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Palmeiras 0 x 2 Chapecoense – 20/08/2017

O jogador Borja, da SE Palmeiras, disputa bola com o jogador, da A Chapecoense F, durante partida válida pela vigésima primeira rodada, do Campeonato Brasileiro, Série A, na Arena Allianz Parque (Crédito: Cesar Greco/Ag Palmeiras/Divulgação).

Com a intenção de aproveitar o topeço do líder o Palmeiras foi a campo tentando se aproximar um pouco mais dos líderes e começar uma reação no campeonato.

Ficou só na tentativa.

O time, completamente apático e desorganizado, fez um jogo muito feio de se ver e foi derrotado em casa. A derrota deixa a tarefa que já era muito difícil, quase impossível.

Jogo válido pela 21ª rodada do Brasileirão 2017.

FICHA TÉCNICA

LOCAL: Allianz Parque, em São Paulo (SP)
DATA/HORA: 20/8/2017 (domingo), às 19h
ÁRBITRO: Dyorgines Jose Padovani de Andrade (ES)
ASSISTENTES: Fabiano da Silva Ramires (ES) e Vanderson Antonio Zanotti (ES)
RENDA E PÚBLICO: 21.261 pessoas / R$1.071.429,69
CARTÕES AMARELOS: Moisés (PAL); Reinaldo, Moisés Ribeiro, Roberto e Grolli (CHA)
GOLS: Fabrício Bruno 38′ 1ºT (0-1) e Túlio de Melo 49′ 2ºT (0-2)

PALMEIRAS: Fernando Prass; Jean, Edu Dracena, Luan e Michel Bastos; Thiago Santos (Tchê Tchê – intervalo), Moisés e Alejandro Guerra; Róger Guedes (Keno – intervalo), Deyverson e Willian (Borja 24′ 2ºT). TÉCNICO: Cuca.

CHAPECOENSE: Jandrei; Apodi, Douglas Grolli, Fabrício Bruno e Reinaldo (Roberto 28′ 2ºT); Moisés Ribeiro, Lucas Mineiro e Luiz Antonio; Penilla (Júlio César 20′ 2ºT), Túlio de Melo e Arthur (Wellington Paulista – intervalo). TÉCNICO: Vinícius Eutrópio.

PÓS-JOGO

Fonte: Verdazzo

Jogando de forma decepcionante, sem criatividade e aparentemente sem motivação, o Palmeiras foi derrotado pela Chapecoense no Allianz Parque e perdeu a chance de aproveitar o improvável tropeço do líder no início da rodada. Mesmo com a derrota, o time ainda permanece na zona de classificação direta para a Libertadores, agora perseguido de perto pelo Flamengo.

PRIMEIRO TEMPO

Cuca mostrou que sentiu muito a falta de Willian Bigode nos últimos jogos e não perdeu a chance de escalar o jogador em sua primeira partida recuperado após a lesão, aberto pelo lado esquerdo. Moisés começou o jogo como segundo volante, mas correndo o campo todo, usando toda sua inteligência tática para tentar promover a aproximação com os outros jogadores do meio-campo.

O Palmeiras mantinha a posse de bola, mas tinha problemas para furar as duas linhas de quatro, simples, montadas por Vinicius Eutrópio. A primeira grande chance veio aos 12: Willian se projetou à frente e recebeu belo passe de Roger Guedes; na matada ele adiantou um pouco a bola e deu chance para que Jandrei chegasse dividindo – a bola saiu em escanteio. Após a cobrança, Michel Bastos pegou a sobra de fora e arriscou, mas Jandrei pegou firme.

Aos 19, Moisés errou um passe no meio do campo e a Chape armou seu primeiro contra-ataque; Luiz Antônio não tinha opções de jogada e arriscou de longe, mandando a direita de Fernando Prass, com algum perigo. Aos 21, Edu Dracena devolveu na mesma moeda, surpreendendo Jandrei com um forte chute de fora, obrigando o goleiro da Chape a mandar a bola a escanteio.

Um minuto depois, Jandrei devolveu a bola deforma longa e Arthur Caíke apareceu livre por trás dos zagueiros; ele girou o corpo e recuou para Penilla que chegou batendo, exigindo boa defesa de Fernando Prass. Vacilo da zaga.

Aos 31, Roger Guedes sofreu falta na direita; Michel Bastos cobrou com muito veneno no segundo pau, Jandrei borboletou e Deyverson escorou para o meio – Edu Dracena chegou um pouquinho atrasado e a zaga isolou a bola, que caiu com Fernando Prass. Nosso goleiro estourou para a frente e Deyverson ganhou a disputa, fazendo a bola sobrar no mano a mano entre Willian e Fabrício Bruno, que ganhou a jogada e afastou o perigo.

A Chapecoense, sentindo que o Palmeiras pressionava, passou a abusar da cera. E aos 39 chegou ao gol numa falha individual de Luan: a falta veio do lado esquerdo, por cima; Fabrício Bruno aproveitou o vacilo de nosso camisa 13, que deixou a bola passar infantilmente, e escorou para o canto direito de Fernando Prass, acendendo o pavio no Allianz Parque.

Se já estava fazendo cera com o empate, a partir do momento que fez o gol o time catarinense dramatizou toda jogada, parando o jogo e cortando o ritmo que o Palmeiras já tinha enorme dificuldade para tentar impor. O primeiro tempo acabou sem se ver a bola rolar, mesmo com o Palmeiras atrás no placar.

SEGUNDO TEMPO

Para o segundo tempo, Cuca voltou com mudanças: Tchê Tchê no lugar de Thiago Santos, remontando a dupla de volantes campeã brasileira em 2016, e Keno no lugar de Roger Guedes, puxando Willian para o lado direito. O Palmeiras começou o segundo tempo em alta intensidade, mas a Chape realmente não queria jogo e seguiu recorrendo ao antijogo desde os primeiros minutos, de forma absolutamente irritante.

Aos seis, o primeiro chute a gol: Guerra recebeu pela direita e tentou surpreender Jandrei com um toque por elevação, mas o goleiro estava atento e fez a defesa. A postura do Palmeiras era nitidamente diferente, a bronca no vestiário deve ter sido grande.

Aos oito, Willian cruzou da direita; Apodi errou no corte e a bola sobrou limpa para Keno, que mirou o cantinho esquerdo de Jandrei e meteu de curva, mas a bola saiu por milímetros. Aos 13, Jean cobrou falta da esquerda, Moisés conseguiu cabecear no segundo pau, mas Luan acabou fazendo falta em Jandrei por cima. E acabou por aí a postura agressiva do Palmeiras. O jogo voltou ao marasmo do primeiro tempo e nem parecia que o time estava perdendo o jogo.

Sem conseguir se impor no ataque, aos 25minutos Cuca trocou Willian Bigode por Borja – formou-se um tridente com Deyverson, Keno e Borja, mas o time seguia com seriíssimas dificuldades em criar e só aos 38 conseguiu uma finalização, com Deyverson, após bola invertida por Jean – a bola desviou na zaga após o chute do camisa 16 e saiu em escanteio. Mas um minuto depois, Apodi saiu na cara de Prass em contra-ataque rapidíssimo – nosso goleiro dividiu com o lateral da Chape e levou a melhor.

Aos 40, Apodi fez carga nas costas de Keno e derrubou nosso atacante dentro da área – o fraquíssimo Dyorgines José Padovani de Andrade, que foi conivente o tempo todo com o antijogo do time catarinense, nada marcou.

Nos minutos finai, finalmente uma pressão. Aos 43, após escanteio na direita, Deyverson testou, Jandrei rebateu a bola ficou viva na pequena área, mas ninguém conseguiu fazer o gol. Um minuto depois, após mais um escanteio, a bola sobrou para Borja a três metros do risca fatal, mas o colombiano emendou de primeira sem direção, desperdiçando o empate. Aos 44, Deyverson e Borja tabelaram dentro da área, mas a zaga chegou cortando, impedindo a finalização. Aos 47, a bola rodou, chegou até Guerra pela direita e veio o cruzamento; Grolli rebateu e Moisés emendou de primeira mas a bola, que tinha o endereço, desviou na zaga.

Depois de tamanha pressão, numa bola parada o Palmeiras levou o golpe fatal: Túlio de Melo recebeu nas costas de Edu Dracena, ficou cara a cara com Fernando Prass e não perdoou, fazendo o segundo gol já aos 50 minutos. E logo após o juiz encerrou a partida.

FIM DE JOGO

Mais de 20 mil palmeirenses que saíram de casa num domingo frio e chuvoso para apoiar o time certamente ficaram muito decepcionados com a falta de pegada do time, que teve todas as condições de vencer o jogo: além de ter treinado a semana inteira, como Cuca sempre vem reclamando há pelo menos três meses, enfrentou um adversário exaurido, pressionado pela posição na tabela, que decidiu dar a bola no nosso pé para jogar no contra-ataque, sem fazer a bola passar pelo meio do campo. É incrível que isso tenha funcionado.

Perder é do jogo. Mas desta forma é inaceitável. O time terá mais uma semana livre para seguir o trabalho, mas desta vez a chamada tem que vir de cima, tanto para os jogadores quanto para a comissão técnica. Esta foi uma das derrotas mais vergonhosas desde a inauguração do Allianz Parque. Assim, não.

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