Tony e Cléo Silva (NOV); Victor Luís, Thiago Martins, Borja, Antônio Carlos e Bruno Henrique (PAL)
Gols: Dudu, aos 18 minutos do primeiro tempo, Willian, aos 31, e Keno, aos 43 minutos do segundo tempo
Novorizontino: Oliveira; Tony, Anderson salles, Éder e Thallyson; Adilson, Lucas Siqueira (Everton) e Jean Carlos (Magno Alves); Cléo Silva, Safira e Juninho (Francis)
Técnico: Doriva
Palmeiras: Jailson; Marcos Rocha, Antônio Carlos, Thiago Martins e Victor Luis; Felipe Melo (Moisés); Willian, Bruno Henrique, Lucas Lima (Guerra) e Dudu; Borja (Keno)
Técnico: Roger Machado
Palmeiras possui retrospecto 100% contra Novorizontino; confira estatísticas
Bruno Alexandre Elias
Departamento de Comunicação
16/03/2018 – 20h16
O Palmeiras irá encarar o Novorizontino no próximo sábado (17), no Estádio Doutor Jorge Ismael de Biasi, em Novo Horizonte (SP), em partida válida pelas quartas de final do Campeonato Paulista (jogo de ida): o duelo marcará o terceiro encontro entre as duas equipes ao longo da história.
O histórico de confrontos com a equipe de Novo Horizonte é recente, já que a agremiação surgiu em 2010 para preencher a lacuna deixada após o fechamento do Grêmio Esportivo Novorizontino, em 1999. Apesar de essa nova associação existir já há oito anos, o atual Novorizontino só cruzou os caminhos do Verdão pela primeira vez em 2017.
A equipe palestrina ostenta retrospecto de 100% de aproveitamento diante do time aurinegro, pois, nesses outros dois embates disputados em 2017 – que, curiosamente, também foram válidos pelas quartas de final de uma edição do Paulistão, como desta vez –, o Alviverde levou a melhor em ambos, vencendo o primeiro prélio por 3 a 1, fora de casa, com gols de Dudu, Borja e Róger Guedes, no Estádio Doutor Jorge Ismael de Biasi, e superando novamente o adversário no segundo duelo, por 3 a 0, com gols de Willian, Borja e Dudu, no Pacaembu, garantindo à época a classificação para as semifinais.
Além disso, o Palmeiras possui outra estatística favorável. A história registra que, jogando na cidade de Novo Horinzonte, anfitriã do jogo deste sábado (17), o Verdão entrou em campo por dez vezes, com três vitórias, cinco empates e dois reveses (13 gols marcados contra sete sofridos).
Vale lembrar que o Alviverde encerrou sua participação na primeira fase (12 primeiros jogos) desta edição da competição como dono da melhor campanha: foi o time que mais pontuou (26 pontos), que mais acumulou vitórias (8 triunfos), que mais balançou as redes (19 gols), que obteve o melhor saldo de gols (11) e que ficou com a defesa menos vazada (apenas 8 gols sofridos), ao lado de Corinthians, Bragantino, Ponte Preta e São Bento.
O antigo Novorizontino
Embora o atual Novorizontino tenha o uniforme, as cores e o emblema muito similares ao do extinto clube, os dados do histórico de confrontos devem ser fragmentados para fins de estatísticas. Portanto, para enfrentar o antigo clube de Novo Horizonte (ativo entre 1973 e 1999), o Maior Campeão do Brasil entrou em campo por 19 vezes (dez vitórias, seis empates e três derrotas), com 35 gols marcados contra 13 sofridos.
Pós-Jogo
Num jogo em que os dois times sofreram bastante com o calor e a umidade, o Palmeiras conseguiu mostrar muita eficiência e bateu o Novorizontino por 3 a 0 no Jorge Ismael de Biasi e praticamente garantiu a classificação para as semifinais do Paulistão – algo que só não vai acontecer se o time do interior reagir de forma espetacular e fazer algo que ninguém fez nos 100 jogos no Allianz Parque: marcar quatro gols.
PRIMEIRO TEMPO
Ao contrário do que dizia a previsão do tempo, o dia em Novo Horizonte foi de tempo claro e o gramado, ao menos, estava em boas condições para se jogar bola. Sem novidades na escalação, o Verdão entrou em campo cauteloso, esperando a definição da forma com que o Novorizontino, segundo melhor ataque do campeonato, se comportaria – e o que se viu foi o time da casa, conforme esperado, buscando o jogo.
Aos sete minutos, após cruzamento da direita, Jean Carlos aproveitou falha da defesa – Marcos Rocha estava com dois – e escorou buscando o cantinho direito, mesmo com pouco ângulo – Jailson estava bem colocado e apenas viu a bola passar à sua direita; ela ainda bateu na trave.
O Palmeiras chegou pela primeira vez aos 11: Borja escorou o lançamento longo para o meio, onde estava Willian Bigode, que bateu de chapa, mas a bola ficou na zaga. Aos 14, após falta da esquerda no segundo pau, Alisson Safira entrou por trás da zaga e testou firme, buscando o canto direito de Jailson – a bola saiu raspando. O Palmeiras respondeu no minuto seguinte, após troca de passes no ataque, Willian recolheu, puxou para a perna esquerda e disparou – a bola parou em Lucas Lima, que estava na marca do pênalti tentando pegar o rebote.
O jogo estava bastante aberto, com a bola parando pouco na faixa central do gramado. O Palmeiras então tentou tirar a velocidade do jogo e rodou a bola por muito tempo, até Lucas Lima cruzar da direita para Borja, na área; Tony chegou por trás e deu um tranco no colombiano: pênalti indiscutível, que o juiz assinalou. Dudu bateu com força no canto direito, Oliveira foi na bola mas não alcançou.
O Novorizontino se arreganhou após o gol e deixou espaços. Aos 22, Marcos Rocha fez um lançamento longo para Borja; a bola quicou e encobriu o zagueiro, ficando à mercê do colombiano, que podia ter feito um golaço mas pegou de canela na bola, que saiu rolando pela lateral. Passou vergonha.
Aos 23, Willian tabelou com Borja e desceu em velocidade pela esquerda; invadiu a área, cortou o zagueiro e bateu cruzado, buscando o canto esquerdo de Oliveira, que se esticou e defendeu parcialmente; Victor Luis chegou para tentar aproveitar o rebote mas a zaga aliviou.
O Verdão então diminuiu muito a cadência do jogo, até pelo forte calor. Pouca coisa aconteceu além dos dois times alternando trocas de passes e cometendo muitos erros. Em ritmo morno, a partida caminhou até o final do primeiro tempo.
SEGUNDO TEMPO
Logo aos 27 segundos, Bruno Henrique lançou Willian em velocidade; ele partia em direção ao gol em posição legal, mas o bandeirinha tratou logo de marcar impedimento. Aos seis, Borja tentou um chute de longa distância e mandou a bola fora do estádio.
Aos sete, o Novorizontino armou um contra-ataque rápido pela esquerda; Juninho acionou Thallyson, que cruzou no primeiro pau; Safira cabeceou com força, no ângulo, mas Jailson saltou e esticou o braço direito para mandar a escanteio – uma defesaça. O time da casa se animou e no minuto seguinte Thallyson cruzou no segundo pau; Safira ganhou de Victor Luis e a bola sobrou para Cleo Silva, que se esticou para tentar escorar para o gol, na sápida de jailson; ele não pegou em cheio na bola e Victor Luis interceptou a bola que se arrastava em direção ao gol.
Parecia que o time da casa ia manter a pressão, mas o Palmeiras respondeu rápido: Marcos Rocha desceu em velocidade e inverteu o jogo; Borja deixou a bola passar e ela se ofereceu para Willian, livre; ele dominou e tocou na saída do goleiro, mas a bola saiu por pouco – um erro crasso de finalização.
Aos 16, depois do chutão de trás, Lucas Lima enxergou Dudu fazendo o facão e enfiou; o capitão entrou de carrinho e tocou de bico; a bola explodiu no peito de Oliveira. E depois do octogésimo quinto erro grosseiro de Borja, Roger mandou Keno a campo em seu lugar – Willian passou a jogar mais enfiado. Pouco depois, Lucas Lima deu lugar a Guerra.
O jogo seguia em banho-maria até os 31, quando Keno acertou um belo lançamento para Willian, que mais uma vez aproveitou o enorme espaço deixado pela defesa do Novorizontino e saiu na cara do goleiro; ele aproveitou a bola pingando para fazer uma finta de corpo no goleiro e tocou para o gol vazio.
Mesmo com o gol sofrido, o Novorizontino não conseguia reagir, possivelmente sofrendo muito com o calor – o Palmeiras aproveitava e fazia o relógio passar. O time da casa chegou de novo aos 41, numa boa cabeçada de Alisson Safira pra fora.
Aos43, o Palmeiras chegou ao terceiro e jogou a pá de cal sobre o time da casa: Marcos Rocha cruzou; Willian disputou com a zaga e a bola se apresentou para Keno macia, gostosa, pedindo “me chuta, me chuta, me chuta”; Keno encheu o pé, sem chances para Oliveira. O Novorizontino ainda tentou o gol de honra aos 45, com Magno Alves, num bom chute de média distância, mas Jailson estava lá para acabar com a graça. E o jogo acabou
FIM DE JOGO
O placar não refletiu o que foi o jogo, mas ninguém pode dizer que foi injusto, afinal, o Palmeiras foi eficiente aproveitou as chances que teve e não houve interferência da arbitragem. Com o placar construído e com o forte calor, parece natural que o time tenha jogado numa intensidade abaixo do que a que estamos acostumados.
Desde que nos jogos grandes nossos jogadores mostrem que são capazes de impor um ritmo forte, mesmo sob um calor equatorial, nos jogos grandes e decisivos, um jogo mais moderado como o desta noite não incomoda – claro, apoiado num placar de 3 a 0; caso o resultado não tivesse sido tão satisfatório, a compreensão da torcida com o ritmo mais lento não seria a mesma. Que venha o jogo da volta e VAMOS PALMEIRAS!