O time reserva que foi a campo contra a equipe do ABC não conseguiu mostrar a tal “força do elenco” que tanto se comentou no início de temporada.
Uma das causas pode ter sido o desentrosamento da equipe e a escalação, no mínimo estranha, com 3 volantes no 1º tempo.
Não deu outra. Rendimento baixíssimo e muitos erros, inclusive de marcação que resultou no gol adversário logo aos 6′.
Melhoramos um pouco no segundo, mas não para vencer a forte marcação adversária.
Jogo válido pela 10ª rodada do Paulistão 2018.
FICHA TÉCNICA
Local: Allianz Parque, São Paulo (SP)
Data: 05/03/2018, segunda-feira
Horário: 20h30 (de Brasília)
Árbitro: Vinicius Furlan
Assistentes: Herman Brumel Vani e Alberto Poletto Masseira
Público: 22.597 pessoas
Renda: R$ 1.176.356,00
Cartões amarelos: Moisés e Gustavo Scarpa (PAL); Esley, Paes e Alex Reinaldo (SÃO)
Gol: Chiquinho, aos 6 minutos do primeiro tempo
Palmeiras: Fernando Prass; Fabiano, Luan, Juninho e Michel Bastos; Thiago Santos; Keno, Bruno Henrique (Moisés), Tchê Tchê (Willian) e Gustavo Scarpa; Guerra (Papagaio)
Técnico: Roger Machado
São Caetano: Helton Leite (Paes); Alex Reinaldo, Sandoval, Max e Bruno Recife; Vinícius Kiss, Diego Rosa e Ferreira; Erminio (Esley), Niltinho (Carlão) e Chiquinho
Técnico: Pintado
Palmeiras disputará 30ª partida diante do S. Caetano; retrospecto favorece Verdão
05/03/2018 – 15h38
O Palmeiras entra em campo para realizar sua 30ª partida diante do São Caetano, nesta segunda-feira (05), às 20h30 (de Brasília), pela 10ª rodada do Campeonato Paulista, em seu 99º jogo no Allianz Parque. O Verdão leva vantagem no retrospecto diante de seu adversário da vez: venceu 14 vezes, empatou sete e perdeu outras oito (marcou 48 gols e sofreu 35).
O último revés sofrido para a equipe do Grande ABC ocorreu em 17/02/2010, em jogo válido pelo Paulistão daquele ano, no Estádio Palestra Italia – que desde 2014 figura como Allianz Parque. Desde então, foram cinco embates: uma vitória do Alviverde e outros quatro empates.
No palco do duelo que irá receber a partida diante do São Caetano, aliás, o Maior Campeão do Brasil possui larga vantagem: foram 12 jogos, com nove vitórias palmeirenses (todas em sequência), um empate e apenas duas vitórias do São Caetano (o Verdão vazou o rival em 29 ocasiões e sofreu 16 tentos).
Outro fato curioso chama a atenção. A data do embate, 5 de março, costuma trazer boas lembranças à equipe do Parque Antarctica. Neste dia, o Alviverde já entrou em campo por 13 vezes (8V, 2E e 3D), sendo que a primeira vez foi contra o Paulista de Jundiaí, e a derradeira, ironicamente, diante do Santo André, que, assim como o São Caetano, representa o Grande ABC.
PÓS-JOGO
Cheio de jogadores sem ritmo, o Palmeiras fez um péssimo primeiro tempo, não conseguiu intensidade suficiente no segundo e acabou derrotado pelo São Caetano pela contagem mínima no Allianz Parque – e assim desperdiçou a primeira chance de garantir o primeiro lugar do grupo e de abrir vantagem para os demais times para buscar as vantagens de mando no mata-mata. O time agora foca no SPFC, contra quem faz o clássico na próxima quinta-feira, novamente no Allianz Parque.
PRIMEIRO TEMPO
O Palmeiras veio com Guerra fazendo o chamado “falso nove”, com Gustavo Scarpa jogando pela direita e Keno pela esquerda. Tchê Tchê era o que mais se aproximava da função de meia centralizado, mas Bruno Henrique também se arriscava na função.
O São Caetano entrou no jogo de forma surpreendente, pressionando o Palmeiras e tomando a iniciativa do jogo. A primeira chance veio num vacilo de Bruno Henrique: Chiquinho roubou e girou rápido, tentando surpreender Fernando Prass, mas a bola encobriu o travessão do Gol Sul. Mas depois de um lateral pela direita, aos cinco, Alex Reinaldo conseguiu cruzar com muita facilidade, Fabiano não marcou Chiquinho no segundo pau e ele só teve o trabalho de amaciar a bola para tocar cruzado, no canto esquerdo de Fernando Prass.
Estava fácil: aos 8, mais uma vez Alez Reinaldo, apenas observado por Michel Bastos cruzou por baixo; Diego Rosa, sob o olhar curioso de Juninho, tentou de letra na pequena área, mas Fernando Prass salvou o Verdão. As primeiras vaias começaram a aparecer no Allianz Parque.
O primeiro chute a gol do Palmeiras veio apenas aos 17, com Thiago Santos tentando o arremate depois de boa troca de passes de todo o sistema ofensivo. Bruno Henrique e Tchê Tchê se revezavam na função de meia armador e aos poucos o time ia tentando se organizar. Até então, Guerra perdia as disputas físicas com os zagueiros do São Caetano; Gustavo Scarpa começou o jogo mal tecnicamente e Keno era bem pouco acionado.
Aos 20, Keno sofreu falta do lado esquerdo do ataque; Gustavo Scarpa bateu bem no segundo pau e Luan testou para o gol, mas a bola desviou em Sandoval e foi a escanteio. O Palmeiras já parecia mais confortável em campo, já com Keno e Gustavo Scarpa invertidos, mas erros individuais de Juninho e Fabiano, jogadores de pouco prestígio com a torcida, mantinham o clima tenso no estádio.
Aos 30, Michel Bastos fez boa jogada pela esquerda e sofreu falta de Alex Reinaldo. Gustavo Scarpa bateu mais uma vez muito bem e Thiago Santos disputou a bola pelo alto – a zaga tirou a escanteio. Guerra bateu; Juninho tirou a casquinha no primeiro pau e Thiago Santos meteu uma bomba de cabeça – ela bateu no travessão e subiu, saindo pela linha de fundo.
O São Caetano só voltou a ameaçar aos 34, com Ermínio girando dentro da área em cima de Juninho mas chutando fraco, fácil para Fernando Prass. Aos 37, num contra-ataque rápido, Chiquinho saiu livre pela esquerda, Fernando Prass tentou dividir duas vezes e ganhou na segunda, aliviando o perigo.
Aos 39,o lance mais bonito do primeiro tempo, numa linda tabela entre Bruno Henrique e Guerra – o camisa 19 conseguiu um arremate forte; Helton Leite deu rebote e Guerra ainda tentou dominar e bater, mas a bola saiu fraca. Aos 41, depois de mais uma boa troca de passes com boa participação de Bruno Henrique, Tchê Tchê bateu de fora e Helton Leite fez boa defesa.
O lance animou o jogo. Aos 42, em rápido contra-ataque, Hermínio escapou pela direita e cruzou por baixo; sem marcação, Niltinho chegou um pouco atrasado e não conseguiu escorar para dentro. Chiquinho ainda recuperou a bola pela esquerda e cruzou; Ferreira ganhou de Juninho e mandou para as redes, mas Chiquinho atrapalhou Fernando Prass em impedimento e o gol foi corretamente anulado.
O Palmeiras ainda tentou o empate por duas vezes no fim do primeiro tempo, nos chutes de fora com Gustavo Scarpa, aos 43, e Michel Bastos, aos 45 – Helton Leite pegou as duas com algum trabalho. E Vinicius Furlan encerrou o primeiro tempo, com muitas vaias no Allianz Parque – sobretudo para Fabiano, que era pressionado toda vez que pegava na bola, mesmo ajudando no ataque ao lado da área.
SEGUNDO TEMPO
Roger desfez a invenção mandando Willian Bigode a campo no lugar de Tchê Tchê, devolvendo Guerra a seu habitat. E logo com dois minutos, Willian e Guerra fizeram a jogada em velocidade e o venezuelano tentou encobrir Helton Leite, mas errou o alvo. Aos 3, Gustavo Scarpa fez jogada de ponta pela esquerda e cruzou no segundo pau – a zaga afastou antes que Keno escorasse para o gol.
Aos 6, Juninho falhou e Niltinho conseguiu puxar o contra-ataque; chamou Fabiano para dançar e quase entrou na pequena área, mas Luan fez a cobertura e a bola foi a escanteio. Aos 8, Gustavo Scarpa fez um belíssimo cruzamento para Thiago Santos, que surgiu como centroavante – ele dividiu com Helton Leite pelo alto e o goleiro levou a pior, indo ao solo e ganhando alguns minutos.
Aos 13, Fabiano, bem mais à vontade e já sem a perseguição da torcida, fez um bom cruzamento por baixo e Keno chegava para marcar, mas Max cortou em cima da hora. Logo em seguida, Moisés substituiu Bruno Henrique e recebeu uma ovação que só ídolos da torcida têm direito.
Aos 14, linda triangulação entre Guerra, Keno e Willian Bigode – a bola saiu por cima na finalização de Willian e o São Caetano pediu mais atendimento médico. Aos 17, em outra excepcional tabela entre Guerra e Keno, mais uma vez Helton Leite desabou – mas desta vez acabou substituído por Paes. Dos 19 minutos no cronômetro até então, o São Caetano havia roubado cinco, por baixo.
Aos 22, Moisés roubou a bola na saída do São Caetano e tocou para Willian, que testou o goleiro Paes, ainda frio, mas o chute foi fácil. Aos 23, Keno e Guerra mais uma vez envolveram a defesa do ABC na tabelinha e Keno chutou de dentro da área, mas sem direção.
Pintado tirou o atacante Ermínio e colocou mais um volante para fechar o meio, deixando apenas Chiquinho mais avançado – e aqui matou o Palmeiras, que não conseguiu lidar bem com o espaço que se fechou. Aos 28, Papagaio começou sua estréia com a camisa do Palmeiras, entrando no lugar de Guerra – Moisés virou meia, Gustavo Scarpa ficou na direita; Keno na esquerda e Willian encostou em Papagaio pelo meio – uma espécie de 4-1-1-4.
Aos 36, Gustavo Scarpa achou Keno pelo meio, Papagaio puxou a marcação e o camisa 11 bateu de fora, mas sem força, fácil para Paes. O relógio andava e o Palmeiras tinha perdido a intensidade com as mexidas dos dois lados. Nosso time tentava apenas esticar bolas a esmo e ver o que acontecia.
Aos 38, depois de um lance rápido, Willian Bigode se preparava para marcar quando foi derrubado dentro da área – o lance, discutível, é daqueles que tem que marcar para o time grande, principalmente jogando em casa. Vinicius Furlan mandou seguir com convicção. O Palmeiras não tinha mais pegada e não conseguia trocar uma boa sequência de passes.
Já nos descontos, na base do desespero, o Palmeiras avançou e teve uma falta pelo lado esquerdo; Gustavo Scarpa bateu, a bola beijou o pé da trave direita de Paes e saiu pela linha de fundo. A última chance veio após uma falta da intermediária, que Gustavo Scarpa levantou na área e Moisés cabeceou por cima.
FIM DE JOGO
Mesmo com duas bolas na trave, o Palmeiras não teve volume suficiente para chegar aos gols. Os jogadores de defesa estavam sem ritmo e falharam, sobretudo no primeiro tempo; com a bola no pé, sentiram muita dificuldade de organização, mas ainda chegavam na base do talento quando encontravam espaço; depois que Pintado fechou o meio-de campo com mais um volante, os espaços sumiram e o Palmeiras passou a depender só da vontade.
O resultado não é nenhum desastre do ponto de vista do campeonato, ainda mais com a desculpa pronta de se estar jogando com apenas dois titulares e com uma formação sem entrosamento algum. Mas essa foi a escolha do treinador, que vai ter que conviver com a responsabilidade desta derrota. Roger tem tudo para fazer com que a noite desta segunda-feira seja rapidamente esquecida daqui a três dias – basta vencer o SPFC que ninguém se lembrará do que aconteceu esta noite. Então foco no SPFC e VAMOS PALMEIRAS!