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Palmeiras 3 x 0 São Paulo – 25/03/2015

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O jogador Robinho, da SE Palmeiras, comemora seu gol contra a equipe do São Paulo FC, durante partida válida pela décima segunda rodada do Campeonato Paulista, Série A1, na Arena Allianz Parque. São Paulo/SP, Brasil – 25/03/2015. Foto: Cesar Greco / Fotoarena

Depois de 13 jogos em que desconfiança pairou sobre nossas cabeças, hoje ela não apareceu.

Jogando um bom futebol nocauteamos o São Paulo com direito a gol de placa de Robinho.

Ainda há muito que evoluir, é claro, sempre vai ter, mas que seja o início de uma nova era consolidando todo o esforço da diretoria e comissão técnica trazendo tranquilidade e paz aos nossos bastidores e com a exigente torcida.

Não queremos (e não somos arrogantes a tal ponto) ganhar tudo, mas que quando cair que seja em pé, com dignidade não como nos últimos anos vexatórios que tivemos.

Jogo válido pela 12ª rodada do Paulistão 2015.

FICHA TÉCNICA
PALMEIRAS 3 X 0 SÃO PAULO

DATA: 25/3/2015, às 22h
LOCAL: Allianz Parque, em São Paulo (SP)
ÁRBITRO: Vinicius Furlan
AUXILIARES: Alex Ang Ribeiro e João Edilson de Andrade
PÚBLICO E RENDA: 25.804 pagantes e R$ 2.107.256, 20
CARTÕES AMARELOS: Vitor Hugo e Zé Roberto (PAL); Ganso (SPO)
CARTÕES VERMELHOS: Toloi, aos 8’/1ºT (SPO); Michel Bastos, aos 33’/2ºT (SPO)

GOLS: Robinho, aos 2’/1ºT (1-0); Rafael Marques, aos 22’/1ºT (2-0); Rafael Marques, aos 6’/2ºT (3-0)

PALMEIRAS: Fernando Prass, Lucas, Tobio, Vitor Hugo e Zé Roberto; Gabriel, Arouca, Robinho (Alan Patrick, aos 36’/2ºT) e Dudu (Leandro Pereira, aos 39’/2ºT); Rafael Marques e Cristaldo (Gabriel Jesus, aos 14’/2ºT). Técnico: Oswaldo de Oliveira.

SÃO PAULO: Rogério Ceni, Bruno, Toloi, Lucão e Carlinhos; Hudson, Denilson, Michel Bastos e Ganso (Centurión, no intervalo); Alexandre Pato (Edson Silva, aos 21’/1ºT) e Alan Kardec (Boschilia, aos 37’/2ºT). TÉCNICO: Muricy Ramalho.

Na arena pela 1ª vez, Choque-Rei ultrapassa marca de 300 jogos; veja histórico

Felipe Krüger
Departamento de Comunicação
24/03/2015 – 19:50h

Disputado pela primeira vez no Allianz Parque, o clássico entre Palmeiras e São Paulo, historicamente conhecido como Choque-Rei, será realizado nesta quarta-feira (25), às 22h, em partida válida pela 12ª rodada do Campeonato Paulista. O jogo marcará o encontro de número 301 (96V, 98E, 106D) entre os dois times.

Pela competição estadual, o Palmeiras não é derrotado pelo São Paulo desde 2009. Desde então aconteceram cinco partidas, com duas vitórias palestrinas e dois empates. No confronto mais recente, em 2014, o Verdão superou o rival por 2 a 0, com grande atuação do chileno Valdivia, que marcou um dos gols.

Apesar da partida desta quarta-feira (25) ser a primeira da moderna arena palmeirense, os dois times se encontraram 38 vezes no antigo Palestra Italia – foram 17 triunfos palmeirenses, 11 empates e apenas 10 reveses. O Verdão balançou as redes 53 vezes e foi vazado em outras 34 oportunidades.

O duelo válido pela fase inicial do Campeonato Paulista será apenas o primeiro entre os dois times na temporada 2015. Com chance de se enfrentar na segunda fase da competição estadual e na Copa do Brasil, os times já possuem outras duas datas marcadas para confrontos entre si: dia 28 de junho, pela 9ª rodada do Campeonato Brasileiro, no Allianz Parque, e dia 27 de setembro, no 28º jogo do Palmeiras na competição, no Morumbi.

Considerando as partidas contra os três rivais do estado, o Palmeiras mantém grande vantagem na somatória total de vitórias. O Verdão superou os adversários (São Paulo, Corinthians e Santos) em 354 oportunidades, empatou 289 vezes e perdeu 328 jogos.

Pós-Jogo

Fonte: Verdazzo

O cenário definitivo começou a ser montado desde o empate contra o Atlético-PR, no dia em que o Vitória fez questão de tomar nosso lugar na Série B. Naquele dia, a direção do Palmeiras decidiu que não poderia mais correr os riscos de deixar o comando do time na mão de amadores – eles próprios. A reengenharia financeira, iniciada há pouco mais de dois anos, não teria serventia alguma se o time tivesse caído mais uma vez.

Pois o susto valeu a pena. Tudo o que faltava ao departamento de futebol foi providenciado. Direção, atletas, e um novo clima. Tudo renovado. Com gente competente em todas as esferas, o trabalho recomeçou. A torcida apoiou, e bancou com um esforço gigantesco, seja pagando as mensalidades do Avanti, seja pagando ingressos caros.

Nos testes mais fáceis, nenhum problema. Nos mais difíceis, alguns tropeços. Treze jogos depois, o primeiro clássico em casa com o time já em vias de estar competitivo. Não foi suficiente na Vila Belmiro, há duas semanas; mas em casa, com mais de 25 mil pessoas, não teve jeito: o Verdão finalmente arrancou da folhinha o dia 31 de dezembro de 2009.

O ano que vem chegou. Depois de patinar muito tempo, finalmente estamos de volta. O jogo que marcou o retorno foi o da noite do dia 25 de março de 2015. Um Choque-Rei em que a comunhão entre torcida e time foi imediata, e o nocaute veio logo a dois minutos, quando Rogério Ceni, o especialista em jogar com os pés, o goleiro-líbero-artilheiro-mito-pica-das-galáxias deu um chute ridículo que caiu no peito de Robinho, um pouco antes do círculo central. Ele amorteceu a bola e mandou o balaço. Com a arrogância que lhe é característica, Ceni não admitiu a possibilidade de que o Palmeiras marcasse um gol desses após um erro seu. Correu de volta para a meta como que ordenando a bola para que não ousasse entrar no gol, como se fosse um bandeirinha em começo de carreira, daqueles que ele gosta de intimidar. Pois como diz seu treinador, a bola pune: enquanto ele saltava descoordenadamente, sem sequer armar uma ponte, ela entrou no ângulo esquerdo do gol norte. Explodiu o Allianz Parque. Explodiu junto a alma do velho Palestra.

Boooom! Nocaute. O SPFC parecia o Maguila após levar um gancho do Holyfield. E o Palmeiras começou o massacre. Com sete minutos, Rafael Toloi se descontrolou após uma disputa dura com Dudu, e pegou-lhe sem bola. O quarto árbitro o flagrou, e alertou o árbitro principal para que o expulsasse. Maguila já estava virando os olhos.

O Verdão poderia ter feito o segundo com Lucas, de fora; ou com Tobio, que completou cruzamento de chapa dentro da área. Mas conseguiu ampliar aos 22, com Rafael Marques, após espetacular jogada de Dudu pela esquerda. E quase fez o terceiro com Cristaldo, que teve duas chances: numa, puxou a descida, ficou frente a frente com Rogério e bateu rasteiro, mas para fora. Na outra, pegou uma sobra dentro da área e bateu cruzado, Rogério rebateu e a zaga afastou. O primeiro tempo terminou 2 a 0, mas podia ter sido uns cinco, à la Alemanha.

O clima era de êxtase total. O adversário estava morto, não era um baile tático ou supremacia técnica. Era no coração, era na alma. O jogo já tinha terminado, os três pontos já estavam na conta, a questão era de quanto ia ser. E o Verdão voltou para o segundo tempo atrás de mais. Logo no comecinho, cruzamento perigoso de Zé Roberto da esquerda; a zaga adversária afastou o que seria gol certo de Rafael Marques, de cabeça.

Aos seis, o tiro de misericórdia: o Palmeiras brincou com a bola; a jogada pela direita, dentro da área, deu errado; Rafael Marques manteve o domínio e tocou para Arouca, que virou rapidamente para a esquerda, para Zé Roberto, que olhou, pensou, e cruzou no segundo pau, onde estava Rafael Marques, de novo; ele pegou um sem-pulo espetacular e fuzilou Rogério Ceni. Só valia golaço. Àquela altura Maguila já estava tendo convulsões na lona, com a perna rígida, tremendo no ar.

Ainda deu tempo para Dudu montar, literalmente, nas costas de Edson Silva, que de tão atordoado chegou a aceitar ser seu cavalinho por alguns décimos até se dar conta do que estava acontecendo. E Michel Bastos deu um carrinho criminoso em Arouca, que felizmente não acertou – mas o juizão achou sensato expulsá-lo.

Com dois a mais, e ainda com mais de quinze minutos pela frente, era a deixa para uma goleada histórica. Mas nossos jogadores cometeram talvez o único erro da noite, e se apiedaram do inimigo, contentando-se com o humilhante olé. A triangulação entre Gabriel, Robinho e Gabriel Jesus, que quase deu em gol do camisa 18, foi a assinatura da partida. Um show de bola, um chocolate para ninguém mais ter dúvidas: este time vai brigar forte.

Claro que o time não virou o Bayern de domingo pra cá; claro que ainda há o que evoluir. Que este massacre não encubra, principalmente da comissão técnica e da diretoria, os ajustes que ainda precisam ser feitos para os próximos passos da evolução do time. Mas esta partida teve o efeito psicológico que ainda faltava, o de devolver definitivamente a auto-estima ao torcedor. Aquilo que Zé Roberto falou no início da temporada, finalmente saiu do plano do discurso: O PALMEIRAS É GRANDE. Agora todos acreditam nisso.

2009 terminou, finalmente. O “ano que vem” chegou. As finais do Paulista estão aí, e mesmo com o time ainda em desenvolvimento, já não há quem possa duvidar que o Verdão vai chegar forte nessa encrenca. Que a noite de 25 de março de 2015 jamais seja esquecida.

OBRIGADO, PALMEIRAS!

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