(Foto: Cesar Greco/Ag Palmeiras/Divulgação)
Ok que a Ferroviária está jogando um futebol bonito e chamando a atenção da mídia, mas, é inadmissível o Palmeiras perder em casa desse jeito.
Um balde de água fria na ótima vitória da rodada passada às vésperas de jogos importantes pela Libertadores.
Tenso!
Jogo válido pela 7ª rodada do Paulistão 2016.
FICHA TÉCNICA
PALMEIRAS 1 X 2 FERROVIÁRIA
LOCAL: Allianz Parque, em São Paulo (SP)
DATA–HORA: 28/2/2016 – 17h (horário de Brasília)
ÁRBITRO: Thiago Duarte Peixoto
AUXILIARES: Rogério Pablos Zanardo e Miguel Cataneo Ribeiro da Costa
PÚBLICO–RENDA: 18.413 pagantes / R$ R$ 985.923,80
CARTÕES AMARELOS: Robinho (PAL), Marcão, Rafael Miranda e Tiago Adan (FER)
GOLS: Fernando Gabriel 40′ 1ºT (0-1), Cristaldo 17′ 2ºT (1-1), Rafinha 48′ 2ºT (1-2)
PALMEIRAS: Fernando Prass, Lucas, Roger Carvalho, Vitor Hugo e Zé Roberto; Thiago Santos, Jean (Rafael Marques 16′ 2ºT) e Robinho, Dudu e Gabriel Jesus (Erik 32′ 2ºT); Alecsandro (Cristaldo 16′ 2ºT). TÉCNICO: Marcelo Oliveira
FERROVIÁRIA: Rodolfo, Juninho, Wanderson, Marcão e Thallyson; Renato Xavier, Fernando Gabriel (Matheus Rossetto 37′ 2ºT) e Rafael Miranda; Samuel (Rafinha 37′ 2ºT), Wescley (Danielzinho 18′ 2ºT) e Tiago Adan. TÉCNICO: Sergio Vieira
Com vantagem no retrospecto, Palmeiras reencontra Ferroviária após 20 anos
Felipe Krüger
Departamento de Comunicação
27/02/2016 – 15:09h
A vasta história de confrontos entre Palmeiras e Ferroviária, uma das equipes mais tradicionais do interior de São Paulo, recomeçará a ser contada neste domingo (28), no Allianz Parque, depois de um hiato de 20 anos sem partidas envolvendo os dois times. O último jogo protagonizado pelos clubes aconteceu em abril de 1996, quando o Verdão aplicou sonora goleada por 5 a 1 sobre o escrete interiorano.
No retrospecto geral, o Alviverde leva ampla vantagem sobre a equipe de Araraquara. Foram 90 partidas em toda história, com 53 triunfos palestrinos, 25 empates e apenas 12 duelos vencidos pela Ferroviária. O Palmeiras ainda marcou 171 gols e foi vazado 96 vezes.
Considerando jogos apenas na capital paulista, como no caso do compromisso deste domingo (28), a diferença é a ainda maior. O histórico registra 44 encontros, sendo 31 vitórias do Verdão, nove igualdades e apenas quatro oportunidades em que a equipe rival surpreendeu o time verde e branco dentro de seus domínios e conquistou os três pontos.
Na partida mais recente entre os clubes, em abril de 1996, os gols da vitória palmeirense por 5 a 1 foram anotados por Luizão (2), Rivaldo (2) e Gustavo. A boa diferença de gols, no entanto, não caracterizou a maior goleada da história do confronto. Em janeiro do mesmo ano, o recorde foi estabelecido após o Alviverde vencer a Ferroviária por 6 a 1, desta vez com tentos anotados por Luizão (2), Djalminha (2), Müller e Paulo Isidoro.
A última derrota do Palmeiras ante a Ferroviária aconteceu em 1987, há 29 anos, quando o Verdão foi superado por 1 a 0, em Araraquara. Contando apenas reveses na capital paulista, o último aconteceu em 1981.
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http://www.verdazzo.com.br/jogo/ficha/id/5856/palmeiras-1-x-2-ferroviaria
O Palmeiras fez um jogo desastroso e acabou derrotado no último lance pela Ferroviária por 2 a 1. O jogo volta a nos afligir às vésperas da sequência em casa na Libertadores, os importantíssimos jogos contra Rosário Central e Nacional. A Ferroviária apenas confirmou a excelente impressão que vem deixando no campeonato e segue fazendo bonito.
PRIMEIRO TEMPO
A Ferroviária veio com uma proposta de jogo bastante interessante. Marcando bem alto, com a última linha bem avançada, não deixava espaços para o Palmeiras desenvolver seu toque de bola. Os lançamentos para a velocidade de Dudu e Gabriel Jesus seriam a saída, mas eram pouco utilizados. Assim, o time do interior, mesmo com jogadores de qualidade técnica inferior, foram os donos do primeiro tempo, embora também não tivessem criado grandes chances de gol.
Mas quem foi logo mostrando o cartão de visitas, como deveria ser, foi o Verdão: logo com um minuto, Robinho roubou a bola na intermediária, conduziu e rolou para Dudu dentro da área; o camisa 7 fez a jogada de pivô e rolou para Jean bater de fora, cruzado; Alecsandro tentou corrigir a trajetória e desviou a bola, que saiu por cima do gol.
Aos sete, mais uma jogada do Palmeiras após roubada de bola de Robinho: ele abriu para Gabriel Jesus que enxergou a ultrapassagem de Zé Roberto, que foi ao fundo e cruzou rasteiro; o próprio Robinho chegou batendo e exigiu grande defesa de Rodolfo. Na bola viva, o Palmeiras recuperou e armou mais uma oportunidade, com Lucas aparecendo no apoio pela direita e cruzando para a área; Robinho mais uma vez surgiu para finalizar mas furou.
Parecia que o domínio do jogo seria nosso, mas a Ferroviária manteve a calma e aos poucos foi impondo sua estratégia. E chegou à primeira finalização aos nove, num chute de fora de Thallyson, que Fernando Prass defendeu bem.
A Ferroviária seguia comandando as ações, e após mais uma boa troca de passes, Wecsley bateu cruzado, do bico da área, mas a bola saiu à direita de Fernando Prass. O Palmeiras só voltou a ameaçar o gol de Rodolfo aos 24, quando pela terceira vez Robinho armou uma chance ao roubar a bola; ele enfiou para Gabriel Jesus, que tabelou com Dudu e se preparava para concluir, da meia lua, mas foi travado por Marcão.
A Ferroviária, depois desse lance, alugou o meio-campo de uma vez. O Palmeiras não conseguia trocar mais que três passes e já perdia a posse de bola; os jogadores de vinho articulavam bem suas trocas de passes e por várias vezes chegaram À frente de nossa área, e só não chegaram ao gol porque a dupla de zaga mais uma vez houve-se muito bem, sobretudo Vitor Hugo, numa atuação de gala.
Aos 40, no entanto, Gabriel Jesus chegou um pouco atrasado na disputa e cometeu falta sobre Wecsley, perto da área. Fernando Gabriel bateu no canto de Fernando Prass, que falhou no lance, e abriu o placar.
O Palmeira tentou reagir ainda no primeiro tempo, mas o máximo que conseguiu foi um mau chute de fora da área de Alecsandro. Aos 46, Dudu foi lançado em profundidade, matou no peito e sofreu falta. Robinho poderia ter batido direto, ma Zé Roberto preferiu suspender na área e o ataque foi desperdiçado.
SEGUNDO TEMPO
A Ferroviária não conseguiu manter a postura altiva no segundo tempo e voltou a ser o que de fato é: um time pequeno na casa do grande, jogando fechadinho e esperando mais um erro do adversário. A marcação recuou e o Palmeiras impôs o ritmo, embora mostrando a mesma desorganização dos jogos anteriores ao do XV. A pressão era na base da camisa.
Com 3 minutos, Dudu recebeu livre na área, de frente para o gol, mas isolou a bola por cima do travessão – e para piorar, estava impedido. Aos dez, mais uma chance criada numa roubada de bola de Robinho, e desta vez ele mesmo tentou aproveitar e arriscou mais um gol por cobertura, mas desta vez errou.
Aos 15, Fernando Prass saiu jogando errado, Juninho recuperou a bola e tocou para Tiago Adan, que cara a cara com nosso goleiro tentou a finalização – Prass se redimiu fazendo boa defesa, abafando o atacante da Ferroviária.
Marcelo Oliveira mexeu no time, mandando a campo Rafael Marques e Cristaldo nos lugares de Jean e Alecsandro. Não foram boas mexidas; o potencial de Erik como centroavante, mais rápido, segue sendo desperdiçado. Já Rafael Marques segue sem encaixar nos times de Marcelo Oliveira e mais uma vez apenas fez número em campo.
Mas toda essa análise poderia ter caído por terra se olhássemos apenas o lance seguinte às mexidas: Zé Roberto cobrou lateral, Robinho tocou na área para Rafael Marques que ajeitou para Cristaldo, que de biquinho cutucou para as redes, empatando o jogo. Que estrela de Cristaldo, e que mão de Marcelo Oliveira, certo? Errado.
Não aconteceu mais absolutamente nada depois do gol. O time tinha mais de meia hora para sufocar a Ferroviária, mas emperrou no mesmo esquema que já notoriamente não deu certo. A Ferroviária apenas esperava o próximo ataque do Palmeiras, desarmava e devolvia a bola.
Aos 32, Marcelo resolveu ir com tudo pra cima colocando Erik aberto na esquerda no lugar de Gabriel Jesus, os volantes subiram, mas nem assim o time conseguia passar pela defesa apenas bem postada de Araraquara. E pior: passou a dar espaços para alguns contra-ataques, que nossa dupla de zaga, mesmo no mano a mano, ainda conseguia cortar.
Um lance chamou a atenção: a ríspida discussão entre Dudu e Cristaldo, num lance em que Dudu demorou para tocar para Erik, muito bem colocado, e acabou sofendo falta. A discussão foi bem focalizada pelas câmeras e foi o suficiente para já começar a fmentar as loucuras da torcida sobre “grupo rachado”. Que coisa.
O Palmeiras criou uma chance de gol, finalmente, aos 43: Rafael Marques bateu de longe, para longe. Nem dá pra chamar de “chance de gol”. Um minuto depois, o mesmo Rafael Marques tentou um gol de bicicleta após cobrança de escanteio, mas a bola bateu nas costas de Wanderson.
Quando parecia que o jogo ficaria no empate, sob uma forte chuva que resolveu cair de repente, eis que num tiro de meta a Ferroviária chegou ao segundo: depois do estouro, Thiago Santos e Robinho ficaram olhando, Rossetto achou Rafinha se projetando em cima de nossa zaga com muito espaço; ele recebeu na área sem ser importunado e tocou na saída de Fernando Prass. E o jogo acabou.
FIM DE JOGO
Foi um desastre. Por mais que a Ferroviária seja um time certinho, o Palmeiras tinha tudo para se impor e embalar para a partida da Libertadores. Os jogadores foram mal, o treinador foi mal, e eles terão três dias para arrumar a casa e encarar mais uma vez o Allianz Parque, desta vez lotado e com o pensamento positivo, pelo menos antes do jogo. Mas é realmente difícil imaginar uma reação positiva da torcida em caso de mais um resultado decepcionante. Marcelo Oliveira está sob uma pressão gigantesca e tem que reagir, bem como todo o grupo. VAMOS PALMEIRAS!