A vitória pelo placar mínimo foi importante, mas não satisfatória.
Jogando com força máxima, o Palestra alternou entre boas jogadas com momentos bastante ruins ao longo da partida. Em vários momentos o time tomou pressão da equipe Colorada.
Jogo de ida válido pelas oitavas de final da Copa do Brasil 2017.
FICHA TÉCNICA
LOCAL: Allianz Parque, São Paulo (SP)
DATA-HORA: 17/5/2017 – 21h45
ÁRBITRO: Sandro Meira Ricci (Fifa-SC)
AUXILIARES: Kléber Lúcio Gil (Fifa-SC) e Neusa Ines Back (Fifa-SC)
PÚBLICO/RENDA: 31.463 pagantes/R$ 1.858.449,57
CARTÕES AMARELOS: Erik (PAL), Rodrigo Dourado e Felipe Gutierrez (INT)
CARTÕES VERMELHOS: –
GOLS: Léo Ortiz (contra) (32’/1ºT) (1-0)
PALMEIRAS: Fernando Prass; Jean, Mina, Edu Dracena e Zé Roberto; Felipe Melo, Tchê Tchê e Guerra (Erik, aos 39’/2ºT); Willian (Fabiano, aos 37’/2ºT), Dudu e Borja (Róger Guedes, aos 26’/2ºT). TÉCNICO: Cuca.
INTERNACIONAL: Daniel; William, Léo Ortiz, Victor Cuesta e Uendel (Iago, aos 40’/2ºT); Rodrigo Dourado, Fabinho (Roberson, aos 31’/2ºT), Felipe Gutierrez e D’Alessandro; Marcelo Cirino e Nico López (Brenner, aos 33’/2ºT). TÉCNICO: Antonio Carlos Zago.
Palmeiras leva vantagem sobre Internacional no Palestra Italia; confira números
Angelo Salvioni
Departamento de Comunicação
17/05/2017 – 11h27
Tricampeão da Copa do Brasil, o Palmeiras estreia na competição nacional nesta quarta-feira (17), às 21h45, no Allianz Parque, diante do Internacional, já pelas oitavas de final. O adversário, definido através de sorteio, cruzou o caminho palmeirense pelo torneio em 2015, ano do terceiro título alviverde, pelas quartas de final. Na oportunidade, o Verdão empatou em 1 a 1, no Beira-Rio, e venceu por 3 a 2, na arena.
No Palestra Italia/Allianz Parque, o Palmeiras leva grande vantagem sobre o rival colorado. Em 20 encontros na história, foram 10 vitórias palestrinas, seis empates e apenas quatro reveses. O primeiro duelo na casa palestrina ocorreu em 26 de novembro de 1972, no empate em 1 a 1 – o gol palestrino foi marcado pelo argentino Madurga.
Já a última vitória palmeirense no estádio ocorreu no ano passado, no dia 6 de novembro, quando Cleiton Xavier marcou o gol solitário do triunfo por 1 a 0. Rodadas mais tarde, o Verdão conquistaria a nona taça do Campeonato Brasileiro – 13º título nacional do clube.
Retrospecto contra times da região Sul pela Copa do Brasil
Diante de equipes do Sul do país, o Palmeiras leva ampla vantagem no histórico geral da Copa do Brasil. Em 38 confrontos contra times sulistas, são 20 vitórias alviverdes, 11 empates e sete derrotas. A maior vítima do Verdão é o Atlético Paranaense, com cinco triunfos palestrinos, duas igualdades e apenas um revés.
Oitavas de final
Com 22 participações na Copa do Brasil e três títulos, sendo um deles de forma invicta (2012), o Palmeiras já alcançou a fase de oitavas de final em 20 oportunidades (já considerando este duelo com o Inter). Foram, ao todo, 38 partidas nesta etapa da competição, com 18 vitórias alviverdes, 12 empates e oito derrotas.
Das 19 vezes em que participou das oitavas de final da Copa do Brasil, o Verdão avançou 13 vezes para as quartas de final. Do total de 38 jogos, o escrete verde e branco encarou 15 times diferentes, sendo que a equipe que mais enfrentou foi o Vitória (seis jogos), seguido por Atlético-MG (quatro jogos) e Atlético-PR (quatro jogos).
PÓS-JOGO
Fonte: Verdazzo
Numa partida em que Cuca se deu ao luxo de fazer testes, o Verdão venceu o Inter pela contagem mínima no Allianz Parque e carrega a vantagem para o jogo da volta, no Beira-Rio, onde jogará pelo empate – se marcar algum gol, poderá até perder por um de diferença que avançará às quartas-de-finais do campeonato.
PRIMEIRO TEMPO
Cuca escalou o time com a mesma formação que goleou o Vasco no domingo. E os primeiros minutos foram como se esperava: o Porco Doido sufocou o Inter, não permitindo que o time gaúcho trocasse três passes. Entretanto, ao contrário do jogo anterior, nosso time rondou a área do time gaúcho mas não conseguiu chegar às finalizações.
Com o fim da pressão, o Inter surpreendeu e passou a ocupar o campo do Palmeiras com consciência. Aos nove minutos, depois de escanteio na área, Borja tentou tirar com o joelho e mandou contra nosso travessão; no rebote, Marcelo Cirino tentou e o próprio Borja fez o bloqueio. A bola sobrou fora da área para William que cruzou bem e Cirino testou, livre – Prass defendeu.
O Verdão respondeu: aos 12, Guerra abriu para Zé Roberto que cruzou; a bola ficou viva na área e Victor Cuesta fez pênalti em Borja. O juiz não deu; a bola sobrou para Jean que cruzou novamente para a área; Willian Bigode tentou o voleio mas errou.
O Inter jogava bem e o Verdão não conseguia impor sua teórica superioridade. Mas na bola parada, veio mais uma boa chance: aos 19, depois de falta da direita, Mina se preparava para fazer de cabeça mas Victor Cuesta afastou; Guerra pegou o rebote e disparou, mas a bola bateu em Rodrigo Dourado e o Inter se salvou mais uma vez.
O time gaúcho insistia em equilibrar o jogo e respondeu aos 22, quando teve sua melhor chance: após triangulação na direita entre William, Dourado e D’Alessandro, a bola foi alçada na área e Marcelo Cirino chegou na corrida, livre, para testar com força – Prass apenas torceu e a bola saiu à sua esquerda.
Depois desse lance o Palmeiras finalmente achou a melhor distribuição em campo; Willian passou a participar mais do jogo e o Inter foi dominado. Aos 26, Jean desceu pela direita e suspendeu na área; Willian Bigode raspou de cabeça no primeiro pau, mas não o suficiente para dar direção à bola, que saiu à direita de Daniel. Um minuto depois, Tchê Tchê puxou o contra-ataque e abriu para Borja, que atraiu o zagueiro e rolou para Guerra pelo meio, livre – o venezuelano ajeitou o corpo e bateu de chapa, mas a bola saiu raspando o travessão de Daniel, que já estava batido.
Aos 29, saiu o gol do Verdão: Felipe Melo esticou para Willian na direita; ele tirou Uendel para dançar e cruzou por baixo, na risca da pequena área; Borja se preparava para escorar para o gol mas Léo Ortiz se antecipou, cortando contra o próprio patrimônio e abrindo o placar.
Estranhamente, o gol esfriou um pouco o jogo e o Verdão só voltou a criar outra chance num ótimo contra-ataque puxado por Tchê Tchê, aos 41 minutos: ele abriu rápido para Dudu, que tocou de primeira para Borja, que se projetou por trás de Cuesta, driblou Daniel mas ficou com pouco ângulo e bateu na rede, por fora. Esse foi o último lance relevante do primeiro tempo.
SEGUNDO TEMPO
O Porco Doido demorou para voltar do intervalo e o Inter não sofreu aquela pressão intensa que se esperava logo que a bola rolou. Nossa primeira chance só veio aos 9: após escanteio, a bola cruzou a área gaúcha por duas vezes e a defesa conseguiu afastar o perigo; na terceira, Willian Bigode tentou escorar para o gol mas estava impedido.
Após esse lance o Porco Doido deu as caras e a pressão ficou realmente intensa; o Palmeiras foi pra cima com tudo e tentou matar o jogo. Aos 13, Dudu abriu pra Jean, que foi ao fundo e cruzou – a bola foi um pouco alta e Borja não alcançou. Aos 14, Dudu articulou e abriu para Bigode, que engatilhou e bateu de fora – Daniel defendeu firme; Jean pela direita teria sido uma opção melhor. Aos 16, Mina foi levando na força desde o campo de defesa, chegou à intermediária e cruzou na área, buscando Borja – mais uma vez a bola foi um pouco alta e o colombiano não alcançou.
A pressão insana continuou: aos 22, Dudu puxou o contra-ataque, ligou com Willian que esticou para Borja; o colombiano dominou na coxa e bateu forte da entrada da área; Léo Ortiz deu o carrinho e desviou a escanteio. Depois da cobrança, a zaga gaúcha afastou e Guerra recolheu, suspendeu em direção à lateral da área, onde estava Edu Dracena, que escorou e a bola ficou à mercê de Mina, que errou a passada e não dominou, perdendo chance clara – mais um escanteio. Dudu cobrou por baixo; Guerra petecou a bola e puxou de bicicleta; a zaga rechaçou em direção à meia-lua, onde estava Willian, que bateu de chapa, na gaveta – Daniel foi buscar, fazendo uma defesaça. Que pressão!
O Inter só chegou aos 25 minutos – Felipe Gutiérrez ganhou fácil de Zé Roberto e cruzou; Marcelo Cirino escorou mal e a bola ficou fácil para Prass. Roger Guedes entrou no lugar de Borja, ocupando o comando do ataque, como já tinha feito com Eduardo Baptista alguns jogos antes. O Verdão sentiu fisicamente o ritmo intenso e recolheu o time, passando a esperar o Inter em seu campo, e quase pagou caro por isso aos 32: D’Alessandro cruzou e Rodrigo Dourado cabeceou forte, para magnífica defesa de Fernando Prass.
Cuca então passou a testar o time: mandou Fabiano a campo, no lugar de Willian; avançando Jean para o meio-campo e deslocando Tchê Tchê para a armação por dentro, com Guerra jogando aberto. Dois minutos depois, mandou Erik a campo, para jogar como centroavante – Guerra saiu e Roger Guedes caiu para o lado. Nem parecia jogo de mata-mata.
Com o Inter aparentemente satisfeito com a derrota “apenas” por um gol, o jogo esfriou e o Palmeiras só chegou perto do gol já aos 46, num contra-ataque mortal puxado por Dudu; Erik se deslocava pelo meio, livre, mas nosso capitão não sentiu confiança para fazer o passe e preferiu definir a jogada sozinho, perdendo uma enorme chance de praticamente definir o confronto. Pouco depois Sandro Meira Ricci encerrou o jogo.
FIM DE JOGO
O Palmeiras ainda não foi o time dominante que esperamos – e nem poderia ser. O time consegue repetir alguns momentos do time do ano passado, mas Cuca ainda está se adaptando às diferenças do elenco e o time tem momentos de apatia que os adversários têm aproveitado para ameaçar nosso gol.
As mudanças refletiram a curiosidade de Cuca. O Palmeiras usou o Inter como sparring e testou novas variações, mesmo que por um tempo curtinho. Esperamos que isso não custe a classificação num mau resultado no Beira-Rio. O time agora volta a pensar no Brasileirão, já que no fim-de-semana enfrenta a Chapecoense, no Sul do país, para depois focará na Libertadores, definir a classificação e não ficar só no cheirinho. Ops! VAMOS PALMEIRAS!