(Foto:Sergio Barzaghi/Gazeta Press)
Vacilada comprometedora. Tínhamos a chance de abrir mais uns pontos de vantagem na liderança, mas o empate decepcionante brecou as expectativas e deixou os adversários bem próximos.
O primeiro tempo foi tranquilo. Abrimos o placar e administramos até demais. É muito irritante ver o time trocando passes para trás, recuando o jogo todo o tempo. Esse excesso de “administração” custou caro. No retorno pro segundo tempo a vacilada. Erros bobos e desatenção custaram 2 pontos.
Temos agora uma sequência duríssima pela frente. 5 pedreiras que poderá nos custar a liderança, contudo, se quisermos ser campeões precisamos tirar de letra. Força pra isso temos!
Jogo válido pela 21ª rodada do Brasileirão 2016.
FICHA TÉCNICA
PALMEIRAS 2 X 2 PONTE PRETA
LOCAL: Allianz Parque, São Paulo (SP)
DATA-HORA: 21/8/2016 – 16h
ÁRBITRO: Heber Roberto Lopes (Fifa-SC)
AUXILIARES: Carlos Berkenbrock e Nadine Schramm Bastos (SC)
PÚBLICO/RENDA: 29.138 pagantes/R$ 1.866.689,88
CARTÕES AMARELOS: Rafael Marques, Thiago Martins, Thiago Santos (PAL), Aranha, Thiago Galhardo, Reinaldo, Nino Paraíba, Fabio Ferreira (PON)
GOLS: Rafael Marques (16’/1ºT) (1-0), Wellington Paulista (6’/2ºT) (1-1), Thiago Martins (24’/2ºT) (2-1), William Pottker (27’/2ºT) (2-2)
PALMEIRAS: Jailson; Jean, Thiago Martins, Vitor Hugo, Zé Roberto (Egídio, no intervalo); Tchê Tchê, Moisés e Cleiton Xavier (Allione, aos 21’/2ºT); Dudu, Rafael Marques e Róger Guedes (Thiago Santos, aos 26’/2ºT). Técnico: Cuca.
PONTE PRETA: Aranha; Nino Paraíba, Douglas Grolli, Fabio Ferreira e Reinaldo; João Vitor, Maykon (Thiago Galhardo, no intervalo), Wendel (Abuda, aos 26’/2ºT) e Clayson; William Pottker (Rhayner, aos 28’/2ºT) e Wellington Paulista. Técnico: Eduardo Baptista.
Palmeiras já venceu Ponte Preta 35 vezes na capital paulista; veja números
Felipe Krüger
Departamento de Comunicação
20/08/2016 – 15:55h
O duelo paulista entre Palmeiras e Ponte Preta voltará a acontecer na capital do estado neste domingo (21), às 16h, no Allianz Parque, em partida válida pela 21ª rodada do Campeonato Brasileiro 2016. Ao todo, em partidas disputadas em São Paulo, o Verdão venceu os campineiros 35 vezes, empatou 14 partidas e foi derrotado em apenas oito oportunidades – o Alviverde marcou 112 gols e sofreu 44 tentos.
Em jogos do Campeonato Brasileiro na cidade – nove ao todo –, o Palmeiras triunfou seis vezes e perdeu três partidas. O primeiro capítulo aconteceu em 1970, dia 26 de setembro, quando o time do Palestra Italia, comandado por Rubens Minelli, goleou os alvinegros por 4 a 0 – gols de Pio (2), Héctor Silva e Edu Bala.
Em 2008, o Verdão sagrou-se campeão paulista após atropelar os rivais de Campinas-SP na grande final – após vitória por 1 a 0 no jogo de ida, fora de casa, o Palmeiras goleou, no Palestra Italia, por 5 a 0 – tentos anotados por Alex Mineiro (3), Valdivia e Ricardo Conceição (contra).
Curiosamente, a última vitória palmeirense no confronto aconteceu longe do estado de São Paulo. O jogo, realizado dia 05 de julho de 2015, com mando da Ponte Preta, foi disputado na Arena Pantanal, no Mato Grosso. O Alviverde venceu por 2 a 0, com dois gols de Dudu.
Retrospecto geral
Ao todo, as duas equipes já se encontraram 122 vezes, sendo 62 vitórias palmeirenses, 29 empates e 31 triunfos da Ponte Preta. A maior goleada da história do confronto aconteceu em dezembro de 1959, quando o Verdão venceu por 6 a 1, no Palestra Italia.
Pós-Jogo
Fonte: Verdazzo
O Palmeiras apenas empatou com a Ponte Preta esta tarde no Allianz Parque e perdeu uma boa chance de abrir vantagem no Brasileirão. O time nitidamente sentiu a falta dos desfalques no ataque, não trabalhou bem o perigo dos contra-ataques da Ponte Preta e acabou cedendo o empate depois de estar duas vezes à frente no placar. Os resultados da rodada não foram tão ruins assim e o time seguirá na liderança isolada, mas mesmo assim fica o gosto ruim de ter desperdiçado dois pontos em casa contra um adversário menos importante.
PRIMEIRO TEMPO
Sem poder contar com Erik, suspenso, Cuca posicionou o time com Rafael Marques jogando como um falso 9, tendo Roger Guedes e Dudu fazendo muita movimentação em torno de si e contando com as aproximações de Cleiton Xavier e Moisés.
Com essa configuração, o time se mostrou um tanto confuso na construção de jogadas e não foi difícil para a Ponte Preta, armada numa retranca clássica e posicionada para o contra-ataque (sobretudo na direita com Pottker, nas costas de Zé Roberto), neutralizar as descidas do Verdão. Assim, o primeiro tempo foi bastante pobre em emoções, mesmo com o Palmeiras tendo a posse de bola por muito tempo.
Enquanto procurava achar as brechas no forte esquema defensivo da Ponte, o Palmeiras ficava sujeito aos contra-ataques, e aos sete minutos tivemos a primeira chance de gol, da Ponte: lançado por Nino Paraíba, Wellington Paulista aproveitou cochilo de Thiago Martins e saiu na cara de Jailson, que fechou o ângulo e evitou o gol do visitante. No lance seguinte, o Verdão respondeu à altura: Dudu fez grande jogada pela esquerda e cruzou no segundo pau; Moisés fechou e cabeceou para o gol, facilitando para Aranha. Se tivesse escorado para o meio, Rafael Marques encostava para empurrar para o gol aberto.
Aos 15, saiu o gol do Palmeiras: Roger Guedes fez uma belíssima jogada pela direita em cima de Reinaldo e cruzou por baixo, Cleiton Xavier deixou a bola passar no bico da pequena área e a bola sobrou para Rafael Marques, como um verdadeiro 9, apenas empurrar para dentro. Jamais saberemos se Cleiton Xavier fez o corta-luz para enganar a defesa ou se apenas errou a conclusão.
O gol não mudou o panorama do jogo; a Ponte Preta continuou fechadinha esperando por um erro do Palmeiras, que por sua vez não usava as jogadas pelas pontas para abrir a defesa campineira – as duas grandes jogadas do time nasceram de investidas pelos flancos.
Aos 27, após escanteio curto, Clayson bateu de fora e exigiu boa defesa de Jailson. Dois minutos depois, o Palmeiras respondeu num lateral cobrado por Moisés; Cleiton Xavier foi empurrado na área, a jogada seguiu e Rafael Marques cabeceou sem muita força – Aranha defendeu. Aos 40, tabela construída aos trancos e barrancos entre Roger Guedes e Cleiton Xavier, o atacante, pouco acionado no primeiro tempo, conseguiu uma finalização estranha, por cima do gol de Aranha – mas levou perigo. Sem maiores investidas de nenhum dos lados, o primeiro tempo chegou ao fim.
SEGUNDO TEMPO
Eduardo Baptista voltou com Thiago Galhardo, que sempre joga bem contra o Palmeiras, no lugar de Maycon, deixando o time mais ofensivo. Egídio entrou o lugar de Zé Roberto, que sentiu um problema físico. E a Ponte Preta pareceu mais decidida a jogar bola, não tão retraída quanto no primeiro tempo.
O Palmeiras, por sua vez, voltou com a disposição de matar o jogo logo nos primeiros minutos, uma das características deste time. E teve chances para isso: logo a dez segundos, Rafael Marques aproveitou um vacilo de Fabio Ferreira e bateu para o gol da entrada da área, mas a bola saiu por cima. Aos 3, Moisés fez linda tabela com Cleiton Xavier, que rolou para Tchê Tchê que chegava pelo miolo; ele limpou para a esquerda e engatilhou. A chance de armar um bom ataque era grande, e todos se preparavam para xingá-lo, até que saiu o chute de média distância: com curva, lindo, saiu raspando a última gaveta do lado direito.
Um minuto depois, um erro grave da arbitragem: de novo Tchê Tchê, com bastante liberdade, foi lançado por Cleiton Xavier em condição legal e saiu na cara de Aranha, mas o bandeira marcou impedimento. Tchê Tchê seguiu na jogada e chutou; Aranha defendeu, mas não sabemos se ele ouviu o apito e concluiu a jogada da mesma forma que faria se achasse que a bola estava em jogo.
O Palmeiras perdeu a chance de abrir margem no placar e tomou o castigo: aos seis, o primeiro erro grave da arbitragem a favor do Palmeiras no campeonato: Vitor Hugo dividiu com Pottker dentro da área e fez falta; Heber mandou seguir; Egídio rebateu mal; Wendel bateu cruzado, errado, mas a bola sobrou para Wellington Paulista que aproveitou e escorou para o canto de Jailson. Nem podemos reclamar da sorte absurda da Ponte no bate-rebate, porque já era para ter sido pênalti no início da jogada. Até quando o juiz rouba pra nós, nos damos mal.
O Palmeiras não se abateu e continuou mandando no jogo, com postura de time que quer ganhar o jogo. Aos 11, em escanteio da direita batido por Dudu, Roger Guedes cabeceou, Rafael Marques ainda conseguiu um leve desvio, e Aranha fez uma defesa monstruosa, um tapa de gato quando a bola já estava entrando no gol. Com o placar igual, o jogo voltou para a configuração clássica: Palmeiras atacando e dando espaços, e a Ponte armada perigosamente para ganhar o jogo no contra-ataque.
Aos 18, mais uma chance na bola aérea, ponto bastante vulnerável da defesa da Ponte: Jean cruzou da direita no segundo pau e Cleiton Xavier cabeceou para mais uma defesa de Aranha. Pouco depois, Cuca fez uma boa alteração ao colocar Allione no lugar de Cleiton Xavier – era realmente conveniente forçar pelos extremos e com mais velocidade – Dudu passou a jogar pelos dois lados, encostando em Roger Guedes e Allione, e o time deixou de afunilar.
Logo na primeira jogada, aos 22, Allione deixou dois marcadores para trás e acionou Roger Guedes, que bateu de fora; a bola rebateu na zaga e Tchê Tchê chegou batendo, e de novo a bola explodiu na parede formada à frente do gol de Aranha – ficou a dúvida se não teve um braço na jogada, já que a bola rebateu para baixo.
O Verdão insistia e achou o segundo gol: Jean bateu da direita no segundo pau, Aranha borboletou; Rafael Marques escorou para trás, para a chegada de Thiago Martins que testou com violência para as redes da Ponte, sem chances para os zagueiros que tentaram cobrir a linha do gol.
Até então, o Palmeiras estava com uma postura perfeita: abriu o placar, tentou matar o jogo, tomou um gol com falta de sorte, não se abateu, abriu o time (correndo risco do contra-ataque), foi pra cima e conseguiu o segundo. Era hora de fechar novamente o meio-campo, e para isso Cuca rapidamente colocou Thiago Santos no lugar de Roger Guedes, soltando um pouco mais Moisés. Ele podia ter simplesmente ter reposicionado o time de forma mais cautelosa sem queimar a última alteração. Mas é fácil falar depois. Na hora, pareceu correto.
Ainda frio, Thiago Santos não conseguiu se posicionar de forma correta e logo que ele entrou, saiu o gol da Ponte, aproveitando exatamente um buraco na frente da zaga: Willian Pottker foi lançado em velocidade, Egídio tentou apostar corrida mas perdeu; Pottker chegou na entrada da área e bateu; Egídio ainda tentou travar mas acabou apenas desviando e a bola, que morreu no canto direito de Jailson. Até falhamos na cobertura e tal, mas nessa dá pra reclamar da sorte. E o tal de Pottker ainda folgou depois do gol.
E o Palmeiras desta vez não conseguiu reagir bem. Re-armado para cadenciar o jogo, sem poder mexer de novo, o time perdeu poder ofensivo e criou apenas chances esporádicas, na base do chuveirinho, que não levaram real perigo ao gol da Ponte Preta. Mesmo com seis minutos de acréscimo, o Verdão não teve forças para vencer a cera e o sistema defensivo da Ponte e assim teve que se contentar com o empate.
FIM DE JOGO
Foram muitos “ses” que determinaram o empate, sobretudo no segundo gol: “se” Cuca não tivesse sido tão rápido na recomposição da volância, “se” Zé Roberto tivesse continuado no jogo Pottker talvez não saísse na cara do gol, “se” a bola chutada por Pottker e desviada por Egídio fosse um pouco mais pra esquerda ou pra direita. O “se”, sabemos, não joga.
Mas não adianta reclamar e apontar culpados neste momento, o elenco é esse até o fim do ano e temos que apoiá-los, Cuca fez o que parecia correto no momento e futebol tem dessas coisas, para desespero de toda nossa torcida – principalmente da turma que gosta de lançar frases que começam com “time que quer ser campeão…”
Então lá vai mais uma: time que quer ser campeão deixa os pontos perdidos para o passado e foca rápido no próximo jogo. Mais do que nunca, temos que buscar fora de casa a próxima vitória – e será em Brasília, contra o Fluminense, em jogo em que o time não se sentirá tão fora de casa assim e terá a volta de Gabriel Jesus, dando uma perspectiva totalmente nova. Aguardamos com ansiedade a volta do camisa 33. Ele já está diferente, meteu um loiro na barbicha provavelmente para comemorar o ouro olímpico. Que essa seja a única diferença, que ele continue sendo o Gabriel Jesus do Palmeiras: focado, dedicado e marcando gols. Fizeram falta. VAMOS PALMEIRAS!