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Palmeiras 1 x 0 XV de Piracicaba – 15/03/2015

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O jogador Gabriel, da SE Palmeiras, comemora seu gol contra a equipe do EC XV Novembro (XV de Piracicaba), durante partida válida pela décima rodada do Campeonato Paulista, Série A1, na arena Allianz Parque. São Paulo/SP, Brasil – 15/03/2015. Foto: Cesar Greco / Fotoarena

Vitória da insistência.

Mais um adversário bem retrancado e tentando segurar o empate.

Jogo válido pela 10ª rodada do Paulistão 2015.

FICHA TÉCNICA:
PALMEIRAS 1 X 0 XV DE PIRACICABA

LOCAL: Estádio Palestra Itália, em São Paulo (SP)
DATA/HORA: 15/03/2015 – às 11h
ÁRBITRO: Rodrigo Guarizo Ferreira do Amaral (SP)
 ASSISTENTES: Fabrício Porfirio de Moura e Mauro André de Freitas (ambos de SP)

PÚBLICO/RENDA: 26.199 pagantes / R$ 1.897.635,00
CARTÕES AMARELOS: Vitor Hugo, Arouca e Zé Roberto (Palmeiras); Diego Silva, Clayton, Ednei e Tony (XV de Piracicaba)
CARTÃO VERMELHO: Tony (XV de Piracicaba)
GOLGabriel –  39’/2ºT

PALMEIRAS: Fernando Prass; Lucas, Tobio, Vitor Hugo e Zé Roberto; Gabriel, Arouca (Leandro Pereira), Allione (Gabriel Jesus), Robinho e Dudu; Cristaldo (Ryder)
TÉCNICO: Oswaldo de Oliveira

XV DE PIRACICABA: Roberto; Ednei, Leonardo Luiz, Airton e Fernandes; Clayton, Diego Silva, Tony, Bruninho (Chico) e Paulinho (Tiago); Roni (Éder Sciola)
TÉCNICO: Toninho Cecílio

Com decisão de título e goleiro-técnico, Palmeiras e XV já duelaram 90 vezes

Felipe Krüger
Departamento de Comunicação
14/03/2015 – 16:46h

Adversário do Palmeiras neste domingo (15), em partida válida pela 10ª rodada do Campeonato Paulista 2015, o XV de Piracicaba já cruzou o caminho palmeirense em outras 90 oportunidades – 58 triunfos palestrinos, 23 empates e apenas nove reveses. Curiosamente, o Verdão faz parte de alguns dos principais momentos do tradicional time do interior de São Paulo.

Em 1976, na melhor campanha do XV de Piracicaba na história do Paulistão, as duas equipes disputaram o título até a penúltima rodada da competição estadual, quando se enfrentaram. No confronto direto, o Verdão levou a melhor, venceu por 1 a 0 (gol de Jorge Mendonça) e assegurou mais um título para a sala de troféus do Palestra Italia.

Onze anos antes, os dois times realizaram a partida de inauguração do estádio Barão de Serra Negra, em Piracicaba, onde o XV manda seus jogos. O jogo, que terminou empatado em 0 a 0, foi válido pelo Campeonato Paulista daquele ano. O Verdão foi a campo com Valdir; Djalma Santos, Djalma Dias, Procópio e Ferrari; Dudu e Ademir da Guia; Gildo, Servílio, Tupãzinho e Rinaldo.

O último encontro entre as equipes aconteceu justamente no estádio piracicabano, em 2014, e, além da vitória do Palmeiras por 2 a 1, contou com um fato curioso. O treinador Gilson Kleina era o comandante palestrino à época e foi expulso da partida, assim como seu auxiliar-técnico, Juninho. Com isso, o goleiro Bruno (hoje emprestado ao Santa Cruz), que estava na reserva, assumiu o posto por alguns minutos.

Retrospecto

Os times já se enfrentaram 76 vezes em partidas válidas pelo Campeonato Paulista. Foram 51 vitórias palmeirenses, com 159 gols marcados, 16 empates e nove triunfos do time de Piracicaba. Na competição estadual, em 1954, o Verdão atropelou o XV por 8 a 1.

Como mandante no torneio paulista, o Palmeiras só foi superado uma vez em 39 jogos. Ainda aconteceram 32 vitórias alviverdes e outros seis empates.

Pós-Jogo

Fonte: Verdazzo

Depois de muita insistência, o Verdão chegou ao gol da vitória perto do final do jogo e conseguiu mais três pontos na tabela, chegando à sétima vitória no Paulistão. Em termos de tabela, o resultado apenas mantém o time na espreita de tropeços dos adversários para galgar posições na tabela e conquistar os mandos na fase final, mas é bem difícil. Em campo, o time mostrou pouca evolução em relação ao time que caiu de produção nas partidas anteriores. Cristaldo continua em fase de baixa, e Leandro Pereira já pode começar a pensar em reconquistar a posição. O time troca bolas com alguma fluidez até a intermediária, domina, envolve, mas não arma a jogada de gol. Boa parte do problema se dá porque nosso quarteto ofensivo é formado por jogadores muito baixos, e o cruzamento da lateral quase nunca encontra ninguém. E quando o Palmeiras penetra na área, sempre tenta o chamado gol de bola e tudo, jogando a bola na pequena área e parando no bloqueio da zaga.

Essa foi a tônica de todo o jogo. Toninho Cecílio armou o XV numa retranca de fazer inveja ao velho Milton Buzzetto. E o Palmeiras rodava a bola e tentava achar espaços. Aos 4, a primeira chance, num chute de fora de Arouca, fácil para Roberto. Aos dez, cruzamento de Zé Roberto, Dudu disputou de cabeça e obviamente não conseguiu; a bola sobrou para Lucas que bateu mal.

Para tornar tudo mais difícil, o Palmeiras errava muitos passes, principalmente Allione e Robinho. Por vezes, esses erros proporcionavam ao XV a chance de atacar em velocidade, mas Tobio e Vitor Hugo deram conta do problema com arrancadas impressionantes e botes cirúrgicos.

A primeira variação veio no meio do primeiro tempo, tímida – apenas um rodízio: Dudu foi para a direita, Allione para o meio e Robinho para a esquerda. Depois, Allione e Robinho inverteram de novo. Aos 23 o argentino construiu a jogada pela esquerda e tocou para Robinho, que experimentou de fora, por cima. Aos 27, após escanteio da direita, Tobio conseguiu o arremate e a bola tinha o endereço, mas a zaga desviou no último momento, com Roberto batido. Aos 37, Allione bateu lateral sem perder tempo; Lucas recebeu dentro da área com pouco ângulo, girou o corpo rápido e obrigou Roberto a espalmar para escanteio. Notem que as jogadas de perigo nasceram apenas de bola parada ou de chutes de fora.

O segundo tempo começou com um susto: aos dois minutos, em contra-ataque rápido, Fernandes desceu pela esquerda e alçou na medida para Paulinho desviar, buscando o canto esquerdo de Prass, mas a bola saiu. Allione começou a se destacar pelos erros técnicos, e Oswaldo mandou Gabriel Jesus a campo em seu lugar, aos 10 minutos. Em sua primeira jogada, o camisa 33 já amarelou o lateral Ednei. Aos 20, foi a vez de Tony levar o amarelo por entrar forte no garoto; como era o segundo, foi pra rua.

Assim que ficou com um a mais, Oswaldo tirou Arouca e colocou Leandro Pereira, puxando Robinho para trás. Toninho tirou um atacante e recompôs a marcação. Mas o panorama não mudava; o time continuava rodando, rodando, rodando, mas não conseguia criar uma jogada aguda de gol. Até entrava na área com facilidade, mas batia na parede branca. Ninguém rolava uma bola para trás, para uma batida da meia-lua. E também ninguém se apresentava para isso.

Aos 29, o XV teve uma ótima chance, com Fernandes batendo de fora da área, para difícil defesa de Fernando Prass. Aos 33, pressão total: Ryder entrou no lugar de Cristaldo, e caiu pela direita. Na primeira jogada, sofreu falta; Lucas bateu, a zaga desviou, Dudu pegou o rebote e finalmente o time começou a jogar certo: bola rolada para trás e Gabriel Jesus bateu de trivela, buscando o canto esquerdo de Roberto, mas a bola saiu por milímetros.

Encontrada a fórmula mágica e ‘inédita’ da batida de fora, foi questão de minutos para sair o gol: aos 39, Zé Roberto bateu escanteio, a zaga rebateu e Gabriel ajeitou no peito para emendar uma beleza de chute de fora, a bola pingou no meio do caminho e morreu no canto direito do gol Norte do Allianz Parque.

Aí o XV se abriu, e o Verdão criou mais duas chances com Gabriel Jesus: na primeira, ele recebeu de Dudu pela esquerda e bateu por baixo das pernas do zagueiro, mas Roberto estava atento; na segunda, mais uma bola de Dudu para o menino, desta vez pela direita, e ele tinha apenas o goleiro pela frente mas demorou para bater e foi travado. Robinho também teve a chance de fazer o segundo nos descontos mas Roberto defendeu o arremate. E ficamos assim.

Time fraco sempre tropeça em pequenos. O Palmeiras pode até estar com dificuldade contra times mais fortes, mas contra os minúsculos, mesmo quando tem problemas, se sobrepõe. É diferente quando o time é ruim: o pequeno sente que o bicho não é tão feio e se arrisca, desafia, e muitas vezes é recompensado. Não é o caso. O Palmeiras, com a vitória desta manhã, mostrou que é sólido, precisa apenas desenvolver mais alternativas de jogo contra times mais encorpados. E isso deve vir com o tempo.

A evolução talvez esteja mais lenta do que gostaríamos, mas temos que manter em mente que o Paulistão é um campeonato que, a despeito de querermos muito ganhar, nada mais é que uma grande pré-temporada. Que o time aproveite as semanas livres para apurar a cobertura nos momentos de pressão para evitar os contra-ataques; que a linha ofensiva tenha mais rapidez e abra espaços para as finalizações de fora, que os jogadores entendam que não adianta abusar das bolas aéreas quando os homens que as esperam na área são Dudu, Allione, Robinho e Cristaldo; que o menino Gabriel Jesus amadureça e possa mostrar todo seu talento, e que a torcida tenha um pouco mais de paciência. Afinal, passamos tanto nervoso com times tão ruins, não custa nada aguentar mais um pouco sem atrapalhar porque o material humano é de boa qualidade.

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