Depois de um começo de temporada um tanto preocupante, o Palmeiras 2012 parece começar a se mostrar.
Na estréia de Hernán Barcos fizemos uma ótima partida, resolvemos o jogo no primeiro tempo e administramos o restante com muita tranquilidade.
A vitória nos deixa na liderança do campeonato. Ainda há vários pontos a melhorar, mas Felipão tem condições de colher bons frutos desse elenco.
Jogo válido pela 7ª rodada do Paulistão 2012.
FICHA TÉCNICA
Local: Pacaembu, São Paulo (SP)
Data: 11/02/2012, sábado
Horário: 17h. (de Brasília)
Árbitro: Edson Reis Pavani Junior
Assistentes: Eduardo Vequi Marciano e Maria Eliza Correia Barbosa
Assistentes adicionais: Fabio de Jesus Volpato Mendes e Marcio Henrique de Gois
Renda: R$ 367.835,00
Público: 11.704 expectadores
Assistentes adicionais:
Cartões amarelos: Cicinho, Artur e Patrik (Palmeiras); Jefferson Luis e Kleyton Domingues (Ituano)
Gols: Patrik, aos 7, Barcos, aos 22 minutos do primeiro tempo; Artur, aos 22 minutos do segundo tempo
Palmeiras: Deola; Cicinho (Artur), Leandro Amaro, Henrique e Juninho; Marcos Assunção (Pedro Carmona), Márcio Araújo, Patrik e Daniel Carvalho (João Vitor); Mailkon Leite e Barcos
Técnico: Luiz Felipe Scolari.
Ituano: Douglas; Alex, César Gaúcho, Thiago Gomes e Gustavo; Allan Mota, Rodrigo Costa (Otacílio Neto), Alemão. Kleyton Domingues; Jefferson Luis (Hugo) e Michel (Evando)
Técnico: Doriva (interino).
INVICTO E LÍDER: PALMEIRAS BATE ITUANO, ANIMA TORCIDA E ‘APRESENTA’ BARCOS
O Alviverde permanecerá na liderança isolada se Corinthians e São Paulo empatarem no clássico deste domingo, também no Pacaembu, no complemento da sétima rodada do Paulistão. Por outro lado, o frágil Ituano segue com quatro pontos na tabela, à beira do rebaixamento. O auxiliar técnico Doriva fez o que pôde, mas a equipe do interior teve poucas chances de surpreender.
Os dois times voltam a campo às vésperas do carnaval, pela oitava rodada do estadual. O Palmeiras enfrenta o Guaratinguetá fora de casa, sexta-feira, às 21h (de Brasília). Já o Ituano recebe o Catanduvense no sábado, às 18h30m, no Novelli Júnior.
Navegando sem sustos
Entre todas as escalações utilizadas por Luiz Felipe Scolari na temporada, a deste sábado era a mais ousada. No ataque, Maikon Leite e Barcos mostraram um entrosamento incomum, como se jogassem juntos há anos. Pela direita, Maikon fez sua melhor partida como titular do Verdão, infernizou a frágil zaga do Ituano e participou do primeiro gol. Daniel Carvalho esteve mais tímido, mas chamou a atenção com passes precisos – inclusive um de letra que quase resultou em gol.
O esquema era mais equilibrado, o sistema defensivo controlava bem a equipe do interior, mas a estrela da tarde vestia a camisa de número 29, arrumava os cabelos depois de cada jogada e era ovacionado pela torcida a cada toque na bola. Hernán Barcos caiu nas graças da torcida logo em seus primeiros cinco minutos. Um drible seco que tirou dois zagueiros da jogada fez nascer o gol de abertura do placar no Pacaembu. Segundos depois do lance, a bola passou por Maikon Leite na direita e terminou na cabeça de Patrik: 1 a 0, com apenas sete minutos.
A chuva não atrapalhou os planos do Palmeiras, que tinha em Barcos seu porto seguro no ataque. A fome de gol era evidente. Em todos os lances de ataque o argentino levantou os braços pedindo bola, querendo jogo. Aos 22, veio a recompensa – para variar, em uma jogada iniciada por Marcos Assunção. De cabeça, praticamente em cima da linha, Barcos desencantou e levou os palmeirenses a um outro nível de empolgação. Aquele time de 2011 está cada vez mais longe da memória do torcedor, substituído por uma equipe muito melhor, muito mais qualificada para levar o Verdão a voos altos na temporada.
Assunção? Que novidade…
Ainda há um problema sério a ser corrigido neste novo Palmeiras: a capacidade de complicar um jogo fácil. O Ituano, mesmo com o técnico interino Doriva e um time bem mudado, passou a pressionar no início do segundo tempo. Kleyton Domingues não teve marcação, Jefferson Luiz passou a arriscar de longe, e Deola teve trabalho. O Verdão errou passes demais e mostrou certo nervosismo com o domínio dos rivais.
Felipão agiu e fez sua substituição costumeira, tentando proteger melhor o meio-campo. Sacou um cansado Daniel Carvalho e lançou João Vitor. Desta vez a alternativa de colocar o volante se mostrou mais efetiva. O meio-campo acertou a marcação, e o jogo voltou para as rédeas do Palmeiras.
E lá no ataque? Barcos se garantiu na disposição, Maikon Leite fez mais algumas boas jogadas pela direita… Mas quando o time era pressionado e precisou de alguém, foi a arma de sempre que apareceu. Virou rotina falar de Marcos Assunção. Basta informar que de um escanteio cobrado por ele saiu o gol de cabeça de Artur, segundo do lateral-direito em dois jogos com a camisa do Verdão.
Não à toa, Assunção foi aplaudido de pé pela torcida quando substituído por Pedro Carmona, já nos minutos finais. Já faz um certo tempo que o capitão do Palmeiras é o cara do time, o jogador mais confiável que Felipão tem em mãos. A diferença é que em 2012 as companhias são mais qualificadas, e o Verdão começa a tomar corpo. Há tempos, o palmeirense esperava por boas notícias como essa.