Em mais uma partida ruim vencemos o Figueirense e, se os adversários diretos tropeçarem, ficamos bem próximos do G4.
O time apresenta sérias deficiência na armação. Robinho já provou que não é a dele. Essa falta de criatividade deixa a torcida bastante preocupada, visto que temos jogos decisivos pela Copa do Brasil e a vaga no G4 está cada vez mais difícil.
Jogo válido pela 25ª rodada do Brasileirão 2015.
FICHA TÉCNICA
PALMEIRAS 2 X 0 FIGUEIRENSE
LOCAL: Allianz Parque, em São Paulo (SP)
DATA/HORÁRIO: 12/09/2015, 21h
ÁRBITRO: Wagner do Nascimento Magalhaes (RJ)
ASSISTENTES: Rodrigo Henrique Corrêa e Luiz Claudio Regazone (ambos do RJ)
RENDA/PÚBLICO: R$1.349.988,75 / 22.794 pagantes
CARTÕES AMARELOS: Vitor Hugo, Egídio, Jackson e Andrei Girotto (PAL);Paulo Roberto, Marcão (FIG)
CARTÕES VERMELHOS: Leandro Silva (FIG)
GOLS: Jackson, 1’/2ºT (1-0) e Zé Roberto, 42’/2ºT (2-0)
PALMEIRAS: Fernando Prass, Lucas, Jackson, Vitor Hugo e Egídio (Kelvin, intervalo); Thiago Santos, Zé Roberto e Robinho; Rafael Marques (Andrei Girotto, 34’/2ºT), Gabriel Jesus e Alecsandro (Cristaldo, 24’/2ºT). TÉCNICO: Marcelo Oliveira
FIGUEIRENSE: Alex Muralha; Leandro Silva, Saimon, Thiago Heleno e Cereceda; Paulo Roberto, Fabinho, João Vitor e Celsinho (Juninho, 29’/2T); Elias (Alemão, 19’/ºT) e Marcão (Thiago Santana, intervalo). TÉCNICO: Renê Simões
Invicto contra o Figueira no Palestra, Verdão volta a receber rival após 7 anos
Luan de Sousa
Departamento de Comunicação
11/09/2015 – 18:32h
O Palmeiras jamais foi derrotado pelo Figueirense no Palestra Italia. Ao todo, foram disputados sete confrontos na casa palmeirense, todos válidos pelo Campeonato Brasileiro, e o retrospecto alviverde é de duas vitórias e cinco empates.
O último encontro entre as equipes no estádio foi em 2008, no dia 10 de julho. O Verdão, sob o comando de Vanderlei Luxemburgo, foi a campo com Marcos; Fabinho Capixaba, Jeci, Gladstone e Jefferson; Pierre (Wendel) (Evandro), Léo Lima, Diego Souza e Valdivia; Lenny (Denílson) e Alex Mineiro.
Os catarinenses abriram o placar com Cleiton Xavier, aos 16 minutos do segundo tempo. Nove minutos depois, porém, Alex Mineiro deixou tudo igual no placar. Com o resultado, o Palmeiras perdeu o 100% atuando em casa no torneio nacional e ficou fora do G-4 ao fim da rodada.
No cômputo geral, foram 23 duelos entre Palmeiras e Figueirense, com 12 triunfos alviverdes, seis empates e cinco derrotas. Já o primeiro jogo da história entre os times ocorreu no dia 18 de outubro de 1975, válido pelo Brasileirão, ou seja, o embate está perto de comemorar 40 anos. O prélio terminou em 2 a 2. Fedato e Edu Bala anotaram os tentos palestrinos.
A primeira vitória do confronto foi do Verdão, no ano seguinte: 2 a 0, com gols de Nei e Ademir da Guia, em partida amistosa. Na mesma temporada, mas pelo Brasileiro, o Alviverde goleou por 4 a 0, com Ademir da Guia, Toninho Catarina, Gilson (contra) e Itamar balançando as redes.
A maior sequência invicta pertence ao Palmeiras e ocorreu entre 30 de agosto de 2006 a 27 de julho de 2011, com três vitórias e três empates. A maior sequência de vitórias também é do Verdão: foram cinco resultados positivos entre 1º de julho de 2012 e 22 de maio de 2014. No ano passado, inclusive, o clube, mandando o jogo na Arena da Fonte Luminosa, em Araraquara-SP, venceu por 1 a 0, com gol do atacante Henrique.
Pós-Jogo
Fonte: Verdazzo
Diante do pior público no Allianz Parque neste Campeonato Brasileiro, o Verdão venceu o Figueirense por dois a zero e chegou provisoriamente à quinta posição da tabela, e agora seca sobretudo Flamengo, Atlético-PR, Santos e SPFC para manter a zona da Libertadores ao alcance. Mais do que jogar bem, mais do qualquer coisa, o que interessava eram os três pontos. O Palmeiras conseguiu a vitória, interrompeu uma sequência de doze jogos levando gol, e ainda conseguiu, pela primeira vez em vinte e cinco rodadas, um pênalti a favor. Jogar bem? Ainda não foi desta vez, mas tá bom.
PRIMEIRO TEMPO
Com um enorme buraco no setor de armação, Marcelo Oliveira montou o time com três volantes – Zé Roberto e Robinho ficavam ao lado de Thiago Santos, e eventualmente deveriam se revezar na função de meia, mas isso não aconteceu. No máximo, Zé Roberto subia quando o ataque era pelo lado esquerdo, dando suporte a Gabriel Jesus e Egídio, mas sem fazer a função de organizador.
Assim, o Palmeiras jogou todo o primeiro tempo tentando articular jogadas pelos flancos, sobretudo pelo lado esquerdo, e sempre através de chutões de trás. Lucas até se apresentava do lado direito, mas Robinho não subia e Rafael Marques devia estar pensando no Instagram. Quase não houve finalizações nos primeiros 45 minutos por conta desta opção errada combinada com desempenhos medíocres de Rafael Marques e principalmente Egídio.
Aos 4, Gabriel Jesus tentou uma finalização de fora, após bom corta-luz de Alecsandro. Seguiu-se um longo período de domínio estéril do Palmeiras: a bola ficava muito mais no campo do Figueirense do que no nosso, mas nada era criado. A chance de gol seguinte foi uma cabeçada torta de Rafael Marques após cruzamento não muito preciso de Egídio, somente aos 31 minutos.
E ainda conseguimos levar um belo susto: aos 33, Celsinho recebeu livre, sem marcação, no lado direito do ataque e bateu forte, mas como tinha pouco ângulo, mandou a bola na rede por fora.
A arbitragem foi um caso à parte. Não deu a vantagem quando nosso time queria sair rápido para os contra-ataques, marcou irritantemente as chamadas faltinhas a favor do visitante, quebrando o ritmo do jogo – no mesmo estilo do árbitro do Derby. Permitiu a cera dos jogadores do Figueirense, já armada desde o primeiro tempo; mandou o jogo parar quando um jogador deles fingia lesão no chão quando nosso contra-ataque se iniciava (depois que eles mesmos não pararam enquanto atacavam). Irritou tanto, que um torcedor nas cadeiras oeste arremessou um copinho d’água em direção ao quarto árbitro, e acabou detido e mencionado na súmula.
O Palmeiras teve ainda duas chances de bola parada, em faltas realmente próximas à área, mas não aproveitou: na primeira, Robinho bateu rasteiro, fraquinho, em cima do goleiro; e na segunda Zé Roberto bateu na barreira – e reclamou muito de pênalti, alegando que a bola bateu no braço de Marcão. Muito pouco para 50 minutos (o juiz acresceu cinco minutos diante de tanta cera do Figueirense).
SEGUNDO TEMPO
Marcelo Oliveira começou a consertar o erro quando trocou Egídio por Kelvin, mandando Zé Roberto para a lateral-esquerda e Rafael Marques para a área central da intermediária ofensiva. O camisa 19 não fez lá um grande trabalho como meia, mas pelo menos atraiu um pouco a marcação adversária, liberando um pouco mais o tráfego pelos flancos.
E assim, na primeira descida do segundo tempo, Kelvin fez excelente jogada e cruzou rasante, com muito perigo, mas a defesa do Figueirense espanou para escanteio. Na cobrança, Robinho bateu no primeiro pau, Rafael Marques desviou e Jackson fechou no segundo pau, abrindo o placar.
O gol trouxe um enorme alívio às arquibancadas do Allianz Parque. O clima estava ficando muito tenso diante da falta de criação ofensiva, aliada à sequência ruim de resultados. O Figueirense não queria saber de jogo, fazendo muita cera; o juiz estava travando o jogo, e as perspectivas não eram boas. O gol com menos de um minuto evitou que a represa transbordasse.
Aos nove, Lucas foi puxado dentro da área pela camisa, mas o juizão fingiu que não viu. Deve ter sido o trigésimo-sexto pênalti não marcado para o Palmeiras no campeonato. Aos 15, mais um escanteio da direita, Jackson subiu muito e, da marca do pênalti, mandou a bola no cantinho esquerdo de Muralha, que fez grande defesa.
Já com Cristaldo no lugar de Alecsandro, o time continuou insistindo, tentando aproveitar o espaço que o Figueirense foi obrigado a ceder. Thiago Santos fazia uma ótima partida, ajudado por Robinho, e o time seguia sem correr riscos defensivos. E numa dessas saídas rápidas, Robinho lançou de longe para Rafael Marques dentro da área; ele errou o cabeceio mas deu sorte: a bola caiu exatamente à sua frente enquanto o marcador tentava entender o que estava acontecendo; só com Muralha à sua frente, ele deu o tapa cruzado, mas bateu mal, errando por um metro.
Aos 29, um grande momento: Juninho, aquele lateral do Felipão, entrou no lugar de Celsinho, eterna promessa da Portuguesa. Agora ele é meia, craque de bola. Juntou-se a Thiago Heleno e João Vítor. Se o Palmeiras perdesse desses caras ia ficar muito feio.
O Figueirense não fazia por onde, mas o jogo começou a ter uma cara de que ia virar um vexame. Parecia que o Palmeiras ia dar uma daquelas entregadas clássicas e levar o empate numa bola parada qualquer. Andrei Girotto entrou para reforçar a marcação, o que não deu mais segurança a ninguém.
Mas aos 41 conseguimos matar o jogo, após linda troca de passes: de Kelvin, na direita, a bola foi a Robinho, que girou e rapidamente enfiou para Zé Roberto, que entrava em velocidade; ele teve que sofrer dois pênaltis para o juiz finalmente colocar a bola na cal: ele foi empurrado por Lucas Silva e depois derrubado por Thiago Santana. Na cobrança, ele deslocou Alex Muralha e colocou com categoria no canto esquerdo do goleiro, fechando o placar. Após o segundo gol, deu tempo apenas para Leandro Silva levar o segundo amarelo e ser expulso por acertar Gabriel Jesus.
FIM DE JOGO
Tá ruim, mas tá bom. O público relativamente reduzido no Allianz Parque acabou saindo aliviado do estádio. Esperávamos um futebol melhor, mas diante dos últimos resultados, a vitória satisfez a todos, mesmo com um buracão no meio que Allione ou o holograma Fellype Gabriel poderiam ter preenchido melhor.
Resta agora secar os concorrentes e pensar quem vai substituir Vitor Hugo no Maracanã, contra o Fluminense, já que o zagueiro levou o terceiro amarelo e está suspenso. Que Marcelo Oliveira escale o Nathan ou o Victor Ramos, porque o 44 não tem a menor condição. VAMOS PALMEIRAS!