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Barcelona (EQU) 1 x 0 Palmeiras – 05/07/2017

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Crédito: Cesar Greco/Ag Palmeiras/Divulgação

Com uma postura um pouco preguiçosa e tentando garantir um empate, o Palestra acabou superado em Guayaquil pelo placar mínimo e precisa vencer em casa por 2 gols de diferença para avançar à próxima fase e evitar os pênaltis.

No primeiro tempo foram criadas algumas boas chances, mas nada muito contundente. No segundo, o time da casa voltou mais ligado e pressionou (mais na vontade do que na qualidade) o tempo todo.

Aceitando a pressão o Verdão passou praticamente apenas a se defender. Não deu outra. Aos 46 um chute sem muitas pretenções desviou na defesa e entrou.

Jogo de ida válido pelas oitavas de final da Libertadores 2017.

FICHA TÉCNICA

LOCAL: Monumental Isidro Romero Carbo, Guayaquil (EQU)
DATA-HORA: 5/7/2017 – 21h45
ÁRBITRO: Patricio Loustau (ARG)
AUXILIARES: Diego Bonfa (ARG) e Gustavo Rossi (ARG)
PÚBLICO/RENDA: Não disponíveis
CARTÕES AMARELOS: Damián Díaz, Lanza, Pineida e Tito Valencia (BAR), Tchê Tchê, Juninho e Zé Roberto (PAL)
CARTÕES VERMELHOS: 
GOL: Jonatan Álvez (46’/2ºT) (1-0)

BARCELONA (EQU): Banguera; Pedro Velasco, Aimar, Arreaga e Pineida (Tito Valencia, aos 21’/1ºT); Minda (Segundo Castillo, aos 27’/2ºT), Matías Oyola e Damián Díaz; Esterilla, José Ayoví (Vera, aos 20’/2ºT) e Jonatan Álvez. TÉCNICO: Guillermo Almada.

PALMEIRAS: Fernando Prass; Tchê Tchê, Mina, Luan e Juninho; Thiago Santos, Bruno Henrique e Zé Roberto (Róger Guedes, aos 18’/2ºT) ; Willian, Dudu (Michel Bastos, aos 26’/2ºT) e Borja (Keno, aos 33’/2ºT). TÉCNICO: Cuca.

Gol, melhores momentos.

Pós-Jogo

Fonte: Verdazzo

O Palmeiras foi derrotado pelo Barcelona na noite de quarta-feira em Guayaquil, em jogo válido pelas oitavas-de-finais da Taça Libertadores. Com o resultado, o time vai precisar de uma vitória por dois gols no Allianz Parque, daqui a cinco semanas, para avançar direto – vitória por um gol, sem levar gols, vai para os pênaltis; e levando gols não serve.

PRIMEIRO TEMPO

A partida foi antecedida por um acontecimento grave envolvendo o filho pequeno do meia Guerra, que teve que voltar às pressas para o Brasil. Cuca decidiu por escalar Zé Roberto na meia, tentando não alterar muito o plano tático do jogo, mas obviamente as características dos jogadores são distintas e o Palmeiras acabou muito prejudicado.

Mas no futebol os imprevistos fazem parte do jogo e chora menos quem consegue achar boas soluções para as surpresas. E o Palmeiras, pelo menos no primeiro tempo, achou uma forma de jogo bastante digna, controlando o jogo e sendo mais agudo que o time da casa.

Logo a um minuto, depois de roubada de bola no campo de ataque, Willian tentou o arremate de longe, mas o goleiro, que estava adiantado, voltou a tempo para fazer a defesa. O Palmeiras marcava forte, como de costume, e o Barcelona tinha dificuldades para trocar três passes.

Aos 10 o time da casa chegou pela primeira vez: após escanteio da direita, a defesa tirou e Díaz bateu de fora – por cima, sem perigo. A marcação do Palmeiras seguia muito bem, mas quando o time tinha a posse de bola sofria um pouco com a falta de uma cabeça pensante. Zé Roberto forçava o jogo demais pela direita, com Willian, que estava bem marcado; Dudu não era acionado pela esquerda e o jogo ficou penso.

Aos 20, Dudu recuperou uma bola no campo de defesa e arrancou em velocidade, pelo meio do gramado; Willian acompanhou pela direita e recebeu o passe já dentro da área; ele bateu cruzado e Banguera defendeu com o tornozelo, desviando a escanteio, na melhor chance do primeiro tempo.

O Barcelona também insistia demais por seu lado direito, forçando com Esterilla em cima de Juninho, mas nosso lateral/zagueiro não dava chances, auxiliado por Luan na cobertura e Thiago Santos no primeiro combate. Assim, o primeiro tempo transcorreu de forma tranquila para o Palmeiras; bem postado e tentando sair na surpresa; apenas pecando um pouco quando a velocidade do ataque não era tão grande.

SEGUNDO TEMPO

Cuca não mexeu no time para o segundo tempo, acreditando que a fórmula daria certo. Mas o Barcelona voltou com outra pegada. Sem maiores mudanças táticas, mas com muita atitude, o time equatoriano assumiu o controle da partida e não aceitou o controle do Palmeiras.

Aos dois minutos, após escanteio da esquerda, a bola ficou viva e sobrou para Arreaga, no bico da pequena área, e Fernando Prass teve que se arrojar a seus pés para evitar o gol, cedendo mais um escanteio.

O Palmeiras respondeu com Borja , que chutou de longe após boa jogada de Dudu, aos sete minutos – a bola saiu por cima. Parecia que o Palmeiras não tinha se assustado com a nova postura do time da casa.

Pode até não ter se assustado, mas sentiu de alguma forma. O Barcelona passou a tomar conta do jogo completamente. Já não se via mais a formação defensiva compacta do Verdão; Thiago Santos e Bruno Henrique já não eram aquele muro sólido que repelia as tentativas de aproximação coordenadas por Díaz e Ayoví e Esterilla eram acionados com muito mais frequência.

A bola passou a cruzar por nossa área toda hora e foi um sufoco de mais de meia hora. O Barcelona não chegava a finalizar, mas muito mais por incompetência na hora do último passe do que por nossa atuação defensiva.

Cuca tentou mexer no time. Primeiro, tirou Zé Roberto par colocar Roger Guedes; passando Dudu para o meio e Willian para a esquerda; depois trocou Dudu por Michel Bastos; e por fim mandou Keno a campo no lugar de Borja. Nada adiantou.

O Palmeiras parecia esgotado fisicamente, sem condições de brecar o time do Barcelona, que se aproximava de nossa meta como queria. Poucas vezes este ano a bola ficou tão próxima de Fernando Prass por tanto tempo. E para piorar, começamos a errar passes no campo de defesa, jogando exatamente como nossos adversários no Allianz Parque: acuados, precipitados e torcendo para o jogo acabar logo.

Já que era para ser assim, que pelo menos fizessem o que fazem os pequenos: que dessem um jeito do relógio andar mais rápido. Faltou, mais uma vez, tarimba para nosso time. Fernando Prass teve 35 chances de cair e rolar para ganhar tempo, mas de forma ingênua repôs a bola com muita rapidez todas as vezes que a teve nas mãos, mesmo acossado. Não adianta querer jogar Libertadores sem ser um time de Libertadores – e isso inclui algumas manhas que Felipão exigiria do nosso time.

O gol nos acréscimos foi um castigo para o time que jogou de forma muito correta o primeiro tempo, mas que não soube catimbar, cansou e permitiu que o adversário mandasse no jogo: aos 46, Álvez arriscou o tiro de média distância; a bola desviou em Bruno Henrique; Thiago Santos tentou cortar e desviou de novo, e Prass não teve como chegar na bola, que entrou mansinha, no canto esquerdo. Barcelona um a zero e pouco depois o juiz, que apitou direitinho, encerrou o jogo.

FIM DE JOGO

Se, por um lado, Felipão jamais permitiria que nosso time jogasse de forma tão ingênua o segundo tempo, por outro lado acabava quase sempre perdendo o jogo de ida por um gol e resolvia as coisas em casa.

Na época, no entanto, não havia a regra do gol qualificado e o Verdão traz para casa um resultado ruim. Vai ter que vencer por dois gols de diferença e vai precisar muito da torcida no jogo da volta. Bem, disso Cuca não vai poder reclamar, com toda a certeza.

Agora o time pode voltar a focar por cinco partidas no Brasileiro, numa sequência fundamental para o campeonato, a começar pelo Cruzeiro no Mineirão e com um Derby à vista. VAMOS PALMEIRAS!

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