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Palmeiras 1 x 1 América-MG – 01/10/2011

Valdivia foi bem marcado pelos jogadores do América-MG na partida deste sábado (Foto: Agência Estado)

O time que mais empatou no Campeonato Brasileiro não conseguiu sequer vencer o lanterna neste sábado, no Canindé.

Depois de decepcionar a torcida ao ceder um empate por 1 a 1 ao Atlético-GO no Serra Dourada no último domingo, quando possuía dois homens a mais em campo, o Palmeiras não concedeu entrevistas durante a semana. O silêncio, porém, não representou grandes mudanças na equipe palmeirense.

Nem a volta de Valdivia e a bola parada de Marcos Assunção foram capazes de fazer o time voltar a vencer no Campeonato Brasileiro. Em noite de muitos erros e diante de um América-MG organizado em campo, o empate por 1 a 1, foi justo pelo que as duas equipes mostraram.

Com o empate o Palestra chegou aos 40 pontos e segue estacionado na oitava posição da tabela.

Jogo válido pela 27ª rodada do Brasileirão 2011.

FICHA TÉCNICA

Local: Estádio do Canindé, em São Paulo (SP)
Data: 1º de outubro de 2011, sábado
Horário: 18 horas (de Brasília)
Árbitro: Jailson Macedo Freitas (BA)
Assistentes: Luis Carlos Silva Teixeira e Adson Márcio Lopes Leal (ambos da BA)
Cartões amarelos: Luan, Chico (Palmeiras). Gilson, André Dias, Gilson, Anderson, Micão (América-MG)
Público: 9.285 pagantes
GOLS: PALMEIRAS: Marcos Assunção, aos 29 minutos do primeiro tempo; AMÉRICA-MG: Kempes, aos 45 minutos do primeiro tempo

PALMEIRAS: Deola; Márcio Araújo, Maurício Ramos, Henrique e Gabriel Silva (Gerley); Chico, Marcos Assunção e Valdivia; Maikon Leite, Fernandão (Ricardo Bueno) e Luan (Vinícius). Técnico: Luiz Felipe Scolari

AMÉRICA-MG: Neneca; Anderson, Micão e Everton Luiz; Marcos Rocha, Dudu (Leandro Ferreira), Amaral, Luciano e Gilson; Kempes (Rodriguinho) e André Dias (Fábio Júnior). Técnico: Givanildo Oliveira

ESPN, Globo Esporte, Terra Esportes, Estadao, Folha Online.

Em noite de pouco futebol, Palmeiras e América-MG ficam no empate

Duelo expõe as deficiências das duas equipes. Verdão fica a quatro pontos do G-5, e Coelho continua na lanterna do Campeonato Brasileiro

por Marcelo Prado

Uma semana em silêncio para controlar os problemas internos e pensar apenas na briga por uma vaga na Taça Libertadores de 2012. Porém, nada mudou no Palmeiras. Nem a volta de Valdivia e a bola parada de Marcos Assunção foram capazes de fazer o time voltar a vencer no Campeonato Brasileiro. Em noite de muitos erros e diante de um América-MG organizado em campo, o empate por 1 a 1, no estádio do Canindé, foi justo pelo que as duas equipes mostraram.

A igualdade foi péssima para paulistas e mineiros. Os comandados por Luiz Felipe Scolari seguem na oitava colocação, com 40 pontos, quatro a menos do que o Fluminense, que hoje ficaria com a última vaga para o principal torneio das Américas no ano que vem. Já os dirigidos por Givanildo Oliveira continuam na lanterna, com 20 pontos, e cada vez mais perto da Série B.

Os dois times voltarão a campo no próximo fim de semana. O Verdão, domingo, vai descer a serra para fazer o clássico paulista contra o Santos, na Vila Belmiro. O América-MG, no sábado, também fará um duelo regional, contra o Atlético-MG, possivelmente confirmado para a Arena do Jacaré, em Sete Lagoas.

Equilíbrio no primeiro tempo

O Palmeiras entrou em campo com Valdivia, recuperado de lesão muscular, como principal novidade. Felipão armou o time no 4-4-2 e, sem Kleber, machucado, formou o ataque com Maikon Leite e Fernandão. Já o América-MG, precisando desesperadamente da vitória pela dramática situação que enfrenta na tabela, entrou no 3-5-2.

Quando a bola rolou, quem começou melhor foi o time mineiro. Com um jogador a mais no meio-campo, o time tinha liberdade para tocar a bola e, em dois lances seguidos, Gilson e André Dias exigiram boas defesas de Deola. O Palmeiras concentrava seu jogo em Valdivia e apostava na rapidez de Maikon Leite. O problema é que o time errava muitos passes, o que facilitava a marcação adversária.

Como já virou rotina, quando as coisas não funcionam, Marcos Assunção aparece para fazer a diferença na bola parada. Aos 14, ele assustou Neneca em cobrança de falta que acertou o travessão. Quinze minutos depois, dessa vez em uma falta quase na linha de fundo, pelo lado esquerdo, ele mandou para a área e Micão, de cabeça, desviou contra o próprio patrimônio: 1 a 0 e festa da torcida que compareceu em bom número.

Daí para frente, o jogo caiu muito de rendimento. O Palmeiras seguiu melhor, mas pouco criou pela falta de categoria de algumas de suas peças. Gabriel Silva, por exemplo, não acertava um cruzamento. Luan errava passes, e Valdivia, bem marcado, quando conseguia levar vantagem era parado na base da falta. Ao 46, no último lance do primeiro tempo, após cruzamento do lateral Marcos Rocha pela direita, Maurício Ramos marcou bobeira e Kempes, sozinho na área, bateu no ângulo de Deola: 1 a 1 e vaias para o Verdão na saída para o intervalo.

Jogo fraco no segundo tempo

O América-MG, que havia perdido Dudu lesionado ainda no primeiro tempo, teve mais uma alteração no intervalo. Givanildo Oliveira sacou o apagado André Dias para colocar o veterano Fábio Júnior. No primeiro lance, ele só não marcou de cabeça porque Deola fez um milagre, após cruzamento da direita de Marcos Rocha.

O Palmeiras, que retornou com a formação inicial, voltou muito mal para a etapa complementar. Claramente, o gol marcado por Kempes enervou os jogadores. A torcida ainda tentou fazer a sua parte, gritando e empurrando o time da arquibancada. Mas dentro de campo as coisas não funcionavam. Gabriel Silva, em noite horrorosa, cedeu vaga a Gerley aos 12. Dois minutos depois, Deola, com dificuldades, espalmou cobrança de falta de Amaral.

Tentando dar novo gás ao time, Felipão sacou Fernandão e colocou Ricardo Bueno no ataque. A equipe estava tão mal em campo que a primeira chance só foi surgir aos 24 e, claro, com Marcos Assunção, que cobrou escanteio pela esquerda. Valdivia desviou e Maurício Ramos testou de cabeça no canto esquerdo de Neneca, que fez um milagre e evitou o gol. Foi o último lance de emoção da partida. Felipão ainda deu a última cartada, com Vinícius na vaga de Luan. Nada adiantou. E no fim, após mais um insucesso, o torcedor palmeirense, que apoiou durante os 90 minutos, perdeu a paciência e reclamou bastante.

O técnico Luiz Felipe Scolari foi a principal vítima. Gritos como “Ei, Felipão, seu imbecil, pega o seu time e vai para a…” e “Fica, Felipão, no fim do ano nós vamos para o Japão” ecoaram no Canindé. Jogadores como Marcos Assunção e Luan também foram “homenageados”.

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