Em sua segunda partida no comando, Marcelo Oliveira já mostra bons resultados. Uma sonora goleada sobre o São Paulo superou qualquer expectativa. Pra lavar a alma!
Agora é manter o foco e vencer as próximas partidas para se aproximar do pelotão da frente.
Jogo válido pela 9ª rodada do Brasileirão 2015.
FICHA TÉCNICA:
PALMEIRAS 4 X 0 SÃO PAULO
LOCAL: Allianz Parque, em São Paulo (SP)
DATA: 28/06/2015, às 16h (de Brasília)
ÁRBITRO: Anderson Daronco (Fifa)
AUXILIARES: Rogério Pablos Zanardo (Asp-Fifa) e Daniel Paulo Ziolli (Asp-Fifa)
PÚBLICO/RENDA: 29.233 pagantes/ R$ 1.989.100,00
CARTÕES AMARELOS: Bruno, Hudson, Rafael Tolói (SPO), Lucas (PAL)
GOLS: Leandro Pereira 31’/1T (1-0), Vitor Ramos 40’/1T (2-0), Rafael Marques 13’/2T (3-0), Cristaldo 26’/2T (4-0)
PALMEIRAS: Fernando Prass; Lucas, Victor Ramos, Vitor Hugo, Egídio, Gabriel, Arouca, Robinho (Cleiton Xavier 31’/2T), Rafael Marques, Dudu (Gabriel Jesus 36’/2T) e Leandro Pereira (Cristaldo 14’/2T). TÉCNICO: Marcelo Oliveira.
SÃO PAULO: Rogério Ceni; Bruno, Rafael Toloi, Dória, Carlinhos, Hudson (Centurión 24’/2T), Souza, Ganso, Michel Bastos, Alexandre Pato (Thiago Mendes 29’/2T) e Luis Fabiano. TÉCNICO:Juan Carlos Osorio.
Verdão recebe Choque-Rei na arena pela 2ª vez; vantagem em casa é palestrina
Felipe Krüger
Departamento de Comunicação
27/06/2015 – 14:00h
O Allianz Parque receberá neste domingo (28), às 16h, o primeiro jogo entre Palmeiras e São Paulo desde o encontro do Campeonato Paulista 2015, quando o Verdão, com direito a golaço de Robinho do meio-campo, superou os rivais por 3 a 0. A partida também marcou o primeiro Choque-Rei da história da arena.
Naquela oportunidade, ainda sob o comando do técnico Oswaldo de Oliveira, o Alviverde foi a campo com Fernando Prass, Lucas, Tobio, Vitor Hugo e Zé Roberto; Gabriel, Arouca, Rafael Marques, Robinho (Alan Patrick) e Dudu (Leandro Pereira); Cristaldo (Gabriel Jesus). Além do belo gol de Robinho, o atacante Rafael Marques balançou as redes duas vezes.
Com o bom início da história do clássico no novo e modernizado estádio palmeirense, inaugurado no fim de 2014, o Verdão manteve o costume de levar a melhor nas partidas disputadas em casa perante o São Paulo. No Palestra Italia, sem contar o embate sediado no Allianz Parque, os dois clubes duelaram 38 vezes, com 17 vitórias alviverdes, 11 empates e apenas 10 reveses.
Considerando apenas partidas do Campeonato Brasileiro, o Palmeiras também é superior aos rivais. Ao todo, as equipes se encontraram 58 vezes na principal competição nacional do país e o Verdão venceu 18 vezes, aconteceram 27 resultados iguais e 13 triunfos do São Paulo.
No retrospecto geral, os registros indicam leve vantagem dos rivais: 301 partidas, 97 vitórias, 98 empates e 106 derrotas.
Pós-Jogo
Fonte: Verdazzo
Nasce uma doce rotina. O Verdão recebeu o SPFC no Allianz Parque e mais uma vez aplicou uma goleada, desta vez por 4 a 0, e sinaliza que pode engatar uma boa sequência no campeonato, dada a tabela de jogos que se aproxima. Serão três jogos perfeitamenteganháveis antes de ir a Recife enfrentar o líder Sport, e se as perspectivas deixadas por esta saborosíssima goleada se concretizarem, até lá estaremos no pelotão de frente da tabela.
O time de Marcelo Oliveira, depois de uma semana em Atibaia, mostrou uma evolução interessante na base deixada por Oswaldo. Sabendo que poderá contar com Lucas Barrios dentro de duas semanas, o professor já tratou de armar o time com Leandro Pereira, deixando-o mais enfiado entre os zagueiros, como pretende usar o paraguaio, e fazendo o time jogar em função dessa presença. O resultado foi melhor que o esperado.
Primeiro tempo
O Palmeiras permitiu que o SPFC tivesse a posse de bola no primeiro tempo, mas cercou todas as possibilidades de investida. Pato jogou aberto pela esquerda, segurando Lucas, uma preocupação clara de Juan Osorio. Tendo Victor Ramos pela frente, um zagueiro pesado, o camisa 11 do adversário poderia ter criado sérios problemas, e até colocou uma bola na trave – mas a atuação firme de nossa dupla de volantes minimizou essas possibilidades, e Pato só levou perigo mesmo nessa única jogada.
Com a questão do lado direito razoavelmente sob controle, restou ao Palmeiras atacar pela esquerda – e Egídio e Dudu deram conta do recado em cima de Bruno. Aos sete, a primeira chance: Robinho esticou, do campo de defesa, para Dudu que se projetava em velocidade, e correu para acompanhar; Dudu passou por Toloi e devolveu para Robinho, que ajeitou no peito e bateu com a bola pingando – poderia ter feito outro golaço, mas não bateu com a força necessária e facilitou a defesa.
Aos 18, a jogada de Pato já mencionada – a bola bateu na trave depois de ótima jogada do avante adversário – seria sua única jogada de efeito em toda a partida. Um minuto depois, Luís Fabiano conseguiu achar Michel Bastos solto nas costas de Egídio, e o meia bateu com perigo, por cima. O jogo seguia equilibrado, com o SPFC com mais posse de bola, mas o Palmeiras sendo mais agudo nas respostas – as finalizações seguidas deram a ilusão de que o adversário jogava melhor, sobretudo quando aos 28, Michel Bastos conseguiu mais um arremate – um difícil voleio cruzado, mais uma vez atrás de Egídio, após cruzamento de Carlinhos.
O Verdão tratou rapidamente de desfazer essa ilusão com um ataque letal, aos 31: Egídio recebeu de Arouca e avançou, fez a jogada em cima de Bruno e tentou devolver para Arouca; o volante não alcançou a bola que se ofereceu à frente da área para Leandro Pereira que, sem marcação, ajeitou o corpo e bateu forte; a bola desviou em Souza, pegou efeito e venceu Rogério, que assim tomou o primeiro frango da tarde ao demorar para corrigir o movimento da defesa. Ele nunca foi lá essas coisas, mas está velho e com os reflexos mais lentos ainda. Faltou agilidade – mas ninguém na imprensa tem coragem de dizer.
Com o meio-campo fechadinho, restou ao SPFC apelar para os chutões de Dória. O placar adverso complicou os nervos do time. O raciocínio acabou e o esquema de Osório foi junto. Victor Ramos quase ampliou aos 33, em escanteio da esquerda batido por Egídio, mas a bola explodiu no travessão e quase saiu do Allianz Parque tamanha a violência do golpe. Com o adversário grogue, o Verdão ampliou aos 39: o escanteio foi da direita, após chute prensado de Egídio. Robinho suspendeu e desta vez Victor Ramos testou para baixo, vencendo dois adversários (e contando com a ajuda de Dudu que escorou a marcação) e correu para o abraço. Delírio no Allianz Parque!
A tarde era mesmo alviverde: no último lance do primeiro tempo, o SPFC conseguiu seu último suspiro,numa bola de Luís Fabiano que achou Michel Bastos livre dentro da área, mais uma vez no lado esquerdo de nossa defesa; o meia bateu cruzado, rasteiro, mas Prass defendeu com o pé e salvou a tarde. Um gol do SPFC no último lance do primeiro tempo poderia ter modificado completamente o panorama do jogo.
Segundo tempo
O Verdão voltou nitidamente armado para o contra-ataque no segundo tempo. Marcelo Oliveira atraiu o SPFC para o nosso campo, no golpe mais velho do mundo, e o adversário caiu bonitinho. Luís Fabiano tratou de deixar claro que nada daria certo para seu time logo a dois minutos, desviando de bunda uma bola que iria em direção a nosso gol chutada por Carlinhos. Só um susto.
Aos seis, Vitor Hugo cabeceou de costas, de longe, após bola alçada na entrada da área por Egídio em cobrança de falta. Aos onze, Leandro Pereira sentiu lesão em dividida com Dória e saiu de maca. Com um a menos, enquanto Cristaldo se preparava para entrar, o Verdão chegou ao terceiro gol: Dudu abriu para Arouca, que apoiava com consistência e preenche muito bem o meio; ele ligou rápido com Egídio, que enxergou Rafael Marques do outro lado do campo fechando em velocidade; ele cruzou rasteiro com precisão impressionante e o camisa 19 apenas escorou de chapa, cruzado, matando o pobre ancião que se estatelou no chão.
Goleada e festa. A torcida adversária tentava entoar gritos de protesto, mas ninguém ouvia. Bola de pé em pé, olé. Foi quando o Allianz Parque pediu por WESLEY, em coro, em meio a gargalhadas. Para decepção geral, Milton Cruz, que assumiu o time após Juan Osório ter sido expulso no intervalo, não atendeu à súplica.
Não teve problema, a festa prosseguiu mesmo assim. Aos 26, Rafel Marques interrompeu o olé para tentar um ataque mais objetivo, e fez uma magnífica virada de jogo para Egídio, que mais uma vez se projetou em velocidade; o pé estava calibrado e ele cruzou para Cristaldo, por elevação; Churry fez a pose e testou com muita força, vencendo mais uma vez o pobre velhinho, que não teve mais nada a fazer a não ser se ajoelhar após tomar o segundo frango da tarde.
Com 4 a 0 no placar, foi só festa. Cleiton Xavier ainda entrou no Robinho, para dar mais cadência, mas sumiu em campo. Gabriel Jesus entrou no Dudu, mostrou muita vontade, mas não conseguiu construir nenhuma jogada – houve até um lance em que dominou dentro da área e em vez de rolar para quem vinha de trás, tentou o giro. Fome perdoável para o momento. O jogo seguiu ao som de olé, e quase saiu o quinto já nos descontos – mais uma vez, Egídio para Cristaldo; Rogério desta vez defendeu, mas só porque foi inútil, já que o bandeira marcava impedimento.
Fim de jogo
Foi a quarta vitória nos últimos seis clássicos – se contarmos o empate no Itaquerão com triunfo nos pênaltis como vitória, são cinco em seis. Rogério Ceni atinge uma marca que não deve ser alcançada tão cedo: média de 3,5 gols sofridos por partida no Allianz Parque.
Sacolada do Verdão, que atraiu o SPFC para uma armadilha e executou o inimigo sem dó. Vitória convincente, que enche o torcedor de alegria, e mais do que isso, de esperança numa arrancada para colocar o time de volta na briga pela ponta do Brasileirão dentro de algumas rodadas. Tudo depende dos resultados dos próximos três jogos. Que o time mantenha a disposição e a inteligência tática. VAMOS PALMEIRAS!