Para fechar um ano frustrante e decepcionante, uma derrota quase vergonhosa. Nada mais justo. Refletiu o que foi a temporada.
A vitória era necessária para garantirmos por conta própria o vice campeonato. Graças a incompetência do Santos e a ressaca do Grêmio (com os reservas em função do título da Libertadores), a segunda colocação da tabela caiu no nosso colo.
O primeiro tempo foi vergonhoso. Defesa perdida e meio de campo sem criação nenhuma. Na etapa final melhoramos, mas nada de mais.
Um ano se passou e não conseguimos ter padrão nenhum. Demitimos precocemente Eduardo Baptista para “não comprometer o ano”, trouxemos o conhecido Cuca e mesmo assim não deu nada.
Que muitas lições sejam tiradas deste ano para não repetir os mesmos erros em 2018.
Jogo válido pela 38ª rodada do Brasileirão 2017.
FICHA TÉCNICA
Local: Arena da Baixada, em Curitiba (PR)
Data: 03/12/2017, domingo
Horário: 17h (de Brasília)
Árbitro: Claudio Francisco Lima e Silva (SE)
Assistentes: Cleriston Clay Barreto Rios (SE) e Fabio Pereira (TO)
Público: –
Renda: –
Cartões amarelos: Sidcley Pavez e Santos (ATL); Luan, Thiago Santos, Guerra, Yerry Mina e Dudu (PAL)
Gols: Ribamar, aos 5, Ederson, aos 17, e Sidcley, aos 33 minutos do primeiro tempo
Atlético-PR: Santos; Jonathan (Cascardo), Wanderson, Thiago Heleno e Fabrício; Pavez, Rossetto, Lucas Fernandes e Discley; Ribamar (Douglas Coutinho) e Éderson (Bruno Guimarães)
Técnico: Fabiano Soares
Palmeiras: Fernando Prass; Fabiano (Deyverson), Yerry Mina, Luan e Michel Bastos; Thiago Santos, Tchê Tchê e Moisés (Guerra); Dudu, Keno e Willian (Hyoran)
Técnico: Alberto Valentim
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NÚMEROS DO PALMEIRAS NO CAMPEONATO | |||
Jogos | Pontos em casa | Pontos fora | Total |
Turno: 19 | 19/27 = 70,37% | 13/30 = 43,33% | 32/57 = 56,14% |
Returno: 19 |
20/30 = 66,66% | 11/27 = 40,74% | 31/57 = 54,38% |
Total: 38 |
39/57 = 68,42% | 24/57 = 42,10% | 63/114 = 55,26% |
QUEM MARCOU |
Dudu: 9 gols |
POSIÇÃO DO PALMEIRAS A CADA RODADA | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
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PÓS-JOGO
Pela quarta vez no ano, o Palmeiras sofreu três gols ainda no primeiro tempo; sonolento, não ameaçou o gol do Atlético em nenhum momento e terminou o ano de forma triste, sendo derrotado por 3 a 0. Mesmo assim, terminou o campeonato na segunda colocação com os tropeços do Grêmio e do Santos. Que fique claro: não há nada a comemorar.
PRIMEIRO TEMPO
Com três desfalques já previstos, o Verdão foi a campo com mais um: Mayke não se recuperou de dores no quadril e nem viajou; Fabiano foi para o jogo. O Atlético escalou o time quase todo reserva, inclusive o goleiro – Weverton, diante do acerto com o Palmeiras, foi cortado e deu lugar a Santos.
Ainda na fase de estudos, o Verdão chegou primeiro logo aos 4 minutos: Thiago Santos lançou na medida para Willian, que acabou enganado pelo quique da bola no gramado artificial e errou o tempo do chute – Thiago Heleno travou a conclusão e a bola saiu a escanteio.
Um minuto depois, o Atlético abriu o placar num contra-ataque rápido: Dudu dormiu e deixou Fabrício recuperar uma bola que sairia pela lateral; a bola foi estourada e chegou em Lucas Fernandes, que enxergou Ribamar entre Luan e Fabiano e lançou por baixo; na velocidade, o atacante atleticano chegou até a área e tocou na saída de Fernando Prass.
Aos oito, quase o segundo, mais uma vez em cima da linha alta: desta vez Lucas Fernandes partiu em velocidade pela direita e deu o tapa para o meio, buscando Ribamar – Michel Bastos cortou e a bola chegou a tocar na trave. Mas cinco minutos depois, não teve jeito: a linha alta falhou de novo; Fabrício acertou um lançamento longo para Ribamar que Mina não alcançou; o atacante entrou na área de frente com Fernando Prass e Luan chegou atropelando e para cometer o pênalti. Ederson bateu com força e aumentou o placar.
Com a vantagem, o Atlético, que já tinha se proposto a jogar no contra-ataque, deu a bola para o Palmeiras de uma vez. Sem um centroavante, contra uma defesa fechada, o Verdão tinha sérias dificuldades em criar oportunidades de gol.
Aos 30, o contato com a bola no terreno atrapalhou até o zagueiro da casa; Tchê Tchê recuperou e tocou rápido para Willian, que ligou com Dudu – e mais uma vez a bola pingou esquisito e atrapalhou a conclusão do capitão. Esse gramado sintético é uma aberração.
Três minutos depois, após corte de Luan, Rossetto se antecipou a Thiago Santos e a bola ficou com Ederson, que cruzou por baixo para Sidcley, que mesmo acompanhado por Fabiano só teve o trabalho de escorar para o gol, fazendo o terceiro e desenhando uma tragédia.
O Palmeiras chegou duas vezes nos minutos finais do primeiro tempo, com chutes de Willian e Fabiano, mas sem assustar o goleiro Santos. O juiz apitou o fim do período, para nosso alívio.
SEGUNDO TEMPO
Fabiano ficou no vestiário, para nunca mais voltar. Deyverson foi para o jogo, Tchê Tchê ocupou a lateral, Willian abriu na esquerda e Dudu caiu mais por dentro. Mas logo a dois minutos, Fernando Prass salvou o Palmeiras de levar o quarto gol, em conclusão de Wanderson em bola viva, após cobrança de escanteio. Um minuto depois, foi Luan quem salvou o Verdão desarmando Ribamar no último instante – o atacante estava cara a cara com Prass após troca de passes que envolveu nossa defesa.
Dudu finalizou mascado aos sete minutos, depois de cruzamento de Michel Bastos que o goleiro cortou parcialmente. O Palmeiras lentamente começava a entrar no jogo, enquanto o Atlético só esperava mais uma chance de sair na correria.
Aos 11, em jogada individual, Dudu tentou de fora, mas bateu por cima. Aos 15, foi a vez de Deyverson, meio de canela, tentar o arremate da meia-lua – fraco, para fora. Um minuto depois, Keno foi ao fundo e cruzou por baixo – Deyverson, com pouco ângulo, escorou na rede por fora. Alberto Valentim trocou Moisés por Guerra aos 18 minutos.
Willian sentiu uma pancada e deu lugar a Hyoran. Mesmo sem intensidade, o Palmeiras continuava jogando em cima do Atlético e Tchê Tchê bateu forte de fora da área aos 26, por cima do gol.
Devagar, quase parando, Guerra recolheu a bola na direita aos 36 e investiu contra quatro adversários – ele ainda conseguiu um escanteio ao bater mascado contra o gol. No lance seguinte, o Atlético atacou como num churrasco, com nossa defesa apenas assistindo – a bola foi a escanteio. Na cobrança, Bruno Guimarães deu de calcanhar no primeiro pau e Fernando Prass defendeu parcialmente; Wanderson chegou bicando e Fernando Prass rachou com o braço, de maneira sensacional, evitando o vexame do quarto gol.
Aos 46, o último suspiro: Hyoran bateu falta na área e Thiago Santos raspou de cabeça, mandando por cima. O goleiro Santos passou o jogo inteiro sem fazer defesa alguma e o Atlético venceu a melancólica despedida do Verdão da temporada.
FIM DE JOGO
Sem mostrar em campo o que o discurso de profissionalismo e seriedade praticado durante a semana apregoou, os jogadores do Palmeiras envergonharam a torcida e levaram uma goleada do Atlético.
O Palmeiras fecha a temporada na segunda colocação, mas com toda a convicção que o título era possível. Erros de nossos jogadores, dos técnicos, da diretoria e principalmente da arbitragem, combinados, determinaram esse desfecho. Renova-se a esperança para um ano novo melhor. Até o dia 17 de janeiro, nos resta suportar os jogos festivos de fim de ano e torcer pelo Sub-20 na Copinha – a base vem forte. VAMOS PALMEIRAS!