Eletrizante. Que jogo! Empate com sabor de vitória.
Depois de um péssimo primeiro tempo em que saímos perdendo de 3 (como no jogo de ida contra a Ponte), voltamos para o segundo com muita intensidade e conseguimos buscar o empate. Por pouco não veio a virada, que seria épica.
Não foi o resultado desejado, considerando que tomar gols em casa é critério de desempate, mas a reação eleva demais o moral da equipe para a sequência.
A lição precisa ser aprendida: não dá pra entrar em campo com apatia. Tem que ser sempre com vontade, intensidade, dedicação.
Jogo de ida válido pelas quartas de final da Copa do Brasil 2017.
FICHA TÉCNICA
PALMEIRAS 3 X 3 CRUZEIRO
LOCAL: Allianz Parque, São Paulo (SP)
DATA-HORA: 28/6/2017 – 21h45
ÁRBITRO: Jaílson Macedo Freitas (BA)
AUXILIARES: Alessandro Rocha Matos (Fifa-BA) e Elicarlos Franco de Oliveira (BA)
PÚBLICO/RENDA: 32.067 pagantes/R$ 1.996.242,72
CARTÕES AMARELOS: Willian, Fernando Prass e Thiago Santos (PAL), Ábila, Hudson, Rafael Sóbis e Lucas Romero (CRU)
CARTÕES VERMELHOS: –
GOLS: Thiago Neves (6’/1ºT) (0-1), Robinho (19’/1ºT) (0-2), Alisson (30’/1ºT) (0-3), Dudu (6’/2ºT) (1-3), Dudu (15’/2ºT) (2-3) e Willian (15’/2ºT) (3-3)
PALMEIRAS: Fernando Prass; Fabiano (Egídio, aos 32’/1ºT), Mina, Edu Dracena e Zé Roberto; Thiago Santos, Tchê Tchê e Guerra (Borja, no intervalo); Róger Guedes (Keno, aos 34’/2ºT), Dudu e Willian. Técnico: Cuca.
CRUZEIRO: Fábio; Ezequiel, Léo, Caicedo e Diogo Barbosa; Lucas Romero (Hudson, no intervalo), Ariel Cabral (Henrique, aos 25’/2ºT) e Robinho (Ábila, aos 14’/2ºT); Thiago Neves, Alisson e Rafael Sóbis. Técnico: Mano Menezes.
Palmeiras e Cruzeiro duelaram nove vezes em fases eliminatórias; Verdão venceu sete
Felipe Krüger
Departamento de Comunicação
28/06/2017 – 12h02
O Palmeiras recebe o Cruzeiro no Allianz Parque nesta quarta-feira (28), às 21h45, em duelo válido pelo jogo de ida das quartas de final da Copa do Brasil 2017. Será a décima vez que os dois times medirão forças em uma fase eliminatória – o Verdão levou a melhor em sete oportunidades, enquanto os mineiros venceram nas outras duas.
Em 1996, na grande final da Copa do Brasil, o Cruzeiro foi campeão após empatar a primeira partida, no Mineirão, em 1 a 1, e superar o Verdão no Palestra Italia, na semana seguinte, por 2 a 1. Dois anos depois, no entanto, o Alviverde deu o troco: venceu a decisão da Copa do Brasil contra o time celeste (derrota por 2 a 1, fora de casa, e triunfo por 2 a 0, no Morumbi) e conquistou a Mercosul também sobre o rival mineiro – em três jogos, com uma derrota no Mineirão na primeira partida (2 a 1) e duas vitórias no Palestra Italia (3 a 1 e 1 a 0). O Cruzeiro, por sua vez, levou a melhor nas quartas de final do Brasileirão, em mata-mata decidido em melhor de três (venceu a primeira por 2 a 1, em Minas Gerais, perdeu a segunda pelo mesmo placar e saiu vitorioso na terceira por 3 a 2 – ambos no Palestra Italia).
No ano seguinte, em 1999, novo encontro das equipes na Copa Mercosul. Os times se encontraram na primeira fase da competição – empate em 2 a 2, em casa, e derrota por 3 a 0, fora – e, depois, nas quartas de final da competição. Na etapa eliminatória, o Verdão não deu chance para o Cruzeiro. Logo na primeira partida, no Palestra Italia, o Verdão venceu por 7 a 3 – gols de Paulo Nunes (2), Evair (2), Euller (2) e Alex –, que ainda é a maior goleada da história do confronto. A grande diferença de gols permitiu que o Palmeiras perdesse o segundo jogo, em Minais Gerais, por 2 a 0 e saísse classificado.
Em 2000, outros dois confrontos válidos pelas quartas de final. Um deles novamente pela Copa Mercosul, após novamente se encontraram na primeira fase, que teve empate em 0 a 0 e derrota por 2 a 0. No mata-mata, novo triunfo palestrino: com duas vitórias, uma por 3 a 2, no Palestra Italia, e outra por 2 a 1, no Mineirão, o Verdão avançou às semifinais. O segundo encontro entre as equipes aconteceu na Copa dos Campeões, quando o Alviverde garantiu a vaga após vitória por 3 a 1 e empate em 1 a 1, em partidas disputadas em João Pessoa e Maceió, respectivamente.
Já em 2001, o confronto foi pela Copa Libertadores. Nas quartas de final, após dois empates – 3 a 3, em São Paulo, e 2 a 2, no Mineirão, o Verdão venceu nos pênaltis e avançou para a semifinal da competição sul-americana.
Quatorze anos depois, em 2015, os times foram sorteados para se enfrentarem nas oitavas de final da Copa do Brasil. Bicampeão, o Palmeiras superou o Cruzeiro e arrancou rumo ao tricampeonato da competição. No Allianz Parque, o Verdão venceu por 2 a 1, enquanto a partida no Mineirão terminou 3 a 2 para o grupo palestrino.
Retrospecto geral
Ao todo, Palmeiras e Cruzeiro já se encontraram 87 vezes. Foram 32 vitórias palmeirenses, 24 empates e 32 derrotas. O Verdão marcou 130 gols e foi vazado 123 vezes.
PÓS-JOGO
Fonte: Verdazzo
Que jogaço! Depois de tomar três gols no primeiro tempo, o Verdão reagiu e buscou o empate por 3 a 3 contra o Cruzeiro no Allianz Parque. A sensacional reação manteve nosso time invicto há mais de onze meses em casa e faz com que uma vitória por qualquer placar no Mineirão nos permita avançar na Copa do Brasil. Ou um empate por 4 a 4, 5 a 5… Vai que…
PRIMEIRO TEMPO
Cuca escalou a defesa com Zé Roberto e Edu Dracena do lado esquerdo, o que já trouxe alguma desconfiança para o torcedormais atento. Na proteção à zaga, Thiago Santos, seu homem de confiança, readquiriu condições físicas e foi para o jogo. Na direita, sem escolhas, entrou Fabiano – um combo que depois se mostraria trágico.
Mas o Verdão foi para a pressão logo de cara, como de praxe, e logo com 30 segundos veio a primeira chance: Willian Bigode recebeu dentro da área, girou, mas com pouco ângulo finalizou na rede pelo lado de fora.
Aos 4, mais uma finalização, e pelo alto – o ponto fraco da defesa do Cruzeiro a ser explorado: escanteio da esquerda, Edu Dracena cabeceou no meio do gol, para boa defesa de Fábio. Um minuto depois, Guerra enfileirou 4 adversários depois de partir do campo de defesa; se aproximou da área e bateu forte – Fábio fez ótima defesa mandando a escanteio.
Após a cobrança, o Cruzeiro mostrou a que viria: um contra-ataque rapidíssimo puxado por Alisson, Diogo Barbosa foi acionado na esquerda marcado por Roger Guedes; o cruzamento veio por baixo e Thiago Neves, sem marcação, só escorou para o gol – Zé Roberto não conseguiu acompanhar o lance.
O Palmeiras sentiu o gol e passou a errar muitos passes – isso quando não era o juiz quem atrapalhava nossas progressões. O Cruzeiro passou a se sentir confortável em campo e aos 18 fizeram o segundo gol, após bela trama pelo lado direito do ataque, envolvendo nosso sistema defensivo – a bola passou por Thiago Neves, Sóbis, Lucas Romero, até chegar em Robinho, mais uma vez livre, e foi só tocar para o gol.
O Palmeiras colocou a bola no chão e tentou reagir. Aos 21, Fabiano abriu para Roger Guedes, que cruzou por baixo – a bola passou por toda a área mas ninguém apareceu para finalizar. Aos 28, Tchê Tchê tentou uma finalização de fora, mas Fábio encaixou bem.
E quando parecia que o Palmeiras estava voltando para o jogo, veio o terceiro gol, em mais um contra-ataque, aos 30: Thiago Neves lançou para Alisson, que fez o facão em cima de Fabiano e tocou na saída de Prass. Ato contínuo, Cuca trocou Fabiano por Egídio, deslocou Zé Roberto para o meio e Tchê Tchê para a lateral-direita. Fabiano levou uma vaia de grau 8 na escala Wesley.
A substituição aparentemente funcionou e nosso time, três gols atrás no placar, conseguiu recuperar a calma e passou a articular novas chances com alguma consciência, aproveitando bastante os arranques de Dudu em cima de Ezequiel. Aos 34, após falta ensaiada, Roger Guedes bateu mal, por cima. Aos 37, outra falta, agora no bico da área – Roger Guedes bateu novamente, mas fraco, para fácil defesa de Fábio. Um minuto depois, Egídio cruzou, Mina escorou para o meio da área e Guerra tentou o voleio, mas a bola subiu.
Aos 43, Mina subiu ao ataque e tocou para Willian; o camisa 29 foi desarmado mas Guerra pegou a sobra e abriu para Mina, que bateu forte – Fábio pegou firme. Os quinze minutos finais do primeiro tempo deram alguma esperança à torcida. Era só acreditar.
SEGUNDO TEMPO
Quando o Verdão voltou a campo, uma notícia ruim: Guerra sentiu lesão e precisou ser substituído. Borja foi para o jogo; Dudu foi para o meio e Willian caiu pela esquerda. Ninguém poderia imaginar que daria tão certo.
Depois de uma boa pressão inicial, o Verdão chegou ao primeiro gol aos sete minutos: Borja buscou a bola fora da área e iniciou a jogada na direita; ele rolou para Dudu, que estava como um centroavante e fez o pivô para Zé Roberto, que chegou de trás batendo; Ariel Cabral se atirou na bola que sobrou para Dudu, que girou rápido e bateu debaixo para cima, estufando a rede do gol Sul.
O Verdão então iniciou uma blitz absurda em cima do Cruzeiro e depois de mais um cruzamento da direita, a bola ficou viva na área e Willian ajeitou no peito para dar uma linda bicicleta; Fábio conseguiu espalmar. No rebote, Mina recuperou e tocou para Egídio, que cruzou na risca da pequena área para Borja, que cabeceou para fora. Que lance!
Aos 15, mais um bombardeio na área mineira e Borja, de novo fora da área, conseguiu um belo passe para Dudu, por trás de Léo, e aí foi só tocar na saída de Fábio, diminuindo para 3 a 2. O Allianz Parque é firme, mas balançou, num urro ensurdecedor seguido de uma onda ensandecida em todos os setores do estádio, pulando e berrando, cantando e vibrando.
Podia vir o Barcelona, a Juventus, o Real Madrid: naquele instante, ninguém segurava o Verdão e aos 19 veio o empate: Egídio bateu falta de longe, mais uma vez a bola ficou viva na área azul e Willian pegou um belo voleio de primeira; a bola ainda desviou em Caicedo e matou Fábio, indo para o fundo do gol. Que momento fantástico!
Experiente, o time do Cruzeiro esfriou o jogo com bastante catimba nos minutos seguintes e matou a sequência mágica que o Verdão construiu. O jogo voltou ao normal, mas com o Palmeiras sendo Palmeiras, em casa, mandando no jogo e o visitante encolhidinho, só esperando uma bola vadia para encaixar um contra-ataque.
A defesa do Cruzeiro se compactou. Foram necessários nove minutos para que o Verdão conseguisse mais uma finalização: depois de lançamento longo de Edu Dracena, a zaga rebateu e Willian emendou de fora, fraco – pegou mal na bola. Cuca então fez a última mexida e mandou Keno no lugar de Roger Guedes; Dudu ficou como meia, ajudado por Zé Roberto, e o time foi para o 4-3-3.
Na pressão final, Dudu fez de tudo. Aos 38, ele passou por meio time do Cruzeiro pelo flanco direito e cruzou por baixo – Keno se esticou mas não conseguiu alcançar o que seria gol certo. Um minuto depois foi a vez de Zé Roberto, pela direita, cruzar buscando Keno, que cabeceou cruzado, para fora. Três minutos depois, Dudu recebeu na direita e tentou enfiar pra Keno – Fábio se arrojou nos pés do camisa 27. Mas aí o Verdão sofreu um contra ataque perigosíssimo: Thiago Neves recebeu na área e rolou na pequena área, mas a bola passou entre Edu Dracena e Ábila e saiu do outro lado.
Aos 44, Tchê Tchê cruzou da direta buscando Borja, que foi empurrado por Henrique – Jailson Macedo, se quisesse, podia ter dado pênalti, mas cadê a coragem? Aos 47, a última chance – Keno enfiou pra Borja dentro da área em boas condições, mas o chute foi travado, saindo a escanteio. E com 49 minutos o juizão acabou com o jogaço.
FIM DE JOGO
Uma pena que um jogo desses precise acabar. O Allianz Parque viveu mais um momento mágico em sua curta História. O resultado, analisando friamente, não foi nada bom, mas perto do que poderia ter sido, caiu bem. Precisamos apenas de uma vitória simples daqui a quatro semanas, quando os times poderão estar em momentos bem distintos do atual.
Mas quando se busca um resultado como este, da forma como foi, acende uma fagulha que pode desencadear um fogo bem difícil de segurar. São jogos como esses que embalam. A energia que se viu nos primeiros 20 minutos do segundo tempo foi algo indescritível, que os jogadores vão guardar para sempre.
E pra virar a chavinha agora? Sábado tem o Grêmio, no Pacaembu. Os jogadores que se virem! Mas que saibam que podem contar conosco, estaremos junto. VAMOS PALMEIRAS!!!