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Palmeiras 2 x 0 Mirassol – 22/03/2017

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Crédito: Fabio Menotti/Ag Palmeiras/Divulgação

Em ritmo de treino, o Verdão venceu mais uma no Paulistão: 2 a 0 no Mirassol, sem sustos, com o time quase todo reserva.

Com a vitória, o time manteve a liderança geral, a qual só pode perder por uma combinação de resultados cada vez menos provável, e fica bem próximo de conseguir as desejadas vantagens de mando nas fases decisivas.

Com 2 gols na segunda etapa liquidamos a partida em ritmo de treino. Mais 2 rodadas e vamos para as quartas.

Jogo válido pela 10ª rodada do Paulistão 2017.

Gols, melhores momentos.

FICHA TÉCNICA
PALMEIRAS 2 X 0 MIRASSOL

LOCAL: Allianz Parque, São Paulo (SP)
DATA-HORA: 22/3/2017 – 20h30
ÁRBITRO: Rafael Gomes Felix da Silva
AUXILIARES: Daniel Paulo Ziolli e Evandro de Melo Lima
PÚBLICO/RENDA: 21.488 pagantes/R$ 1.123.341,02
CARTÕES AMARELOS: Antonio Carlos e Fabiano (PAL), Raúl e Willian (MIR)
CARTÕES VERMELHOS:
GOLS: Rafael Marques (7’/2ºT) (1-0), Felipe Melo (42’/2ºT) (2-0)

PALMEIRAS: Fernando Prass; Fabiano, Antonio Carlos, Edu Dracena e Egídio; Felipe Melo; Róger Guedes, Michel Bastos, Raphael Veiga (Vitinho, aos 37’/2ºT) e Rafael Marques (Erik, aos 29’/2ºT); Willian (Alecsandro, aos 29’/2ºT). Técnico: Eduardo Baptista.

MIRASSOL: Douglas; Tony, Wallace, Edson Silva e Raúl; Willian, Marcos Paulo (Bruno Sávio, aos 12’/2ºT), Paulinho e Xuxa; Rodolfo (Welinton Junior, aos 33’/2ºT) e Zé Roberto. Técnico: Moisés Egert.

PÓS-JOGO

Fonte: Verdazzo

Em ritmo de treino, o Verdão venceu mais uma no Paulistão: 2 a 0 no Mirassol, sem sustos, com o time quase todo reserva. Com a vitória, o time manteve a liderança geral, a qual só pode perder por uma combinação de resultados cada vez menos provável, e fica bem próximo de conseguir as desejadas vantagens de mando nas fases decisivas.

PRIMEIRO TEMPO

Pegadinha do Baptista: para surpresa geral, Tchê Tchê, cuja escalação todos davam como certa depois do treino da véspera, foi cortado até do banco, poupado. Em seu lugar, entrou Rafael Marques, aberto pela esquerda – coube a Michel Bastos preencher o meio e dar suporte a Raphael Veiga.

A formação, provavelmente sem o menor entrosamento, não deu liga. Diante de um Mirassol numa retranca boliviana, um 4-5-1 sem nenhum pudor, o time tinha sérias dificuldades de passar pela primeira linha do adversário. O remédio foi recorrer às bolas longas, ora com Felipe Melo, ora com Raphael Veiga.

O posicionamento do pessoal da frente foi interessante. Rafael Marques teoricamente era o ponta esquerda, mas trocou de posição com Bigode algumas vezes. Mas os lançamentos invariavelmente caíam nos pés da defesa amarela. Foram 30 minutos sonolentos diante de uma torcida surpreendentemente compreensiva e paciente.

Aos 30, o primeiro lance: Antônio Carlos alongou para Roger Guedes, que dominou, cortou o marcador e bateu forte, visando o ângulo direito de Douglas, sem sucesso. Um minuto depois, boa jogada de Raphael Veiga pela esquerda; ele driblou dois adversários e suspendeu na primeira trave – Rafael Marques testou por cima. E o camisa 20 vivia seu melhor momento no jogo: aos 35, mais uma boa sequência com um cruzamento perigoso buscando Willian, mas a zaga tirou o pão da boca do atacante.

Aos 42, uma das poucas descidas interessantes de Fabiano – após virada de jogo de Michel Bastos, Roger Guedes foi ao fundo e colocou curto na lateral da área – nosso lateral disputou com Willian (o deles) e tomou o tranco, indo ao chão. Por pouco não ficaria caracterizado o pênalti. Um minuto depois, Willian Bigode aproveitou uma bola viva na área e tentou colocar por cima do goleiro, mas Wallace desviou a escanteio. O péssimo juiz Rafael Gomes Felix da Silva deu tiro de meta – o pária administrou mal o antijogo do Mirassol, conversando demais com os jogadores e quebrando o ritmo da partida.

Talvez isso explique a falta de pegada do time do Palmeiras no primeiro tempo – mas não muito, claro. Alguns jogadores de nosso time pareciam tão preocupados com a obediência tática que esqueciam de rachar todas as bolas. Outros talvez estivessem já acomodados e conformados com a condição de reservas secundários. A falta de ritmo também dá uma quebrada no galho deles. O fato é que o primeiro tempo deu sono.

SEGUNDO TEMPO

Sem mudanças, o Verdão voltou com mais disposição no segundo tempo, bem mais ligado e logo a um minuto Michel Bastos bateu falta na risca da pequena área, Willian (o deles) desviou sem querer e quase marcou contra.

Usando basicamente o lado direito, o Verdão sufocou o Mirassol em sua área, determinado a abrir o placar, e conseguiu aos 8: Michel Bastos cobrou mais uma falta – todos esperavam o cruzamento, mas ele bateu por baixo, direto para o gol; Douglas foi malno lance e soltou; Rafael Marques, sem ângulo, chutou para o bolo e a bola bateu de novo no goleiro antes de morrer no fundo do gol.

Atrás no placar, o Mirassol resolveu jogar. O treinador Moisés Egert colocou mais um atacante em campo e o jogo ficou mais aberto. Foi aí que vimos como o sistema defensivo do Palmeiras tem um conceito bastante sólido: mesmo os reservas deram conta facilmente das investidas do Mirassol. Houve alguns erros de posicionamento pontuais durante o segundo tempo, mas nada que a cobertura não desse conta. Fernando Prass não teve o menor trabalho durante os 90 minutos.

Assim, o Palmeiras aproveitou os espaços e criou mais algumas chances. Aos 15, Michel Bastos suspendeu na área, virou pinball e Willian Bigode finalmente dominou, suspendeu e bateu rápido, sem direção. Pouco depois, Michel Bastos ganhou, perdeu, recuperou, driblou uns 14 adversários e depois de 3 minutos e meio com a bola no pé bateu para o gol – Douglas espalmou para escanteio. Michel Bastos estava com tanta fome que ele mesmo correu pra bater – só faltava ter feito gol olímpico.

Aos 26, Raphael Veiga jogou como um autêntico 10 – enxergou Willian bem colocado e lançou; o camisa 29 cortou para o meio e bateu colocado, mas errou o alvo. Pouco depois, Eduardo Baptista mandou para o campo Erik e Alecsandro nos lugares de Rafael Marques e Bigode. Depois, Vitinho no Raphael Veiga.

O Mirassol quase não conseguia chegar à nossa intermediária, a não ser em poucos lances de falhas no posicionamento da nossa defesa. Nosso time passou a atrair o adversário para seu campo e tentar os contra-ataques. Aos 42, após escanteio da direita, Felipe Melo subiu sem marcação e, com muito estilo, testou no ângulo direito de Douglas – um míssil indefensável. E o terceiro só não saiu porque Roger Guedes errou na hora de puxar um contra-ataque em que havia 4 atacantes contra dois zagueiros de amarelo.

FIM DE JOGO

Mesmo com um time pouco entrosado, foi nítida a compreensão tática dos jogadores em cima da proposta do treinador. A falta de ritmo e eventualmente um ou outro jogador menos motivado são situações compreensíveis.

Eduardo Baptista usou o jogo para administrar o elenco, fez questão de dar minutos em campo para os que vem sendo menos utilizados até agora. O time chegou facilmente ao resultado e vários dos principais jogadores, forçadamente ou não, descansaram. Não tem como não considerar a missão muito bem sucedida.

O Palmeiras chega à nona vitória na temporada em 12 jogos oficiais. Em termos de aproveitamento, lembra bastante o ritmo daquele time dos anos 90. Nessas situações de vitórias fáceis contra times do interior, a torcida deixava o estádio entoando uma paródia de Raul Seixas: Plunct, Plact, Zuuum, e o Palmeiras, fodeu mais um! Obviamente sabemos que o nível do Mirassol não credencia ninguém a nada, mas temos todo o direito de curtir essa onda. VAMOS PALMEIRAS!

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