Mais um jogo complicado contra um adversário retrancado.
Estamos cumprindo a escrita e vencendo times de menor expressão. Não podia ser direfente.
Jogo válido pela 11ª rodada do Paulistão 2015.
FICHA TÉCNICA:
SÃO BERNARDO 0X1 PALMEIRAS
LOCAL: Estádio Primeiro de Maio, em São Bernardo do Campo (SP)
DATA/HORA: 22/03/2015 – às 19h30
ÁRBITRO: Douglas Marques das Flores (SP)
ASSISTENTES: Emerson Augusto de Carvalho e Vitor Carmona Metestaine (ambos de SP)
CARTÕES AMARELOS: Cañete e Luciano Castán (São Bernardo); Cristaldo, Rafael Marques e Fernando Prass (Palmeiras)
GOL: Vitor Hugo – 9’/2ºT
SÃO BERNARDO: Daniel; Rafael Cruz, Diego Jussani, Luciano Castán e Vicente (Jean Carlos); Moradei, Dudu Lima (Vanger), Marino, Magal e Cañete (Lúcio Flávio); Maikon
TÉCNICO: Roberto Fonseca
PALMEIRAS: Fernando Prass; Lucas, Victor Ramos, Vitor Hugo e Zé Roberto; Gabriel, Arouca, Rafael Marques, Robinho (Renato) e Dudu (Leandro Pereira); Cristaldo (Gabriel Jesus)
TÉCNICO: Oswaldo de Oliveira
Pós-Jogo
Fonte: Verdazzo
O Verdão mais uma vez teve dificuldades, mas conseguiu trazer os três pontos e manteve a escrita de não perder pontos para pequenos neste Paulistão. Diante do pior ataque do campeonato, a defesa mais uma vez houve-se bem e segurou a vitória, conquistada com um golaço de puxeta de Vitor Hugo. A se lamentar, mais uma vez, a falta de criatividade da equipe, sobretudo quando o placar ainda estava empatado.
O primeiro tempo foi horrendo. Mesmo com uma equipe cuja proposta não foi a de apenas se defender, como é praxe entre os pequenos, o Palmeiras teve muita dificuldade em criar oportunidades de gol. Cristaldo não participa das articulações ofensivas, continua muito isolado. Rafael Marques, Dudu e Robinho mantiveram uma distância entre si que também não ajudou muito.
As tentativas de gol foram raras. Rafael Marques tabelou com Dudu, aos 4, e tentou o primeiro tiro de longe, para fora. O Palmeiras foi chegar perto do gol do São Bernardo novamente apenas aos 32, em boa jogada de Lucas pela direita – ele cruzou no segundo pau para Rafael Marques, que cabeceou para fora. Foi na parte final do primeiro tempo, quando o camisa 19 foi deslocado para a esquerda, que o time passou a rondar mais a área do time do ABC.
A melhor chance veio aos 41: Cristaldo, que também resolveu sair um pouco da área, abriu na direita para Robinho, que cruzou na entrada da área; Dudu dominou, limpou um zagueiro e bateu rasteiro de direita, mas a bola saiu raspando a trave. O primeiro tempo, decepcionante, foi só isso.
O São Bernardo, que luta para fugir do rebaixamento, voltou um pouco mais aberto no segundo tempo, e deu ao Palmeiras a chance de aproveitar mais os espaços. A primeira chance foi logo aos 3 minutos, com Gabriel: ele pegou uma sobra, ajeitou no peito e bateu bem, buscando o ângulo direito de Daniel, mas a bola saiu por pouco.
Aos oito, Lucas subiu mais uma vez e cruzou; Rafael Marques resvalou e a bola se ofereceu para Robinho, que emendou de voleio, o goleiro atacou a bola antes que Cristaldo desviasse e a bola saiu em escanteio – mas ela quase entrou no canto esquerdo. Na cobrança, Rafael Marques cabeceou no canto esquerdo, Daniel fez um milagre – a bola entraria ou Dudu completaria para o gol – mas Vitor Hugo teve muita presença e improvisou uma puxeta, colocando a bola no canto direito de Daniel, que não teve chances. Golaço do Verdão.
Precisando do resultado, o São Bernardo se abriu todo, e ofereceu o campo ao Palmeiras. Foi aí que pudemos ver que a dificuldade do time não é apenas com times fechadinhos; mesmo com times desguarnecidos, o setor ofensivo ainda não sabe o que fazer com a bola. Os raros momentos de lucidez acontecem quando a bola passa por Zé Roberto ou Robinho – aos 14, o camisa 27 recebeu pela esquerda, enxergou Dudu fechando pelo lado oposto e fez um lindo passe; Dudu limpou o lateral e bateu forte, mas a bola saiu à esquerda de Daniel, acordando a coruja.
Aos 19, a primeira chance do São Bernardo: o lado direito da defesa dormiu e Maikon conseguiu receber dentro da área e chutar cruzado, mas Prass fez boa defesa. Aos 23, a segunda e última tentativa, de bola parada: Jean Carlos bateu bem mas Prass saltou para colocar a escanteio, para alegria dos fotógrafos.
Aos 24, Gabriel Jesus entrou no lugar de Cristaldo, e a tendência era de que seu gol finalmente saísse, já que pela primeira vez jogaria em campo aberto. Mas não foi o que aconteceu; o time continuou muito espalhado, e o menino abusou mais do que o costume dos lances de efeito, alguns desnecessários. Cabe o primeiro puxão de orelhas. Os vinte minutos finais, que prometiam muito, não empolgaram, já que nenhum dos dois times, apesar do espaço oferecido, mostrou objetividade para que saísse o último passe. O Verdão ganhou o jogo sem ser ameaçado; o São Bernardo, mesmo precisando de gols, não chegou nem perto disso.
O Palmeiras somou a oitava vitória em onze jogos, mas segue em busca do melhor posicionamento ofensivo. A falta de espaço, desta vez, não serve como explicação. É verdade que o gramado estava pesado e o campo era ruim – o lateral Vicente sofreu uma lesão séria ao prender a ponta do pé num buraco – mas o time não chegou nem perto de mostrar um futebol envolvente.
Quarta-feira teremos um clássico e vamos precisar de um time mais compacto. Se jogarmos assim contra o SPFC, mesmo em casa, teremos dificuldades. Obviamente a atmosfera do jogo será outra e o coração conta muito, mas seguimos em busca de um time mais consistente no ataque. O Paulistão está chegando ao fim e o Brasileiro começa em cinco semanas. Aí, será tarde demais e cada ponto perdido será irrecuperável. Vamos, Oswaldo. VAMOS PALMEIRAS!