Derrota comprometedora. Agora é buscar uma vitória lá.
Marcelo Oliveira definitivamente não conseguiu fazer o time jogar e não deu outra: demitido.
Jogo válido pela fase de grupos da Libertadores 2016. 3º jogo de ida.
FICHA TÉCNICA
PALMEIRAS 1 X 2 NACIONAL (URU)
LOCAL: Allianz Parque, em São Paulo (SP)
DATA-HORA: 9/3/2016 – 21h45 (horário de Brasília)
ÁRBITRO: Enrique Osses (CHI)
AUXILIARES: Carlos Astroza (CHI) e Christian Schiemann (CHI)
PÚBLICO-RENDA: 37.073 presentes / R$ R$ 2.490.655,50
CARTÕES AMARELOS: Zé Roberto, Thiago Martins e Egídio (PAL), Fucile, Eguren, Seba Fernández, Conde, Romero e Nico López (NAC)
CARTÕES VERMELHOS: Fucile e Léo Gamalho (NAC)
GOLS: Nico López 37′ 1ºT (0-1), Leandro Barcia 40′ 1ºT (0-2), Gabriel Jesus 48′ 1ºT (1-2)
PALMEIRAS: Fernando Prass, Lucas, Thiago Martins (Egídio 20′ 2ºT), Vitor Hugo e Zé Roberto; Thiago Santos, Jean (Allione 14′ 2ºT) e Robinho; Dudu, Gabriel Jesus e Cristaldo (Alecsandro 21′ 2ºT). TÉCNICO: Marcelo Oliveira
NACIONAL (URU): Esteban Conde, Fucile, Eguren, Victorino e Alfonso Espino; Gonzalo Porras, Santiago Romero, Kevin Ramírez e Leandro Barcia (Felipe Carballo 45′ 1ºT); Nico López (Léo Gamalho 41′ 2ºT) e Seba Fernández (Matías Cabrera 24′ 2ºT). TÉCNICO: Gustavo Munúa
Estádio palmeirense completa 50 jogos de Libertadores nesta quarta-feira
Felipe Krüger
Departamento de Comunicação
08/03/2016 – 19:03h
O Palestra Italia – hoje Allianz Parque – alcançará nesta quarta-feira (09) uma importante marca na história do estádio. Diante do Nacional-URU, em duelo da 3ª rodada da Copa Libertadores 2016, a casa palmeirense completará 50 partidas como palco de jogos válidos pela competição continental. Amplamente favorável ao time verde e branco, o retrospecto indica 49 duelos, 34 vitórias, 11 empates e apenas quatro derrotas.
A estreia no campo palestrino aconteceu em 1971, diante do Deportivo Galícia, da Venezuela, e terminou com vitória alviverde por 3 a 0. Os gols foram anotados por César Maluco, Fedato e Héctor Silva.
Já a maior sequência invicta do Palmeiras no estádio foi registrada entre abril de 1974, quando venceu o Club Deportivo Municipal, da Bolívia, por 3 a 0, e maio de 2005, mês em que empatou em 0 a 0 com os paraguaios do Cerro Porteño. Foram 31 jogos neste período, com 25 triunfos e seis igualdades.
No mais recente encontro, já com o estádio denominado como Allianz Parque, o Palmeiras superou o Rosario Central, da Argentina, por 2 a 0. O atacante Cristaldo e o meia Allione anotaram os tentos alviverdes, enquanto o goleiro Fernando Prass garantiu o zero no marcador dos visitantes ao defender um pênalti e praticar diversas defesas difíceis ao longo do duelo.
A maior goleada praticada pelo Palmeiras em seu estádio durante a disputa da Copa Libertadores aconteceu em 1995. Naquela oportunidade, o Verdão atropelou o El Nacional, do Equador, por 7 a 0 – os gols foram marcados por Edmundo (2), Válber (2), Rivaldo (2) e Paulo Isidoro.
Em 1999, ano do título palestrino na Copa Libertadores, o Palmeiras atuou cinco vezes em seu estádio. Foram três vitórias – contra Cerro Porteño-PAR (2 a 1), River Plate-ARG (3 a 0) e, na grande final, Deportivo Cali-COL (2 a 1) – e dois empates, diante do Vasco da Gama (1 a 1) e Olímpia-PAR (1 a 1).
Nacional-URU
Adversário desta quarta-feira (09), o Nacional-URU já disputou duas partidas de Copa Libertadores no estádio palmeirense. Os jogos aconteceram em 1973 e 2009 e ambos terminaram empatados em 1 a 1. Ao todo, o retrospecto de confrontos diante a equipe Uruguai também é bastante equilibrado: cinco vitórias para cada lado e quatro igualdades.
Pós-Jogo
Fonte: www.verdazzo.com.br
O Palmeiras foi derrotado pelo Nacional no Allianz Parque e complicou a situação no Grupo 2 da Libertadores. Com quatro pontos, o time agora precisa fazer pelo menos quatro pontos fora de casa nas duas próximas partidas para chegar à rodada final dependendo apenas de si no confronto em casa contra o River. A derrota precipitou a queda de Marcelo Oliveira, anunciada logo que o jogo terminou – Alberto Valentim comandará o time no clássico do próximo domingo, contra o SPFC, no Pacaembu.
PRIMEIRO TEMPO
O Palmeiras começou o jogo muito bem, aproveitando a vantagem de ser mandante e encurralando os uruguaios em seu campo. Os passes eram precisos e o toque de bola acontecia de forma natural. A diferença de posse de bola era gritante. Aos sete, a primeira grande chance, com Robinho: ele bateu falta sofrida por Cristaldo; Romero desviou contra o próprio gol mas Conde mandou a escanteio.
Aos poucos, o Nacional foi se ajeitando no campo e o Palmeiras não conseguiu aproveitar a pressão inicial para sair na frente no placar. A bola já não rondava a área do time uruguaio com tanta facilidade. Mesmo assim, o Verdão construiu mais uma chance aos 20: Cristaldo recebeu passe de Dudu pela esquerda, invadiu a área e finalizou; Conde rebateu para o meio e Dudu, da entrada da área, emendou por cima – Robinho e Jean eram ótimas opções livres pelo lado direito. Aos 31, Gabriel Jesus, ainda apagado, recebeu excelente passe de Dudu no lado esquerdo por trás da zaga, mas o chute de direita saiu fraco.
De repente o Nacional entrou no jogo e ficou muito à vontade em campo. Aos 35, um cruzamento despretensioso acabou achando Fernandez na esquerda; ele escorou para o meio e Nico López improvisou, tocando de calcanhar em direção ao gol – a bola pegou um efeito e triscou na trave – Vitor Hugo afastou o perigo. Parecia um lance isolado e que o perigo jamais se repetiria. Mal sabíamos nós.
Aos 37, Fucile conseguiu a jogada de linha de fundo em cima de Jean e cruzou; Thiago Martins estava no primeiro pau e rebateu para o meio; Vitor Hugo dormiu e Nico Lópes pegou o rebote, fintou Prass e tocou para o gol, abrindo o placar.
Aos 40, o pesadelo aumentou: Cristaldo foi lançado do lado direito; cercado por três adversários, sofreu falta clara de Victorino e acabou desarmado; Romero rapidamente dominou a bola e lançou para Barcia, pegando nossa defesa desprevenida; o meiocampista uruguaio ganhou terreno, invadiu a área e tocou na saída de Prass, aumentando o placar.
O Palmeiras parecia nocauteado, mas Gabriel Jesus rapidamente recolocou o time no jogo: primeiro, aos 42, fintou Fucile de forma humilhante e sofreu falta violenta, obrigando o juiz a aplicar o segundo amarelo no lateral direito. O estádio voltou a se inflamar com a nova perspectiva, o time se animou e fez uma pressão monstruosa sobre os visitantes, até que aos 48 Robinho enfiou para Cristaldo na área; a bola espirrou na defesa e sobrou limpa para Gabriel Jesus, que fintou Conde e tocou para as redes, diminuindo o placar e acendendo todas as esperanças de nossa torcida.
SEGUNDO TEMPO
Com um jogador a mais, o Palmeiras tinha todo o tempo do mundo para empatar e virar a partida. O Nacional veio para catimbar e fazer o relógio andar – e foi muito competente nessa proposta. Mesmo recuado, o time uruguaio jogou Libertadores e conseguiu o que queria.
O Palmeiras tinha tanto campo para jogar que a saída de bola deixou de ser um problema e a troca de passes até a altura de 30 metros do gol de Conde era facílima. Mas o Palmeiras resumiu suas tentativas a chuveirinhos buscando Vitor Hugo, ora para o cabeceio para o gol, ora para tentar inverter o lado da jogada e achar alguém fechando do lado oposto na pequena área. Vitor Hugo conseguiu pelo menos cinco cabeçadas e não aproveitou nenhuma – a melhor delas aos 10 minutos, após cruzamento da direita de Lucas.
Aos 14, Marcelo Oliveira mandou Allione a campo e tirou Jean, matando quase todas as chances de qualquer outra jogada além do chuveirinho aparecer. Jean conduz bem a bola e poderia tentar uma tabela ou chutes de fora, tamanho o espaço que o adversário cedia. Allione entrou para fazer o lado direito com Lucas, e Robinho acabou sendo puxado para o meio, ficando escondido junto com Dudu no meio das linhas de marcação do Nacional.
Pouco depois, Cristaldo sentiu lesão e foi substituído por Alecsandro; Thiago Martins levou uma pancada feia de Ramirez e não suportou, tendo que dar lugar a Egídio – Thiago Santos virou zagueiro e Zé Roberto virou volante.
Egídio entrou bem no apoio; sem precisar marcar ninguém, converteu-se numa ótima arma de ataque. Mas a única jogada eram os chuveirinhos. Podia dar certo a qualquer momento, mas é uma tática incompatível com o que se espera de um time como este do Palmeiras. Praticamente uma declaração de incompetência do treinador, no sentido estrito da palavra, algo como “não sei mais pra onde correr, seja o que deus quiser”.
Não funcionou. O Palmeiras até teve suas chances. Vitor Hugo continuava assustando na jogada aérea; Robinho bateu de fora e assustou Conde, que defendeu com o pé; mas o Nacional conduzia a catimba com maestria e fazia o relógio andar. Léo Gamalho ainda foi expulso aos 48 após falta firme em Egídio – talvez o árbitro tenha tentado compensar a não-expulsão de Romero, que abusou de bater no Dudu e no Gabriel Jesus. E aos 49, a última chance, bizarra: após mais um chuveirinho da direita, Lucas, que estava no lado esquerdo no segundo pau, teve tempo de ajeitar e, livre, mandou um foguete cruzado – a bola explodiu na forquilha e o jogo acabou
FIM DE JOGO
Temos um clássico no domingo para recuperar o moral antes de ir ao Gran Parque Central enfrentar este mesmo adversário, que jogou bastante desfalcado esta noite no Allianz Parque. Marcelo Oliveira foi demitido e o time pode aproveitar o doping psicológico da queda do treinador. O fato é que experimentaremos a partir do anúncio oficial um time diferente, com novas perspectivas. É torcer para funcionar e dar liga rapidamente. Estamos sem tempo algum. VAMOS PALMEIRAS!