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Atlético Tucumán (ARG) 1 x 1 Palmeiras – 08/03/2017

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Crédito: Fabio Menotti/Ag Palmeiras/Divulgação

Assim como em 2016 estreamos com um empate na Libertadores 2017, fora de casa e contra um adversário relativamente fraco.

Mesmo jogando quase toda a partida com um jogador a menos, tínhamos totais condições de conquistar os 3 pontos.

Um jogador a menos, campo pesado, juizão caseiro… o empate acaba sendo aceitável.

Jogo de ida válido pela 1ª rodada da fase de grupos da Libertadores 2017.

Gols, melhores momentos, jogo completo.

FICHA TÉCNICA
ATLÉTICO TUCUMÁN 1 X 1 PALMEIRAS

LOCAL: Estadio Monumental José Fierro, San Miguel de Tucumán (ARG)
DATA-HORA: 8/3/2017 – 21h45
ÁRBITRO: Mario Díaz de Vivar (PAR)
AUXILIARES: Eduardo Cardozo (PAR e Milciades Saldivar (PAR)
PÚBLICO/RENDA: Não divulgados

CARTÕES AMARELOS: Bianchi e Di Plácido (TUC), Fernando Prass e Thiago Santos (PAL)
CARTÕES VERMELHOS: Vitor Hugo (PAL), aos 21’/2ºT após o 2º amarelo
GOLS: Zampiedri (24’/1ºT) (1-0), Keno (39’/1ºT) (1-1),

ATLÉTICO TUCUMÁN: Cristian Lucchetti; Leonel Di Plácido, Bruno Bianchi, Ignacio Canuto e Fernando Evangelista; Guillermo Acosta (José Mendéz, aos 28’/2ºT), Nery Leyes, Rodrigo Aliendro (Luis Rodríguez, aos 36’/2ºT) e Leandro González (Javier Mendoza, aos 20’/2ºT); Cristian Menéndez e Fernando Zampiedri. TÉCNICO: Pablo Lavallén.

PALMEIRAS: Fernando Prass; Jean, Edu Dracena, Vitor Hugo e Zé Roberto; Felipe Melo, Thiago Santos e Michel Bastos (Antonio Carlos, aos 23’/1ºT); Keno (Róger Guedes, aos 18’/2ºT), Dudu e Borja (Willian, aos 39’/2ºT). TÉCNICO: Eduardo Baptista.

PÓS-JOGO

Fonte: Verdazzo

O Verdão foi a San Miguel de Tucumán, no norte da Argentina, e conseguiu um empate por 1 a 1, depois de jogar por mais de 70 minutos com um jogador a menos. Uma igualdade na estreia da Libertadores jogando na Argentina nunca pode ser considerado um resultado ruim. Mas que dava pra ter vencido, dava.

PRIMEIRO TEMPO

Com Keno e Michel Bastos abertos e Thiago Santos dividindo a proteção à zaga com Felipe Melo, Dudu ficou como encarregado de articular o time. O Verdão se preparou para encontrar um time agressivo, aproveitando a atmosfera do estádio e tentando marcar gols logo no início na base do abafa.

Pois o Atlético Tucumán respeitou demais o Verdão, tanto dentro quanto fora de campo. A torcida parecia inebriada por estar testemunhando um jogo tão importante; os jogadores argentinos nos marcavam à distância; enquanto tudo isso acontecia, o Palmeiras tentava entender o que estava acontecendo e por 19 minutos nada, rigorosamente nada, aconteceu.

Aos poucos o Verdão passou a ocupar o campo do time da casa com autoridade. E a primeira boa chance veio aos 20, com Keno fazendo ótima jogada pela esquerda, vencendo dois marcadores e cruzando por baixo para Borja, que bateu de chapa, de primeira, mas Lucchetti conseguiu defender, mesmo sendo pego no contrapé.

No lance seguinte, Vitor Hugo foi expulso. Dois minutos após levar o primeiro amarelo – absolutamente exagerado – ele entrou forte numa dividida no meio do campo e levou o vermelho. Erro grosseiro do zagueiro, que assim prejudicou todo o planejamento do jogo. Eduardo Baptista tinha duas opções: recuar Thiago Santos ou colocar Antônio Carlos tirando alguém da frente. Optou por sacar Michel Bastos e recompor o setor.

No primeiro lance após essas mexidas todas, o Tucumán chegou ao gol: bola levantada da esquerda por Evangelista, despretensiosa; Zampedri estava de costas para o gol, marcado de perto por Edu Dracena, e puxou a bola do jeito que deu – ela foi na gaveta de Fernando Prass, ainda bateu na trave antes de entrar. Se alguém ainda não sabe o que é um gol cagado, este é um belíssimo exemplar.

Com um a mais e à frente no placar, o time da casa se empolgou. O estádio finalmente se inflamou e o Palmeiras viveu um momento extremamente delicado. Di Plácido tentou aproveitar o embalo e mandou uma bomba de fora, sem direção.

Aos poucos o Verdão percebeu que, mesmo com um a menos, poderia continuar comandando a partida e recolocou a bola no chão. Dudu se desdobrava para ocupar os espaços, Borja se movimentava bastante e Keno passou a alternar entre os dois flancos para confundir a marcação adversária. Aos 32, um belíssimo passe de Dudu para Borja, por trás da zaga; ele cortou para dentro e soltou o canudo – Luccheti virou o rostinho para o lado e a bola explodiu em sua orelha. Deve estar quente até agora.

O Tucumán já não tinha o mesmo ímpeto e não conseguia chegar em nossa área. De fora, Canuto testou Fernando Prass, que quase foi enganado pelo toque da bola no gramado – ele se esticou e deu um tapa na bola que foi a escanteio.

Aos 39, o Verdão chegou ao empate: Bianchi fez falta em Dudu do lado esquerdo, nosso capitão cobrou na risca da pequena área; Thiago Santos escorou e Keno chegou fechando pelo lado, mandando para as redes.

Os dois times ainda tiveram forças para chegar em bolas aéreas: aos 45, Thiago Santos quase aproveita mais um cruzamento de Dudu, e no minuto seguinte Menendez subiu livre e mandou para fora, assustando Prass.

SEGUNDO TEMPO

A tática do Palmeiras para o segundo tempo ficou clara desde o início e faz parte da cartilha básica: com um a menos, atrair o Tucumán para o campo de defesa e sair rápido no contra-ataque, num 4-4-1 bem compacto. A se discutir bastante se a força do adversário realmente exigia tanta cautela.

O fato é que o time argentino não tinha categoria alguma para articular jogadas diante de nossas duas linhas e o que lhes sobrava era tentar as bolas aéreas. Aos 9, a primeira chance: Felipe Melo falhou no domínio de uma sobra e Acosta pegou o rebote, cruzando rápido – Menendez mais uma vez teve a chance da finalização, mas errou o alvo.

Aos 15, a chance mais clara do segundo tempo: Dudu roubou a bola, rabiscou na frente da zaga argentina e deixou Borja na cara do gol; o colombiano tirou de Lucchetti mas errou o alvo, mandando à direita do gol. Um pecado.

Keno, que correu demais, cansou e foi substituído por Roger Guedes aos 18, mas a tática de Eduardo Baptista permanecia a mesma. O treinador do Tucumán trocou Acosta, meio-campista, pelo atacante Mendez – aumentava nosso espaço para puxar o contra-ataque, mas o encaixe do último passe ainda estava faltando.

E quando esse último passe encaixou, aos 34, faltou feijão: Felipe Melo subiu e abriu para Jean, que conseguiu um ótimo cruzamento no segundo pau; Dudu fechou com liberdade mas não alcançou a bola – era gol certo.

O Tucumán fez sua última mexida aos 36 – Pulga Rodríguez entrou no lugar de Aliendro, e aos 48 o baixinho quase marcou de cabeça – vacilo incrível de nosso sistema defensivo e o nanico de 1,67m teve total liberdade para a testada; por sorte, errou o alvo. E o jogo terminou.

FIM DE JOGO

Em partidas como esta sempre ficam os dois lados: por ser estreia, fora de casa, e com um a menos por mais de 70 minutos, o resultado não pode ser considerado ruim. Mas que fica a sensação de que poderia ter sido bem melhor, fica. O Tucumán mais parecia um time da primeira fase Copa do Brasil que não sabia direito o que fazer diante de um gigante em seu estádio e respeitou demais o Verdão, que podia ter se imposto.

O desequilíbrio de Vitor Hugo reflete um pouco o tamanho da seriedade que o Palmeiras está tendo na competição. Tanta, que houve um erro de avaliação do perigo que o time argentino representava. Era pra ter passado por cima.

Enfim, melhor errar por excesso, do que por falta. A impressão geral é de um time que sabe o que quer e onde quer chegar. Passado o nervosismo natural da estreia, a tendência é o time se sentir mais à vontade nos próximos jogos – até porque, serão duas partidas em casa. Antes, um clássico contra o SPFC em casa pelo Paulistão. Não tem moleza. VAMOS PALMEIRAS!

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