(Foto: Cesar Greco/Ag Palmeiras/Divulgação)
Geralmente este duelo é bem movimentado e com bastante emoção.
Desta vez tivemos duas equipes que pareciam satisfeitas com o empate.
Marcelo Oliveira está devendo um bom futebol e um mínimo de organização da equipe.
Jogo válido pela 5ª rodada do Paulistão 2016.
FICHA TÉCNICA
PALMEIRAS 0 X 0 SANTOS
DATA/HORÁRIO: 20 de fevereiro, às 17h (de Brasília)
LOCAL: Allianz Parque, em São Paulo (SP)
ÁRBITRO: Raphael Claus (SP)
ASSISTENTES: Emerson Augusto de Carvalho e Bruno Salgado Rizo (ambos SP)
CARTÕES AMARELOS: Matheus Sales, Gabriel Jesus e Alecsandro (PAL); Victor Ferraz, Ricardo Oliveira, Elano, Zeca, Léo Cittadini e Gustavo Henrique (SAN)
PÚBLICO E RENDA: 23.181 pagantes/R$ 1.317.272,44
PALMEIRAS: Fernando Prass; Lucas, Roger Carvalho, Vitor Hugo e Zé Roberto; Thiago Santos (Arouca, 25’/ºT), Matheus Sales (Gabriel Jesus, 14’/2ºT), Jean e Robinho (Régis, 30’/2ºT); Dudu e Alecsandro.
TÉCNICO: Marcelo Oliveira.
SANTOS: Vanderlei; Victor Ferraz, Lucas Veríssimo, Gustavo Henrique e Zeca; Thiago Maia (Léo Cittadini, 24’/2ºT) Renato, Lucas Lima e Serginho (Pato Rodríguez, 15’/2ºT); Gabriel e Ricardo Oliveira (Joel, 29’/2ºT).
TÉCNICO: Dorival Júnior.
Duelo entre Palmeiras e Santos completa 100 anos de história no Paulistão
Felipe Krüger
Departamento de Comunicação
19/02/2016 – 17:28h
O Palmeiras fez sua estreia em competições oficias há exatos 100 anos, em 1916, no principal torneio disputado à época: o Paulistão, que contou com a participação, além do Palestra Italia, do CA Paulistano, Mackenzie, AA das Palmeiras, São Bento, Ypiranga e do Santos, adversário do Alviverde neste sábado (20), em duelo válido pela 5ª rodada do campeonato estadual de 2016.
As equipes foram as primeiras encaradas pelo Palestra Italia em toda história – considerando partidas válidas por uma competição oficial – e, curiosamente, os únicos clubes que seguem com departamento de futebol ativo são justamente Palmeiras e Santos. Ao todo, as duas agremiações já mediram forças em 321 oportunidades (136V, 83E e 102D), sendo 184 jogos apenas do Paulistão (90V, 41E e 53D).
Entre 1916, data do primeiro encontro no Paulista (4 a 2, na capital), e 1921, as partidas foram realizadas alternadamente na Vila Belmiro, casa santista, e na Chácara da Floresta, estádio localizado em São Paulo. O primeiro jogo realizado no Palestra Italia aconteceu em 1921, um ano após sua aquisição, em 1920, e não poderia terminar melhor: o Verdão aplicou sonora goleada de 6 a 1 sobre o Santos.
O estádio palmeirense – contando Allianz Parque e Palestra Italia, antes e depois da reforma – já recebeu o jogo entre Palmeiras e Santos 39 vezes, em duelos válidos pelo torneio estadual. Foram 23 vitórias do Verdão, oito empates e apenas oito triunfos do Santos. Na soma total dos duelos no Paulista, considerando todos os campos, a vantagem também é alviverde: 184 jogos, 90 jogos vencidos pelo Alviverde, 41 igualdades e 53 derrotas.
A última vez que as equipes se enfrentaram na casa palestrina foi em abril de 2015, no primeiro jogo da final do Paulistão daquele ano. O Verdão venceu por 1 a 0, com gol do atacante Leandro Pereira.
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Pós-Jogo
Fonte: http://www.verdazzo.com.br/jogo/ficha/id/5854/palmeiras-0-x-0-santos
Num jogo pouco inspirado, Palmeiras e Santos ficaram no zero a zero no Allianz Parque, e nem de longe reviveram as emoções da partida da final da Copa do Brasil em dezembro. O Palmeiras segue na liderança de seu grupo, mas precisa torcer por outros resultados na sequência da rodada para manter a posição. De qualquer forma, fechar a primeira perna do campeonato com seis pontos é muito abaixo de qualquer expectativa, mesmo com todos os descontos de início de temporada.
PRIMEIRO TEMPO
Marcelo Oliveira armou o time com três volantes, mas com Matheus Sales no lugar de Arouca. Outra novidade foi a volta de Robinho no lugar de Erik; Gabriel Jesus permaneceu no banco. E o Verdão começou o jogo com intensidade, dominando o meio-campo e não permitindo ao Santos ver a cor da bola. A primeira chance veio logo aos 4 minutos: Robinho bateu falta da esquerda; Alecsandro resvalou de cabeça obrigando Vanderlei a se esticar – mas o juiz inventou uma falta no lance e invalidou a jogada.
Aos 14, Alecsandro recebeu pela esquerda; Dudu se projetou em diagonal mas o centroavante preferiu cortar para o meio e bater de fora – à direita de Vanderlei; e levou uma bronca do Dudu. Dois minutos depois, Lucas fez boa jogada pela direita e foi derrubado ao lado da linha lateral da área, mas Robinho pegou a sobra e bateu forte – nem cruzou, nem bateu pro gol, e o Palmeiras perdeu mais uma boa chance. Aos 19, Robinho enfiou excelente bola para Dudu, que saiu na cara de Vanderlei. Ele chegou a ensaiar a meia-lua, mas o bandeira parou a jogada marcando impedimento que não houve.
Infelizmente esse bom ritmo não durou mais que vinte minutos. O Palmeiras voltou a recorrer excessivamente aos chutões de trás. O time mostrou lentidão na saída de bola e pouca mobilidade dos atletas do meio para a frente, permitindo ao sistema de marcação do adversário a fechar todos os espaços e nos obrigando a usar a ligação direta.
O Santos criou sua primeira chance aos 23, quando Gabriel aproveitou um chutão da defesa e pegou o lado esquerdo de nossa defesa desprevenido; ele engatou a quinta marcha mas bateu o joelho na bola na corrida e adiantou demais, facilitando para Fernando Prass.
O jogo ficou amarrado, preso no meio-campo. O Palmeiras errando muitos passes, e o Santos não aproveitando a maior posse de bola, parando no bom esquema defensivo do Palmeiras. Só aos 38 o jogo acelerou: Ricardo Oliveira, que só se preocupava em catimbar e provocar nossa defesa, chutou de longe; a bola desviou e Prass rebateu com a perna; a bola caiu no pé de Gabriel que fez o gol, mas estava impedido no momento do chute inicial.
O Palmeiras respondeu um minuto depois, em boa escapada de Lucas, que abriu para Alecsandro, que como um ponta, cruzou bem – o problema é que era ele quem devia estar na área, e não havia ninguém do Palmeiras bem posicionado para escorar. E assim terminou o primeiro tempo.
SEGUNDO TEMPO
Sem mexidas, o Palmeiras voltou para o segundo tempo criando uma boa chance logo aos dois minutos: Lucas desceu pela esquerda(?), abriu com Jean que inverteu a jogada no bico da área, do lado direito, onde estava Dudu; ele cortou para dentro e disparou rasteiro, pra boa defesa de Vanderlei.
Mas esse lance não refletiu como as equipes voltaram para o segundo tempo. O Santos passou a forçar cada vez mais em cima de nossos laterais, que acabaram ficando mais presos. Perdemos completamente o meio-campo. Aos quatro, Lucas Lima enfiou para Ricardo Oliveira pela esquerda; marcado e com pouco ângulo, ele finalizou bem, pelo alto, mas a bola foi na rede por fora.
Marcelo Oliveira cometeu seu grande erro no jogo quando tirou de campo Matheus Sales, amarelado, e colocou Gabriel Jesus. Ao desmontar a barreira de três volantes e voltar para a linha de três meias com Robinho, Dudu e Gabriel Jesus que já vimos que não funciona, ele deixou o jogo à mercê do Santos.
Aos doze, Gabriel se infiltrou pelo meio de Zé Roberto e Vitor Hugo, saiu na cara de Fernando Prass, que cresceu pra cima do atacante e o obrigou a tirar demais, perdendo gol feito. Mérito de nosso goleiro.
Por volta dos 20 minutos, uma chuva violenta caiu sobre o estádio, e o jogo ficou mais rápido – a drenagem funcionou perfeitamente. Aos 23, Dudu bateu cruzado da direita, com muita força – ela sairia, mas Vanderlei deu um tapinha pra garantir e pôs a escanteio.
Aos 24, Thiago Santos sentiu a coxa e pediu substituição – Arouca foi para o jogo e o espaço no meio para o Santos permanecia. Aos 25, Patito Rodríguez cruzou da esquerda e Gabriel tentou escorar com a canhota – se tivesse tentado com o pé direito, provavelmente teria feito o gol.
Aos 28, na bola parada, o Palmeiras teve uma chance clara: Robinho bateu falta da esquerda e Alecsandro desviou mal, por cima. Com a entrada de Régis no lugar de Robinho, aos 30, o Palmeiras perdeu toda a força ofensiva, já que Régis acabou não jogando nem como volante, nem como meia. E coube ao Santos criar as duas últimas chances do jogo: Aos 32, Joel ganhou de Vitor Hugo em jogada pela direita e cruzou rasteiro para Gabriel, que escorou certinho desta vez, mas Fernando Prass se esticou e desviou para escanteio com a pontinha dos dedos. E aos 46 Arouca sofreu falta na saída de bola, o juiz deixou seguir e a bola sobrou para Gabriel, que mais uma vez parou em Fernando Prass.
FIM DE JOGO
Os dois times mantiveram a base do ano passado mas estão em ritmo muito inferior. Isso ainda acontece com a maioria dos clubes grandes e diante do potencial do Palmeiras, a torcida fica mais impaciente, ainda mais com o rendimento fraco em pontos – no Paulista, mesmo com esse problema do início de temporada, o Palmeiras costuma tirar esta fase de classificação de letra.
Sabemos que o que importa mesmo são os jogos da Libertadores e os clássicos, e pelo menos neste não perdemos – mas jogando em casa, era de se esperar um pouco mais. Marcelo segue queimando seus cartuchos. Se este jogo serviu para tirar mais lições, que a saída de bola seja mais rápida, que os jogadores se apresentem mais, e que se aproveite melhor esse modelo com três volantes com dois deles subindo bem ao ataque. Parece ser um caminho interessante.