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São Paulo 1 x 0 Palmeiras – 29/05/2016

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(Foto: globoesporte.com)

O velho problema da bola alçada na área.

Tomamos um gol bobo e perdemos 1 ponto importante que poderá fazer falta mais adiante.

Bola pra frente e ganhar os próximos jogos, mesmo que complicados.

Jogo válido pela 4ª rodada do Brasileirão 2016.

FICHA TÉCNICA
SÃO PAULO 1 x 0 PALMEIRAS

Local: Estádio do Morumbi, em São Paulo (SP)
Data-Hora: 29/5/2016 – 16h (horário de Brasília)
Árbitro: Ricardo Marques Ribeiro (MG)
Assistentes: Danilo Ricardo Simon Manis (SP) e Anderson José de Moraes Coelho (SP)
Público total / Renda: 21.016 / R$ 654.075,00
Cartões amarelos: Lugano, Alan Kardec (SPFC), Thiago Santos, Zé Roberto, Moisés, Rafael Marques e Vitor Hugo (PAL)
Gol: Ganso 11′ 1ºT (1-0)

SÃO PAULO: Denis, Bruno, Maicon, Lugano e Matheus Reis; Thiago Mendes (Rogério 41′ 2ºT), Wesley e Ganso; Centurión (João Schmidt 35′ 2ºT), Kelvin e Alan Kardec (Ytalo 38′ 2ºT). Técnico: Edgardo Bauza

PALMEIRAS: Prass; Tchê Tchê, Thiago Martins, Vitor Hugo e Zé Roberto; Thiago Santos (Moisés – intervalo), Jean e Róger Guedes (Rafael Marques – intervalo); Dudu, Gabriel Jesus (Erik 31′ 2ºT) e Alecsandro. Técnico: Cuca

Palmeiras pode alcançar 100ª vitória na história do Choque-Rei

Felipe Krüger
Departamento de Comunicação
28/05/2016 – 14:16h

O clássico entre Palmeiras e São Paulo deste domingo (29), no estádio do Morumbi, pode fazer o Alviverde alcançar uma marca significativa na história do confronto. Com 99 vitórias, o Verdão está a um triunfo de entrar na casa dos 100 jogos vencidos diante dos rivais. Curiosamente, em 304 partidas disputadas, também aconteceram exatamente 99 empates.

Outro número que pode ser arredondado em caso de vitória do time comandado pelo técnico Cuca é o de triunfos válidos pelo Campeonato Brasileiro. Até hoje, em história que teve seu primeiro capítulo em 1967 – empate em 1 a 1, no estádio do Pacaembu –, as equipes mediram forças 60 vezes em jogos da competição nacional, com o Palmeiras levando a melhor em 19 oportunidades, além de 28 empates e apenas 13 reveses.

O Choque-Rei mais recente em Campeonatos Brasileiros aconteceu no dia 27 de setembro de 2015, quando as duas equipes, também no estádio do Morumbi, como no caso do duelo deste domingo (29), empataram em 1 a 1. Os donos da casa venciam o jogo até o final do segundo tempo, mas o meia Robinho dominou a bola após saída errada de Rogério Ceni e de longe, por cobertura, assim como já havia feito no Campeonato Paulista, marcou um lindo gol.

No Brasileirão, o atleta do Palmeiras que mais participou de confrontos diante do São Paulo é o goleiro Leão, que defendeu a equipe do Palestra Italia de 1969 a 1978 e de 1984 a 1986, com 13 partidas. A última vez que o Choque-Rei contou com a presença do arqueiro foi em 1985, em duelo disputado no estádio do Pacaembu, e que terminou empatado em 4 a 4.

Invencibilidade recente

O Palmeiras não é derrotado pelo São Paulo desde 2014. Desde então, as duas equipes se encontraram em quatro oportunidades, com um empate (1 a 1, em 2015) e três vitórias palestrinas (3 a 0 e 4 a 0, em 2015, e 2 a 0, no Campeonato Paulista 2016).

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Pós-Jogo

Fonte: http://www.verdazzo.com.br/jogo/ficha/id/5880/spfc-1-x-0-palmeiras

Depois de um início de jogo muito bom, o Palmeiras acabou sendo dominado pelo SPFC e sofreu a segunda derrota no campeonato, pela contagem mínima. O resultado coloca o time na zona intermediária da tabela, embora ainda bem próximo do grupo de liderança – a classificação após quatro rodadas está muito embolada. O time agora se prepara para enfrentar o Grêmio no Pacaembu, em jogo onde a vitória é fundamental, já que o time gaúcho é um dos que ameaça desgarrar no grupo de cima. Cuca precisa reencontrar o caminho que parecia ter encontrado nos dois jogos no Allianz Parque, já que este clássico, se deixou alguma lição, foi a de como não jogar contra um adversário direto.

PRIMEIRO TEMPO

Cuca escalou o time com Tchê Tchê na lateral e Jean como volante, ao contrário do último jogo. E parece que nosso time não sentiu a mudança; ao contrário: começou avassalador, prensando o SPFC em sua área e dando sinais de que dominaria o adversário completamente.

Logo a dois minutos, uma chance de ouro: Dudu comandou o ataque e abriu para o avanço de Zé Roberto na esquerda, ele foi ao fundo e cruzou para a chegada de Alecsandro, livre; da risca da pequena área ele cabeceou para o chão, em cima de Denis que conseguiu a defesa. Alecsandro abusou do manual; com o goleiro pregado no chão, de frente, poderia ter escolhido um canto sem meter a bola no chão; esse cuidado é que tirou a direção de seu arremate.

Talvez o SPFC tenha sentido o baque de um ataque tão mortal e se assustou. Aos cinco, mais uma chegada perigosíssima, desta vez pela direita: Tchê Tchê viu Jean passando por trás de Thiago Reis e enfiou a bola perto da linha de fundo; Jean cruzou e Gabriel Jesus já se preparava para marcar quando sofreu um tranco de Bruno e a bola foi a escanteio. Notem que nas duas chances construídas, os dois lados foram acionados e seis jogadores diferentes participaram dos lances.

Parecia que seria uma goleada, mas aos 11 minutos o SPFC aproveitou em que houve um erro da arbitragem, um excesso de exposição e um erro técnico grave para abrir o placar: o Palmeiras atacava pela direita quando Wesley fez falta clara em Dudu; o árbitro mandou seguir e Thiago Mendes aproveitou um enorme espaço no meio-campo para ligar o contra-ataque; a bola foi aberta na direita para Bruno que cruzou na área; a bola pingou na frente de Thiago Martins que foi encoberto infantilmente, ficando à mercê de Ganso que apenas tirou de Fernando Prass para abrir o placar.

Com o gol, o SPFC ganhou confiança e suas linhas de marcação encaixaram. O Palmeiras já não encontrava tanta facilidade quanto nos minutos iniciais, embora continuasse melhor. O jogo ficou bastante físico, escancarando a péssima condição técnica do juiz Ricardo Marques Ribeiro. Com o jogo mais concentrado na faixa central do gramado, o Verdão até tinha mais articulação e ameaçava criar mais chances, mas esbarrava no sistema defensivo dos donos da casa.

Por outro lado, o buraco no meio campo, que não foi corrigido quando Cuca trocou Jean com Tchê Tchê na volância, dava ao SPFC a chance de mais contra-ataques, sempre puxados por Thiago Mendes que aproveitava o vazio. Depois de muita disputa mas pouca criação, o primeiro tempo chegou ao fim.

SEGUNDO TEMPO

Cuca fez duas alterações no intervalo: Moisés entrou em Thiago Santos, amarelado, e Rafael Marques no lugar de Roger Guedes, que além de ter sido pouco acionado, quando foi, cometeu erros técnicos infantis demonstrando não estar numa tarde feliz.

As alterações, contudo, não surtiram efeito. Rafael Marques foi o autor da primeira chance de gol do segundo tempo, ao bater de fora aos nove minutos – Denis espalmou. Mas o time deixou de se impor como no primeiro tempo. Dudu não conseguiu articular o time; Gabriel Jesus, Rafael Marques e Alecsandro trocaram tanto de posição que nem eles pareciam saber que espaço ocupar, e as penetrações na área que foram tão perigosas no início do jogo deixaram de acontecer, restando ao Verdão tentar os chutes de fora.

Aos 12, Alecsandro arriscou de longe, mas a bola saiu por cima. Aos 15, o SPFC respondeu: Ganso, após tabela com Kelvin, bateu forte de esquerda da entrada da área, mas Prass defendeu. Um minuto depois, novo chute de fora do Palmeiras; desta vez foi Moisés quem arriscou; Denis falhou ao tentar amortecer a bola e elas e ofereceu para Alecsandro, que dividiu com o goleiro que acabou levando a pior no lance: um chutaço no rosto que abriu em dois lugares. Depois de seis minutos de atendimento médico, o jogo reiniciou.

A parada quebrou o ritmo do Palmeiras, e o SPFC tomou conta do jogo; Fernando Prass brilhou em três lances seguidos: aos 22, Ganso acionou Centurión na esquerda; ele bateu forte mas Prass fez grande defesa; no minuto seguinte, Thiago Mendes mais uma vez aproveitou o vazio à frente de nossa zaga e bateu forte de média distância enquanto Vitor Hugo virou o rosto para trás; nosso goleiro fez uma enorme defesa e mandou a escanteio – na cobrança, Maicon conseguiu o cabeceio e Prass mais uma vez salvou a pátria.

Cuca tentou mexer no time colocando Erik no lugar de Gabriel Jesus, mas não organizou a confusão em nosso ataque. O Verdão não conseguia articular jogadas com começo, meio e fim, parecia um amontoado em campo, e além de tudo deixava espaços para o SPFC atacar. Aos 32, Centurión trouxe a bola da esquerda para o meio e rolou para Kelvin, que bateu forte – Prass mais uma vez fez a defesa.

Mesmo com o largo tempo de acréscimo programado, parecia claro que o Palmeiras não ameaçaria o gol de Denis, que mal foi visto em campo depois que colocou a bandagem para estancar o ferimento. Ao contrário, foi o SPFC quem esteve mais próximo de fazer o segundo. Aos 42, João Schmidt acionou Ytalo dentro da área, absurdamente impedido; o bandeira deixou seguir e a conclusão saiu bisonhamente por cima. Kelvin e Rogério ainda conseguiram duas finalizações perigosas nos acréscimos, enquanto o Palmeiras mostrava muita apatia e aceitava a derrota.

FIM DE JOGO

Foi um jogo muito ruim, apesar dos primeiros dez minutos promissores. O time se mostrou confuso e apático. Os jogadores não disputaram as bolas como costumamos ver – talvez reflexo de não haver palmeirenses nas arquibancadas. O fato é que mesmo que estivessem com toda a gana, não havia organização. A confusão ofensiva expôs a fragilidade defensiva; Thiago Mendes foi o destaque do jogo de tanto espaço que teve quando seu time recuperava a bola. Se Cuca conseguiu corrigir o espaço nas costas dos laterais, abriu o meio e parece que enfrenta o famoso problema do cobertor curto, que só será resolvido se desistir de atacar com seis jogadores ao mesmo tempo. A conferir a partir do próximo jogo, sem muito tempo para treino: já será na quinta-feira, contra um adversário em boa fase. Alerta ligado, e VAMOS PALMEIRAS!

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