Pressionado por resultados, o Palestra foi até a Vila Belmiro tentando uma vitória contra um Santos também pressionado.
Foi um jogo fraco tecnicamente. Com os dois times bastante desfalcados, o clássico entre Santos e Palmeiras deu sono.
Apesar das duas equipes terem colocado uma bola no travessão, o primeiro tempo foi fraco e muito truncado. Na segunda etapa, o Santos foi melhor e criou boas chances de gol até abrir o placar.
Com o resultado o Palmeiras estaciona nos 40 pontos e, em nono, se distancia da briga por uma vaga na próxima Libertadores.
Jogo válido pela 28ª rodada do Brasileirão 2011.
FICHA TÉCNICA
Local: Estádio da Vila Belmiro, em Santos
Data: 09 de outubro de 2011, no domingo
Horário: 16 horas (de Brasília)
Árbitro: Guilherme Ceretta de Lima (SP)
Público: 7.373 pagantes
Renda: R$ 177.340,00
Cartões amarelos: Ibson (Santos) e Pedro Carmona (Palmeiras)
Gol: Borges (Santos), aos 30 mintuos do segundo tempo
SANTOS: Rafael; Crystian, Bruno Rodrigo, Durval e Léo; Adriano, Henrique, Danilo e Ibson (Bruno Aguiar); Alan Kardec e Borges (Renteria)
Técnico: Muricy Ramalho.
PALMEIRAS: Deola; Thiago Heleno, Henrique e Maurício Ramos; Márcio Araújo (Paulo Henrique), Chico, Marcos Assunção, Pedro Carmona (Patrik) e Gabriel Silva; Maikon Leite (Ricardo Bueno) e Fernandão.
Técnico: Luiz Felipe Scolari.
Esporte – iG, Globo Esporte, Terra Esportes, Estadao, Folha Online.
Borges quebra a monotonia e dá ao Peixe vitória sobre o Verdão na Vila
Artilheiro, que não marcava havia duas partidas, garantiu o triunfo alvinegro, num jogo fraco. Palmeiras cai uma posição e vê G-5 cada vez mais longe
por Adilson Barros e Diego Ribeiro
Foi um jogo fraco tecnicamente. Com os dois times bastante desfalcados, o clássico entre Santos e Palmeiras deu sono. Uma monotonia que só foi quebrada graças ao oportunismo de Borges. O artilheiro do Peixe, com uma cabeçada certeira, garantiu o triunfo santista, por 1 a 0, neste domingo à tarde, na Vila Belmiro, pela 28ª rodada do Campeonato Brasileiro. Foi o 20º gol do camisa 9 santista, principal goleador da competição.
Com o triunfo, o Peixe quebra uma sequência de três derrotas consecutivas, vai a 38 pontos e fica, momentaneamente, na 11ª posição. Já o Verdão permanece com 40 pontos, caindo para nono, e vê a zona de classificação para a Libertadores ficar cada vez mais longe.
O resultado também coloca fim a um tabu. O Santos não vencia o Palmeiras havia sete jogos. A última vez tinha sido nas semifinais do Paulistão de 2009. Nesse período, foram cinco vitórias do Verdão e dois empates.
De bom, só a bandinha
Dois times desfigurados. Santos e Palmeiras não tiveram alguns de seus principais destaques. Neymar, servindo à Seleção Brasileira, não esteve em campo para ajudar o Peixe. Já o Verdão sentiu a falta de Kleber, machucado. Juntando todos os desfalques, foram nada menos do que 15 ausências no clássico. A equipe da Vila, por exemplo, além de Neymar, não teve Ganso, Arouca, Elano e Edu Dracena, só para citar os titulares. O time do Palestra Itália também não pôde escalar Marcos, Valdivia, Cicinho, Luan e João Vitor.
Os dois técnicos, então, tiveram de se virar com o que sobrou. Na prática, ambos optaram pelo esquema 3-5-2. O Verdão tinha três zagueiros de fato (Henrique, Maurício Ramos e Thiago Heleno). No Peixe, o volante Adriano, pela direita, completava a linha de três defensores com Bruno Rodrigo e Durval.
As equipes, mais preocupadas em marcar do que em armar jogadas, protagonizaram um jogo chato, repleto de chutões para o alto e faltas duras. O Palmeiras, como tem se tornado rotina, só chegava em faltas cobradas por Marcos Assunção. O volante chegou a carimbar o travessão de Rafael aos 10 minutos num de seus chutes traiçoeiros. Já o Santos, preso, insistia em jogar a bola na direção de Borges, que, cercado, mal conseguia dominar a bola. Quando resolveu jogar pela lateral, quase marcou. Aos 45, Danilo foi à linha de fundo e cruzou na cabeça de Alan Kardec, que golpeou bem. A bola quicou e bateu no travessão. Deola já estava batido.
Foi só isso. Com um jogo tão ruim, a bandinha que anima os jogos de futsal do Peixe e foi convidada pela diretoria para animar o clássico, quebrou a monotonia com marchinhas. Apenas 7.373 pessoas pagaram para ver a partida. A renda foi de R$ 177.340,00.
Borges fura o bloqueio pelo alto
O Santos voltou para o segundo tempo mais a fim de jogo. Marcando bem e buscando jogadas pela lateral, algo que faltou no primeiro tempo, chegou a encurralar o Palmeiras. Passou a alçar bolas na área, no melhor estilo Muricy Ramalho. No total, o time tentou seis cabeçadas ofensivas: recorde da equipe no Brasileirão. Aos 6 minutos, após cruzamento da esquerda, executado por Léo, Alan Kardec subiu e acertou uma firme testada na bola. Deola espalmou.
O Palmeiras não conseguia passar do meio-campo e o Peixe teve mais uma boa chance aos 16, numa falta dentro da pequena área – o árbitro assinalou recuo de Márcio Araújo para Deola. Na cobrança, Kardec passou para Henrique, que chutou de primeira. Seu xará palmeirense salvou.
O gol santista parecia questão de tempo. Curiosamente, mesmo com três zagueiros altos, o Verdão tinha dificuldades para cortar cruzamentos. Sorte de Borges. Com apenas 1,76m, mas sempre muito bem colocado, o goleador aproveitou ótimo passe de Léo e escorou de cabeça, abrindo o placar, aos 30 minutos. Após dois jogos sem marcar, o artilheiro do Brasileirão conseguiu furar a melhor defesa do torneio (agora com 27 gols sofridos) e marcou seu 20º na competição.