Partida bastante complicada. Somente aos 26 minutos do 2º tempo furamos o forte bloqueio adversário.
Que venha a semifinal.
Jogo válido pelas quartas de final do Paulistão 2015.
FICHA TÉCNICA
PALMEIRAS 1 X 0 BOTAFOGO
LOCAL: Allianz Parque, em São Paulo (SP)
DATA/HORA: 12 de abril de 2015, às 11h (de Brasília)
JUIZ: Marcelo Rogério (SP)
AUXILIARES: Danilo Ricardo Simon Manis (SP) e Fabrício Porfírio de Moura (SP)
PÚBLICO/RENDA: 35.437 pagantes / R$ 2.498.585,00
CARTÕES AMARELOS: Gabriel, Vitor Hugo, Leandro Pereira e Victor Luis (PAL); Rodrigo Andrade, Gimenez, Liel, Dênis e André Rocha (BOT)
GOL: Leandro Pereira, aos 26’/2ºT (1-0).
PALMEIRAS: Fernando Prass; Lucas, Victor Ramos, Vitor Hugo e Zé Roberto (Victor Luis, intervalo); Gabriel (Valdivia, 17’/2ºT), Arouca, Rafael Marques, Robinho e Dudu (Cleiton Xavier, 44’/2ºT); Leandro Pereira. TÉCNICO: Oswaldo de Oliveira.
BOTAFOGO: Renan Rocha; Gimenez, Eli Sabiá, Halisson e Dênis; André Rocha (André Santos, 37’/2ºT), Liel, Bruno Costa e Rodrigo Andrade (Wesley, 27’/2ºT); Vitor (Zé Roberto, 11’/2ºT) e Diogo Campos. TÉCNICO: Régis Angeli
Em busca de 50ª vitória pelo Paulista, Palmeiras recebe Botafogo-SP na arena
Felipe Krüger
Departamento de Comunicação
11/04/2015 – 13:00h
Uma vitória palmeirense na manhã deste domingo (12), no Allianz Parque, irá significar a classificação às semifinais do Campeonato Paulista e, além disso, será o 50º triunfo palestrino perante o Botafogo-SP na competição estadual.
Na somatória total de partidas, o Palmeiras já venceu a equipe de Ribeirão Preto em 62 oportunidades e foi derrotado apenas 13 vezes, além de 28 empates. Considerando apenas jogos do Paulistão, o Verdão possui 49 triunfos contra 12 dos interioranos e 20 igualdades no marcador.
O primeiro confronto da história entre as duas equipes aconteceu em 20 de maio de 1928, com vitória do Palmeiras por 5 a 0. Ministrinho, Heitor (2), Perillo e Miguel marcaram os gols. Já pelo Campeonato Paulista, o primeiro duelo foi realizado em 21 de julho de 1957. O Verdão venceu por 2 a 0, com tentos de Mazzola e Paulinho (pênalti).
A maior goleada da história dos jogos entre Palmeiras e Botafogo-SP aconteceu em 16 de março de 1996, quando o Verdão bateu os rivais por 8 a 0. No mesmo ano, na partida seguinte entre os dois times, o goleiro Marcos estreou como titular em jogos oficiais pelo clube – vitória por 4 a 0, com direito a defesa de pênalti do Santo.
No encontro mais recente entre os times, o Botafogo-SP levou a melhor. Jogando em Ribeirão Preto, a equipe superou o Palmeiras por 3 a 1. O tento alviverde foi anotado por Valdivia.
Pós-Jogo
Fonte: Verdazzo
Não foi fácil. O Verdão teve que exercer toda sua técnica, usar todas suas armas, mas enfim furou a defesa do Botafogo e venceu o jogo por 1 a 0, e assim avançou à fase semifinal do Paulistão. O time agora espera pela definição da partida entre Santos e XV de Piracicaba para saber se enfrentará o SCCP ou o SPFC no próximo final-de-semana. O que já se sabe é que o confronto será em território inimigo.
Oswaldo mandou Leandro Pereira a campo no lugar de Cristaldo, o que de certa forma surpreendeu toda a nossa torcida – imaginem então o treinador do Botafogo. Com essa mudança, as jogadas passaram a ficar muito mais desenhadas para as investidas pelas laterais, buscando o cruzamento para um centroavante NOVE-NOVE, como é Leandro – Cristaldo tem mais a característica de cair pelos lados e ajudar na troca de passes para quem vem de trás.
Essa variação tática foi percebida durante todo o jogo; o Verdão buscou as jogadas pelos flancos com Dudu, Robinho, Lucas, Zé Roberto – depois Victor Luis, sempre buscando Leandro Pereira e com Rafael Marques eventualmente fechando pelo segundo pau. E foi um bombardeio. Jogando como time grande, com autoridade, sobrepujou o Botafogo até conseguir o gol.
A primeira tentativa foi aos quatro minutos: Robinho matou uma bola na intermediária, aproveitou-se da altura que ela pegou depois da matada e mandou um chute por cobertura, procurando surpreender a Renan Rocha, mostrando que o gol sobre o SPFC não foi acidente. Desta vez a bola saiu por cima do travessão, mas passou perto.
Aos cinco, em cobrança de escanteio, o Botafogo foi às redes, mas houve falta claríssima sobre Fernando Prass no lance e o juiz anulou bem. O Verdão mantinha a posse de bola e rodava o jogo sem precipitação, buscando os espaços. O Botafogo se defendia como podia, e fechava esses espaços. A chance seguinte só veio aos 21, com Zé Roberto, que foi ao fundo e rolou para o meio da área, mas a bola cruzou toda a área até o zagueiro aliviar para escanteio. Mas a jogada estava desenhada.
Dois minutos depois, uma chance incrível: Zé Roberto bateu escanteio pela esquerda, a bola espirrou no meio da área e caiu nos pés de Dudu no segundo pau, e o goleiro estava no meio da pequena área. A menos de um metro da linha do gol, Dudu escorou meio de canela, meio de tornozelo, e a bola foi na trave. Aos 25, o auge da pressão: Dudu desceu pela esquerda e cruzou rasteiro; Leandro Pereira fechou no primeiro pau e escorou cruzado, obrigando Renan Rocha a fazer uma defesa espetacular, com muito reflexo.
Naturalmente, o Palmeiras diminuiu a intensidade, até porque o calor era intenso. Mesmo assim, seguiu controlando o jogo e criando chances de gol, mas não tão agudas. Dudu tentou uma finalização de bico, após girar dentro da área, mas a bola foi nas mãos do goleiro. E quando não era o goleiro ou a defesa do time do interior, era o bandeirinha que parava nossos ataques, algumas vezes de forma equivocada. E assim como nas duas partidas de sábado entre grandes e pequenos, os times foram para o intervalo com o placar em branco.
Zé Roberto sentiu a mesma lesão que o tirou dos últimos jogos e precisou sair, dando lugar a Victor Luis. Obviamente o time sentiu a perda de qualidade técnica pelo setor esquerdo, que deixou de ser uma opção tão constante de ataque. Por conta disso, Dudu passou a ser mais acionado ainda por aquele flanco, e logo aos cinco sofreu o primeiro pênalti não marcado por Marcelo Rogério, ao ser deslocado com falta por Gimenez dentro da área. O Verdão começou então uma blitz incrível em cima do gol do time de Ribeirão, rodando a bola, chutando em cima da zaga, voltando a rodar a bola, finalizando de novo, mas sem sucesso, parando na muralha erguida à frente da meta.
Aos 13, Dudu tentou mais uma jogada em velocidade mas foi desarmado, e o contra-ataque foi terrível: Diogo Campos puxou a correria pela direita, ganhou campo e alçou para Zé Roberto, que estava impedido; o bandeirinha fingiu que não viu e deixou o jogo seguir; o experiente atacante do time do interior, com o gol inteiro à disposição, finalizou por cima. Vitor Hugo poderia ter impedido esse ataque não tivesse dado mais um bote em falso.
Esse gol perdido foi daqueles lances em que se tem a certeza que o time será castigado. Dois minutos depois, Oswaldo mandou Valdivia a campo, no lugar de Gabriel – Robinho foi puxado para a primeira linha do meio-campo, na posição onde gosta mais de atuar. E a pressão ficou maior ainda, com o chileno dando mais dinamismo à já intensa movimentação dos atletas, mexendo bastante na bola.
Aos 22, o Botafogo teve um gol anulado: após cobrança de falta, Eli Sabiá completou para o gol, mas o bandeira assinalou impedimento. Menos de um minuto depois, Valdivia roubou uma bola na saída do time do Botafogo, e a bola sobrou para Dudu, que bateu cruzado, a bola foi na trave e entrou – mas o bandeira do outro lado também marcou impedimento. Nos dois casos, acertaram.
Aos 24, a bola rodou, rodou, rodou, até encontrar Rafael Marques aberto pelo lado direito; ele ajeitou e bateu cruzado, mas Renan Rocha defendeu com o pé. Um minuto depois, mais um pênalti sobre Dudu não marcado pelo juiz, novamente cometido por Gimenez. Dois minutos depois, finalmente o gol: Valdivia fintou Liel e abriu para Lucas, em velocidade; ele finalmente acertou um cruzamento, por baixo, achando Leandro Pereira que repetiu a finalização do primeiro tempo; desta vez Renan Rocha não teve o que fazer e a bola morreu nas redes, para alegria dos mais de 35 mil palmeirenses presentes ao Allianz Parque. E quase o Verdão ampliou um minuto depois, com Dudu, que bateu de dentro da área à direita do gol, após tabelar com Leandro Pereira.
O Palmeiras continuou no ataque, construindo mais três chances para aumentar o placar, com Valdivia, Vitor Hugo e Dudu. Perto do fim, Oswaldo mandou Cleiton Xavier a campo no lugar de Dudu, e em poucos minutos em campo o camisa 8 mostrou que tem bastante a acrescentar ao time, dando passes com bastante categoria, se movimentando e até arriscando uma finalização em chute de fora. No fim, coube aos torcedores do Verdão gritarem olé enquanto o Botafogo se resignava com a derrota.
A arbitragem acertou nos lances capitais ao anular os três gols, mas nos prejudicou em outros lances sérios, ao não marcar dois pênaltis sobre Dudu e deixar seguir o lance que Zé Roberto, o deles, finalizou pra fora na cara do gol. Além disso, amarelou nossos três pendurados de forma questionável.
Desde 2009 o time não se comportava como grande, de forma inquestionável. Teve camisa, teve torcida, mas teve acima de tudo futebol consistente. É isso que nos deixa confiantes que vamos a território inimigo na próxima partida, em mais uma eliminatória simples, em totais condições de avançar à final. Na próxima segunda-feira, às 11 da manhã, o Conselho Técnico da FPF se reúne para definir datas e horários das partidas. Vai ser uma semana realmente longa. VAMOS PALMEIRAS!