(Foto: Cesar Greco/Ag Palmeiras/Divulgação)
Cuca ainda está conhecendo o elenco e o abacaxi que tem nas mãos.
Nossa sorte que os adversários do grupo seguem sem vencer e estamos nos mantendo.
Se não reagir rápido corremos o risco de ficar fora até das finais do Paulista. Que vexame!
Jogo válido pela 10ª rodada do Paulistão 2016.
Gols, melhores momentos, jogo completo.
FICHA TÉCNICA:
AUDAX 2 X 1 PALMEIRAS
Local: Estádio Prefeito José Liberatti, em Osasco (SP)
Data/Horário: 20/3/2016 – 18h30
Árbitro: Vinicius Furlan
Auxiliares: Fabricio Porfirio de Moura e Leonardo Augusto Villa
Público/Renda: 9.391 pagantes / R$ 216.945,00
Cartões amarelos: Edu Dracena e Gabriel Jesus (PAL); André Castro e Bruno Paulo (AUD)
Gols: Velicka 10’/1ºT (PEN) (1-0); Camacho 32’/1ºT (2-0); Lucas Barrios 32’/2ºT (2-1)
PALMEIRAS: Prass; João Pedro, Edu Dracena, Vitor Hugo e Zé Roberto; Arouca e Gabriel (Rafael Marques 1’/2ºT); Dudu, Robinho e Gabriel Jesus (Erik 27’/2ºT); Alecsandro (Lucas Barrios 1’/2ºT).Técnico: Cuca.
AUDAX: Felipe Alves (Sidão 31’/2ºT); André Castro (Gabriel Nunes 20’/2ºT), Bruno Silva e Francis; Tchê Tchê, Juninho (Márcio Diogo 17’/2ºT), Camacho e Velicka; Mike, Ytalo e Bruno Paulo. Técnico: Fernando Diniz.
HISTÓRICO DO CONFRONTO
Geral 2 jogos (1 vitória 1 empate)
Primeiro jogo: Palmeiras 1×1 Audax-SP, no Pacaembu, dia 09/02/2014
Último jogo: Palmeiras 3×1 Audax-SP, no Allianz Parque, dia 31/01/2015
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Fonte: http://www.verdazzo.com.br/jogo/ficha/id/5866/audax-2-x-1-palmeiras
O Palmeiras perdeu do Audax no Rochdale na segunda partida de cuca como treinador. O novo comandante, sem tempo para introduzir e treinar suas ideias no time, escala e manda os onze a campo, e o resultado não chega a ser surpreendente. Por muita sorte, os outros times do grupo seguem tropeçando e continuamos na liderança, mas não é exagero pensar que até a classificação no Paulista corre risco. O time tem mais três jogos para acertar o passo antes do início de abril, quando teremos um Derby e em seguida a partida decisiva na Argentina, pela Libertadores.
PRIMEIRO TEMPO
O Palmeiras começou o jogo marcando a saída de bola do Audax, conhecido por ter um estilo de jogo de toques curtos desde a retaguarda. E logo nos primeiros movimentos ficou clara a maior deficiência do time: desorganização completa no sistema de marcação. A movimentação dos jogadores de vermelho envolvia completamente nossos jogadores, que não conseguiam acompanhar o rápido toque de bola de jogadores como Camacho, Tche Tche e Juninho.
Nosso lado direito era muito frágil; João Pedro era facilmente engolido pelas jogadas do time de Osasco. Aos sete, o primeiro aviso: Camacho fez a jogada sem o menor problema em cima de Arouca e abriu-se uma cratera no sistema de marcação; Juninho apareceu em velocidade, tomou a frente e bateu forte – a bola explodiu na trave de Fernando Prass.
Um minuto depois, O Audax chegou ao gol, em pênalti mal marcado por Vinicius Furlan: em jogada rápida, Zé Roberto disputou a bola com Velicka, e os dois se chocaram. O zagueiro do Audax desabou e o juiz meteu na cal. O próprio Velicka cobrou muito bem, deslocando Fernando Prass, que pulou para a direita enquanto a bola foi no canto oposto.
Logo depois da saída, o Palmeiras armou um contra-ataque rápido: Dudu alçou na área, Alecsandro escorou de cabeça para o meio e Robinho dominou; quando se preparava para bater, houve o choque com André Castro e “desta vez” o juiz achou que o lance foi normal. Vinicius Furlan, aliás, apitou todos os lances duvidosos a favor do Audax e inventou marcações contra o Palmeiras em que não dava para ter dúvidas. Uma arbitragem muito ruim, pendendo só para o lado do time da casa.
O Audax continuava fazendo a festa pelo nosso lado direito, e depois de um escanteio a nosso favor, o time da casa armou um rápido contra-ataque e Bruno Paulo desperdiçou ao bater cruzado, para fora. Aos 17, Fernando Prass trabalhou para defender chute de Camacho, após mais uma jogada de Bruno Paulo pelo mesmo lado. Um minuto depois, a jogada veio pelo nosso lado esquerdo: Tchê Tchê arrancou em cima de Zé Roberto e passou para Juninho, que ajeitou e bateu para fora, sem muito perigo. Mas era um massacre.
Aos 22, mais um lance bem duvidoso que o árbitro foi para o lado do time da casa: Robinho bateu falta na área, Gabriel Jesus disputou o lance e foi ostensivamente agarrado por Camacho. A nosso favor, nada a marcar. Mas o Palmeiras parecia estar entrando no jogo, ficando um pouco mais com a bola e tentando articular jogadas enquanto que o Audax passou a se preocupar mais em marcar.
Essa impressão desmoronou aos 32, quando Camacho driblou Arouca, tabelou com Ytalo, recebeu dentro da área e tocou na saída de Fernando Prass, fazendo o segundo gol. Marcação frouxa no início da jogada, mas também muitos méritos dos jogadores do Audax, que executaram a jogada com precisão.
O Palmeiras ainda tentou pressionar em busca do primeiro nos minutos finais – em mais uma jogada polêmica, o juiz parou uma jogada em que Dudu saiu na cara de Felipe Alves porque exigiu que a falta no meio-campo cobrada por Robinho só fosse batida depois de seu apito. Pra sorte de Dudu, porque ele perdeu o gol feito.
SEGUNDO TEMPO
Com Barrios no lugar de Alecsandro e Rafael Marques no lugar de Gabriel – Robinho foi recuado para segundo volante – era de se esperar o Palmeiras mais ofensivo e com mais controle do meio-campo. E com 4 minutos saiu uma grande jogada que parecia confirmar a tendência – Gabriel Jesus escapou pela esquerda, como um ponta, e cruzou certeiro na cabeça de Rafael Marques, que fechou como um centroavante, mas cabeceou como a minha vó.
A jogada foi enganosa. Rafael Marques não se achou em campo, Gabriel Jesus e Dudu estavam muito afobados e erravam passes, o juiz continuava parando nossos ataques marcando faltinhas que não existiam, e as únicas jogadas de lucidez eram as que passavam por Robinho e Barrios – aos 17, Robinho roubou na saída do Audax e tocou para Barrios, que prendeu bem e no momento certo rolou para o meio da área onde Rafael Marques se preparava para marcar, mas Tchê Tchê afastou.
Aos 23, quase o terceiro: Mike pegou nossa defesa aberta e tocou para o meio; Marcio Diogo fez o corta-luz e Ytalo chegou de frente pra fuzilar Prass, mas bateu por cima. Aos 27, Cuca colocou Erik no lugar de Gabriel Jesus e logo na primeira jogada ele foi lançado em velocidade pela direita, Felipe Alves teve que sair da área para dividir e o choque foi feio. O goleiro do Audax teve que sair do jogo para a entrada de Sidão.
Depois de mais de três minutos para a troca, na primeira jogada, saiu o gol do Palmeiras: Edu Dracena meteu um balão para a área; Francis jogou como se ainda fosse do Palmeiras e afastou nos pés de Barrios, que agradeceu, ajeitou e bateu firme, diminuindo o placar.
A torcida se inflamou, mas o Palmeiras não aproveitou o momento. Não havia tática, e tecnicamente o time estava numa noite infeliz, mas dava pra aproveitar a empolgação. O Audax sentiu o golpe e estava pronto para tomar o segundo, mas Dudu estragou tudo: aos 35, Robinho fez uma assistência perfeita; o camisa 7 saiu mais uma vez de frente com o goleiro, mas na hora de bater fechou os olhos e deu uma bica, mandando a bola em Carapicuíba. O lance esfriou o estádio e só nos restou esperar o jogo acabar. O juiz deu apenas cinco minutos de acréscimo (mesmo com a contusão do goleiro), mas mesmo que desse dez o Palmeiras não parecia que chegaria ao empate.
FIM DE JOGO
Este é o preço da troca de técnico. Cuca orientou o time na quinta em Montevidéu e só fez um treino leve ontem. Não há tempo para fazer o treinamento tático necessário. O que tínhamos de ruim permanece, e o que tínhamos de bom sumiu. Nos resta torcer para que de alguma forma ainda seja possível recuperar o semestre. No futebol as coisas mudam rápido e uma sequência de vitórias pode dar o embalo que precisamos, mas a chance disso acontecer até o começo de abril parece remota.
Voltamos à estaca zero. Nosso papel agora é exercitar a paciência. VAMOS PALMEIRAS!