Close

Cruzeiro 2 x 1 Palmeiras – 09/08/2015

20445796731_0559451c86_o
BELO HORIZONTE, MG – 09.08.2015: CRUZEIRO X PALMERAS – O jogador Amaral, da SE Palmeiras, disputa bola com o jogador Henrique, do Cruzeiro EC, durante partida válida pela décima sétima rodada do Campeonato Brasileiro, Série A, no Estádio do Mineirão. (Foto: Cesar Greco / Fotoarena)

Nem o uniforme amarelo em homenagem ao confronto com o Uruguai em 1965, quando o Palmeiras representou o Brasil no Mineirão, trouxe alguma inspiração.

Uma péssima atuação decretou a segunda derrota seguida sob o comado de Marcelo Oliveira. O time apresentou as mesmas falhas de marcação, armação, desorganização dos tempos de Osvaldo de Oliveira.

Essa derrota nos distancia ainda mais do pelotão da frente e, se não começarmos na próxima rodada uma boa sequência de vitórias, começará a comprometer qualquer aspiração no campeonato.

Jogo válido pela 17ª rodada do Brasileirão 2015.

FICHA TÉCNICA
CRUZEIRO 2 X 1 PALMEIRAS

LOCAL: Mineirão, em Belo Horizonte (MG)
DATA E HORÁRIO: 09/08/2015, domingo, às 16h
ÁRBITRO: Wilton Pereira Sampaio (Fifa-GO)
ASSISTENTES: Fabricio Vilarinho da Silva e Bruno Raphael Pires (ambos de GO)
PÚBLICO/RENDA: 20.839 presentes/ R$ 781.710.00

CARTÕES AMARELOS: Fabrício, Manoel, Vinicius Araújo e Willian (CRU); Egídio, Lucas e Victor Ramos (PAL)

GOLS: Alisson, 4’/1ºT (1-0); Cristaldo, 29’/2ºT (1-1); De Arrascaeta, 37’/2ºT (2-1)

CRUZEIRO: Fábio; Léo, Manoel, Paulo André e Mena; Willians, Henrique e Fabrício; Marinho (Marquinhos, 10’/2ºT), Alisson e Vinicius Araújo (De Arrascaeta, 19’/2ºT). TÉCNICO: Vanderlei Luxemburgo

PALMEIRAS: Fernando Prass, Lucas, Victor Ramos, Leandro Almeida e Egídio; Amaral (Cleiton Xavier – Intervalo) e Arouca; Rafael Marques, Robinho (Cristaldo, 28’/2ºT) e Dudu; Leandro Pereira (Alecsandro – Intervalo). TÉCNICO: Marcelo Oliveira

Duelo entre Palmeiras e Cruzeiro completa 85 anos em 2015; relembre histórico

Felipe Krüger
Departamento de Comunicação
08/08/2015 – 15:30h

A história do embate entre Palmeiras e Cruzeiro completou no último mês de maio 85 anos de existência. Menos de três meses depois, os times se enfrentarão, neste domingo (09), pela primeira vez na temporada. O jogo será no Mineirão, às 16h, em partida válida pelo Campeonato Brasileiro, e os times ainda farão outros dois jogos nas próximas semanas, já que foram sorteados para um dos confrontos das oitavas de final da Copa do Brasil.

Na primeira partida da história, em 1930, o Verdão levou a melhor: 4 a 2, com gols marcados por Lara, Carrone, Heitor e Ministrinho. No retrospecto geral, o time alviverde venceu em 29 oportunidades, empatou 22 jogos e foi derrotado 30 vezes.

A maior sequência invicta da história do confronto pertence ao Verdão. Em três oportunidades, o clube permaneceu sete jogos sem perder para os rivais de Mias Gerais. As séries aconteceram entre 1969 e 1974, entre 1975 e 1988 e, por fim, entre 2000 e 2002.

Da mesma forma, a maior sequência de triunfos consecutivos é a favor do Palmeiras. Recentemente, entre junho de 2008 e setembro de 2009, o Alviverde emplacou quatro vitórias seguidas sobre o Cruzeiro.

No último encontro entre as equipes, também no Mineirão, o Palmeiras por pouco não trouxe os três pontos de volta para São Paulo. Em jogo bastante disputado, o Verdão abriu o placar aos 43 minutos do segundo tempo, com o argentino Mouche, mas levou o empate aos 48, com gol do cruzeirense Dagoberto. Naquela oportunidade, o Verdão foi a campo com Fernando Prass, João Pedro, Nathan, Tobio e Juninho; Washington, Victor Luis, Wesley (Bruninho – 17’/2ºT), Mazinho (Mouche 38’/2ºT) e Bernardo (Felipe Menezes – 36’/2ºT); Henrique.

Pós-Jogo

Fonte: Verdazzo

Vestindo amarelo, o Verdão foi derrotado pelo Cruzeiro no Mineirão, perdeu a chance de entrar no G4 e se afastou um pouco mais dos líderes. Menos mal que nenhum deles venceu, e o prejuízo acabou sendo de apenas um ponto. Mesmo assim, o time acumula a segunda derrota seguida e acende a luz amarela, com o time voltando a mostrar a mesma ineficiência ofensiva vista no jogo contra o Atlético-PR e no período final sob o comando de Oswaldo de Oliveira, sobretudo no primeiro tempo. Falhas individuais dos dois zagueiros foram decisivas para que o adversário marcasse seus gols.

PRIMEIRO TEMPO

Com Amaral e Arouca na proteção à zaga, o time abriu uma distância enorme com a linha ofensiva, permitindo que o Cruzeiro tomasse conta do meio-campo. O Verdão não conseguia tocar a bola, e sobrava os chutões de trás para iniciar as jogadas de ataque. Com três volantes que sabem jogar, o Cruzeiro recuperava a segunda bola e descia com rapidez, aproveitando as costas dos laterais e mesmo de Arouca. Amaral não tem a mesma mobilidade de Gabriel e precisa recorrer mais ao posicionamento, foi assim que matou alguns ataques do Cruzeiro. Já Arouca ficou para trás em várias recomposições após o time perder a bola.

Mas talvez esse moral todo do Cruzeiro não tivesse sido tão grande se não tivesse conseguido um gol tão cedo, em falha individual de Leandro Almeida: com a bola à sua frente, em vez de jogar, preferiu cavar uma falta ao perceber que levaria um tranco de Vinicius Araújo; o juiz não marcou a falta (que existiu, mas foi discutível) e o atacante rolou para Alisson, que fechava pelo meio e abriu o placar.

O Cruzeiro prevaleceu por completo até 20 minutos, dominando o campo inteiro, mas naturalmente diminuiu a intensidade e o Palmeiras desafogou um pouco, até porque encaixou a marcação. O Cruzeiro não atacava mais, mas também não permitia que o Palmeiras criasse, sobretudo porque Robinho jogava de costas para o gol e o time não acionava os flancos – Dudu seria uma grande opção para jogar em cima de Leo, improvisado na lateral, mas o jogo ficou afunilado.

Assim, os lances de perigo ficaram por conta dos erros: aos 29, Fábio se atrapalhou com Paulo André, a bola ficou com Robinho que poderia ter rolado para quem chegava de frente, mas tentou girar o corpo e deu tempo da defesa se rearmar.

Aos 31, um erro de passe gerou um contra-ataque rápido do Cruzeiro; Marinho foi lançado, puxou para a ponta e rolou para Henrique, que bateu de fora, exigindo boa defesa de Prass, que mandou a escanteio. E aos 44, um pênalti discutível: Marinho tentou cruzar à meia altura, a bola resvala no braço de Victor Ramos e o bandeira dedurou – o juiz colocou na cal. Se não marcasse, não seria nenhum absurdo, mas provavelmente o trio decidiu pela marcação porque os jogadores do Cruzeiro já tinham cavado penais por duas vezes e a pressão da torcida estava grande. Marinho, canhoto, se posicionou; Prass deu um passo à esquerda e apontou o canto direito; o atacante sentiu a pressão e bateu no canto esquerdo, facilitando a defesa para nosso goleiro. Marinho errou porque não seguiu o be-á-bá dos pênaltis: não fazer contato visual com o goleiro. “Que merda hein!”

SEGUNDO TEMPO

Marcelo Oliveira voltou com Alecsandro no lugar de Leandro Pereira e Cleiton Xavier no lugar de Amaral. Não esperou os 15 minutos de praxe e colocou o time em cima do adversário logo no início do segundo tempo, arriscando tudo – até porque, tomar de 2 ou 3 ganharia os mesmos pontos que perder por 1 a 0; era preciso mudar a pasmaceira ofensiva. E deu certo; o Palmeiras conseguiu tomar o meio-campo, sufocando o Cruzeiro em seu campo. O time mineiro tinha todo o contra-ataque à sua disposição, e conseguiu armar algumas vezes – mas o Palmeiras tinha que correr o risco.

Aos quatro, Egídio cobrou falta da intermediária; Leandro Almeida subiu no terceiro andar de frente para o gol e cabeceou forte, mas no meio da meta, facilitando para Fábio – que mesmo assim fez uma enorme defesa. Aos seis, bela troca de passes pela direita: Cleiton Xavier abriu para Lucas, que tocou para Rafael Marques, que cruzou rápido para a risca da pequena área, onde Alecsandro completou de letra, mas Fábio defendeu. Alecsandro estava um pouco à frente e o bandeira marcou. Mas era outro Palmeiras em campo.

Luxemburgo percebeu o enorme buraco à frente de nossa zaga e o preencheu com De Arrascaeta, que entrou no lugar de Vinicius Araújo. Mas o Palmeiras continuava melhor, porque assumiu o risco. Aos 23, Dudu aproveitou passe de Rafael Marques e emendou de primeira, exigindo grande defesa de Fábio, que rebateu do jeito que deu, para o meio da área. Aos 28, a recompensa: Marcelo Oliveira trocou Robinho por Cristaldo, pra criar mais tumulto na área do adversário, e com 15 segundos em campo o argentino mandou para a rede: Lucas mandou o lateral para a área, nadireção do próprio Cristaldo, que cabeceou para o meio da área e não ficou parado: acompanhou a jogada, se deslocando pela área; a bola foi para Alecsandro, que cabeceou; para Rafael Marques, que cabeceou, e caiu do outro lado para… Cristaldo, que emendou de esquerda no cantinho de Fábio. É muita estrela para um jogador só.

O jogo já era bom, e ficou muito melhor, com as duas equipes partindo em busca do gol da vitória. O Palmeiras estava com a defesa muito mais exposta, mas tinha mais volume de jogo. Quem errasse primeiro, perderia; e infelizmente a balança não pesou para nosso lado: Cleiton Xavier errou um passe fácil no meio-campo e o Cruzeiro armou o contra-ataque pela direita; nossa defesa fechou e a jogada foi invertida para a esquerda; nossa defesa já estava toda montada novamente. Willians abriu para Alisson na esquerda, e ele armou a jogada em cima de Lucas. Victor Ramos não cobriu Lucas, nem marcou De Arrascaeta fechando; preferiu marcar a bola. O cruzamento veio e o uruguaio não teve problemas em escorar para o gol, com 38 no relógio.

O Verdão ainda tentou o empate; Cristaldo conseguiu ajeitar uma bola no peito e bateu forte, mas a bola desviou em Manoel, e saiu em escanteio, com Fábio batido. Um minuto depois, Cristaldo e Alecsandro tabelaram e Fábio precisou se esticar todo para evitar o gol do camisa 90(?!). O final do jogo foi com pressão desordenada, e o Cruzeiro ficou até mais próximo do terceiro. Mas ficamos mesmo nos 2 a 1.

FIM DE JOGO

O primeiro tempo foi deprimente, mas o time voltou a dar sinais de vida no segundo, proporcionando um belo jogo de futebol. Mas o resultado, que era o que mais importava, não veio. O time se afastou um pouco mais da ponta, mas segue no comboio da frente. Os dois últimos resultados, no entanto, obrigam o time a vencer o confronto direto contra o Atlético, no Independência, daqui a três rodadas; um empate será mau resultado. É uma final de campeonato.

Antes disso, o time precisa focar no Coritiba, em jogo que acontece na próxima quarta-feira no Couto Pereira; depois no Flamengo, no próximo domingo pela manhã, antes da semana de decisões, que começa com o confronto contra o próprio Cruzeiro pela Copa do Brasil.

Não adianta querer alcançar o Atlético em uma rodada; o jogo contra o Coritiba, que está com o moral em frangalhos, tem que ser o recomeço. Mais um resultado ruim pode iniciar um ambiente de pressão às vésperas de uma sequência decisiva. Marcelo Oliveira precisa reencontrar a fórmula que levou o time a resultados tão expressivos há algumas semanas, e rápido. Mas contra o Coxa, vai ter que se virar para armar o setor direito da defesa, já que Victor Ramos e Lucas levaram o terceiro cartão, e João Pedro se recupera de lesão. VAMOS PALMEIRAS!

Leave a Reply

Your email address will not be published. Required fields are marked *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.