Com um mistão em campo, priorizando a primeira finalíssima da Copa do Brasil, o resultado não chega a ser uma surpresa. Jogo pra cumprir tabela.
Jogo válido pela 36ª rodada do Brasileirão 2015.
FICHA TÉCNICA
PALMEIRAS 1 X 1 CRUZEIRO
LOCAL: Allianz Parque, em São Paulo (SP)
DATA-HORA: 21/11/2015 – 19h30 (horário de Brasília)
ÁRBITRO: Elmo Alves Resende Cunha (GO)
AUXILIARES: Fabricio Vilarinho de Silva e Christian Passos Sorence (ambos de GO)
PÚBLICO/RENDA: 19.395 pagantes/R$ 836.744,50
CARTÕES AMARELOS: Mouche, Leandro Almeida (PAL), De Arrascaeta (CRU)
CARTÕES VERMELHOS: –
GOLS: Marcus Vinicius (19’/1ºT) (CRU), Barrios (25’/2ºT) (PAL)
PALMEIRAS: Fernando Prass; João Pedro, Leandro Almeida, Nathan (Vitor Hugo, aos 28’/2ºT) e Egídio; Arouca, Thiago Santos, Allione (Gabriel Jesus, aos 14’/2ºT), Kelvin e Mouche; Cristaldo (Barrios, aos 14’/2ºT). TÉCNICO: Marcelo Oliveira.
CRUZEIRO: Fábio; Ceará, Bruno Rodrigo, Manoel e Fabrício; Willians, Henrique, Ariel Cabral, Marcus Vinícius (Alisson, aos 27’/2ºT) e De Arrascaeta (Leandro Damião, aos 33’/2ºT); Willian (Marquinhos, aos 42’/2ºT). TÉCNICO: Mano Menezes.
Palmeiras encara Cruzeiro pela quarta vez na temporada; veja histórico
Felipe Krüger
Departamento de Comunicação
21/11/2015 – 11:00h
Adversário frequente na temporada 2015, o Cruzeiro volta a cruzar o caminho palmeirense na noite deste sábado (21), no Allianz Parque, em partida válida pela 36ª – e antepenúltima – rodada do Campeonato Brasileiro deste ano. Os outros jogos aconteceram na Copa do Brasil, com duas vitórias alviverdes e classificação garantida, e pelo primeiro turno do Brasileirão, quando o time de Minas Gerais levou a melhor.
Nesta temporada, o confronto entre os dois clubes completou uma marca importante: 85 anos de existência, com grandes jogos e decisões de títulos marcadas na história. Na primeira partida, em 1930, o Verdão levou a melhor: 4 a 2, com gols marcados por Lara, Carrone, Heitor e Ministrinho.
A maior sequência invicta da história do confronto pertence ao Verdão. Em três oportunidades, o clube permaneceu sete jogos sem perder para os rivais de Mias Gerais. As séries aconteceram entre 1969 e 1974, entre 1975 e 1988 e, por fim, entre 2000 e 2002.
Da mesma forma, a maior sequência de triunfos consecutivos é a favor do Palmeiras. Recentemente, entre junho de 2008 e setembro de 2009, o Alviverde emplacou quatro vitórias seguidas sobre o Cruzeiro.
Retrospectos
Diante do Cruzeiro, o histórico de confrontos é bastante equilibrado. Foram, até hoje, 84 jogos, com 31 vitórias do Palmeiras, 22 empates e 31 triunfos dos mineiros. Aliás, diante times de Minas Gerais, o retrospecto é ainda melhor: 201 partidas, 95 jogos vencidos pelo Verdão, 39 igualdades e 67 reveses.
Pós-Jogo
Fonte: Verdazzo
Conforme previsto, o Palmeiras jogou um futebol bem abaixo do que pode contra o Cruzeiro esta noite no Allianz Parque; com muitos reservas em campo o time fez um primeiro tempo ruim, recuperou-se no segundo – sobretudo após a entrada de mais titulares – e deixou o campo para, enfim, dedicar-se exclusivamente à final da Copa do Brasil. A primeira final acontece na próxima quarta-feira e vale o ano.
PRIMEIRO TEMPO
Nenhuma novidade na escalação do time ensaiado na véspera, mas fez-se notar a inversão entre os canhotos Kelvin e Mouche: o argentino parece ter muito mais dificuldades em jogar do lado direito e Marcelo Oliveira finalmente percebeu o problema – embora, na prática, não tenha sido a causa de nenhuma jogada aguda.
O Cruzeiro mostrou muita solidez tática sem nenhuma grande invenção; mesmo sem a posse da bola, controlava o jogo com duas linhas de quatro bastante próximas e muito bem ensaiadas; com saídas rápidas, aproveitava a risível capacidade de marcação de nossos laterais.
A primeira grande chance aconteceu aos oito, quando William Bigode recebeu pela esquerda, nas costas de João Pedro; Nathan saiu para o combate e deixou um buracão no meio, onde Marcos Vinicius se projetou, recebeu e bateu livre, por cima do gol de Fernando Prass.
O Palmeiras criava quando os passes, longos, não eram cortados pela defesa cruzeirense – foi o que aconteceu aos 13, quando uma improvável triangulação entre Allione, Egídio e Kelvin resultou num chute a gol mascado, que saiu a escanteio. Era pouco diante da solidez do time mineiro, e três minutos depois, Marcos Vinicius iniciou a jogada, ganhando de Thiago Santos, a bola foi a Ariel que tabelou com De Arrascaeta, mas o último passe foi um pouco longo e Fernando Prass saiu bem para abafar a conclusão.
A superioridade era clara, e William puxou mais um ataque, humilhou Leandro Almeida, Nathan cortou parcialmente e a bola sobrou com Willians, que inverteu a bola para Marcos Vinicius. João Pedro estava inteiro na bola mas falhou miseravelmente no corte, e permitiu ao meia do time mineiro dominar, cortar para o meio e bater forte no canto de Prass, sem chances de defesa: 1 a 0.
O time do Palmeiras sentiu o gol, e a torcida também. Acuado, sem criatividade, com os jogadores sem movimentação, nossos atletas eram facilmente neutralizado pela boa postura defensiva do time visitante e a torcida começou a se irritar. O time só criou de novo aos 31, quando João Pedro, pelo meio, recebeu de Allione, tentou a arrancada, viu Cristaldo na área e tocou por baixo; com pouco ângulo, Churry girou o corpo e tentou a finalização alta, mas errou o alvo.
Um minuto depois, a resposta do Cruzeiro foi muito mais intensa: De Arrascaeta humilhou Nathan, tocou para Willian que não tinha nenhuma marcação (Leandro Almeida estava marcando a bola) e saiu na cara de Prass, a finalização foi boa mas a defesa de nosso goleiro foi melhor ainda, evitando o segundo.
Ao Palmeiras, só restou tentar as jogadas pelos lados e cruzar bolas na área do Cruzeiro, mas com a altura média menor que a dos Smurfs – o desenho, não o adversário – não incomodava Fábio. Um primeiro tempo ridículo do Palmeiras, que saiu de campo sob vaias – mesmo com nove reservas em campo não poderia ter sido presa tão fácil para o Cruzeiro.
SEGUNDO TEMPO
Sem mexidas no intervalo, o time voltou disposto a mostrar vontade, para que ao menos assim espantasse os apupos da torcida. E logo a dois minutos, Cristaldo tentou um arremate de dentro da área, mais uma vez com pouco ângulo – Fábio pegou fácil. O Cruzeiro respondeu aos nove, com boa troca de bolas pela esquerda – Fabrício cruzou rasteiro e De Arrascaeta bateu de primeira, colocado, buscando a gaveta direita, mas Prass foi buscar e mandou a escanteio. Na cobrança, a bola veio por baixo, passou por Thiago Santos e Leandro Almeida, e Bruno Rodrigo emendou antes que Nathan chegasse – a bola saiu por cima. Foi a deixa para que Marcelo Oliveira chamasse para o jogo Barrios e Gabriel Jesus, que renderam Cristaldo e Allione.
O time melhorou bastante e o Cruzeiro sentiu a melhora, diminuindo um pouco o ritmo e dando espaços ao Verdão. Enquanto buscava encontrar o melhor posicionamento, com Mouche caindo pelo meio e Gabriel na esquerda, Leandro Almeida deu uma entrada criminosa por trás, com o joelho nas costas de William – o amarelo ficou barato.
Enquanto William ainda estava fora, o Palmeiras aproveitou e empatou: com Barrios na área, Egídio conseguiu, finalmente, um bom cruzamento; o paraguaio subiu e cabeceou com muito estilo, na forquilha esquerda de Fábio que não teve chances: 1 a 1.
Dudu estava pronto para entrar em Mouche, mas Nathan sentiu lesão pouco antes do gol e Marcelo segurou. Após o empate, entrou Vitor Hugo. Mano Menezes queria a vitória, mas mexeu mal, mandando a campo Alisson e Leandro Damião, tirando Marcos Vinicius e De Arrascaeta. O meio-campo ficou à nossa mercê, mas Mouche, mesmo muito aplicado, não é meia e pouco aproveitou.
O jogo ficou bom, com as duas equipes tentando chegar ao gol adversário; a bola passava rápido pela faixa central do gramado e as defesas tiveram trabalho, mas acabaram levando a melhor sobre os ataques e não permitiram mais nenhuma chance aguda de gol. No final, o empate foi justo, e a torcida deixou a ranhetice de lado.
FIM DE JOGO
Sempre queremos a vitória, principalmente em casa; mas esta é uma situação especial e a proximidade da final tem que ser levada em conta. Quase 20 mil pessoas foram ao estádio apoiar o time reserva, aplaudiram os titulares – sobretudo os que entraram em campo, e o time vai descer a serra com um clima, se não de embalo e euforia, pelo menos favorável. E se vocês querem saber: é o que de melhor podia acontecer para que o time possa entrar em campo com o moral na medida certa, sem salto alto e nem de bode.
Que todas as energias verdes do Universo estejam com nosso time. Trabalhamos duro o ano inteiro, e chegou a hora da recompensa. Só falta ir lá e buscar. Estamos juntos. VAMOS PALMEIRAS!