Contra o lanterna do campeonato fizemos mais uma partida ridícula em casa. Libertadores em 2016 só se for via Copa do Brasil.
Não sei até quando a torcida terá paciência para comparecer em bom número com o time apresentando esse futebol pífio.
Jogo válido pela 34ª rodada do Brasileirão 2015.
FICHA TÉCNICA
PALMEIRAS 0 X 2 VASCO
LOCAL: Allianz Parque, em São Paulo (SP)
DATA/HORÁRIO: 8/11/2015, às 17h
ÁRBITRO: Anderson Daronco (Fifa-RS)
ASSISTENTES: Alessandro Rocha de Matos (Fifa-BA) e Cleriston Clay Barreto Rios (Fifa-SE)
PÚBLICO/RENDA: 28.800 pagantes / R$ 1.775.007,50
CARTÕES AMARELOS: Jackson (PAL) ; Riascos, Luan, Madson e Serginho (VAS)
GOLS: Rafael Silva 35’1ºT (0-1) ; Nenê 40’1ºT (0-2)
PALMEIRAS: Fernando Prass, João Pedro, Jackson, Vitor Hugo e Egídio (Fellype Gabriel 24’2ºT); Thiago Santos, Zé Roberto e Robinho; Rafael Marques (Kelvin 1’2ºT), Gabriel Jesus e Barrios (Alecsandro 18’2ºT). TÉCNICO: Marcelo Oliveira.
VASCO: Martin Silva; Madson, Luan, Rodrigo e Julio Cesar; Diguinho, Serginho, Andrezinho e Nenê (Rafael Vaz 42’2ºT); Rafael Silva (Júlio dos Santos 30’2ºT) e Riascos (Eder Luis 37’2ºT). TÉCNICO: Jorginho.
Como mandante, Palmeiras não é derrotado pelo Vasco desde 2001; veja histórico
Felipe Krüger
Departamento de Comunicação
07/11/2015 – 13:18h
Após mais de três anos de intervalo, o Palmeiras volta a receber o Vasco da Gama, neste domingo (08), no Allianz Parque, em uma partida como mandante. O último encontro aconteceu em 2012, na Arena Barueri, quando as equipes empataram em 1 a 1. Nos últimos 10 jogos (confira lista abaixo) entre os times com mando alviverde – divididos entre Palestra Italia, Pacaembu e a própria Arena Barueri –, o Verdão não foi derrotado nenhuma vez – o último revés aconteceu em 2001, em São José do Rio Preto. Foram, desde então, seis vitórias palestrinas e quatro igualdades.
O triunfo de mais destaque desse período aconteceu em 2005, quando o Palmeiras goleou o Vasco da Gama por 5 a 2, no Palestra Italia, com três tentos anotados pelo meia Marcinho. Os outros gols foram feitos por Corrêa e Éder (contra). No ano seguinte, mais uma vitória confortável do Verdão: 4 a 2, com dois de Edmundo, um de Enílton e um de Daniel.
Retrospecto geral
Considerando todas as partidas entre Palmeiras e Vasco da Gama, a vantagem também é verde e branca: foram 123 encontros, 55 triunfos palestrinos, 38 empates e apenas 30 vitórias do escrete carioca.
Nos jogos válidos apenas pelo Campeonato Brasileiro, o retrospecto segue amplamente favorável. Foram 50 duelos, com 24 vitórias paulistas, 15 igualdades e 11 partidas vencidas pelo Vasco. No Torneio Rio-São Paulo, segunda competição com mais jogos na história do duelo, foram 30 encontros – 16 triunfos palmeirenses, oito empates e apenas seis derrotas.
A maior sequência invicta da história do confronto pertence ao Palmeiras. Entre abril de 1951 e março de 1959, o Verdão permaneceu 12 jogos seguidos sem perder para o rival. Também é favorável ao Alviverde a maior série de vitórias consecutivas do duelo – entre março de 1965 e dezembro de 1970 foram nove triunfos seguidos.
Pós-Jogo
Fonte: Verdazzo
Em mais uma partida ridícula, o Palmeiras perdeu em casa para o Vasco, lanterna do campeonato, e assim tornou muito difícil a classificação para a Libertadores via Brasileirão. O desfalque de Dudu deixou o time acéfalo, é fato; mas isso não pode justificar um futebol de qualidade tão baixa, sem interesse, preguiçoso. A luta pela vaga matematicamente ainda existe, mas agora tudo indica que todas as fichas serão jogadas na Copa do Brasil.
PRIMEIRO TEMPO
Os dois times começaram procurando o ataque, confirmando a expectativa por busca constante pelo resultado de parte a parte. O Palmeiras, evidentemente, por jogar em casa, e o Vasco, muito menos por sua pesadíssima camisa e muito mais pela posição na tabela.
O time mais técnico do Palmeiras não era suficiente para criar jogadas que envolvessem a defesa do Vasco. O time carioca, por sua vez, aproveitava a enorme distância entre as duas linhas de marcação do Palmeiras e chegava a nossa área com facilidade, mas não concluía porque seus atacantes são fraquíssimos.
Aos 24, o primeiro chute a gol do jogo: Serginho aproveitou o espaço em nossa intermediária, avançou e bateu forte, rasteiro; Fernando Prass fez uma ótima defesa. O time do Palmeiras, por sua vez, talvez cansado de tentar construir jogadas mas não ter quem pensasse o jogo, resolveu finalizar de longe: foram três seguidas, mas nenhuma deu trabalho a Martín Silva: Rafael Marques aos 31, Thiago Santos aos 32 e Barrios aos 33.
Essas finalizações, ao menos, renovaram um pouco o ânimo dos jogadores e da própria torcida, e por um instante parecia que o time, enfim, ia sair do marasmo. Mas Rafael Silva conseguiu um escanteio aos 34, ao finalizar com muita liberdade uma jogada sem ângulo e obrigar Prass a defender a meta. Na cobrança, alta, no segundo pau, o próprio Rafael Silva cabeceou sob os olhares da defesa, sobretudo Vitor Hugo, a bola bateu na trave direita de Fernando Prass e balançou nossas redes.
Com o gol, é claro, o time do Palmeiras se lançou à frente e o Vasco se encolheu um pouco. Ainda sem alguém para pensar e distribuir o jogo, no entanto, o time dependia dos repentes individuais, sobretudo de Gabriel Jesus, mas nada acontecia. E aos 39 veio o castigo: numa jogada bizarra, Rafael Silva, sem velocidade, magrinho, conseguiu ganhar de Zé Roberto e Egídio e tocou sem jeito para Nenê. Vitor Hugo estava na jogada, mas foi desequilibrado pelo vento e se estabacou no chão. Nenê, sozinho, ficou de frente com Prass e tocou por cima, fazendo o segundo gol. Inacreditável. Felizmente o primeiro tempo acabou logo e nos apegamos apenas à esperança de que algo fosse feito no intervalo.
SEGUNDO TEMPO
Marcelo Oliveira tentou alterar o panorama do jogo, soltando Zé Roberto e mandando Robinho jogar como volante, e mandando Kelvin a campo no lugar de Rafael Marques. E com cinco minutos, parecia que a mexida ia dar certo, já que o camisa 29, toda vez que pegava na bola, ia pra cima da defesa vascaína, sofrendo faltas e contagiando o estádio e até os companheiros. Mas foi insuficiente. Aos poucos, tudo se inverteu e foi o próprio Kelvin quem acabou contagiado pelo clima de letargia que inexplicavelmente se abateu sobre o Allianz Parque desde o apito inicial.
Aos 13, Thiago Santos protagonizou o lance mais agudo do Palmeiras na partida, ao cabecear no travessão uma bola cruzada após escanteio – mas foi um balãozinho que não assustou a defesa do Vasco; se tivesse o endereço, Martín Silva provavelmente defenderia.
Aos 16, Barrios sentiu uma fisgada quando Alecsandro já se preparava para entrar e desabou no gramado. Que ninguém se surpreenda se não for acusada nenhuma lesão durante a semana. Barrios fez uma péssima partida, embora nem o Ibrahimovic talvez resolvesse algo com a bola que o time jogou.
Aos 24, uma tentativa desesperada: Marcelo mandou Fellype Gabriel a campo para organizar o jogo, no lugar de Egídio; Zé Roberto caiu para a lateral e o time buscava fazer pelo menos dois gols com uma formação que, com certeza absoluta, nunca treinou junta. Um minuto depois, um chute de Gabriel Jesus aproveitando uma sobra, e outro já depois dos 40 de Fellype Gabriel, ambos bloqueados pela zaga, foram as únicas tentativas de gol do Palmeiras, em mais um jogo terrível, inaceitável, horroroso, e tantos outros adjetivos que podemos escolher.
FIM DE JOGO
Levantamos mais um defunto. A falta de Dudu não pode justificar esse futebol patético apresentado pelo time. A torcida compareceu em bom número, pagou caro e não merece ver uma apresentação nesse nível num jogo decisivo. Fosse em maio ou junho, Marcelo certamente cairia, já que não consegue dar padrão ao time, seja ofensivo ou defensivo. Às vésperas de uma final, em que não apenas um título está em jogo, com também a importantíssima vaga para a Libertadores, essa completa falta de padrão é agonizante. ACORDA, PALMEIRAS!