A novela terminou nesta quarta-feira. Foram dois meses de idas e vindas, conversas com investidores e muita expectativa: Wesley, finalmente, fez sua estreia pelo Palmeiras e ficou clara a falta de entrosamento e ritmo.
A partida foi feia. Jogamos mal e conseguimos a vitória num chute quase no apagar das luzes.
Jogo válido pela 16ª rodada do Paulistão 2012.
Gol, melhores momentos.
FICHA TÉCNICA
Local: Jayme Cintra, Jundiaí (SP)
Data: 28/03/012, quarta-feira
Horário: 22h (de Brasília)
Árbitro: Demetrius Pinto Candançan
Assistentes: João Bourgalber e Matheus Camolesi
Assistentes adicionais: Flávio Rodrigues Guerra e Ilbert Estevam da Silva
Público: 4.219
Renda: R$ 154.100,00 Cartões amarelos: Juninho, Maurício Ramos, Daniel Carvalho (Palmeiras). Diogo, Madson (Paulista)
Gol:João Vitor, aos 42 minutos do segundo tempo
Paulista: Vagner; Samuel Xavier, Diogo, Diego Ivo e Reinaldo; Madson, Bruno Formigoni, Wellington e Fabrizzyo (Barboza); Renan Marques (Carlão) e Rychely
Técnico: Luiz Carlos Martins
Palmeiras: Deola; Cicinho, Román, Maurício Ramos e Juninho; Márcio Araújo, Marcos Assunção, Wesley (João Vitor) e Valdivia (Ricardo Bueno); Vinícius (Daniel Carvalho) e Barcos
Técnico: Luiz Felipe Scolari
WESLEY ESTREIA E VÊ SEU RESERVA BRILHAR COM CHUTE DE EFEITO NO FIM
Felipão surpreende e escala reforço. Com volante sem ritmo, Palmeiras joga mal e só vence o Paulista graças a João Vitor: 1 a 0
A novela terminou nesta quarta-feira. Foram dois meses de idas e vindas, conversas com investidores e muita expectativa: Wesley, finalmente, fez sua estreia pelo Palmeiras. E o final da história foi feliz para a torcida. Porém, o responsável pela alegria alviverde no Estádio Jayme Cintra, em Jundiaí, foi justamente aquele que perdeu espaço na equipe com a última contratação da diretoria: o agora reserva João Vitor.
Sem ritmo e desentrosado com o restante dos companheiros, o reforço mostrou pouco. Ainda assim, o Verdão pressionou e foi premiado com a vitória sobre o Paulista, por 1 a 0, pelo Paulistão. Entregue à marcação e sem entender o esquema com o camisa 87 em campo, o Palmeiras jogou mal. Muito pouco para um time que prometia empenho e jurava não ter se abalado com a derrota para o rival Corinthians – que encerrou sequência de 22 jogos invicto. Ainda assim, nada como um resultado positivo para reatar a relação de amor com a torcida e devolver a confiança para o restante da competição.
Muito elogiado por Felipão em 2012, João Vitor saiu do banco no segundo tempo, entrou no lugar de Wesley e, já no fim da partida, chutou de longe e marcou – com direito a toque na trave.
Aliviado com a vitória, o Palmeiras volta a campo no próximo sábado, às 18h30m, quando recebe o Mirassol, no Pacaembu, também pelo Campeonato Paulista. No mesmo horário, o Paulista enfrenta o Mogi Mirim, no Romildo Ferreira, em Mogi.
Verdão de cara nova, mas sem empolgar
O técnico Luiz Felipe Scolari preparou mais uma de suas surpresas para a partida. A escalação do Verdão foi bem diferente da que vinha atuando nas últimas partidas: além de Wesley, Vinícius foi novidade ao lado de Barcos no ataque. Com virose, Maikon Leite e Leandro Amaro foram desfalques e a zaga escalada foi toda reserva, com Román e Maurício Ramos.
Apesar das várias caras novas em campo, o primeiro tempo demorou a engrenar. E o Palmeiras demorou a jogar. Bem marcado, o Verdão errava muitos passes e as melhores chances foram do Paulista. Aos pouquinhos, o Galo foi se aproximando da área alviverde e o lateral-esquerdo Reinaldo foi destaque. Aos 12 minutos, o camisa 6 invadiu e chutou forte da entrada da área – obrigando Deola a fazer grande defesa.
Wesley começou nervoso. Em seu primeiro lance, levou um drible da vaca e demorou algum tempo até encontrar seu lugar em campo no esquema montado por Felipão. Com liberdade e aparecendo bem na frente pelos lados do campo, no entanto, o estreante quase marcou. Após boa tabela com Valdivia, chutou fraco para a defesa de Vagner. Disposição não faltou, mas a falta de ritmo após dois meses parado era evidente.
Faltava criação ao Verdão. Anulado na marcação de Madson, Valdivia só aparecia nas faltas cavadas. Com Wesley, Marcos Assunção também jogou mais recuado, ao lado de Márcio Araújo, e tentou dar mais proteção à atrapalhada zaga reserva. Em vão. Não foram poucos os sustos para o goleiro Deola, que trabalhou dobrado. Irritado, Felipão gritou muito à beira do campo e, assim como a torcida alviverde (em bom número no Jayme Cintra), não gostou nada do que viu.
Segundo tempo sem graça. Até aparecer João Vítor…
O treinador do Verdão, que hesitava em colocar dois meias em campo, resolveu arriscar na segunda etapa. Sacou Vinicius, colocou Daniel Carvalho e montou a equipe com três meias. Se isso não corrigisse os problemas de armação, nada mais resolveria para acordar o Palmeiras. E o jogo parecia virar: na segunda etapa, era o time visitante quem assustava. Aos cinco minutos, Daniel Carvalho arriscou de fora e quase surpreendeu.
Não demorou muito e o ímpeto do Verdão diminuiu, o nível do jogo caiu e a morosidade da primeira etapa voltou. Os gringos do Palmeiras não estavam bem. Se Valdivia seguia nulo em campo, Barcos também pouco aparecia e teve uma de suas atuações mais apagadas com a camisa alviverde. Na segunda etapa, perdeu gols que não costuma perder e parou no goleiro Vagner.
Román ainda protagonizou lance incrível e quase abriu o placar. Aos 13 minutos, Barcos cabeceou para dentro da área, o paraguaio pegou a sobra e tocou de casquinha. A torcida toda gritou gol, o bandeira correu para o meio do campo, mas a bola passou tirando tinta da trave e não entrou.
Felipão decidiu mexer novamente. Apesar de aprovar a estreia de Wesley e já projetar a evolução do jogador nas próximas rodadas, o estreante deixou o gramado, aos 16 minutos. João Vitor entrou, Valdivia saiu e o Palmeiras retornou à sua formação tradicional.
Em Jundiaí, a alteração deu resultado. O Verdão passou a pressionar mais, principalmente nas bolas cruzadas para a área. Apesar do maior volume de jogo, a partida caminhava para a igualdade quando João Vitor, aos 42 minutos, fez boa jogada individual e arriscou chute de fora da área, com categoria. A bola tocou na trave esquerda e morreu no fundo do gol. Antes do apito final, Deola ainda teve um pouco de trabalho para conter a última investida do Paulista, mas nada que assustasse o torcedor alviverde.