Eliminado da Copa do Brasil pelo Atlético-GO no meio de semana, o Palmeiras entrou no gramado do Palestra Itália e ouviu gritos de “time sem-vergonha” de uma torcida organizada. Já outros torcedores pediam “atitude” à equipe
Ainda assombrado pela enorme quantidade de pênaltis perdidos no último jogo, o time voltou a errar mais um na partida de hoje.
Jogando muito mal e tomado pela apatia, as poucas oportunidades de gol foram em jogadas de bola parada. Diante do cenário, o técnico Antônio Carlos se irritou e chegou a chutar uma garrafa para dentro do gramado.
Com o resultado, o time alviverde soma os primeiros três pontos no Campeonato Brasileiro e ameniza as críticas recebidas da torcida.
Jogo válido pela 1ª rodada do Brasileirão 2010.
FICHA TÉCNICA
Local: Palestra Itália, em São Paulo (SP)
Data: 8 de maio de 2010 (sábado)
Horário: 18h30 (Brasília)
Renda: R$ 186.547,00
Público: 6.025 pagantes
Árbitro: Péricles Bassols Cortez
Assistentes: Edney Guerreiro Mascarenhas e Marco Aurélio Pessanha (ambos RJ)
Cartões amarelos: Deola e Edinho (Palmeiras); Renie (Vitória)
Cartões vermelhos: Walace (Vitória)
Gols: PALMEIRAS: Lincoln, 78′
PALMEIRAS: Marcos; Vitor, Edinho, Léo e Armero; Pierre (Vinicius), Márcio Araújo, Lincoln (Marcos Assunção) e Cleiton Xavier; Ewerthon e Robert (Paulo Henrique)
Técnico: Antônio Carlos Zago.
VITÓRIA: Viafara, Rafael Granja (Edson), Walace, Renie e Egidio; Uelliton, Neto, Renato (Neto Berola) e Bida; Elkeson (Vanderson) e Júnior
Técnico: Ricardo Silva.
globoesporte.com, Portal Terra, Estadão, Aqui Acontece, Folha.
Verdão sofre, mas bate Vitória na abertura do Brasileirão. Torcida chia
O técnico Antônio Carlos e o atacante Robert, que perdeu pênalti, são hostilizados pelos torcedores. Lincoln marca e limpa a barra da equipe
Torcer pelo Palmeiras, atualmente, não tem sido muito fácil. Até o solitário gol de Lincoln, aos 33 minutos do segundo tempo contra o Vitória, neste sábado, pela primeira rodada do Brasileirão, os alviverdes sofreram, xingaram o técnico Antônio Carlos, o atacante Robert, que perdeu gols incríveis (um pênalti, inclusive). Quando saiu o gol, que garantiu o 1 a 0 e os três primeiros pontos do Verdão, o que se viu no Palestra Itália foi um longo suspiro de alívio. Um sinal claro de que se as coisas não melhorarem, o ano vai ser muito duro.
O Vitória, por sua vez, ainda tem a Copa do Brasil. Neste sábado, a não ser por uma cabeçada de Júnior no primeiro tempo, defendida por Marcos, a equipe baiana não criou quase nada. Parecia mais preocupada com as semifinais do mata-mata nacional. O duelo contra o Atlético-GO começa na quarta-feira, em Goiânia.
O Palmeiras volta a campo no próximo domingo, para enfrentar o Vasco, em São Januário, no Rio, às 18h30m. Pelo Brasileirão, o time baiano joga sábado, contra o Flamengo, às 18h30m, no Barradão, em Salvador.
Jogo arrastado
O primeiro tempo poderia ser vendido como remédio eficiente para acabar com insônia. Seria tiro e queda. Os dois times, em ritmo lento, trocavam passes de um lado para o outro, sem conseguir aprofundar jogadas. O Palmeiras pecava por insistir demais pelo meio, abandonando as alas. Batia no muro rubro-negro e voltava. Mesmo quando conseguiam dominar e tinham espaços para chegar à linha de fundo, os alas Vítor e Armero preferiam o corte para o meio, atrasando a jogada e levando o técnico Antônio Carlos à loucura.
Aos 15 minutos, o comandante palmeirense, irritado com essa insistência do time de tentar atravessar a defesa adversária pelo caminho mais congestionado, deu um bico numa garrafinha de água, que entrou rolando pelo gramado. O gandula teve de entrar para retirar o objeto e o treinador se viu obrigado a pedir desculpas para o quarto árbitro.
O Palmeiras dominava a posse de bola e até chegou a ameaçar, aos 20, quando Cleiton Xavier cobrou escanteio da direita e Léo subiu livre para cabecear. A bola saiu, passando bem perto da trave direita de Viáfara. Mas foi o Vitória quem criou a primeira chance clara de gol, quando Egídio, aos 36, cruzou na cabeça de Júnior. O atacante subiu e cabeceou firme, obrigando Marcos a espalmar para escanteio.
O Palmeiras, enrolado para trocar passes, passou a chutar de fora. Foi num desses arremates que conseguiu sua melhor chance. Aos 43, Lincoln bateu no canto, e o goleiro espalmou.
Robert perde pênalti, mas Lincoln garante vitória
O Palmeiras melhorou no segundo tempo. Passou a acertar os passes e a explorar bem as jogadas laterais, principalmente pela direita, com Vítor e Márcio Araújo se revezando, sempre aparecendo às costas de Egídio. O problema é a fase. Mesmo dominando o jogo, o time tropeçava em seu próprio nervosismo. Robert que o diga.
Ele perdeu dois gols feitos e foi duramente hostilizado pela torcida alviverde, que não agüenta mais tanto sofrimento. Aos 11, Vítor apareceu pelo meio e enxergou Ewerthon entrando pela direita. O passe foi preciso. O atacante recebeu, já dentro da área, e deu um tapa para o lado, onde Robert entrava sozinho. Era só empurrar para o gol vazio. Dava até para dominar e ajeitar melhor o chute. Enfim, a chance era tão clara que seria um daqueles gols imperdíveis. Não seria. Robert, não se sabe como, conseguiu mandar a bola para fora. O Palestra Itália caiu em vaias sobre sua cabeça.
Agora, ninguém pode dizer que Robert é omisso. Pelo contrário. Aos 15, quando Ewerthon foi derrubado por Wallace na área no momento em que marcaria o gol, Robert se apresentou para bater o pênalti. Muitos torcedores puseram as mãos na cabeça:
– O Robert não! – gritou a Turma do Amendoim, os exigentes torcedores que ocupam as cadeiras numeradas do Palestra. Pareciam prever o que aconteceria em seguida.
Aos 17 minutos, Robert tomou distância e bateu firme de pé direito. Viáfara acertou o canto e fez uma grande defesa. Realmente, não está fácil torcer pelo Palmeiras. Nem torcer, nem treinar. Cansada de xingar Robert, a torcida direcionou sua revolta para o técnico Antônio Carlos. Chamou o treinador de “burro”, pois considerou que ele deveria ter intercedido, ordenando que o atacante deixasse o pênalti para outro bater. Logo em seguida, Robert saiu de campo para dar entrada de Paulo Henrique. Claro, muito vaiado.
A essa altura, o Verdão tinha um jogador a mais, pois Wallace, quando cometeu o pênalti, foi expulso.
O Palmeiras viveu momentos de descontrole. Falhava na marcação e chegou a ser acuado mesmo jogando com um a mais. Mas essa pane não durou muito. As coisas entraram mais ou menos nos eixos aos 33 minutos, quando Cleiton Xavier acertou um lindo passe para Lincoln, que entrou pela esquerda e chutou rasteiro, abrindo o placar, fazendo o Palestra soltar um grito de gol, misto de alegria e alívio. Daí para frente, a torcida verde contou os minutos e, mesmo irritada, foi para casa com três pontos no bolso.
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PONTOS GANHOS | VITÓRIAS | EMPATES | DERROTAS | |||||||
Em casa | 3 | Em casa | 1 | Em casa | 0 | Em casa | 0 | |||
Fora de casa | 0 | Fora de casa | 0 | Fora de casa | 0 | Fora de casa | 0 | |||
TOTAL | 3 | TOTAL | 1 | TOTAL | 0 | TOTAL | 0 |
GOLS FEITOS | GOLS SOFRIDOS | |||||||||
Em casa | 1 | Em casa | 0 | |||||||
Fora de casa | 0 | Fora de casa | 0 | |||||||
TOTAL | 1 | TOTAL | 0 | |||||||
GOLS FEITOS NO 1º TEMPO | GOLS FEITOS NO 2º TEMPO | |||||||||
Até os 15 minutos | 0 | Até os 15 minutos | 0 | |||||||
Dos 16 aos 30 minutos | 0 | Dos 16 aos 30 minutos | 0 | |||||||
Dos 31 aos 45 minutos | 0 | Dos 31 aos 45 minutos | 1 | |||||||
Depois dos 45 minutos | 0 | Depois dos 45 minutos | 0 | |||||||
TOTAL | 0 | TOTAL | 1 | |||||||
GOLS SOFRIDOS NO 1º TEMPO | GOLS SOFRIDOS NO 2º TEMPO | |||||||||
Até os 15 minutos | 0 | Até os 15 minutos | 0 | |||||||
Dos 16 aos 30 minutos | 0 | Dos 16 aos 30 minutos | 0 | |||||||
Dos 31 aos 45 minutos | 0 | Dos 31 aos 45 minutos | 0 | |||||||
Depois dos 45 minutos | 0 | Depois dos 45 minutos | 0 | |||||||
TOTAL | 0 | TOTAL | 0 | |||||||
COMO FORAM OS GOLS MARCADOS | COMO FORAM OS GOLS SOFRIDOS | |||||||||
Com o pé (dentro da área) | 1 | Com o pé (dentro da área) | 0 | |||||||
Com o pé (fora da área) | 0 | Com o pé (fora da área) | 0 | |||||||
Cabeça | 0 | Cabeça | 0 | |||||||
Pênalti | 0 | Pênalti | 0 | |||||||
Falta | 0 | Falta | 0 | |||||||
Olímpico | 0 | Olímpico | 0 | |||||||
Contra | 0 | Contra | 0 | |||||||
Outros | 0 | Outros | 0 |
Col. | Colocação na Tabela | PG | J | V | E | D | GP | GC | SG | |
5º | Palmeiras | 3 | 1 | 1 | 0 | 0 | 1 | 0 | 1 |
DESEMPENHO | ||||||||||||||||||
1ª | 2ª | 3ª | 4ª | 5ª | 6ª | 7ª | 8ª | 9ª | 10ª | 11ª | 12ª | 13ª | 14ª | 15ª | 16ª | 17ª | 18ª | 19ª |
5º | – | – | – | – | – | – | – | – | – | – | – | – | – | – | – | – | – | – |
20ª | 21ª | 22ª | 23ª | 24ª | 25ª | 26ª | 27ª | 28ª | 29ª | 30ª | 31ª | 32ª | 33ª | 34ª | 35ª | 36ª | 37ª | 38ª |
– | – | – | – | – | – | – | – | – | – | – | – | – | – | – | – | – | – | – |