Fim da primeira fase com empate e uma 4ª colocação geral. Isso traz a desvantagem de ter que jogar semifinal e final fora, caso passe (e esperamos que sim).
Jogo bastante ruim motivado por algumas ausências (ou presenças de outros).
Era pra ganhar. Paciência! Que venham as finais.
Jogo válido pela 15ª rodada do Paulistão 2015.
FICHA TÉCNICA
ITUANO 2 X 2 PALMEIRAS
LOCAL: Estádio Novelli Júnior, em Itu (SP)
DATA: 8 de abril de 2015, quarta-feira
HORÁRIO: 22 horas (de Brasília)
ÁRBITRO: Antonio Rogério Batista do Prado (SP)
ASSISTENTES: Paulo de Souza Amaral e Vitor Carmona Metestaine (ambos de SP)
RENDA/PÚBLICO: R$ 257.290,00 / 5545 pagantes
CARTÕES AMARELOS: Clayson, Dick, Ewerton, Claudinho, Naylhor (Ituano); Jackson, Renato, Victor Luis, Leandro Pereira (Palmeiras)
GOLS: Rafael Marques, 6’/2ºT (0-1); Clayson, 15’/2ºT (1-1); Ricardinho, 25’/2ºT (2-1); João Pedro, 38’/2ºT (2-2)
ITUANO: Fábio; Dick, Léo, Naylhor e Peri; Ewerton (Pacheco – 45’/2ºT), Jonatan Lima, Cristian (Guilherme – 36’/2ºT) e Clayson (Djavan – 28’/2ºT); Claudinho e Ricardinho. Técnico: Tarcísio Pugliese
PALMEIRAS: Aranha; João Pedro, Nathan (Victor Ramos – 26’/2ºT), Jackson e Victor Luis; Gabriel e Renato; Maikon Leite (Cristaldo – 31’/2ºT), Valdivia (Robinho – intervalo) e Rafael Marques; Leandro Pereira. Técnico: Oswaldo de Oliveira
Pós-Jogo
Fonte: Verdazzo
Finalmente acabou. A primeira fase do Paulista, que só se salva por causa dos clássicos, terminou esta noite e o Verdão fez uma partida muito ruim em Itu, empatou em 2 a 2 e ficou em quarto lugar na classificação geral. Com isso, fica na dependência de um acordo com a PM e com a FPF para poder mandar o jogo das quartas-de-finais no Allianz Parque – ao que tudo indica, o confronto será na segunda-feira. Ninguém parece se opor a essa solução.
Mas o Palmeiras perdeu a chance de brigar por ser o terceiro, e assim jogar o problema para o SPFC, que aí sim, seria obrigado a mandar seu jogo no interior, assim que entrou em campo contra o Red Bull, em Campinas. Aquela partida com saltinho alto custou três pontos que não eram para serem desperdiçados. Para piorar, havia cinco pendurados, mas em vez de já queimar pelo menos dois ou três deles, apenas Tobio levou cartão, acumulando todos os outros para tomar o terceiro no jogo passado – todos tiveram que cumprir hoje. Tobio continuou de fora, Gabriel Jesus foi pra seleção, e o time não conseguiu nem formar um banco completo.
Aí, para colocar a cereja no bolo, Oswaldo de Oliveira decide escalar o Maikon Leite. Poupou Lucas, Robinho e Cristaldo, e deu nisso aí: um catado em campo, que não conseguiu se impor perante ao fraquíssimo Ituano, um time que não tinha nenhum estímulo no campeonato e apenas entrou para jogar sua bola. Tudo errado.
O primeiro tempo foi uma coisa horrorosa. O time que entrou em campo não tinha nenhum entrosamento, como se estivesse no primeiro amistoso da pré-pré-temporada, e sem a qualidade dos titulares. Sem conseguir trocar três passes, o time lembrou os piores momentos de 2012 e 2014. A rigor, foram apenas duas chances de gol: na primeira, aos 33, Valdivia abriu para João Pedro e correu para a área; o lateral cruzou na medida para o chileno que cabeceou nas mãos de Fábio. Na segunda, Maikon Leite bateu falta com precisão, na cabeça de Nathan que testou para o chão, tirando do goleiro, mas a bola saiu ao lado da trave esquerda. E mais nada. Sério.
Na volta do intervalo, Robinho entrou no lugar de Valdivia mas o panorama não se modificou. O Palmeiras chegou ao gol aos sete numa jogada de escanteio, mas podia ter tomado o gol aos seis, quando Cristian Mendigo furou uma bola incrível dentro da pequena área. O Verdão armou seu ataque rápido, a bola saiu em escanteio, e na cobrança Rafael Marques dominou a bola viva, enxergou o buraco entre Peri e a trave e tocou com muita categoria, abrindo o placar. Injusto, ninguém merecia fazer gol.
Atrás no placar, sem nenhuma responsabilidade, o Ituano resolveu se abrir para atacar. Com mais espaço, o Palmeiras se tornou mais perigoso e quase fez o segundo, mas a bola caiu no pé do Maikon Leite. Em jogada clássica, ele fez tudo certo e na hora de finalizar mandou para fora de forma bisonha. Era um gol feito.
Se o Ituano perdeu um gol feito e o Palmeiras abriu o placar, dez minutos depois aconteceu o oposto: no lance seguinte à bizarrice de Maikon Leite, Cristian Mendigo enfiou em profundidade para Clayson; Nathan espanou de forma ridícula, Aranha não sabia se ia ou se ficava, e Clayson aproveitou para tocar por cima do goleiro, que fazia sua estreia com a camisa do Palmeiras.
A ruindade prevalecia, embora o time tivesse passado a tentar passar à frente de novo com um pouco mais de vontade. Numa jogada bem trabalhada, Robinho enfiou para Leandro Pereira que bateu forte, Fábio deu rebote e Rafael Marques tentou emendar de primeira e acabou fazendo pior que o Maikon Leite, mandando a bola fora do estádio.
Como se fosse um script maldito, foi só perder um gol feito para tomar outro: aos 25, Clayson fez a jogada como quis em cima de Victor Luis enquanto Ricardinho fechava pelo meio, sem marcação. Victor Ramos, que tinha entrado no lugar do Nathan, marcava o Gasparzinho. João Pedro estava pensando na namorada. Clayson conseguiu invadir a área, Ricardinho se antecipou e tocou por baixo de Aranha.
Com Cristaldo no lugar de Maikon Leite, o time foi para o tudo ou nada. O Ituano resolveu apenas fazer cera e se defender. Por isso acabou tomando o empate, aos 37, porque o Palmeiras insistiu muito: depois de uma jogada muito confusa dentro da área, Robinho abriu para João Pedro, que quase estava impedido, mas ele teve calma (e muito tempo e espaço) para pensar e bater forte, cruzado, no canto direito de Fábio.
Nem os cinco minutos de desconto dados pelo péssimo Antônio Rogério Batista do Prado foram suficientes para o Verdão virar o jogo. No último lance, aos 50, Cristaldo saiu na cara de Fábio, pelo lado direito da área, mas o goleirão saiu bem, cresceu na frente do argentino e fechou o ângulo, garantindo o empate.
Foi ridículo. Perdemos a chance de garantir nosso mando por pura incompetência, tanto dentro quanto fora de campo. O time ainda pode se garantir, vencer bem os dois próximos jogos e tudo isso ficar para trás. Mas aumentou, e muito, a responsabilidade; podemos todos ter que pagar essa conta sem precisar.
O Verdão deve voltar a campo na próxima segunda-feira, no Allianz Parque, contra o Botafogo. Rasga-se o regulamento, porque todos querem isso: o Palmeiras, a FPF, e o próprio Botinha, todos de olho numa fatia da exorbitante renda que deve ser alcançada na partida – pelo menos quatro vezes maior do que se fosse num estádio do interior. Frise-se que esse absurdo de não poder exercer o mando ocorre apenas porque a PM assume não ter a competência para garantir a segurança de dois eventos no mesmo dia.
Agora é pra valer. Vale taça, contra os maiores rivais. Passar pelo Botinha é o primeiro degrau, depois, a tendência será três clássicos na sequência, intercalados apenas pelos jogos na Copa do Brasil contra o Sampaio Corrêa. Cleiton Xavier estará à disposição, mesmo sem ritmo de jogo. E é assim que chegamos no primeiro funil do ano. Hora de todo mundo juntar todas as forças, raspar todos os cobres do porquinho, e apoiar o Verdão no estádio. VAMOS PALMEIRAS!