O técnico Antônio Carlos precisou poupar Lincoln, sem condições de jogo por causa de dores musculares. Mas o técnico alviverde foi com os melhores à disposição para o campo, tentando aproveitar o fato de o time estar embalado por três vitórias seguidas.
Contra uma super retranca, o Palmeiras pode dizer que passou quase todo o jogo pressionando. No entanto, foi o visitante que aproveitou as chegadas ao ataque para marcar.
A derrota só não foi maior graças a Marcos que defendeu um pênalti nos acréscimos.
Com o resultado, o Verdão ficou na nona colocação, com 22 pontos, pois foi ultrapassado pelo Grêmio Prudente.
Jogo válido pela 15ª rodada do Paulistão 2010.
FICHA TÉCNICA:
Estádio: Palestra Itália, São Paulo (SP)
Data/hora: 20/3/2010 – 17h (de Brasília)
Árbitro: Leandro Ferreira Lima
Assitentes: Reinaldo Rodrigues dos Santos e Fabio Aparecido Ribeiro
Renda/público: R$ 481.275 – 17.247 pagantes
Cartões amarelos: Diego Souza, Pierre e Márcio Araújo(PAL); Danilo Portugal e (PON)
GOLS: Diego, 32’/2ºT (0-1) e Finazzi, 38’/2ºT (0-2);
PALMEIRAS: Marcos, Márcio Araújo, Gualberto, Danilo e Armero; Pierre (Ivo, 38′ 2º T), Edinho (Lenny, 34′ 2º T), Cleiton Xavier e Diego Souza; Ewerthon e Robert. Técnico: Antônio Carlos
PONTE PRETA: Eduardo Martini, Marcos Rocha, Diego, Léo Oliveira e Vicente; Deda, Danilo Portugal (Gallardo, 34′ 2º T), Tinga (Mantega, 34′ 2º T) e Pirão; Fabiano Gadelha (Finazzi, Intervalo) e Otacílio Neto. Técnico: Sérgio Guedes
Globo Esporte, Terra Esportes, Estadao, Folha Online.
Palmeiras pressiona bastante, mas retrancada Ponte Preta leva a vitória
Macaca se fecha e segura o anfitrião, alegrando 46 torcedores visitantes. Marcos ainda evita o pior, defendendo pênalti nos acréscimos da partida
Palmeiras pode dizer que passou quase todo o jogo pressionando a Ponte Preta. Mas dois minutos foram suficientes para a Macaca assegurar a vitória por 2 a 0 na noite deste sábado, no Palestra Itália, pela 15ª rodada do Campeonato Paulista. O placar poderia ter sido ainda maior, mas Marcos evitou o terceiro ao defender um pênalti, cobrado por Finazzi, já nos acréscimos do segundo tempo. Tristeza para a maioria – foi o melhor público do Alviverde este ano em casa (17.209 pagaram ingresso) -, felicidade total para os apenas 46 torcedores da equipe de Campinas que estiveram presentes na casa do rival.
Com o resultado, o Verdão ficou na nona colocação, com 22 pontos, pois foi ultrapassado pelo Grêmio Prudente, que venceu o Corinthians neste domingo. A Macaca chegou a 24 pontos, ultrapassando o próprio Palmeiras, e está em oitavo lugar.
Os dois times voltam a campo na próxima quarta-feira, às 19h30m (de Brasília). O Palmeiras enfrenta o Rio Branco no estádio Fonte Luminosa, enquanto a Ponte Preta recebe o Rio Claro no Moisés Lucarelli.
Pressão, ansiedade e erros impedem gol palmeirense
O técnico Antônio Carlos precisou poupar Lincoln, sem condições de jogo por causa de dores musculares. Mas o técnico alviverde foi com os melhores à disposição para o campo, tentando aproveitar o fato de o time estar embalado por três vitórias seguidas: duas pelo Paulistão e uma pela Copa do Brasil. A Ponte Preta, que vinha com apenas um homem de frente, Otacílio Neto, até que tentou alguma jogada de ataque nos minutos iniciais. Mas logo se fechou defensivamente, forçando o anfitrião a sair e tentar o gol em casa.
Aos 14 minutos, Cleiton Xavier cabeceou quase fora da grande área, obrigando Eduardo Martini a se esticar todo para espalmar. Na sequência, cobrança de escanteio, e o goleiro precisou fazer milagre para impedir o gol na cabeçada de Danilo. Diego Souza pegou a sobra e tentou passar pela defesa, mas não conseguiu. Para acordar ainda mais a torcida, Xavier arriscou um chute de longe, mas a bola caiu sobre a rede acima do travessão.
A Macaca resolveu aparecer diante de Marcos aos 21. Gualberto deixou a torcida apreensiva ao não parar Otacílio Neto. O atacante entrou na área e caiu no choque com o camisa 12, que fez a defesa. Pediu pênalti, mas não recebeu atenção do árbitro. E o anfitrião voltou a atacar. Aos 29, Márcio Araújo fez ótimo cruzamento para a área, mas Éverton não cabeceou bem e desperdiçou a chance. Um ninuto depois, Diego Souza deu passe longo para encontrar Robert na frente. O atacante se chocou com Eduardo Martini, que conseguiu defender, mas precisou de atendimento médico.
O Palmeiras seguia na pressão para tentar furar a retranca adversária. Tomado pela ansiedade e prejudicado pelos passes errados, no entanto, não conseguia abrir o placar. Aos 37, Armero pegou uma sobra e tocou para Robert, que estava na pequena área, mas não pegou bem na bola. Léo Oliveira afastou o perigo. Aos 42, Diego Souza tentou passar por dois pela direita e foi derrubado. Cleiton Xavier cobrou na cabeça de Danilo, mas Eduardo Martini ficou com a bola.
Depois de criar muitas jogadas aéreas e ter dificuldades com a retranca da Ponte, o Verdão foi para o intervalo com o 0 a 0 no placar, mas não recebeu vaias da torcida.
Resposta da Macaca e do atacante Finazzi
Na volta do intervalo, o técnico Sérgio Guedes revolveu colocar mais um atacante para tentar com que a Ponte chegasse ao gol no contra-ataque. Finazzi, que estava de cara fechada por começar na reserva, entrou no lugar de Fabiano Gadelha. Mas a primeira grande chance do segundo tempo foi do Palmeiras, logo no primeiro minuto. Armero bateu rasteiro para a pequena área, e Danilo, sozinho, pegou mal da bola, que saiu por cima do gol de Martini. A torcida não conseguia acreditar na quantidade de chances perdidas.
O Verdão seguia na pressão, repetindo a primeira etapa. Aos quatro, Cleiton Xavier e Armero tentaram insistentemente pela esquerda, até que Diego Souza cabeceou para trás e forçou a defesa de Eduardo Martini. Uma falta de Pierre em Tinga criou uma boa oportunidade para a Macaca na frente da área. Mas Diego desperdiçou a cobrança, mandando a bola por cima do gol de Marcos, aos dez minutos.
O Palmeiras seguiu em sua busca desesperada pelo gol. Aos 13, Robert entrou sozinho na área e foi interceptado por Martini. A bola foi rifada e voltou para o atacante, que chutou cruzado, passando na frente do gol. O visitante, que até então pouco aparecia, teve algumas oportunidades. Aos 19, Finazzi chegou para cabecear na frente de Marcos, que impediu a conclusão. Um minuto depois, o atacante da Macaca tentou passar sozinho por toda a defesa do Verdão, mas foi desarmado. Aos 25, Otacílio Neto chutou de longe, e Marcos espalmou. Diego pegou a sobra a acertou a trave, mas já estava impedido.
A resposta do Verdão veio um minuto depois com Robert, que recebeu boa bola pela direita, mas isolou e desperdiçou mais uma chance clara. O erro custou caro. Aos 32, a Macaca, que pouco atacou, abriu o placar. Finazzi cabeceou na trave, e a sobra ficou com Diego, que chutou forte no canto esquerdo de Marcos: 1 a 0 para a Ponte.
Antônio Carlos decidiu ousar e colocou Lenny e Ivo em campo para tentar pelo menos o empate. Mas o que viu foi a Ponte fazer o segundo, aos 38: Tinga fez bela jogada pela esquerda e cruzou para Finazzi apenas escorar: 2 a 0. O atacante trocou a cara de poucos amigos por um sorriso. Aos 48, ele ainda teve a chance de fazer 3 a 0 em um pênalti marcado pelo árbitro. Mas Marcos defendeu a cobrança, amenizando a frustração do torcedor alviverde, que deixou o Palestra Itália de cabeça baixa.