Jogo clássico de Libertadores. Catimba do adversário, pressão e retranca, juizão meio perdido… todos os ingredientes.
Com bastante dificuldade para furar o bloqueio boliviano conseguimos o sofrido gol aos 50 minutos do segundo tempo.
Vitória justa pela persistência e garra do elenco. Assumimos a liderança da chave e vamos para a próxima rodada com um pouco menos de pressão. Um empate hoje seria desastroso e a imprensa se encarregaria de criar uma crise.
Jogo de ida válido pela 2ª rodada da fase de grupos da Libertadores 2017.
Gol, melhores momentos, jogo completo.
FICHA TÉCNICA
PALMEIRAS 1 X 0 JORGE WILSTERMANN
LOCAL: Allianz Parque, São Paulo (SP)
DATA-HORA: 15/3/2017 – 21h45
ÁRBITRO: Eduardo Gamboa (CHI)
AUXILIARES: Claudio Ríos (CHI) e Edson Cisternas (CHI)
PÚBLICO/RENDA: 38.419 presentes/R$ 2.565.095,57
CARTÕES AMARELOS: Mina (PAL), Olivares, Alex Silva, Aponte, Bergese, Thomaz Santos e Cabezas (WIL)
CARTÕES VERMELHOS: Olego (WIL) – Após a partida
GOLS: Mina (50’/2ºT) (1-0)
PALMEIRAS: Fernando Prass; Jean, Mina, Edu Dracena e Zé Roberto; Felipe Melo; Michel Bastos (Keno, aos 19’/2ºT), Tchê Tchê (Willian, aos 37’/2ºT), Guerra (Róger Guedes, aos 29’/2ºT) e Dudu; Borja. Técnico: Eduardo Baptista.
JORGE WILSTERMANN: Olivares; Morales, Alex Silva, Zenteno (Enrique Díaz, aos 41’/2ºT) e Aponte; Machado, Ortiz e Saucedo; Bergese (Rudy Cardoso, aos 16’/2ºT), Thomaz Santos e Cabezas (Olego, aos 36’/2ºT). Técnico: Roberto Mosquera.
PÓS-JOGO
Fonte: Verdazzo
O Verdão fez uma partida ruim, mas conseguiu arrancar a vitória pelo placar mínimo do Jorge Wilstermann, da Bolívia, com um gol de Mina no último lance do jogo. Com o resultado, o time ultrapassou o time boliviano e assumiu a liderança do grupo 5 da Libertadores
PRIMEIRO TEMPO
O Jorge Wilstermann veio com uma linha de 5 defensores, com quatro no meio-campo e apenas o atacante Cabezas isolado na frente – confirmando a expectativa de retranca, ao contrário do que pregava o treinador Roberto Mosquera durante a semana. O Verdão, com Michel Bastos aberto de um lado e Dudu de outro, teve muitas dificuldades para achar o espaço, mesmo num jogo de ataque contra defesa.
Na procura pelos pedaços de campo, Dudu inverteu a jogada aos 2 minutos e Michel Bastos ajeitou de peito para Jean, que chegou batendo – a bola foi na rede, por fora. Tchê Tchê, tímido, fazia uma partida fraca e sua ausência era sentida – as triangulações pelos flancos ficaram comprometidas o Verdão tinha problemas para furar o bloqueio.
Aos 9, numa bola parada, os bolivianos assustaram: Thomaz Santos bateu falta na área; Morales desviou, a bola acabou batendo em Mina e indo em direção ao gol, mas Fernando Prass estava atento e fez uma defesa espetacular, de muito reflexo.
Aos poucos o Palmeiras foi compreendendo as formas de penetrar na defesa adversária; Guerra se soltou e Dudu caiu mais para o meio. O venezuelano passou a ditar o ritmo do meio-campo e as chances apareceram. Aos 24, tabela entre Guerra e Borja; de frente para o gol o camisa 18 bateu de bico, sem direção.
Um minuto depois, Jean acionou Guerra aberto pela direita; o cruzamento veio na marca do pênalti, onde estava Borja, que matou a bola e finalizou, mas foi travado no último momento por Alex Silva, que assim evitou o gol. Aos 27, mais uma vez a tabela entre os dois ex-companheiros de Nacional de Medellín; Olivares defendeu mais uma finalização de Borja.
O lado direito passou a ser mais explorado, com as descidas de Jean e Michel Bastos. Aos 37, o camisa 15 fez um excelente cruzamento para Borja, que subiu livre e testou para o chão, mas caprichou demais e a bola pingou muito curta, encobrindo o travessão – chance claríssima desperdiçada. Aos 42, quase uma repetição da jogada, mas desta vez o cabeceio foi na direção de Olivares, que não teve problemas para defender. E com o placar em branco, o juiz encerrou o primeiro tempo.
SEGUNDO TEMPO
O Verdão voltou forte para o segundo tempo e amassou o Wilstermann nos primeiros minutos. Aos 5, Felipe Melo acertou um belíssimo passe para Guerra, livre – o camisa 18 acabou sendo displicente no lance e tentou chapelar o goleiro, errando de forma bisonha. Aos 7, Jean bateu falta da direita e Mina escorou para o fundo do gol, mas o bandeira deu impedimento. Mina estava na mesma linha do zagueiro boliviano.
Jean continuava se apresentando ao ataque e foi lançado por Felipe Melo, por trás da zaga, mas Olivares conseguiu a defesa e mandou a escanteio – o Palmeiras teve uns 326 escanteios na partida, todos muito mal batidos. Neste o Palmeiras brigou pela segunda bola e Mina conseguiu novamente a finalização, mas Olivares defendeu de novo.
Após esse lance, os técnicos começaram a mexer no time e o Palmeiras levou a pior. Eduardo trocou Michel Bastos por Keno e Guerra por Roger Guedes – quem entrou, entrou bem, mas quem saiu fez muita falta. Dudu e Tchê Tchê estavam em noite pouco inspirada e teriam sido melhores escolhas.
O nervosismo passou a falar alto e o Verdão só conseguiu criar outra chance aos 31 – Keno fez uma linda enfiada para Roger Guedes, livre, na cara do gol, mas na hora de dominar, a bola escapou.
Depois de muita catimba e cera, o Palmerias chegou só aos 45, de novo com Roger Guedes: ele foi lançado por Jean mas foi travado quando se preparava para bater para o gol, só com o goleiro pela frente. E Roger Guedes foi decisivo no lance do gol, aos 50 minutos: Dudu bateu falta na área, a defesa rechaçou; o próprio Dudu recuperou o rebote e partiu para dentro da área e cruzou; a defesa rebateu mais uma vez e Felipe Melo recuperou; Keno recolocou a bola na área, desta vez do lado direito, para Roger Guedes, que fez a jogada de ponta e cruzou rasteiro, para Mina, em posição duvidosa legal , empurrar para o gol. Não tem juiz ladrão no mundo que tenha peito de anular esse gol.
Ufa!
FIM DE JOGO
Foi longe de ser um bom jogo. O Palmeiras esbarrou numa retranca simples, feita por um time bastante limitado. Peças-chave do time, como Dudu e Tchê Tchê, estiveram numa noite muito ruim e o treinador não foi feliz nas mexidas. Mesmo assim, o time buscou o resultado na marra, no finalzinho, mesmo sem sufocar o Wilstermann no segundo tempo, como deveria.
A expectativa era de uma goleada, mas nesta situação o resultado acaba sendo o que mais importa. Um tropeço teria proporções trágicas. Este jogo, além dos três pontos, deu ao Palmeiras valiosas lições. Que sejam bem aproveitadas para que o time saiba o que fazer diante de situações semelhantes que certamente enfrentaremos.
O time agora vira a chavinha para o Paulistão – serão mais quatro jogos até o fim da fase de classificação e o início do mata-mata, antes da próxima partida pela Libertadores, contra o Peñarol. No fim-de-semana, clássico na Vila Belmiro. Não tem moleza. VAMOS PALMEIRAS!