Derrota comprometedora que poderá comprometer a sequência no campeonato. O placar ideal seria uma vitória, claro, mas um empate com gols estaria de bom tamanho.
Agora é recuperar a desvantagem em casa.
Faltam 3 jogos complicadíssimos para o título.
Jogo de ida válido pela semifinal da Copa do Brasil 2015.
FICHA TÉCNICA:
FLUMINENSE 2 X 1 PALMEIRAS
Local: Estádio do Marcanã, Rio de Janeiro (RJ)
Data–Hora: 21/10/2015 – 22h00 (horário de Brasília)
Árbitro: Leandro Pedro Vuaden (RS)
Auxiliares: Rafael da Silva Alves (RS) e José Javel Silveira (RS)
Público/Renda: 31.881 pagantes / R$ 1.125.430,00
Cartões amarelos: Wellington Silva, Marlon, Gerson, Cícero e Jean (FLU); Victor Ramos e Lucas (PAL)
Gols: Marcos Júnior (28’/1ºT) e Gum (41’/1ºT) ; Zé Roberto (15’2ºT)
FLUMINENSE: Diego Cavalieri, Wellington Silva (Higor Leite 17’2ºT), Gum, Marlon e Breno Lopes; Jean, Cícero; Gustavo Scarpa e Vinicius; Marcos Júnior (Gerson 32’2ºT) e Fred (Magno Alves 0’/2ºT). Técnico: Eduardo Baptista.
PALMEIRAS: Fernando Prass; Lucas, Victor Ramos (Jackson 0’2ºT), Vitor Hugo e Zé Roberto; Amaral e Andrei Giroto (Egídio 0’2ºT); Allione (Rafael Marques 24’2ºT), Gabriel Jesus e Dudu; Lucas Barrios. Técnico: Marcelo Oliveira.
Palmeiras já disputou seis semifinais contra times cariocas na história; confira
Felipe Krüger
Departamento de Comunicação
20/10/2015 – 17:06h
Após superar equipes de cinco estados diferentes na Copa do Brasil – Bahia, Maranhão, Alagoas, Minais Gerais e Rio Grande do Sul –, o Palmeiras enfrentará nesta quarta-feira (21), em duelo válido pela semifinal, seu primeiro adversário carioca: será o Fluminense, enquanto São Paulo e Santos, rivais paulistas, brigam pela segunda vaga na grande decisão do torneio nacional.
No entanto, não será a primeira vez que o Verdão irá disputar uma fase semifinal contra equipes cariocas. O clube paulista encontrou times do Rio de Janeiro em seis oportunidades nesta etapa de uma competição – a primeira vez em 1951, contra o Vasco da Gama, na disputa do Mundial Interclubes (Copa Rio) daquele ano, e a última ante o Botafogo, em 2000, no Rio-São Paulo (confira lista completa abaixo).
Curiosamente, em todas as oportunidades que o Palmeiras encontrou um carioca na semifinal e venceu, o time do Palestra Italia sagrou-se campeão na sequência – Mundial Interclubes (Copa Rio), em 1951; Campeonato Brasileiro (Taça Brasil), em 1960; Copa dos Campeões, em 2000; e Rio-São Paulo, em 2000.
Retrospecto geral
Ao todo, Palmeiras e Fluminense já se encontraram 101 vezes, com 53 vitórias palmeirenses, 16 empates e 32 derrotas. O Verdão marcou 176 vezes e sofreu 147 gols.
Pós-Jogo
Fonte: Verdazzo
Perder nunca é bom, mas diante das circunstâncias, não foi tão ruim. Com muitos desfalques importantes, o Palmeiras perdeu no Maracanã para o Fluminense por 2 a 1, placar que pelo regulamento da Copa do Brasil pode perfeitamente ser revertido na próxima semana, em casa – sobretudo porque Fred lesionou-se de forma aparentemente grave e dificilmente jogará. O time agora se prepara para enfrentar o Sport, no Pacaembu, mas a cabeça de todos certamente estará no jogo da volta.
PRIMEIRO TEMPO
Logo no começo do jogo, Vitor Hugo recuou a bola muito forte para Fernando Prass; ele matou a bola em direção à lateral e Wellington Silva entrou forte em nosso goleiro. Leandro Vuaden deu cartão erradamente para Breno Lopes e depois de algum tempo teve que corrigir. Pouco depois, aos sete, a pedido dos atletas parou o jogo porque a camisa prateada do Palmeiras estava causando confusão com a camisa listrada do Fluminense. O início do jogo, que tendia a ser usado pelo time da casa para meter pressão, acabou sendo truncado por bobagens do juiz – o que de certa forma nos ajudou. Com a troca, o uniforme do Palmeiras, com a camisa branca e o calção e os meiões prateados, ficou absolutamente ridículo.
Nosso time, com Andrei Girotto e Amaral como volantes, não tinha boa saída de bola e recorria aos velhos chutões – conforme esperado. A bola voltava rapidamente para os pés do Fluminense; e o Palmeiras usava uma forma curiosa de iniciar a marcação, movimentando todo o lado direito: Andrei Girotto subia para dar o primeiro combate, Lucas cobria Andrei, e Allione cobre Lucas na lateral direita. Se Allione desse o primeiro combate, essa ginástica toda poderia ser evitada.
De qualquer forma, o Palmeiras conseguiu frear a pressão inicial do Fluminense; apesar do domínio, só criava chances de bola parada. Aos 17, Lucas saiu jogando errado, Marcos Junior recuperou e cavou a falta, frontal. A cobrança de Gustavo Scarpa ficou na barreira, no rebote Jean bateu para o gol, mas a bola amorteceu na defesa e ficou fácil para Fernando Prass.
Aos 22, a primeira grande chance do jogo: após disputa de bola na esquerda, Zé Roberto sofreu falta. Ele mesmo levantou na área; Gum afastoude cabeça, mas Dudu rebateu para dentro de novo e Vitor Hugo emendou a puxeta – a bola saiu lambendo a tarve direita de Diego Cavalieri.
Dois minutos depois, Lucas cobrou lateral rápido para Allione, ele foi ao fundo e fez o cruzamento preciso – Gabriel Jesus se projetou entre os zagueiros e cabeceou livre, de frente, mas a bola saiu por pouco.
Foram duas chances claras; mesmo com menos posse de bola, o Palmeiras conseguiu criar as melhores chances do jogo e o panorama moral do jogo ameaçava mudar de lado. Foi quando em dois lances de bola parada o Fluminense abriu grande vantagem, se aproveitando de desatenções bizarras de nossa defesa.
Aos 28, após escanteio da direita, Fred cabeceou muito forte, totalmente livre de marcação na marca do pênalti. Victor Ramos, que entrou no time apenas para marcar o camisa 9 do Fluminense, estava ocupado com alguma outra coisa e permitiu a finalização. Fernando Prass fez uma defesa espetacular, mas Marcos Junior conseguiu aproveitar o rebote e fuzilou para nossas redes, abrindo o placar.
O Palmeiras aparentemente não sentiu o baque, embora já não tivesse nenhuma posse de bola para ter perdido qualquer coisa. O Fluminense continuava muito melhor, mas não penetrava em nossa defesa. O Palmeiras, tampouco, mudou a atitude e seguia apostando num erro da defesa do adversário. Depois que tomou o gol, o único chute a gol foi numa falta batida de forma patética por Andrei Girotto.
Quando tudo indicava que o jogo iria para o intervalo com 1 a 0 no placar, o Fluminense aproveitou mais uma bobagem de Victor Ramos – dupla, aliás. Após levar cartão amarelo por segurar Fred na intermediária, fez outra falta na lateral da área, desnecessária, em cima do próprio camisa 9. Na cobrança, Gustavo Scarpa se apresentou livre vindo de trás e recebeu o passe, rasteiro; emendou para o gol – Gum ainda desviou levemente e acabou fazendo o segundo.
Mas tudo começou mudar aos 47, quando Fred disputou uma bola pelo alto e, na queda, caiu mal e torceu o joelho. O atacante foi retirado de campo e não mais voltaria. E assim, o Verdazzo fez sua parte para ajudar o Palmeiras, dando uma secada monstruosa ANTES DO JOGO no melhor jogador do Fluminense, referência absoluta no ataque do time carioca.
Faz tempo que o Fred não se machuca hein? hehehe
— Verdazzo (@verdazzo) October 21, 2015
Na saída dos jogadores para o vestiário, muita discussão interna em nosso time – Dudu foi cobrado por deixar Marcos Junior livre e não gostou, partindo para um enorme bate-boca com Vitor Hugo e Lucas. Aparentemente tudo foi resolvido ainda no vestiário.
SEGUNDO TEMPO
O Palmeiras voltou com um uniforme decente – calções e meias verdes. Voltou a ser Palmeiras. E não foi só o material que ficou mais adequado: Marcelo fez duas alterações, mandando Jackson a campo no lugar de Victor Ramos. O zagueiro fez um péssimo primeiro tempo, foi escalado para marcar Fred que já não estava mais em campo e ainda estava amarelado. Não tinha por que ficar. Além dessa mexida, Marcelo tratou de melhorar a saída de bola, mandando o temerário Egídio na lateral e puxando Zé para o meio. Foi o chamado cobertor curto – mas era um risco necessário.
Aos dois minutos, um sinal de fragilidade: Jean conduziu pelo meio, teve liberdade e bateu – Fernando Prass pegou firme. O script se cumpria: exposto e dando chances ao adversário, o Palmeiras melhorou muito e passou a controlar o jogo, com mais posse de bola. Aos 4, Egídio bateu escanteio da esquerda e Jackson subiu bem para testar firme – a bola saiu por cima. Aos 10, Barrios foi lançado, girou em cima de Marlon e foi derrubado. Na cobrança, Egídio bateu mal, mais uma vez a bola passou pelo travessão.
Aos 14, a pressão deu resultado: bela tabela entre Zé Roberto e Barrios; Zé recebeu dentro da área e Gum empurrou o camisa 11. Vuaden assinalou o penal; o próprio capitão foi para a cobrança e deslocou Diego Cavalieri, diminuindo o placar.
Eduardo Baptista trocou Wellington Silva, cansado, por Higor Leite, e o lado direito deles ficou mais vulnerável. Aos 17, Gabriel Jesus recebeu na área, abriu para Dudu que cruzou no segundo pau; Lucas fechava e se preparava para empatar, mas Barrios não viu e tentou o cabeceio; não tão bem colocado, não conseguiu finalizar e jogou como zagueiro. Aos 21, Dudu abriu para Lucas, que cruzou por baixo; Diego Cavalieri saiu bem e interceptou o cruzamento, impedindo o empate.
A pressão era grande; aos 22, Zé Roberto bateu falta na área, Amaral se projetou e fez o gol, mas o bandeira viu impedimento no lance, muito duvidoso. No lance seguinte, bobeira de nossa defesa; Magno Alves recebeu por trás da zaga, livre; podia ter feito o gol mas preferiu rolar para Marcos Junior, escancaradamente impedido – ele fez o gol e o bandeira anulou.
Aos 23, Rafael Marques entrou no lugar de Allione e tentou jogar mais integrado ao resto do time, fechando mais para o meio. O jogo estava aberto e aos 30, Marcos Junior recebeu nas costas de Egídio e saiu na cara de Prass, que fechou bem o ângulo e salvou o Verdão. Praticamente um gol.
Na parte final do jogo, os jogadores dos dois lados estavam claramente exaustos, e o ritmo diminuiu. Colaborou para isso o fato dos dois times estarem aparentemente satisfeitos com o resultado, não querendo correr riscos para a partida de volta na semana que vem, confiando em seus tacos.
Assim, as chances que se seguiram apareceram em lances fortuitos: aos 41 Magno Alves foi lançado pela direita, cortou Egídio, cortou Vitor Hugo e bateu no canto – Lucas salvou gol certo, cobrindo o lado direito do gol. Aos 45, Gustavo Scarpa recebeu do lado esquerdo, ganhou de Lucas e bateu cruzado – ela saiu bem pertinho da trave direita de Fernando Prass, batido.
Ainda deu tempo do Verdão dar esperança à torcida: aos 47, após lateral, Dudu foi atropelado por Marlon na lateral da área. Egídio bateu quase no chão; teve a segunda chance e conseguiu matar o ataque de novo, e ainda armou um contra-ataque para o adversário, que felizmente foi abafado pela defesa. E Vuaden terminou o jogo em 2 a 1.
FIM DE JOGO
Apesar do time ter se dado por satisfeito, o resultado não é para ser comemorado. É muito provável que façamos um ou dois gols na semana que vem, na força do time, com a volta de alguns desfalques e com o apoio maciço da torcida; mas por outro lado não é improvável que soframos ao menos um gol, o que nos obrigaria a fazer três. O confronto está absolutamente aberto, e o que nos dá realmente grandes esperanças é a provável ausência de Fred, que é meio time dos caras.
Normalmente diríamos que agora o foco agora é no Sport – mas neste caso, não. O foco segue sendo o confronto da próxima quarta-feira, e o confronto contra o Sport, no próximo sábado no Pacaembu, mesmo bastante importante, fica absolutamente em segundo plano. Mais importante que ganhar é não machucar ninguém. Semana que vem tem decisão, VAMOS PALMEIRAS!