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Vitória 3 x 1 Palmeiras – 09/11/2017

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Crédito: Cesar Greco/Ag Palmeiras/Divulgação

Apático e desorganizado como há bastante tempo não se via. Esse foi o time Verde e Branco em campo.

Ainda sentido uma forte ressaca da derrota no Derby fomos a campo para tentar uma reação contra um time que não vencia em casa há mais de 3 meses.

Com 20 minutos já estávamos tomando 2. Descontamos mas em seguida tomamos mais um e não teve mais jogo, apenas balões e passes errados. Parecia série B.

A derrota comprova que não merecemos a ponta do campeonato. Não temos maturidade pra isso.

Agora é buscar o vice pelo menos para ganhar uma boa premiação e garantir a vaga direta na Libertadores 2018.

Jogo válido pela 33ª rodada do Brasileirão 2017.

Gols, melhores momentos.

FICHA TÉCNICA
VITÓRIA 3 X 1 PALMEIRAS 

LOCAL: Barradão, Salvador (BA)
DATA-HORA: 8/11/2017 – 21h45 de Brasília (20h45 local)
ÁRBITRO: Dewson Fernando Freitas da Silva (Fifa-PA)
AUXILIARES: Helcio Araujo Neves (PA) e Jose Ricardo Guimarães Coimbra (PA)
PÚBLICO/RENDA: Não disponíveis
CARTÕES AMARELOS: José Welison, Yago e Renê (VIT), Mayke (PAL)
CARTÃO VERMELHO: Uillian Correia (VIT), aos 18’/2ºT
GOLS: Yago (5’/1ºT) (1-0), Trellez (14’/1ºT) (2-0), Dudu (19’/1ºT) (2-1), Yago (39’/1ºT) (3-1)

VITÓRIA: Fernando Miguel; Patric, Wallace, Kanu e Geferson; José Welison (Carlos Eduardo, aos 39’/2ºT), Uillian Correia, Fillipe Soutto (Ramon, aos 20’/2ºT) e Yago (Renê, aos 24’/2ºT); David e Trellez. TÉCNICO: Vágner Mancini.

PALMEIRAS: Fernando Prass; Mayke, Edu Dracena, Juninho e Egídio; Bruno Henrique (Fernando, no intervalo), Tchê Tchê e Moisés; Keno (Guerra, aos 23’/2ºT), Dudu e Erik (Róger Guedes, aos 15’/2ºT). TÉCNICO: Alberto Valentim.

Pós-Jogo

Verdazzo

Mesmo jogando contra um adversário que não vencia em casa havia três meses, com um jogador a mais em metade do segundo tempo, o Palmeiras sentiu o efeito da derrota no Derby e acabou derrotado por 3 a 1 pelo Vitória. O resultado coloca em risco a posição no G4, ainda mais com a vitória do Flamengo sobre o Cruzeiro. O próximo jogo é exatamente contra os cariocas, e uma vitória será fundamental.

PRIMEIRO TEMPO

O escolhido por Alberto Valentim para ocupar a desfalcada posição de centroavante foi Erik. O time manteve o desenho que vinha usando desde que Valentim assumiu, contra um Vitória que alinhou com três volantes, preocupado em conter a fluidez de nosso meio de campo.

A tática de Vagner Mancini deu resultado: aos três minutos tivemos a primeira chance do Vitória: a bola foi erguida em nossa área; Fernando Prass dividiu pelo alto com Tréllez e a bola sobrou para Patric, sem marcação – ele bateu com força, cruzado, e a bola passou à direita do gol.

Nosso lado esquerdo seguia uma baba; Patric desceu sem ser incomodado por Egídio e cruzou por baixo; Felipe Soutto se antecipou a Edu Dracena e ajeitou para a chegada de Yago, que bateu forte, no canto esquerdo de Fernando Prass, abrindo o placar.

O Palmeiras até que soube assimilar o gol e passou a imprimir um ritmo mais forte, pressionando o time da casa sobretudo com Keno e Erik. Mas aos 14, Fernando Prass fez a reposição de bola, Wallace rebateu e Juninho perdeu a disputa com Tréllez de forma infantil; o colombiano ficou livre e tocou na saída de Prass, fazendo 2 a 0.

Parecia aqueles apagões que tanto já nos maltrataram nas últimas temporadas. Mas aos 19, o Verdão reagiu: Moisés iniciou a jogada pelo meio, abriu na direita para Keno, que cruzou; a bola desviou na zaga e subiu, caindo no segundo pau para a chegada de Dudu; quase dentro do gol, o capitão cumprimentou de cabeça e diminuiu. Um minuto depois, Keno fez a jogada pelo meio e abriu para Erik, na esquerda; dentro da área, o camisa 17 bateu firme, cruzado, e Fernando Miguel salvou de ponta de dedo, mandando a escanteio.

Pouco depois, Dudu, que começou na esquerda, trocou de lado com Keno. Aos 28, Egídio bateu falta sofrida por Mayke na área; Tréllez rebateu e Moisés bateu do jeito que veio, por cima, assustando muito a Fernando Miguel. Aos 32, Mayke esticou a bola pelo alto procurando Erik, na disputa com Kanu, o zagueiro do Vitória claramente empurrou nosso atacante, Mas Dewson Freitas não deu o pênalti.

O jogo caiu de ritmo, mas o Palmeiras seguia comandando as ações – o que, neste jogo, não significava nada. Aos 39, David disputou e ganhou de Mayke e rolou para o meio; Juninho chegou atrasado na dividida e a bola espirrou; Tchê Tchê foi em câmera lenta para a bola e Yago chegou antes, batendo forte no canto direito de Fernando Prass, fazendo o terceiro gol. Incrível. Com 3 a 1 no placar e a mesma marcha de gols do Derby, acabou o primeiro tempo.

SEGUNDO TEMPO

Precisando de mais presença no ataque, Alberto Valentim deixou o time mais exposto ainda: mandou o menino Fernando a campo, no lugar de Bruno Henrique. E logo a um minuto, o garoto tentou a jogada individual e bateu de fora, mas pegou mal na bola. O Vitória respondeu dois minutos depois: Yago bateu falta da direita e Tréllez ganhou de nossa zaga exigindo grande defesa de Fernando Prass.

Aos 8, Keno fez a enfiada para Erik; Wallace tentou cortar e quase fez contra – Fernando Miguel defendeu no cantinho; a bola voltou para Moisés que emendou forte, mas a bola explodiu na zaga.

A estratégia do Vitória era simples: onze atrás da linha da bola, muita cera, e correria quando recuperava a bola. O Palmeiras tinha extrema dificuldade para penetrar na muralha armada por Vagner Mancini e as jogadas aéreas não eram opção diante da baixa estatura de nosso ataque. Valentim trocou Erik por Roger Guedes, para jogar aberto pela direita; Dudu passou a jogar por dentro.

Aos 17, Dudu arrancou pelo meio e sofreu falta por trás de Uillian Correia – como já tinha amarelo, acabou expulso. Roger Guedes bateu a falta por cima do travessão. Guerra entrou no lugar de Keno e assim Valentim queimou a última mexida – quem passou a ocupar o lado esquerdo foi Fernando, e Moisés e Guerra se revezavam nas chegadas pelo meio, como falsos noves.

No jogo de ataque contra defesa, o Palmeiras, mesmo com um a mais em campo, não tinha a menor organização ofensiva. A formação que estava em campo, é certo, jamais treinou junta. Para piorar, Roger Guedes não acertava nada e matava todos os nossos ataques. Tchê Tchê arriscou um chute de média distância aos 41e Fernando Miguel deu um tapinha para escanteio. Muito pouco.

Aos 45, Tchê Tchê chutou de fora; Kanu afastou, a bola bateu em Wallace e voltou para Guerra, que fez o gol. Mesmo tendo sido uma bola rebatida pela zaga, o bandeira erradamente marcou impedimento. Aos 47, Roger Guedes ainda tentou um chute cruzado e acertou o travessão de Fernando Miguel. E depois desse lance acabou a tortura.

FIM DE JOGO

No rigor, um gol mal anulado e um pênalti não dado a nosso favor. Mas ao contrário do jogo de domingo, os erros da arbitragem não influenciaram no resultado. O Palmeiras entrou em campo nocauteado. E quem tem um pouco mais de tempo de janela sabe que Derbies decisivos têm esse poder. O vencedor arrancou um resultado altamente improvável em Curitiba, enquanto que o Palmeiras conseguiu uma façanha que ninguém realizava há meses: perder para o Vitória em Salvador.

Ainda não é momento de apontar dedos ou de fazer listas de dispensa, embora a vontade esteja grande. Estamos bem posicionados na luta pelo G4 e o vice-campeonato pode render um prêmio de mais de R$ 11 milhões – são objetivos secundários que não se pode abrir mão e o apoio da torcida será importantíssimo nesta reta final. Mas Alberto Valentim precisa resolver o problema da exposição da defesa, se quiser ter alguma chance de sonhar em ser efetivado para o ano que vem.

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