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Palmeiras 2 x 0 Rosário Central (ARG) – 03/03/2016

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SÃO PAULO, SP – 03.03.2016: PALMEIRAS X ROSARIO CENTRAL – O jogador Allione, da SE Palmeiras, comemora seu gol contra a equipe do CA Rosario Central, durante partida válida pela segunda rodada da fase de grupos da Copa Libertadores, na Arena Allianz Parque. (Foto: Cesar Greco / Fotoarena)

Com muita raça e disposição física conquistamos esta vitória, que nos dá um pouco mais de tranquilidade e a liderança da chave. Ganhamos do adversário, em tese, mais difícil do grupo.

Não lembro, na história recente, um time tomar tamanha pressão do adversário e sair vitorioso. Verdão não pode, jamais, jogar tão acuado em sua própria casa e deixar o adversário propor o jogo. Que boas lições sejam tiradas.

Jogo válido pela fase de grupos da Libertadores 2016. 2º jogo de ida.

FICHA TÉCNICA
PALMEIRAS 2 X 0 ROSARIO CENTRAL (ARG)

LOCAL: Allianz Parque, em São Paulo (SP)
DATAHORA: 3/3/2016 – 21h45 (horário de Brasília)
ÁRBITRO: Enrique Cáceres
AUXILIARES: Carlos Cáceres e Milciades Saldivar
PÚBLICORENDA: 36.100 pagantes / R$ 2.450.240,54
CARTÕES AMARELOS: Thiago Santos, Robinho, Allione e Gabriel Jesus (PAL), Burgos (ROS)
GOLS: Cristaldo 24′ 1ºT (1-0) e Allione 47′ 2ºT (2-0)

PALMEIRAS: Fernando Prass, Lucas, Thiago Martins, Vitor Hugo e Zé Roberto; Thiago Santos (Arouca 21′ 2ºT), Jean e Robinho (Allione 38′ 2ºT); Dudu, Gabriel Jesus e Cristaldo (Rafael Marques 27′ 2ºT). TÉCNICO: Marcelo Oliveira

ROSARIO CENTRAL: Sebástian Sosa, Salazar, Burgos (Herrera – intervalo), Pínola e Pablo Álvarez; Musto, Colman (Protti 41′ 2ºT), Da Campo (Lo Celso 19′ 2ºT), Cervi e Aguirre Ávalo; Marco Ruben. TÉCNICO: Eduardo Coudet

Invicto contra argentinos, estádio alviverde volta a receber Libertadores após 7 anos

Felipe Krüger
Departamento de Comunicação
02/03/2016 – 19:04h

Fora da Copa Libertadores desde 2013 e sem poder utilizar seu estádio entre 2010 e 2014, o Palmeiras volta a disputar em sua casa uma partida do principal torneio da América do Sul nesta quinta-feira (03), contra o argentino Rosario Central. O último compromisso do Verdão no antigo Palestra Italia aconteceu em 28 de maio de 2009, quando empatou em 1 a 1 com o Nacional-URU – gol do meia Diego Souza.

Ao todo, o Alviverde já disputou 48 jogos válidos pela Copa Libertadores no Palestra Italia. Foram 33 triunfos, 11 empates e apenas quatro reveses, com 114 gols marcados e 41 sofridos. Considerando apenas equipes argentinas, como no caso desta quinta-feira (03), o retrospecto é ainda melhor: cinco partidas, sendo três vitórias palestrinas e duas igualdades.

O primeiro jogo contra times argentinos pela Copa Libertadores no estádio palmeirense aconteceu em 1994, diante do tradicional Boca Juniors, e o Verdão tratou de aplicar aquela que é considerada a maior derrota internacional da história do clube rival: 6 a 1, com gols de Evair (2), Cléber, Roberto Carlos, Edílson e Jean Carlo.

Também foi no estádio Palestra Italia que o Verdão carimbou a vaga para a grande final da Copa Libertadores 1999, ano da única conquista palestrina na competição, ao bater o River Plate por 3 a 0, com tentos anotados por Alex (2) e Roque Júnior. No jogo de ida, na Argentina, o Palmeiras foi superado por 1 a 0.

A última partida disputada contra uma equipe argentina aconteceu em 2006, justamente perante o Rosario Central, adversário desta quinta-feira (03). Naquela oportunidade, o jogo terminou 0 a 0.

Histórico do confronto

Além do jogo disputado em 2006, no Palestra Italia, Palmeiras e Rosario Central se encontraram em mais três oportunidades. A partida mais recente também foi válida pela fase de grupos da Copa Libertadores 2006, mas na Argentina, e terminou empatada em 2 a 2. Os outros duelos aconteceram em 1946 e 1957, ambos com caráter amistoso e que terminaram com vitória palmeirense por 2 a 1.

Pós-Jogo

Em uma partida com dois tempos absolutamente distintos, o Verdão conseguiu uma boa vitória sobre o Rosário Central e abriu na liderança do grupo 2 da Libertadores. O placar de 2 a 0 não foi exatamente injusto, já que o Rosário não teve a capacidade de transformar seu enorme volume de jogo em gols no segundo tempo, mas se o placar apontasse um empate ao final da partida, não poderíamos reclamar de nada além de nossa própria postura.

PRIMEIRO TEMPO

Com Thiago Martins no lugar de Roger Carvalho, reprovado no vestiário, e Cristaldo no lugar de Alecsandro, o Palmeiras fez um primeiro tempo brilhante: atraiu o Rosário Central para seu campo e aproveitou o espaço para descidas rápidas e mortais, com rápidas trocas de passes entre Robinho, Gabriel Jesus, Cristaldo e Dudu. Já havia chovido na Zona Oeste em boa parte do dia, e assim que o juiz iniciou o jogo, São Pedro resolveu virar o balde de uma vez, mandando um aguaceiro de respeito.

Aos 7, a primeira grande chance: Cristaldo viu Dudu se projetando sobre o lateral pela esquerda e enfiou a bola, como um meia; Dudu invadiu a área e bateu cruzado – a bola triscou na trave esquerda de Sosa e saiu. Aos 10; Zé Roberto apoiou e cruzou; depois de um desvio, a bola sobrou para Robinho na direita, que cortou um zagueiro e bateu de esquerda, de curva, visando o ângulo direito da meta argentina, mas a bola subiu.

Com total domínio do meio-campo, o Palmeiras seguia mandando no jogo, e aos 21 Thiago Santos apareceu na área para aproveitar uma bola que Cristaldo cruzou após rebarba de uma falta; a conclusão foi nas mãos de Sosa. Dois minutos depois, o Central chegou pela primeira vez, sem grande perigo: após troca de passes na frente de nossa área, Musto chutou para o gol; a bola desviou em Vitor Hugo e saiu em escanteio.

Aos 24, quando algumas poças começaram a se formar, o Palmeiras conseguiu o gol: após chutão de Prass, Dudu disputou a bola e abriu para Gabriel Jesus; ele invadiu a área mas foi desarmado parcialmente por Burgos; a bola sobrou então para Cristaldo, que ganhou de Salazar, ganhou de Burgos, contou comum vacilo de Sosa que saiu pra fechar o ângulo e tocou para o gol, escapando ainda do bloqueio de Pinola. O Allianz Parque, que estava um caldeirão desde o início do jogo, transbordou.

O Central abriu o bico e o Verdão desperdiçou seguidas chances de aumentar: a primeira aos 27, por culpa do bandeira, que deu um impedimento inexistente de Gabriel Jesus, que já se preparava para invadir a área sozinho. Aos 28, Robinho serviu Dudu na área; ele tentou bater mas foi travado; ele mesmo pegou a sobra e rolou para Jean, da meia-lua, mas o chute saiu fraco e torto.

Aos 31, Marco Ruben ganhou de toda a nossa defesa, chegou a entrar na área de frente para Prass, mas Robinho, numa recuperação espetacular, roubou-lhe a bola no último instante. Aos 33, Robinho de novo: ele enfiou para Cristaldo no setor direito do ataque, já na área; Churry emendou de primeira mas a bola saiu. Era um massacre.

O Verdão ainda construiu mais uma chance aos 45 na bola parada: Robinho bateu falta frontal, na área; Thiago Santos resvalou de cabeça e tirou de Sosa, mas abola saiu à direita de sua meta. Foi uma das poucas faltas bem aproveitadas pelo Palmeiras, que tentou executar jogadas ensaiadas mas errou bisonhamente as execuções, por várias vezes. O juiz encerrou o primeiro tempo e 1 a 0 ficou bem barato para o time argentino, tamanha a superioridade do Palmeiras.

SEGUNDO TEMPO

No segundo tempo o jogo inverteu. Até os dez minutos, a partida transcorreu normalmente, com os dois times batalhando pelas jogadas por todo o campo e com uma intensa disputa na meia-cancha. Até que aos dez minutos o Rosário chegou com muito perigo: Herrera, aquele, cruzou na área e Lucas rebateu; Cervi pegou o rebote e exigiu um pequeno milagre de Fernando Prass; a bola sobrou de novo para Herrera que tocou no meio; Cervi entrou chutando tudo mas Prass, com coragem, segurou a bola e aproveitou o choque para tentar esfriar um pouco o time argentino.

Não deu certo. A partir desse lance, o Rosário se encheu de brios e o jogo mudou completamente. O Rosário passou a alugar nosso campo e o Palmeiras permitiu. Acuados, ficamos à mercê do ataque do Central, que iniciou um bombardeio.

Aos 11, cruzamento alto da esquerda; Fernando Prass desviou mas Da Campo pegou o rebote e chutou, livre; Prass desviou levemente a bola a escanteio. Aos 14, Cervi fez jogada pela esquerda, ia passando entre Lucas e Robinho quando foi atingido pelo camisa 27 dentro da área. O experiente Marco Ruben bateu no canto direito de Fernando Prass, que fez uma defesa espetacular.

O lance poderia ter acordado nosso time e/ou abatido os argentinos, mas não aconteceu nem uma coisa, nem outra. Ao contrário, o time visitante intensificou o massacre. Aos 19, Da Campo entrou driblando na área em cima de Thiago Martins; Ruben pegou a sobra mas Prass dividiu com os pés com o 9 argentino, afastando. Foi quando Marcelo mandou Arouca a campo no lugar de Thiago Santos, amarelado – talvez esperando mais qualidade no toque de bola e tirando um pouco a posse do time de amarelo, mas não adiantou.

Seguiram-se mais quatro chances claras em cinco minutos: aos 25, Ruben mais uma vez levou a melhor sobre Thiago Martins e invadiu a área, mas o menino se recuperou ao esticar o pezão e colocar a escanteio. Aos 26, Lo Celso conseguiu um bom arremate da meia-lua, mas a bola saiu à esquerda de Fernando Prass. Aos 28, Cervi de novo em cima de Thiago Martins: toque para Ruben, que desta vez venceu Prass ao tocar por cima de nosso goleiro que saiu no abafa; a bola encobriu o travessão por pouco e morreu na rede, por cima. Aos 30, mais uma boa troca de passes e Cervi bateu para fora, assustando Prass. Tudo isto aconteceu com o Allianz Parque completamente mudo.

O Rosário continuava se impondo no jogo; Marcelo já tinha mandado Rafael Marques a campo no lugar de Cristaldo, mas o camisa 19 não ganhava uma disputa sequer. As chances do time argentino diminuíram quando Allione entrou no lugar de Robinho – o argentino, com mais fôlego, conseguiu fechar melhor os espaços e ainda prendeu a bola vezou outra.

Aos 36, mais um cruzamento da direita; Lucas cortou parcialmente e Cervi aproveitou para tentar mais um arremate – Prass pegou sem rebote. O Palmeiras finalmente deu um chute a gol na sequência, com Rafael Marques – de longe, um chute muito fraco que Sosa defendeu com facilidade.

O Rosário Central seguiu rondando nossa área até o fim; mas a torcida voltou para o jogo e nossos jogadores, talvez um pouco mais confiantes, seguraram a pressão. O time permaneceu todo o segundo tempo armado para o contra-ataque, mas só encaixou um aos 48, quando o Rosário já tinha avançado desesperadamente ao ataque: Rafael Marques disparou e abriu para Dudu na esquerda; o camisa 7 enxergou o apoio de Allione e fez um belo passe; o argentino driblou o único zagueiro do Central – Coudet havia trocado o outro por mais um atacante – e marcou o segund0o, matando Sosa e o jogo, que assim terminou.

FIM DE JOGO

O Palmeiras perdeu uma chance de fazer um jogo extremamente sólido por falha emocional. Os primeiros dez minutos do segundo tempo não deixam dúvida: o time não veio só para buscar o contra-ataque, foi o Central que se impôs. Lembrando que trata-se de um time misto, com apenas cinco titulares, por opção de seu treinador.

De qualquer forma, é uma vitória que alivia a pressão – afinal, foi sobre o líder e tido como melhor time atual da Argentina, que estava invicto desde novembro. Pode ser tudo isso; pode nos ter dado um imenso calor, mas não pode chegar em nossa casa com meio time titular de fora e achar que vai ganhar. Quase ganhou, mas ficou no quase.

O time agora enfrenta o Capivariano no Paulista, certamente com um time bastante modificado. A exigência física desta partida foi brutal, e devemos ter em campo a formação reserva, pensando no jogo contra o Nacional, na próxima quarta, que pode nos dar uma belíssima vantagem na luta pela classificação. VAMOS PALMEIRAS!

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