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Jorge Wilstermann (BOL) 3 x 2 Palmeiras – 03/05/2017

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Crédito: Cesar Greco/Ag Palmeiras/Divulgação

Precisando apenas de um empate para nos classificarmos às oitavas de forma antecipada, fizemos novamente um 1º tempo bastante ruim e fomos superados pelo Jorge Wilstermann fora de casa.

A defesa, que ano passado foi um ponto forte, nessa temporada está dando arrepios a cada ataque do oponente.

Pelo primeiro jogo o Wilstermann parecia um adversário mais difícil, mas não passa de um time bastante limitado e que teríamos totais condições de vencer mesmo na altitude de Cochabamba.

O time está devendo em partidas decisivas. Se superou contra o Peñarol, mas ainda não convence.

Jogo de volta válido pela 5ª rodada da fase de grupos da Libertadores 2017.

Gols, melhores momentos, jogo completo.

JORGE WILSTERMANN 3 X 2 PALMEIRAS

LOCAL: Félix Capriles, Cochabamba (BOL)
DATA-HORA: 3/5/2016 – 21h45
ÁRBITRO: Wilson Lamouroux (COL)
AUXILIARES: Wilmar Navarro (COL) e John Alexander Leon (COL)
PÚBLICO/RENDA: Não disponíveis
CARTÕES AMARELOS: Ortiz, Ríos, Aponte e Morales (WIL)
CARTÕES VERMELHOS:
GOLS: Morales (35’/1ºT) (1-0), Machado (40’/1ºT) (2-0), Guerra (45’/1ºT) (2-1), Cardozo (23’/2ºT) (3-1), Cabezas (contra) (27’/2ºT) (3-2),

JORGE WILSTERMANN: Olivares; Morales, Alex Silva, Zenteno e Aponte; Machado, Saucedo (Díaz, aos 38’/2ºT) e Chávez (Ortiz, aos 13’/2ºT); Bergese (Cabezas, aos 19’/2ºT), Cardozo e Ríos. TÉCNICO: Roberto Mosquera.

PALMEIRAS: Fernando Prass; Jean, Mina, Vitor Hugo e Michel Bastos; Thiago Santos (Keno, aos 16’/2ºT) e Tchê Tchê; Róger Guedes, Guerra e Dudu (Raphael Veiga, aos 25’/2ºT); Willian (Borja, no intervalo). TÉCNICO: Eduardo Baptista.

PÓS-JOGO

Fonte: Verdazzo

Seguindo a rotina de oscilação e de primeiros tempos muito ruins, o Verdão foi derrotado pelo Jorge Wilstermann em Cochabamba e adiou a classificação para a rodada final. O time agora espera pelo Atlético Tucumán e jogará pelo empate no Allianz Parque, ainda sem saber se poderá contar com a presença da torcida. Antes dessa decisão, o time ainda terá confrontos pela Copa do Brasil e pelo Brasileirão – serão agora onze dias para zerar o time fisicamente e apurar ainda mais o time no aspecto tático, em busca do fim das oscilações.

PRIMEIRO TEMPO

Eduardo Baptista errou na estratégia. Prevendo um Jorge Wilstermann pressionando nosso time e dando espaço para nossos contra-ataques, nosso treinador apostou num time mais veloz, sacando Borja do time titular e posicionando Willian como referência. A estratégia pressupunha que nossa defesa fizesse uma partida firme, sem tomar gols, para que essa lógica não se invertesse.

Mas logo a um minuto quase a casa cai: numa bola espirrada com muito efeito do lado esquerdo de nossa defesa, Bergese pegou a sobra e cruzou na linha da pequena área para Ríos, que cabeceou errado, por cima, perdendo chance clara.

Passado o susto, o jogo de velocidade do Verdão ameaçou encaixar nos primeiros minutos. Aos cinco, em bom contra-ataque, Jean inverteu a jogada para Roger Guedes, que fez grande jogada em cima de Alex Silva dentro da área e cruzou por baixo para Dudu, que se preparava para marcar, mas Zenteno cortou e mandou pela linha de fundo – o juiz marcou tiro de meta.

Aos oito, num rebote de escanteio, Michel Bastos recolocou na área; Thiago Santos escorou e Roger Guedes emendou um lindo voleio, mandando para as redes, mas estava impedido. Um minuto depois, Guerra percebeu Olivares adiantado e arriscou um balaço do campo de defesa; a bola viajou, venceu o goleiro mas saiu por muito pouco – seria um golaço.

Acabou o bom momento do Palmeiras. Percebendo que o jogo acelerado favoreceria nosso time, os bolivianos cadenciaram o ritmo e procuraram por uma chance num eventual erro de nossa defesa. Seguiram-se mais de vinte minutos sem que nenhuma das equipes criasse nenhuma chance – nossa defesa não errava mas nossa criação era nula; sem o espaço esperado, Willian e Dudu não apareciam e Guerra sentia dificuldades com o péssimo estado do gramado.

Aos 35, num lance de bola parada, o Jorge Wilstermann achou o gol: após falta da esquerda, a bola passou por nossa dupla de zaga e chegou em Morales, que não foi acompanhado por Jean; o lateral apenas escorou e abriu o placar. Patético.

O gol deflagrou o já conhecido apagão em nosso time e os bolivianos vieram pra cima. Aos 39, Chávez ganhou fácil de Vitor Hugo e chutou cruzado – Prass fez boa defesa. Mas aos 40 não teve jeito: Machado roubou a bola de Guerra no campo de defesa; avançou sem ser incomodado e chegou em nossa intermediária enquanto Vitor Hugo corria para trás para marcar o vento; o volante boliviano aproveitou o espaço e soltou a perna, com rara felicidade, acertando a gaveta direita de Prass, que só olhou: 2 a 0.

Aos 43, depois de erro de passe de Vitor Hugo, Thiago Santos fez falta perigosa. Bergese bateu e Prass fez a defesa. Mas aos 45 o Palmeiras deu esperanças a nossa torcida após falta batida na lateral da área por Dudu: Alex Silva tirou da cabeça de Mina, mas Guerra pegou a sobra e fuzilou Olivares, trazendo a diferença para apenas um gol. Ainda deu tempo de mais um susto: aos 46, Vitor Hugo, em noite tétrica, rebateu mal e Chávez emendou de primeira, cruzado – a bola subiu mas assustou a Fernando Prass.

SEGUNDO TEMPO

Eduardo Baptista, precisando do gol, mandou Borja a campo. Poderia tirar qualquer um dos pontas e manter Willian, que costuma aproveitar bem a presença próxima ao gol enquanto Borja atrai a atenção da defesa. Mas manteve Roger Guedes e Dudu em campo, tirando o camisa 29. Borja entrou para ficar isolado em campo.

Aos 4, um exemplo claro da dificuldade: Borja puxou o contra-ataque sozinho, contra três defensores; sem ter para quem tocar, precisou cavar a falta. Michel Bastos bateu bem, mas a bola saiu à direita de Olivares. Já aos dez, em rara aproximação, Roger Guedes fez boa jogada pelo meio e ligou com Borja, já dentro da área; o colombiano cortou para a direita e tocou de cavadinha na saída de Olivares, mas a bola saiu à esquerda do gol.

Aos 15, Thiago Santos deu lugar a Keno; com Tchê Tchê sendo puxado para a cabeça de área e Dudu entrando pelo miolo. O time, no entanto, continuou muito espalhado e nada funcionava. Para piorar, os erros individuais não eram perdoados pelos bolivianos: aos 21, bola cruzada pela direita no segundo pau; ela encobriu Jean que marcou a bola em vez do jogador; Saucedo limpou facilmente nosso lateral e saiu na cara de Prass, que cometeu pênalti na tentativa de cortar a bola. Cardozo deu uma pancada no meio do gol e aumentou a vantagem.

Nosso time até que reagiu a tempo: pouco depois da entrada de Raphael Veiga no lugar de Dudu, aos 27, Keno aproveitou sobra de escanteio e cruzou buscando Borja na pequena área; Cabezas se antecipou ao colombiano e testou… contra seu próprio gol, diminuindo o placar para o Verdão. Grande Cabezas.

Mas nossa defesa seguia entregando a rapadura. Aos 35, Jean errou o bote e Cardozo aproveitou, invadiu e cruzou; Cabezas não alcançou e Michel Bastos salvou o que seria um vergonhoso quarto gol do Wilstermann. Prass ficou com a bola depois do escanteio e lançou rápido para Keno, que alçou para Borja, de voleio – a bola subiu demais, mas seria um gol bonito.

O Palmeiras parecia não entendera importância de chegar ao gol e selar logo a classificação. Jogava disperso, sem alma. Aos 44, Vitor Hugo teve a chance de finalizar dentro da área, depois de uma falta batida por Michel Bastos que Roger Guedes escorou para o meio, mas o zagueiro preferiu ajeitar de cabeça para Borja, que estava marcado. Aos 49, Tchê Tchê arriscou nosso primeiro e único chute de fora da área, e a bola subiu demais. O juiz apitou o fim de jogo e o Verdão caiu pela primeira vez nesta Libertadores.

FIM DE JOGO

O resultado não chega a ser nenhum desastre, mas incomoda. O Palmeiras perde a chance de garantir um bom lugar na classificação geral, o que poderia nos dar a vantagem do mando no mata-mata nas fases finais. O time ainda perde a chance de administrar o elenco na partida contra o Tucumán, que vai acontecer no meio de uma pequena maratona. E o pior de tudo: fará o time jogar sob pressão, pois se acontecer um desastre e o time argentino vencer o jogo, o Palmeiras pode até ser eliminado caso o Peñarol entregue a paçoca para os bolivianos em casa.

Obviamente as chances de eliminação ainda são muito pequenas, mas pelo fato dela ainda existir, Eduardo Baptista segue sob intensa pressão. Tivesse garantido a vaga, teria uma carta gigante para jogar na mesa em qualquer necessidade. Queimou essa carta esta noite. Que aproveite bem esses onze dias e faça o time ser mais confiável nos primeiros tempos, com menos oscilações. VAMOS PALMEIRAS!

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