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Peñarol (URU) 2 x 3 Palmeiras – 26/04/2017

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Crédito: Cesar Greco/Ag Palmeiras/Divulgação

Épico. Para a história.

Se o primeiro jogo foi emocionante com a vitória aos 54′ do segundo tempo, esse foi surreal.

Depois de um péssimo primeiro tempo, Eduardo Baptista mexeu bem no intervalo e voltamos com tudo. Em 30 minutos estávamos a frente do marcador e seguramos o resultado.

A vitória nos deixa praticamente classificados para a próxima fase. Falta 1 ponto em 2 jogos.

No final da partida uma pancadaria lamentável com direito até a portões fechados para evitar a saída dos jogadores Palmeirenses.

Pra fechar a noite, uma entrevista coletiva fantástica de Eduardo Baptista colocando a imprensa no seu devido lugar.

Jogo de volta válido pela 4ª rodada da fase de grupos da Libertadores 2017.

Gols, melhores momentos, jogo completo.

FICHA TÉCNICA
PEÑAROL (URU) 2 X 3 PALMEIRAS

LOCAL: Estádio Campeón del Siglo, em Montevidéu (URU)
Data/Horário: 26/4/2017, às 21h45
ÁRBITRO: Enrique Cáceres (PAR)
Assistentes: Eduardo Cardozo e Juan Zorrilla (ambos do PAR)
PÚBLICO/RENDA: não disponíveis
CARTÕES AMARELOS: Nández, Rodríguez (Peñarol); Edu Dracena, Felipe Melo, Borja, Michel Bastos (Palmeiras)
GOLS: Mauricio Affonso, 12’/1ºT (1-0); Junior Arias, 39’/1ºT (2-0); Willian, 3’/2ºT (2-1); Mina, 17’/2ºT (2-2); Willian, 27’/2ºT (2-3)

PEÑAROL: Gastón Guruceaga; Hernán Petryk (Rossi – 42’/2ºT), Yefferson Quintana, Iván Villalba e Lucas Hernández; Marcel Novick (Dibble – 35’/2ºT), Nahitan Nandez, Álex Silva (Ángel Rodríguez – 15’/2ºT) e Cristian Rodríguez; Mauricio Affonso e Junior Arias. TÉCNICO: Leonardo Ramos.

PALMEIRAS: Fernando Prass; Mina, Edu Dracena e Vitor Hugo (Willian – intervalo); Jean, Felipe Melo, Guerra e Egídio (Tchê Tchê – intervalo); Michel Bastos, Róger Guedes (Keno – 44’/2ºT) e Borja. TÉCNICO: Eduardo Baptista.

Palmeiras encara Peñarol pela 10ª vez na Copa Libertadores

Felipe Krüger
Departamento de Comunicação
25/04/2017 – 19h00

Em solo uruguaio desde a noite da última segunda-feira (24), o Palmeiras segue se preparando para encarar o Peñarol-URU, nesta quarta-feira (26), em partida válida pela 4ª rodada da Conmebol Libertadores Bridgestone 2017. Será a 10ª partida da história entre os dois clubes pela competição continental – foram, até aqui, seis vitórias palestrinas, um empate e apenas duas derrotas.

O triunfo mais recente do Verdão frente ao rival uruguaio aconteceu no último dia 12 de abril, quando a equipe comandada pelo técnico Eduardo Baptista venceu por 3 a 2, no Allianz Parque. Os gols palmeirenses foram anotados por Willian, Dudu e Fabiano.

Em 2000, os times também se enfrentaram na competição sul-americana, mas em jogos válidos pelas oitavas de final. O Alviverde perdeu a primeira partida por 2 a 0, no Uruguai, mas venceu por 3 a 1 no Palestra Italia e, nos pênaltis, chegou às quartas de final do torneio.

As equipes ainda duelaram outras seis vezes em disputas de Copa Libertadores – uma final (1961), uma semifinal (1968) e dois jogos da fase de grupos (1973).

Em 1961, que marcou o primeiro duelo pela competição sul-americana, Palmeiras e Peñarol-URU protagonizaram a decisão da Copa Libertadores. O primeiro jogo, no Uruguai, terminou 1 a 0 para o time da casa, que segurou empate em 1 a 1 na partida de volta e garantiu o título do torneio. Apesar do revés, o Verdão fez história ao se tornar o primeiro brasileiro a disputar uma final do campeonato.

O troco veio sete anos depois, em 1968. Pela semifinal, o Verdão venceu o Peñarol tanto no Pacaembu – 1 a 0, gol de Tupãzinho – quanto no estádio Centenário, quando superou os uruguaios por 2 a 1 – tentos anotados, de novo, por Tupãzinho – e garantiu vaga na grande final.

Em 1973, na primeira fase da Libertadores, o Palmeiras voltou a enfrentar o Peñarol e venceu duas vezes por 2 a 0 – gols de Leivinha e Dudu no Palestra Italia e Fedato e Nei no Uruguai.

PÓS-JOGO

Fonte: Verdazzo

Depois de um primeiro tempo lamentável em que saiu perdendo por 2 a 0, o Verdão acertou o time no intervalo, virou o placar e venceu a partida no estádio Campeón Del Siglo, em Montevideo, e de quebra praticamente eliminou o Peñarol da competição. Como se não bastasse, ainda se garantiu na porrada, completando o serviço de humilhação contra esse timinho, que do grande clube do passado só tem a camisa. Esse Peñarol é uma vergonha para o Uruguai, em todos os sentidos.

PRIMEIRO TEMPO

Surpresa: Eduardo Baptista meteu três zagueiros no time, talvez com a intenção de soltar os laterais – para a entrada de Vitor Hugo, o sacrificado foi Tchê Tchê. Com Egídio e Jean pelos flancos, o time se armou num 5-4-1 que se transformaria num 3-6-1 quando o Palmeiras tinha a bola.

O Peñarol veio decidido a jogar com tudo em cima de nosso campo nos primeiros minutos, como era esperado. O Palmeiras não teve força e malandragem para picotar o jogo, não soube catimbar, e a pressão se mostrou insuportável. Aos 6, depois de uma disputa intensa e a bola viva em nossa área, Alex Silva pegou uma sobra e emendou um balaço de primeira – Fernando Prass pegou firme.

Borja estava muito isolado à frente; o Palmeiras recuperava a bola na frente e tentava ligar com o colombiano na base do chutão, ignorando a presença dos meias para a saída pelo chão – o 3-6-1 da teoria jamais foi visto na prática. O camisa 12, desta forma, era presa fácil.

Não tinha como dar outra coisa: aos 12 minutos, em cruzamento vindo do lado direito, Affonso estava sendo acompanhado por Mina, que foi puxado mas preferiu cair esperando pela marcação da falta que não veio; completamente livre, o atacante uruguaio fuzilou Fernando Prass e abriu o placar. Mas o gol foi irregular.

Aos 18, a primeira chegada do Palmeiras: Borja puxou o contra-ataque, abriu para Jean que cruzou; Borja se preparava para cabecear quando foi claramente empurrado dentro da área – pênalti que Enrique Cáceres não marcou. Era incrível, mas o Palmeiras, se a arbitragem tivesse sido honesta, era para estar vencendo por 1 a 0 e não o contrário – mesmo tomando um baile do Peñarol.

Mas aos poucos o Palmeiras foi acertando a distância da marcação e equilibrou o jogo, também porque o Peñarol diminuiu o vigor físico dos primeiros minutos. Aí entrou em ação a torcida carbonera, fazendo um barulho impressionante mesmo com a bola parada e mantendo o time da casa superior em campo.

Aos 35, o Peñarol teve escanteio pela esquerda; Fernando Prass socou depois de ter sido chargeado no ar e a bola sobrou para Novick, que emendou forte – a bola ia para fora, mas Cebolla Rodríguez tentou interceptar – estava impedido.

Quando o jogo parecia se encaminhar para seu ritmo normal, o Peñarol achou o segundo gol numa falha coletiva grosseira da defesa do Palmeiras: a bola saiu de Guruceaga e chegou em Junior Arias na intermediária; no meio de quatro palmeirenses, ele girou com liberdade e achou na direita Alex Silva, que alçou na área. Mina perdeu a disputa com Affonso, que tocou com o ombro para o meio, onde já estava Junior Arias, marcado por Guerra(?!?!); o uruguaio girou no ar e marcou o segundo gol do time da casa. Tudo errado.

E no final, quase uma tragédia: aos 45, falta da direita; Jean afastou mal, para o miolo; Felipe Melo tentou consertar recuando para Fernando Prass mas cabeceou mal, obrigando nosso goleiro a dividir duas vezes – a primeira contra Junior Arias e a segunda contra Nández – melhor para nosso camisa 1. E com apenas um minuto de acréscimo, o juizão felizmente encerrou o primeiro tempo. Um desastre. Os 2 a 0 ficaram baratos, apesar dos erros da arbitragem.

SEGUNDO TEMPO

Para o segundo tempo, Eduardo Baptista corrigiu a bagunça geral e voltou a seu esquema preferido, com Willian Bigode e Tchê Tchê nos lugares de Egídio e Vitor Hugo – Michel Bastos foi para a lateral esquerda pela primeira vez desde que chegou ao Palmeiras.

E com apenas 4 minutos o Verdão diminuiu o placar: Jean recebeu de Guerra, foi ao fundo e cruzou para Borja, que disputou com Quintana e bola espirrou, caindo com Willian; como um segundo centroavante, ele dominou, petecou a bola e bateu de virada, mandando no ângulo de Guruceaga e recolocando o Verdão no jogo.

Aos 6, nova chegada do Verdão: Willian, após boa tabela com Borja, tentou bater de curva buscando o canto esquerdo de Guruceaga, mas a bola saiu ao lado. Aos 7, depois de mais uma boa trama do nosso ataque dentro da área, a bola rodou até Felipe Melo que tentou a batida de fora – saiu por cima. Três finalizações rápidas, contra nenhuma de todo o primeiro tempo. Era outro jogo.

O Peñarol deu o troco aos 8, num chute de Nandez, rasteiro, de fora da área – ela lambeu a trave direita de Fernando Prass. Perigoso!

Mas o Caminho estava claro, e era o lado direito: aos 11, Guerra abriu para Jean, que invadiu e cruzou por baixo para Roger Guedes, que estava livre na linha da pequena área e era só tocar para dentro, mas ele pegou mal na bola, que saiu muito por cima. O Peñarol estava apavorado.

Aos 18, veio o empate: Mina brigou no ataque, pela esquerda, e forçou a saída de bola errada do Peñarol; Felipe Melo girou para Jean, que colocou dentro da área na cabeça de Mina, que depois de iniciar, terminou a jogada, escorando para o fundo do gol e se recuperando dos erros infantil nos gols do time da casa. Era só jogar bola.

Aos 22, depois de uma bola de escanteio em nossa área rechaçada; Cebolla Rodriguez emendou um bom chute de esquerda, mas Prass defendeu – o uruguaio estava impedido, de qualquer forma.

Mas tinha mais: aos 27, Michel Bastos fez a jogada pela esquerda, tabelou com Tchê Tchê e serviu Guerra no meio; o venezuelano bateu de fora (enfim!) e Guruceaga espalmou para o lado; Jean aproveitou a sobra e cruzou para o meio, fazendo sua terceira assistência no jogo: Willian Bigode fechou e tocou para as redes, virando o jogo. Sensacional!

Depois de um breve período de pressão do Peñarol, prensando o Palmeiras no campo de defesa, o Verdão saiu de trás novamente e quase fez o quarto: aos 37, Borja recebeu de Willian na direita, dominou e engatilhou o canudo; a bola foi travada pela zaga e saiu a escanteio.

O Verdão controlou o jogo e aproveitou o nervosismo do time uruguaio. E aos 44, Guerra aproveitou uma bola de lateral, invadiu a área pela esquerda e tentou o cruzamento para Willian; a bola desviou na zaga e quase entrou no cantinho de Guruceaga.

Aos 47, o último susto: Fernando Prass salvou o Verdão, depois que a bola foi jogada na área vinda do lado esquerdo; Michel Bastos disputou com Junior Arias e Fernando Prass fechou o ângulo, desviando a escanteio. Na cobrança, Cebolla Rodríguez girou para o gol – Felipe Melo travou e acabou com as esperanças uruguaias.

FIM DE JOGO

O Palmeiras não tem queixo de vidro, literalmente. Depois de uma virada histórica e sensacional dentro de campo, os uruguaios, como sempre, partiram pra pancadaria – até aí, quase nada de novo. As táticas é que surpreenderam: mesmo com o corpo de seguranças do Palmeiras fazendo todo o trabalho para garantir a passagem de nossos jogadores para o vestiário enquanto o pau comia; os funcionários do Peñarol fecharam o portão para que nossos jogadores, cercados, fossem massacrados. Mais uma vez nossos seguranças brilharam e abriram a passagem na marra, e finalmente a confusão terminou.

O Verdão, com a magnífica vitória, só não se classificará para a próxima fase se perder as duas partidas que ainda faltam e ainda o Peñarol perder seus dois jogos, e mesmo assim há o saldo de gols que pode decidir. Não tem muito como dar errado.

Durante a coletiva após a partida, Eduardo Baptista deu um depoimento sensacional. Todos os acontecimentos após o jogo serão objeto de um post específico, aguardem.

Mais uma vez esta noite tivemos muito orgulho de ser palmeirenses. Parabéns para todos nós. VAMOS PALMEIRAS!

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