Michel Bastos foi a novidade na lateral esquerda e fez sua estréia em 2018. Com os retornos de Felipe Melo e William o Palestra dominou totalmente a partida com 76% de posse de bola.
O 1º tempo foi mais travado. O time da casa fez uma marcação forte em seu campo e os comandados de Roger Machado não conseguiram furar o bloqueio.
No retorno do intervalo, o Palestra voltou um pouco melhor e construíu o placar de forma tranquila e consistente. Bom jogo da equipe Alviverde.
Jogo válido pela 4ª rodada do Paulistão 2018.
FICHA TÉCNICA
Local: Nabi Abi Chedid, em Bragança Paulista-SP
Data/Horário: 28/1/2018, às 17h (de Brasília)
Árbitro: Vinicius Gonçalves Dias Araújo
Auxiliares: Miguel Cataneo Ribeiro da Costa e Fabio Rogério Baesteiro
Público: 7.775 pagantes
Renda: R$ 420.135,00
Cartões amarelos: Ewerton, Adenilson, Lázaro (BRA)
Gols: Keno, aos 18’/2ºT (0-1); Dudu, aos 26’/2ºT (0-2)
BRAGANTINO: Alex Alves, Ewerton, Lázaro, Guilherme Mattis e Fabiano; Evandro, Adenilson (Diego Macedo – 28’/2ºT), Vitinho (Rafael Silva – 24’/2ºT) e Gerley (Helton – 9’/2ºT); Léo Jaime e Matheus Peixoto. Técnico: Marcelo Veiga.
PALMEIRAS: Jailson, Marcos Rocha, Antônio Carlos, Thiago Martins e Michel Bastos; Felipe Melo, Tchê Tchê (Moisés – 25’/2ºT) e Lucas Lima; Willian, Dudu (Alejandro Guerra – 35’/2ºT) e Borja (Keno – 16’/2ºT). Técnico: Roger Machado.
Gols, Lancenet!, Globo Esporte, Terra Esportes, Estadao, Folha Online.
Palmeiras encara Bragantino pela 40ª vez na história; confira retrospecto
Felipe Krüger
Departamento de Comunicação
27/01/2018 – 10h40
Líder do grupo C do Campeonato Paulista e com 100% de aproveitamento na temporada – foram três jogos e três vitórias –, o Palmeiras encara o Bragantino neste domingo (28), em Bragança Paulista, em busca da manutenção do ótimo momento que vive dentro de campo. Será a 40ª vez que o time alviverde irá encarar a equipe do interior de São Paulo – foram, até aqui, 22 vitórias palmeirenses, nove empates e apenas oito derrotas.
Considerando apenas as partidas válidas pelo Campeonato Paulista, como no caso do duelo deste domingo (28), a vantagem também é amplamente favorável ao Maior Campeão do Brasil. Foram 26 encontros no torneio estadual, 14 triunfos do Verdão, oito igualdades e quatro reveses.
O Palmeiras não é derrotado pelo Bragantino desde 1997 – 2 a 1 para o time alvinegro, em partida do Campeonato Brasileiro daquele ano. Desde então, os clubes se encontraram 13 vezes e aconteceram 10 vitórias palestrinas e três empates.
A maior goleada da história do confronto aconteceu no dia 12 de abril de 1994. Naquela oportunidade, o Alviverde venceu por 6 a 0, no estádio Palestra Italia, com gols marcados por Evair (2), Edmundo (2), Rincón e Edílson. O jogo foi válido pelo Campeonato Paulista.
Já o encontro mais recente aconteceu em março de 2015, quando o time verde e branco, então dirigido por Oswaldo de Oliveira, venceu por 1 a 0, no Allianz Parque – o tento foi anotado pelo atacante Rafael Marques.
PÓS-JOGO
Num jogo em que teve o controle absoluto em todo o tempo, o Palmeiras venceu o Bragantino por 2 a 0 em Bragança Paulista e segue com 100% de aproveitamento no campeonato. Com um ótimo jogo coletivo, o time teve como grande personagem o atacante Borja, que segue fazendo partidas muito boas taticamente, mas peca nas finalizações e deixa muitas dúvidas a respeito de sua manutenção como comandante de ataque.
PRIMEIRO TEMPO
A escalação de Roger Machado deixou claro que as mexidas do jogo passado se deram por questões físicas – Marcos Rocha, Felipe Melo e Willian Bigode voltaram ao time titular; Victor Luis foi poupado e deu lugar a Michel Bastos.
O primeiro chute a gol foi de Dudu, aos três minutos, após rápida movimentação ofensiva em que a bola passou pelo pé de quase todos os jogadores – Alex Alves não conseguiu segurar o chute, quente, e colocou para escanteio. Aos cinco, após cobrança de falta rápida, Lucas Lima enfiou para Dudu dentro da área; com pouco ângulo, o capitão bateu por baixo e obrigou o goleiro a ceder outro escanteio.
Aos 9, após outra rápida cobrança de falta: Tchê Tchê lançou Borja dentro da área; mais uma vez com pouco ângulo, a finalização foi prensada e saiu a escanteio. O Palmeiras tinha uma posse de bola massacrante e ao Bragantino só restava parar as jogadas com faltas.
Aos 17, uma chance realmente aguda: Lucas Lima lançou Borja pela direita; o colombiano fez jogada de ponta direita, ganhou de Guilherme Mattis, foi ao fundo e cruzou por baixo; Dudu furou e Tchê Tchê chegou inteiro de frente para o gol, com a bola rolando macia, mas concluiu de forma equivocada, pegando muito embaixo da bola e isolando.
O Bragantino deu o primeiro sinal de vida aos 23, num bom chute de fora de Vitinho, que passou por cima. Depois de um início muito intenso, o Palmeiras diminuiu o ritmo diante do forte calor; o domínio exercido não resultou em tantas chances reais de gol.
Após a parada para hidratação, o Palmeiras perdeu outra chance clara com Borja, aos 36: lançado por Lucas Lima em velocidade, entrou de frente para o goleiro mas perdeu a passada e se atrapalhou, finalizando fraquinho e facilitando para a defesa de Alex Alves. Aos 39, Vitinho tentou mais uma vez de fora e Jailson defendeu fácil. Aos 42, mais uma vez Vitinho: ele bateu falta na área e Antônio Carlos cabeceou para trás perigosamente, cedendo escanteio.
Aos 44, a primeira chegada de Michel Bastos ao ataque – ele cruzou no primeiro pau e Willian escorou para fora. O Palmeiras usou muito pouco os laterais no primeiro tempo, o que explica bastante o domínio tão amplo com tão poucas chances de gol. Aos 45, mais um chute de fora do Bragantino: Evandro bateu e a bola veio quente, difícil para Jailson, que defendeu em dois tempos. Aos 47,ótima tabela entre Willian e Borja; o colombiano desta vez bateu bem mas foi travado pela defesa. Foi o último lance do primeiro tempo.
SEGUNDO TEMPO
Sem mudanças, o Palmeiras voltou para o segundo tempo cauteloso, esperando as primeiras definições do time da casa. O Bragantino voltou com a marcação um pouco mais alta, e o Palmeiras passou a usar mais os flancos. Aos 3, Borja caiu pelo lado direito e tabelou com Willian, que cruzou para a chegada de Antônio Carlos, que chegou como um centroavante e concluiu como um zagueiro.
Os cruzamentos passaram a entrar, por cima e por baixo, mas a bola ainda não chegava em nossos atacantes. Aos 13, depois de escanteio, Thiago Martins conseguiu uma boa cabeçada, por cima. Aos 15, Borja esgotou suas tentativas e deu lugar a Keno – Willian passou a jogar por dentro.
Deu resultado, muito rápido: na falta do lado esquerdo, Dudu bateu rápido abrindo para Michel Bastos, que cruzou no segundo pau para a chegada de Keno, que finalizou por baixo e conseguiu fazer a bola entrar, apesar da tentativa de corte de Guilherme Mattis.
Coma vantagem, abriu-se a chance para a entrada de Moisés, no lugar de Tchê Tchê – talvez a escolha fosse por Felipe Melo se o placar não tivesse sido aberto pouco antes. E foi justamente Felipe Melo quem fez um lançamento a seu estilo para Dudu, que ganhou de dois marcadores, cortou para dentro e tocou no ângulo, marcando um golaço. Na quarta partida do ano, a ferrugem parece que foi embora e confirma que as críticas após os primeiros jogos tinham que ser feitas com muito respeito.
Aos 31, linda jogada de todo o ataque; Dudu virou o jogo e Keno tocou para Lucas Lima, que foi derrubado a um metro da linha da área. Michel Bastos isolou. Aos 35, Dudu deu lugar a Guerra; Keno foi pra esquerda.
O ritmo do jogo caiu sensivelmente com a vitória já definida e o Verdão chegou de novo aos 38, com um chute de Michel Bastos que foi na rede pelo lado de fora. Aos 39, Felipe Melo esticou de trivela para Keno, que ia invadir a área mas foi derrubado por Lázaro, que levou amarelo. Guerra bateu forte, por baixo, mas a defesa rebateu.
Provocada pela torcida da casa, nossa torcida puxou o grito de olé – e o time correspondeu, colocando o Bragantino na roda por mais de um minuto – a sequência só foi interrompida por um choque de Lázaro com Willian, quando nosso atacante já se preparava para invadir a área.
E na troca de passes que aumentam as estatísticas de posse de bola, o jogo acabou com a quarta vitória seguida do Verdão.
FIM DE JOGO
Cobranças de faltas rápidas compensam a falta de jogadas ensaiadas; o tempo de aproximação entre os jogadores vai ficando cada vez mais preciso e as triangulações, tímidas nos primeiros jogos, começam a aparecer. Lucas Lima se consolida como maestro do time e fica cada vez mais claro que Roger Machado tem um elencaço na mão. Só precisamos saber se Borja vai desencantar. Paciência, um pouco mais. Depende só dele. VAMOS PALMEIRAS!