Vitória clássica de time que quer ser campeão. Jogando com inteligência, seriedade e sem vacilos conquistamos os 3 pontos e arrancamos com o pé direito na abertura do returno.
Cuca parece ter reencontrado a fórmula mágica para fazer o time jogar bem. Veremos nos próximos 6 jogos, quando 5 serão paradas duras e 2 clássicos.
Faltam 18 jogos para o título.
Jogo válido pela 20ª rodada do Brasileirão 2016.
FICHA TÉCNICA
ATLÉTICO-PR 0 X 1 PALMEIRAS
Local: Arena da Baixada, Curitiba (PR)
Data-Hora: 14/8/2016 – 18h30
Árbitro: Jean Pierre Gonçalves Lima (RS)
Auxiliares: Leirson Peng Martins (RS) e Mauricio Coelho Silva Penna (RS)
Público/renda: 23.911 pagantes/R$ 866.100,00
Cartões amarelos: Otávio, Léo, Hernani (APR), Cleiton Xavier, Erik, Thiago Santos (PAL)
Cartões vermelhos: –
Gols: Vitor Hugo (43’/1ºT) (0-1)
ATLÉTICO-PR: Santos; Léo (Matheus Rosseto, aos 26’/1ºT), Paulo André, Thiago Heleno e Sidcley; Otávio, Hernani, Luciano Cabral (André Lima, no intervalo) e Lucas Fernandes; Yago (Marcos Guilherme, aos 27’/2ºT) e Walter. Técnico: Paulo Autuori.
PALMEIRAS: Jailson; Jean, Thiago Martins, Vitor Hugo e Egídio; Thiago Santos, Tchê Tchê e Moisés; Róger Guedes (Cleiton Xavier, 31’/2ºT), Dudu (Rafael Marques, aos 39’/2ºT) e Erik (Fabrício, aos 42’/2ºT). Técnico: Cuca.
Palmeiras já encarou Atlético-PR 50 vezes na história; confira retrospecto
Felipe Krüger
Departamento de Comunicação
13/08/2016 – 15:00h
O Palmeiras encara o Atlético-PR neste domingo (14), na Arena da Baixada, na primeira partida do segundo turno do Campeonato Brasileiro 2016. Líder da competição nacional, o Alviverde possui retrospecto amplamente favorável sobre o time de Curitiba. Em toda história, as duas equipes se enfrentaram 50 vezes, sendo 24 vitórias palestrinas, 17 empates e nove derrotas.
A vantagem também é verde e branca nos jogos disputados na cidade de Curitiba, como no caso deste domingo (14): 27 partidas, nove triunfos, 11 empates e sete reveses. O Verdão marcou 37 gols e foi vazado em outras 37 oportunidades.
Pelo Campeonato Brasileiro, as equipes se encontraram 36 vezes (15V, 13E, 8D). O primeiro capítulo em jogos válidos pela competição nacional aconteceu em 1968, quando o Alviverde venceu por 3 a 1, no Paraná, com gols Artime (2) e César Maluco.
Já o jogo mais recente do Brasileirão entre Palmeiras e Atlético-PR foi justamente a estreia das equipes na edição 2016, quando o time comandado pelo técnico Cuca venceu, no Allianz Parque, por 4 a 0 – tentos palmeirenses anotados por Gabriel Jesus (2), Róger Guedes e Thiago Martins.
Pós-Jogo
Fonte: Verdazzo
O Verdão abriu a campanha do segundo turno com uma imensa vitória em Curitiba, ao aplicar 1 a 0 no Atlético e quebrar a invencibilidade do time paranaense em seu estádio. A vitória foi conquistada com muita inteligência e aplicação de todos os jogadores. A tática do Palmeiras foi precisa, e quando foi necessário, a técnica de nossos jogadores prevaleceu.
Com três confrontos diretos no bloco da frente neste fim-de-semana, abrimos mais uma vez três pontos de frente para o vice-líder, e o próximo jogo será em casa. A rodada foi praticamente perfeita.
PRIMEIRO TEMPO
Cuca não aprontou nenhuma surpresa e o time que entrou em campo foi o mesmo que os setoristas apontaram no sábado: Cleiton Xavier ficou no banco; o posicionamento dos volantes com Thiago Santos ao lado de Tchê Tchê e Moisés um pouco mais avançado visavam o domínio do meio-campo, e Dudu armava os ataques em velocidade com Erik e Roger Guedes.
A proposta de jogo funcionou muito bem no primeiro tempo. O Verdão ganhou com sobras o duelo pelo meio do campo, e o Atlético não conseguiu sequer ameaçar o gol de Jailson. O Palmeiras, se não era incisivo em suas investidas, era sempre quem estava mais perto de colocar um jogador na cara do gol. A defesa do Atlético, bem postada, ia tirando como podia. Assim, o primeiro tempo foi de poucas chances – mas todas do Palmeiras.
Logo a 50 segundos, Dudu levantou uma bola da direita e Moisés cabeceou da meia-lua, tentando encobrir Santos – a bola saiu por pouco. Aos 7, Erik foi lançado em velocidade e ia entrar na área quando foi empurrado por Léo, que recebeu amarelo. Dudu bateu, Thiago Heleno estava na barreira e abriu o braço impedindo a passagem da bola – pênalti que o juiz preferiu não marcar.
O jogo seguia bastante disputado, pegado na metade do campo – mas a bola não passava por nossa linha de volantes. Já do outro lado, vez ou outra, aparecia uma brecha. Aos 23, depois de uma sequência de dois escanteios, Dudu bateu da esquerda, Paulo André rebateu para a meia-lua e Jean emendou de primeira – a bola saiu à direita de Santos. Oito minutos depois, Dudu apertou na saída de bola, roubou de Paulo André e tocou para Erik dentro da área; o camisa 14 chegou a bater mas foi bloqueado na hora H por Thiago Heleno.
De tanto insistir, o Palmeiras chegou ao gol aos 44 minutos: Dudu bateu o escanteio da direita no bico da pequena área, no primeiro pau; Vitor Hugo surgiu como de costume e meteu a testa na bola, mandando um míssil que Santos não conseguiu segurar. E a comemoração foi nota 10, levaria ouro na Olimpíada.
SEGUNDO TEMPO
Paulo Autuori deixou o time mais ofensivo ao trocar Luciano Cabral por André Lima. O Atlético começou a jogar mais em cima do Palmeiras, e passamos a correr mais riscos que no primeiro tempo. Em compensação, o contra-ataque estava todo escancarado para definirmos o jogo.
E o Verdão parece ter entendido melhor o desenho da partida no início do segundo tempo. Aos 3, Jean fez ótima jogada pela direita, passou por dois marcadores e bateu de esquerda, para fora. Aos 6 foi a vez de Moisés fazer excelente jogada junto à linha de fundo, pelo lado esquerdo, e cruzou de três dedos para Roger Guedes, que chegava no segundo pau mas atrasou um pouco, perdendo a chance com o gol aberto. Aos 9, ótima troca de passes: Egídio lançou Dudu que tocou rápido para Roger Guedes, que bateu da entrada da área – Santos fez boa defesa.
O Atlético finalmente encaixou o jogo que queria e passou a fazer a pressão, empurrando o Palmeiras de volta para o campo de defesa. E isso começou aos 11 minutos, em bom chute de fora de Hernani, que assustou Jailson. Mas susto mesmo passamos aos 19: escanteio da direita, Paulo André subiu mais que nossa zaga e testou firme – Jailson fez uma defesa espetacular, com muito reflexo, salvando gol certo. Marcos e Fernando Prass assinariam essa defesa tranquilamente.
Aos 21, o Palmeiras conseguiu explorar o espaço deixado pelo Atlético: Egídio tabelou com Dudu, foi ao fundo e cruzou por baixo; Jean chegou no segundo pau e escorou cruzado, mas a bola passou entre a trave direita e Roger Guedes, que mais uma vez fechava do lado oposto. Quatro minutos depois, o Atlético respondeu numa jogada irregular: Walter fez falta em Thiago Santos, o juiz mandou seguir e André Lima pegou a sobra para bater forte, buscando o canto direito de Jailson que fez outra grande defesa. Jamais saberemos se ele realmente sentiu ou se usou a experiência, mas nosso goleiro ganhou um tempo importante e esfriou o jogo ao chamar o DM do Palmeiras acusando uma lesão no posterior da coxa esquerda após a defesa.
Mas o Atlético continuou pressionando. Aos 27, Jean acabou encoberto num lançamento alto para Sidcley, que dominou e bateu cruzado, mas a bola saiu, com perigo. Seguiu-se uma pressão estéril do Atlético, que perdia para seus nervos e para a postura defensiva firme do Palmeiras, que defendeu-se como time pequeno na fase final do jogo. A entrada de Cleiton Xavier no lugar de Roger Guedes ajudou a diminuir o ritmo da partida, e o Palmeiras mantinha a bola por mais tempo quando a recuperava.
O Atlético teve sua última chance aos 39, num vacilo de Egídio: lançado por elevação, Marcos Guilherme contou com a falha de nosso lateral, dominou e cruzou errado – André Lima fechava livre pelo meio para marcar. O Atlético ainda tentou aos 46, em cabeçada de André Lima no canto direito que Jailson defendeu – o bandeira já marcava impedimento e a jogada não valeria. O Verdão cozinhou o jogo até o final e os três pontos foram pra bagagem.
FIM DE JOGO
Muita inteligência. O Verdão bloqueou o meio-campo, aproveitou uma das várias chances que criou e jogou com maturidade para gastar o tempo. O Atlético lutou, mas não teve a mesma competência que o Palmeiras, que desta forma mereceu a vitória, e ainda teve que se conformar com mais um pênalti não marcado.
O próximo jogo é contra a Ponte Preta, em casa. Com três pontos de frente, não há outra alternativa a não ser vencer. Secar os outros também vale, mas de nada adiantará se não continuarmos a fazer nossa parte, enquanto esperamos pela volta de Gabriel Jesus, que só nos desfalcará em mais uma rodada. VAMOS PALMEIRAS!