Partida exuberante com domínio total do início ao fim. Os gols saíram naturalmente como resultado de boas jogadas e triangulações de primeira.
Na minha opinião essa foi a primeira partida do ano que vi o time jogando totalmente tranquilo e solto. Lembrou o timaço de 1996.
O foco total agora é a partida pela Libertadores para depois pensar nas semifinais.
Jogo de volta válido pelas quartas de final do Paulistão 2017.
Gols, melhores momentos, jogo completo.
FICHA TÉCNICA
PALMEIRAS 3 X 0 NOVORIZONTINO
LOCAL: estádio do Pacaembu, em São Paulo (SP)
DATA/HORA: 7/4/2017 (sexta-feira), às 21h
ÁRBITRO: Flavio Rodrigues de Souza
ASSISTENTES: Alex Ang Ribeiro e Eduardo Vequi Marciano
PÚBLICO/RENDA: 24.548 pagantes/R$ 1.031.020,00
CARTÕES AMARELOS: Éder (Novorizontino)
GOLS: Willian, aos 32/1ºT (1-0), Borja, aos 23/2ºT (2-0) e Dudu, aos 43/2ºT (3-0)
PALMEIRAS: Fernando Prass; Fabiano, Mina, Edu Dracena e Zé Roberto; Felipe Melo (Thiago Santos, aos 16/2ºT); Willian (Michel Bastos, aos 22/2ºT), Tchê Tchê, Guerra e Dudu; Borja (Alecsandro, aos 30/2ºT). Técnico: Eduardo Baptista.
NOVORIZONTINO: Michael; Moacir, Domingues, Diego Sacoman e João Lucas; Doriva e Eder (Railan, no Intervalo); Roberto (Alexandro, no Intervalo), Fernando Gabriel e Henrique Roberto; Everaldo (Rodrigo, aos 32/2ºT). Técnico: Silas.
PÓS-JOGO
Fonte: Verdazzo
O Palmeiras não teve a menor dificuldade esta noite no Pacaembu para vencer o Novorizontino por 3 a 0 e assim garantir a passagem para as semifinais do Paulistão. A vitória garantiu o primeiro lugar na classificação geral até o fim da fase e agora o time espera pela definição do quarto colocado, que será o próximo adversário. Enquanto isso, o grupo já virou a chavinha e agora só pensa na Libertadores: na quarta-feira, tem jogo gigante no Allianz Parque contra o Peñarol.
PRIMEIRO TEMPO
O Verdão entrou em campo com Dudu aberto e Guerra fazendo a armação. Willian Bigode estava muito à vontade pelo outro flanco e o Palmeiras desde o início tomou conta das ações. O Novorizontino só esperava por uma bola esticada na direita para Roberto, ou na esquerda para Henrique.
Sem dar sopa para o azar, o Verdão mantinha Zé Roberto preso na esquerda. Do lado direito, Fabiano tinha mais liberdade, e a cobertura com Felipe Melo e Mina parecia ajustada. Com a vantagem construída no primeiro jogo, o Palmeiras não tinha a menor pressa e rodava a bola com muita paciência, sem rifar a bola e sem permitir ao time do interior a bola esticada que eles tanto queriam.
O primeiro tiro a gol foi aos 10: Tchê Tchê achou Borja no miolo; o colombiano girou rápido e bateu rasteiro – Michael defendeu firme. Aos 22, Borja buscou a bola atrás e deu um passe fenomenal para Fabiano; o lateral foi ao fundo e cruzou; Dudu entrou em diagonal e puxou o zagueiro, deixando Willian livre para o arremate, mas a bola saiu lambendo o travessão com o goleiro batido.
A tranquilidade do Palmeiras era quase sem graça, nem parecia jogo eliminatório. O gol saiu numa jogada fortuita, mas que foi resultado do massacrante domínio da bola no campo do adversário, uma hora isso ia acontecer. Tchê Tchê tinha a bola dominada na intermediária, engatilhou e bateu; a bola saiu fraca e sem direção, mas acabou achando Willian no meio dos dois zagueiros; ele dominou com muita felicidade, avançou sem marcação e tocou no canto, inapelável para Michael, abrindo o placar.
A vantagem do Verdão fez o Novorizontino ensaiar uma saída para o jogo. Sem afobação, o Palmeiras deu um passo atrás e passou a atrair o adversário para seu campo, deixando Dudu engatilhado para o contra-ataque. O Novorizontino, no entanto, não tem como característica o jogo de posse de bola, e não se expôs o suficiente. O jogo então seguiu morno até o fim do primeiro tempo.
SEGUNDO TEMPO
Silas parece ter convencido seu time no vestiário a não mudar o estilo de jogo para o segundo tempo, que se partissem para cima do Palmeiras seriam goleados. Assim, o Verdão voltou a ocupar o campo do adversário sem maiores dificuldades. O sistema defensivo continuava bem armado e a chance do Novorizontino levar perigo ao gol de Fernando Prass se resumia a bolas paradas ou chutes de longe.
Aos dez, Felipe Melo, sempre com excelente visão da movimentação dos atacantes, esticou bola para Willian na direita; o atacante matou a bola dentro da área e no primeiro toque já tirou de João Lucas com um belo chapéu; na queda da bola tentou o sem-pulo, mas pegou mal com a canhota e a bola saiu.
O Verdão finalmente decidiu aumentar o ritmo e prensou o Novorizontino em seu campo. Depois de nova investida, a bola foi afastada da área e Tchê Tchê pegou a sobra; ele foi avançando até as proximidades da área e soltou o canudo, mas Michael espalmou. Três minutos depois, após jogada de Dudu pela direita, Guerra conseguiu dois arremates no mesmo lance – no primeiro a bola rebateu na defesa; no segundo a bola saiu à direita do goleiro.
Aos 22, Eduardo Baptista, que já tinha trocado Felipe Melo por Thiago Santos, mandou Michel Bastos a campo, no lugar de Willian Bigode. E em seu primeiro toque na bola, o camisa 15 mostrou extrema categoria para arredondar o lance num passe genial para Guerra; dentro da área, o venezuelano tocou na medida para Borja encher o pé, mandando a bola no único espaço aberto, entre a trave e o goleiro. A rede estufou como nos velhos tempos.
O segundo gol sepultou qualquer esperança que alguém em Novo Horizonte ainda pudesse ter. Os jogadores relaxaram; e com a descontração, vieram mais chances de gol – dos dois lados. Aos 22, Edu Dracena e Fabiano ficaram em frequências diferentes e a bola acabou sobrando para Henrique, que bateu para o gol, acertando a rede por fora.
Aos 26, Michel Bastos, que entrou bem demais, fez boa jogada e rolou na área, visando a chegada de Borja, que chegou um pouco atrasado e se chocou com o goleiro. Três minutos depois, mais uma vez Michel articulou a jogada pela direita, soltando para Guerra, que achou Dudu dentro da área; o camisa 7 teve a chance mas bateu por cima, mandando a bola no tobogã.
Aos 32, linda troca de passes envolvendo Michel Bastos, Guerra, Tchê Tchê e Fabiano, até chegar em Dudu, que mais uma vez tentou o arremate e isolou. Aos 36, Mina quase fez um golaço absurdo: como um atacante, ele conduziu, driblou, tabelou com Alecsandro, recebeu de volta já dentro da área e bateu na saída de Michael, que desviou com a ponta dos dedos. Um pecado. Na cobrança de escanteio, a bola atravessou a área; Dudu recolocou no bololô e Thiago Santos teve a chance claríssima de ampliar, mas errou a cabeçada, por cima.
Aos 41, o Novorizontino teve a primeira bola na trave: Fernando Gabriel bateu falta de fora, despretensiosa; ela encobriu Prass e triscou a barra. Um minuto depois, trave de novo: desta vez com Henrique, que fez a jogada dentro da área mas chutou com quase nenhum ângulo.
Aos 43, a pá de cal: Thiago Santos esticou bola rasteira visando Dudu; ele deu o toque de calcanhar rápido para Alecsandro e girou em cima do zagueiro; Alecgol fez a tabela com perfeição e deixou Dudu de frente; ele puxou um pouco para a direita para ganhar ângulo e desta vez o pé estava calibrado: a bola morreu no cantinho esquerdo de Michael. Estabelecido o placar clássico, terminou o jogo no estádio clássico.
FIM DE JOGO
Parabéns ao adversário, que disputou a vaga com dignidade, sem dar porrada sem necessidade, e soube cumprir seu papel no campeonato. O Verdão mostrou que está afiadíssimo, pronto para os desafios difíceis que virão. Serão duas partidas pelas semifinais, provavelmente clássicos, ensanduichadas pelos jogos contra o Peñarol – e se passamos para as finais, o jogo na Bolívia contra o Jorge Wilstermann será entre as duas decisões. Que venham; estamos mais que prontos. VAMOS PALMEIRAS!