Com força máxima em campo o Verdão tentava a vitória para se classificar e instaurar a crise no rival.
Diferente do esperado, o primeiro tempo foi bastante ruim e o goleiro são-paulino não fez praticamente nenhuma defesa.
A partida melhorou um pouco na segunda etapa e a estrela de Carlos Eduardo brilhou com um golaço. Mais importante que uma atuação de gala são os 3 pontos.
A vitória no Pacaembu leva o Verdão a 22 pontos e faz a equipe garantir classificação antecipada para as quartas de final. De quebra, mantém o tabu do Palmeiras não perder para o rival em jogos válidos pelo estadual desde 2009.
Jogo válido pela 11ª rodada do Paulistão 2019.
FICHA TÉCNICA
Local: Pacaembu, São Paulo (SP)
Data: 16/03/2019, sábado
Horário: 16h30 (de Brasília)
Árbitro: Thiago Duarte Peixoto
Assistentes: Marcelo van Gasse e Tatiane Sacilotti
Público: 17.755 pagantes
Renda: R$ 689.900,00
Cartões amarelos: Pablo e Anderson Martins (SAO); Moisés, Gustavo Gómez, Antônio Carlos e Borja (PAL)
Gol: Carlos Eduardo, aos 34 minutos do segundo tempo
São Paulo: Tiago Volpi; Igor Vinícius, Arboleda, Anderson Martins e Reinaldo (Léo); Luan (Everton Felipe), Hudson e Hernanes (Brenner); Antony, Pablo e Gonzalo Carneiro
Técnico: Vagner Mancini
Palmeiras: Jailson; Mayke, Antônio Carlos, Gustavo Gomez e Victor Luis; Felipe Melo, Moisés (Bruno Henrique) e Ricardo Goulart; Gustavo Scarpa, Borja (Carlos Eduardo) e Dudu (Jean)
Técnico: Felipão
Jogo completo, PTD, ESPN, Lancenet!, Globo Esporte, Terra Esportes, Estadao, Folha Online.
PALMEIRAS x SÃO PAULO: RETROSPECTO GERAL
Esta será a 312ª vez em que Sociedade Esportiva Palmeiras e São Paulo Futebol Clube se enfrentam (desde 1936). No retrospecto geral, o Tricolor leva vantagem, com 108 vitórias contra 104 do Verdão. Entre 1930 e 1935, no entanto, o São Paulo da Floresta cruzou o caminho palestrino 16 vezes. Foram cinco vitórias alviverdes, sete empates e quatro derrotas. O Verdão marcou 24 gols e foi vazado em 25 oportunidades.
O Palmeiras entende que, para efeito de estatísticas, é necessário contabilizar todas as partidas em que os dois clubes se enfrentaram, sejam elas por jogos de 80 minutos (duas etapas de 40, como acontecia nas décadas de 10 e de 20), sejam por jogos de 90 minutos (duas etapas de 45, como ocorre atualmente) ou até mesmo jogos com duração específica para determinada competição (como os casos do Torneio Início e do Taça Manoel Domingos Corrêa, com um total de 15 e 30 minutos, respectivamente) e como alguns jogos de Campeonato Paulista que contemplavam prorrogação, totalizando 120 minutos.
PALMEIRAS x SÃO PAULO: DUELOS NO ESTÁDIO DO PACAEMBU
O Palmeiras já encontrou o São Paulo no Pacaembu em 130 oportunidades. Foram 47 vitórias, 41 empates e 42 derrotas. A maior goleada do Verdão no local aconteceu em maio de 1965, quando o time palestrino venceu o rival por 5 a 0 – gols marcados por Servílio (2), Dario (2) e Rinaldo. O último duelo entre os clubes no local aconteceu em março de 2016, pelo Campeonato Paulista, e terminou com triunfo alviverde por 2 a 0 – tentos anotados por Dudu e Robinho. Nos últimos 10 jogos no estádio do Pacaembu contra o São Paulo, o Verdão venceu seis vezes, empatou dois jogos e foi derrotado em apenas outras duas oportunidades. O último revés aconteceu em agosto de 2014.
PALMEIRAS x SÃO PAULO: VITÓRIAS SEGUIDAS
Atualmente, o Palmeiras ostenta quatro vitórias consecutivas contra o São Paulo. Foram triunfos por 4 a 2 (Brasileiro), 2 a 0 (Paulista), 3 a 1 (Brasileiro) e 2 a 0 (Brasileiro) – três vezes no Allianz Parque e uma no Morumbi. A última série tão grande aconteceu entre 1995 e 1997, quando o Verdão venceu seis vezes seguidas.
PALMEIRAS x SÃO PAULO: 10 ANOS DE INVENCIBILIDADE NO PAULISTA
Considerando apenas clássicos válidos pelo torneio estadual, o Verdão não perde para o rival desde 2009. No período, o Palmeiras venceu seis vezes o São Paulo e empatou em outras três oportunidades. Ao todo, foram 161 partidas disputadas pelos dois clubes no Paulista, com 51 vitórias do Verdão, 45 empates e 65 triunfos tricolores – 204 gols marcados contra 232 sofridos.
Palmeiras vence São Paulo pela 5ª vez seguida, se classifica no Paulista
e deixa rival em situação tensa
Rafael Valente e Francisco De Laurentiis
Jogador mais questionado pela torcida do Palmeiras, Carlos Eduardo certamente ganhou créditos neste sábado. O atacante mudou o clássico contra o São Paulo e fez o gol da vitória por 1 a 0, no Pacaembu, pela penúltima rodada do Campeonato Paulista.
Ele entrou em campo após intervalo no lugar de Borja. Até então, o time alviverde não tinha dado um chute certo ao gol. Deixou o primeiro tempo com mais posse de bola, mais passes trocados e mais cartões recebidos (quatro). O rival teve três chances de gol.
Com o camisa 37 em campo, o Palmeiras passou a atacar já no primeiro minuto do segundo tempo. Criou três boas chances –sempre com a participação dele– e acabou chegando ao gol aos 34 minutos.
No lance, ele recebeu a bola, driblou Igor Vinicius, tabelou com Dudu e chutou com muita força. A bola bateu no travessão, na linha do gol e novamente no travessão antes de entrar. Foi um golaço.
O tento teve um efeito mortal no São Paulo. Os jogadores sentiram o peso. Nas arquibancadas, os torcedores passaram a protestar e a pedir a renúncia do presidente Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco.
Para completar, foi a quinta vitória consecutiva do Palmeiras sobre o São Paulo. A sequência iniciou em agosto de 2017 e teve três triunfos alviverdes em 2018 e mais um agora.
O resultado foi péssimo para o time tricolor no Paulistão. Te 14 pontos e está na segunda colocação do Grupo D, mas pode deixar a zona de classificação para as quartas de final se o Oeste vencer o Corinthians no domingo.
Já o Palmeiras confirmou a ida para as quartas de final. O time chegou a 22 pontos e lidera o Grupo B.
Os dois times encerram a primeira fase do Paulistão na próxima quarta-feira. Nesta data, o Palmeiras receberá a Ponte Preta, no Allianz Parque, e o São Paulo visitará o São Caetano, no estádio Anacleto Campanella. Ambos os jogos às 21h30 (de Brasília).
São Paulo melhor
O mergulho de Gonzalo Carneiro dentro da área para finalizar de cabeça, lance que terminou com uma defesaça de Werverton, foi o momento mais emocionante do primeiro tempo do clássico, que terminou, após os 45 minutos iniciais, sem gol.
E o lance talvez nem conste nos melhores momentos da partida porque a arbitragem invalidou. Tudo porque Pablo usou a mão para desviar o cruzamento que veio da direita, dos pés do jovem Anthony, um dos melhores do São Paulo no primeiro tempo.
O retrato do primeiro tempo foi também de um jogo em que o Palmeiras teve o controle da bola (63,8%) e trocou mais passes (204), mas esteve longe de ousar. Tentou uma finalização (Dudu, aos 38), mas que nem o alvo acertou.
Já o time tricolor jogou não tão organizadamente, mas teve mais objetividade.
Chutou oito vezes, das quais três foram no alvo. Todas o goleiro Weverton bloqueou. Primeiro em chute de Anthony, aos 7. Depois em cobrança de falta de Hernanes, aos 19. E, no minuto seguinte, numa tentativa de Arboleda de cabeça.
Muitas faltas
O primeiro tempo também teve muitas faltas, especialmente do lado do Palmeiras.
Não à toa quatro jogadores alviverdes foram para o intervalo com cartão amarelo. Três deles responsáveis pela marcação –Antônio Carlos, Gustavo Gómez e Moisés– e um atacante (Borja), que exagerou quando precisou ajudar a defesa.
Do lado do São Paulo, apenas Pablo foi “amarelado” por ter usado a mão na área.
Novo Palmeiras
Felipão não é o tipo de técnico que espera calado. Ele vendo o Palmeiras sem chutar ao gol resolveu mudar.
Na volta do intervalo, trocou Borja por Carlos Eduardo e mudou o posicionamento de Ricardo Goulart, que virou centroavante. Deu resultado já nos instantes iniciais da segunda etapa.
As duas primeiras jogadas ofensivas do time tiveram a participação de Carlos Eduardo. Na primeira, ele passou para Dudu finalizar. A bola tirou tinta da trave. Na segunda, o próprio Carlos Eduardo driblou Arboleda e chutou de esquerdo. A bola passou perto.
Esfriou
Mas a partida acabou esfriando. O melhor lance após os citados acima não foi nem um gol.
Aos 18, Arboleda teve o tempo de bola certo para evitar um possível gol do Palmeiras. Ele desarmou Goulart na hora certa, após o jogador palmeirense receber um passe açucarado de Scarpa. A torcida tricolor comemorou o desarme como se fosse um gol do time.
Os técnicos decidiram mexer. Mancini tirou Hernanes, que fez a melhor partida pelo São Paulo em 2019, e colocou o jovem Brenner. Já Felipão tirou Moisés, que estava pendurado com um cartão, e colocou Bruno Henrique.
Novo lance de perigo aconteceu aos 27. Em cruzamento da direita do Scarpa, Volpi não saiu do gol e Carlos Eduardo chegou cabeceando na segunda trave. A bola cruzou toda a extensão da área, mas Scarpa não conseguiu chegar a tempo de concluir para a rede.