Precisando de uma vitória para se recuperar das últimas 2 derrotas, o Palestra foi a campo defendendo uma invencibilidade de quase 1 ano no Allianz Parque justamente num derby. Além disso o rival lidera com folga o campeonato e estava a longínquos 13 pontos a frente. Vários ingredientes para motivar o torcedor Palestrino a comparecer (mais de 39 mil).
Em campo vimos um Corinthians jogando fechadinho com um sistema de marcação impecável e explorando contra-ataques. O Palmeiras, por sua vez, tinha imensa posse de bola mas não conseguia chegar nem perto da área adversária.
E o que todos receavam aconteceu. Um gol tomado num pênalti infantil e, a partir daí, foi só desorganização. O segundo gol jogou um balde de gelo em qualquer esperança de reação.
Com a derrota, o Verdão praticamente deu adeus à disputa do Brasileirão, já que a diferença chegou a enormes e quase irrecuperáveis 16 pontos.
Jogo válido pela 13ª rodada do Brasileirão 2017.
FICHA TÉCNICA
LOCAL: Allianz Parque, São Paulo (SP)
DATA-HORA: 12/7/2017 – 21h45
ÁRBITRO: Leandro Pedro Vuaden (RS)
AUXILIARES: Jose Eduardo Calza (RS) e Mauricio Coelho Silva Penna (RS)
PÚBLICO/RENDA: 39.091 pagantes/R$ 2.744.600,04.
CARTÕES AMARELOS: Borja, Dudu e Thiago Santos (PAL), Guilherme Arana, Cássio, Jadson e Rodriguinho (COR)
CARTÕES VERMELHOS: –
GOLS: Jadson (22’/1ºT) (0-1) e Guilherme Arana (19’/2ºT) (0-2)
PALMEIRAS: Fernando Prass; Tchê Tchê, Mina, Edu Dracena e Egídio (Zé Roberto, aos 35’/2ºT); Thiago Santos (Keno, aos 21’/2ºT), Bruno Henrique (Borja, no intervalo) e Guerra; Róger Guedes, Dudu e Willian. TÉCNICO: Cuca.
CORINTHIANS: Cássio; Fagner, Balbuena, Pablo (Pedro Henrique, aos 26’/2ºT) e Guilherme Arana; Gabriel e Maycon; Jadson (Marquinhos Gabriel, aos 39’/2ºT), Rodriguinho (Camacho, aos 47’/2ºT) e Romero; Jô. TÉCNICO: Fábio Carille.
Globo Esporte, Terra Esportes, Estadao, Folha Online.
Pós-Jogo
Fonte: Verdazzo
Num jogo cercado por muito nervosismo, o Palmeiras foi derrotado pelo SCCP e praticamente deu adeus à disputa do Brasileirão, já que a diferença chegou a enormes e quase irrecuperáveis 16 pontos. Para piorar, o time viu a invencibilidade de quase um ano dentro do Allianz Parque ir por água abaixo. Todas as energias agora se voltam para a disputa das copas, para salvar o ano.
PRIMEIRO TEMPO
A torcida vibrou como nunca no início do jogo. O Allianz Parque literalmente balançou – algo que não me recordo de ter sentido em nenhum jogo. A escolha de Cuca foi por Edu Dracena e Egídio no lado esquerdo da defesa – o que supunha um esquema muito forte de proteção com Thiago Santos e Bruno Henrique.
Com a bola no pé, o Verdão seguiu o script e tomou a iniciativa desde os primeiros minutos, mantendo a posse de bola e marcando alto, sem dar chance ao visitante para trocar dois passes. Aos 8, a primeira chance de gol: Dudu cobrou falta da esquerda e Mina ganhou da defesa, testando no centro do gol – fácil para Cássio. O SCCP tentou responder com Romero logo depois, em jogada individual – o paraguaio tentou surpreender Prass mas chutou à direita do gol.
Aos 10, Egídio arrancou pela esquerda, não foi incomodado e arriscou um bom chute de fora – Cássio defendeu. Depois de insistir com uma posse de bola massacrante e sempre rondando a área do adversário, o Palmeiras levou um castigo aos 22: Romero salvou uma bola quase perdida na esquerda e conseguiu tocar para a chegada de Guilherme Arana, que vinha em velocidade; Bruno Henrique tentou cortar e cometeu pênalti. Jadson bateu, a bola tocou no pé da trave direita de Fernando Prass e entrou – nosso arqueiro estava muito bem na bola.
O Palmeiras aparentemente não sentiu o gol e continuou imprimindo um ritmo forte. Aos 29, depois de boa jogada de Guerra pelo meio, Bruno Henrique soltou um foguetaço de fora e a bola passou raspando a forquilha direita de Cássio.
Aos 32, Dudu puxou o contra-ataque pela esquerda e tentou enfiar para Willian, mas Pablo cortou e a bola espirrou no braço de Balbuena, dentro da área. Se Vuaden quisesse ter dado o pênalti, poderia ter dado – mas não dá para dizer que ele roubou o Verdão no lance –foi tudo bem rápido e a bola ricocheteou muito de perto.
Aos 41, uma grande chance: escanteio pela direita, Edu Dracena cabeceou em direção ao gol, Thiago Santos dividiu com Cássio e Bruno Henrique bateu prensado com a defesa – a bola saiu em novo escanteio. Cássio aproveitou para fazer mais cera e esfriar nosso time. E depois de mais pressão, Leandro Vuaden apitou o fim do primeiro tempo. Um placar injusto pelo enorme volume de jogo do Verdão – o problema foi a insistência nas bolas cruzadas pelo alto para Willian e Dudu, presas fáceis para a dupla de zaga do adversário, que não errou nenhuma bola.
SEGUNDO TEMPO
Cuca arriscou duplamente no intervalo: colocou Borja, algo que mais do que indicado, mas tirou Bruno Henrique. Para não deixar a zaga muito frágil, jogou Tchê Tchê para o meio, e recuou Roger Guedes para a lateral direita, deslocando Willian para a ponta. Isso mesmo: Roger Guedes na lateral.
O volume de jogo continuava alto, mas o visitante, usando o placar a seu favor, passou a jogar como pequeno, catimbando e fazendo cera a todo momento, buscando aquela bola vadia. Aos 17, Guerra deu uma cavadinha buscando Borja, Balbuena cortou parcialmente e Willian tentou emendar de voleio, mas não pegou em cheio e a bola saiu sem força. Aos 19, Willian mais uma vez tentou o arremate, desta vez de fora da área – Cássio defendeu firme.
Aos 20, o SCCP matou o jogo: numa tabelinha simples nas costas de Roger Guedes, que tinha descido, Guilherme Arana e Romero ganharam do lado direito de nossa defesa – Mina e Thiago Santos foram envolvidos e Edu Dracena mais uma vez chegou atrasado – Arana bateu cruzado, no canto esquerdo de Prass, que chegou a raspar na bola, mas não conseguiu a defesa.
Cuca então foi pro risco total, colocando Keno no lugar de Thiago Santos e puxando Dudu um pouco para trás. O excesso de improvisos e o nervosismo, no entanto, não permitiram que a formação ultraofensiva chegasse com perigo à meta de Cássio até o fim do jogo.
Só aos 33 o Palmeiras conseguiu uma nova finalização – Willian, aberto pela direita, aparou uma bola espirrada no peito e tentou emendar, mas mais uma vez errou o alvo. Aos 35, Cuca trocou Egídio, péssimo, por Zé Roberto.
A bola queimava no pé de nossos jogadores e só restaram os chutes de fora. Aos 37, foi a vez de Roger Guedes arriscar – mais um chute por cima. Foram cerca de dez minutos torturantes, vendo nosso time totalmente perdido em campo, sem ameaçar com real perigo o adversário. Os ridículos três minutos dados pela arbitragem como acréscimos acabaram sendo um alivio: era melhor que terminasse logo mesmo.
FIM DE JOGO
Este era o jogo para tornar o ano realmente interessante: manter a invencibilidade em casa, derrubar o embalo do rival, manter o Brasileirão aberto, e principalmente provar que o time forte do papel seria capaz de vencer grandes desafios. Seguimos com um aproveitamento muito ruim em clássicos. Fracassamos.
O ano não está perdido, mas sabemos o estrago que perder um Derby causa. Com dois confrontos de mata-mata em que estamos em desvantagem, a pressão vai ser muito maior e o time ainda está longe do melhor acerto. Temos que ter muito, mas muito sangue frio para superar este tombaço.
Acima de tudo, temos que ser bons esportistas e saber perder. O rival montou um time que está muito bem treinado, está conseguindo manter o time principal sem lesões e está jogando bola, aproveitando o foco apenas no Brasileiro e merecendo a posição que conquistou. Futebol é isso. Vamos cuidar da nossa vida que ainda temos que lutar por duas taças. VAMOS PALMEIRAS!