Close

Palmeiras 3 x 2 Joinville – 30/08/2015

20395527243_b1c2af5969_o
SÃO PAULO, SP – 30.08.2015: PALMERAS X JOINVILLE – O jogador Gabriel Jesus, da SE Palmeiras, comemora seu gol contra a equipe do Joinville EC, durante partida válida pela vigésima primeira rodada do Campeonato Brasileiro, Série A, na Arena Allianz Parque. (Foto: Cesar Greco / Fotoarena)

A vitória veio, mas não sem o susto.

Depois de abrirmos 2 x 0 no marcador, o apagão tradicional entrou em campo e cedemos o empate. Aquele velho filme de terror começou a passar diante dos olhos do torcedor.

Na base da insistência chegamos ao 3º gol e aos 3 pontos e entramos novamente no G4.

Marcelo Oliveira pecisa estabilizar o time. Não podemos oscilar tanto se queremos ter maiores aspirações no campeonato.

Jogo válido pela 21ª rodada do Brasileirão 2015.

FICHA TÉCNICA
PALMEIRAS 3 X 2 JOINVILLE

Local: Allianz Parque, São Paulo (SP)
Data/horário: 30/08/2015 – 16h
Árbitro: Marielson Alves Silva (BA)
Assistentes: Alessandro Rocha de Matos (BA) e Kléber Lúcio Gil (SC)
Renda/público: R$ 1.963.993,75 / 28.907 pagantes
Cartões amarelos: Naldo, Mário Sérgio, Fabrício (Joinville)
Gols: Gabriel Jesus, 1’/1ºT (1-0); Dudu, 23’/1ºT (2-0); Marcelinho Paraíba, 26’/1ºT (2-1); Marcelinho Paraíba, 27’/1ºT (2-2); Gabriel Jesus, 22’/2ºT (2-2)

PALMEIRAS: Fernando Prass; João Pedro, Victor Ramos, Vitor Hugo e Egídio (Rafael Marques – 8’/2ºT); Amaral e Robinho; Zé Roberto, Dudu, Gabriel Jesus (Thiago Santos – 27’/2ºT) e Lucas Barrios (Alecsandro – intervalo). Técnico: Marcelo Oliveira.

JOINVILLE: Agenor; Mario Sérgio, Bruno Aguiar, Guti e Diego; Anselmo (Fabrício – 40’/1ºT), Naldo e Kadu (Kempes – 28’/2ºT); William Popp (Silvinho – 20’/2ºT), Marcelinho Paraíba e Edigar Junio. Técnico: PC Gusmão.

Pós-Jogo

Fonte: Verdazzo

O Verdão começou bem, abriu 2 a 0 mas teve o famoso apagão e permitiu que o Joinville empatasse em dois minutos. O time remou, remou, e chegou à vitória, voltando ao G4 depois de uma fase de oscilação. Marcelo Oliveira parece ter achado uma boa fórmula para suprir a ausência de Gabriel e Arouca, e com alguns ajustes o time estará pronto para os próximos grandes desafios – no próximo domingo, por exemplo, temos “só” um Derby e precisamos estar com o sistema bem acertado.

PRIMEIRO TEMPO

Com menos de um minuto, o Verdão já estava na frente: o time até tentou valorizar a posse de bola, trocando passes com paciência, até a bola chegar no Victor Ramos, o lançador. E não é que ele acertou de novo? A bola esticada achou Gabriel Jesus, que contou com a total desatenção de Mário Sérgio, dominou, invadiu e bateu com categoria, de curva, no canto esquerdo de Agenor.

Com a vantagem no placar, o time passou a jogar na boa, esperando os espaços que fatalmente o JEC nos daria. E aos sete, quase o segundo: Dudu desarmou, puxou o contra-ataque, foi cercado por dois e ia perdendo a jogada – aí consertou tudo achando um passe de letra espetacular, deixando Gabriel Jesus na cara do gol; o menino teve calma para olhar o goleiro e, quando ia chutar, acabou desarmado. Foi calmo até demais.

O Verdão mantinha o domínio absoluto do jogo, mas deixava a desejar na objetividade, sobretudo porque Barrios se mantinha muito parado na frente, sem puxar os zagueiros como havia feito no Mineirão. Mas nossa defesa estava encaixada, e o Joinville sequer ameaçava nossa linha defensiva. E em ritmo de banho-maria, saiu o segundo: aos 23, Robinho bateu escanteio da direita, a bola foi espanada para a meia-lua e Zé Roberto emendou um canhonaço de canhota; Agenor fez o milagre ao buscar a bola na gaveta, mas Dudu conferiu o rebote e mandou para as redes, aumentando a vantagem e nocauteando o JEC. Certo?

Errado. Numa incrível sucessão de falhas, um apagão digno de David Luiz, Dante e cia, o Palmeiras permitiu que o Joinville empatasse três minutos após a marcação do segundo gol. Logo na saída de bola, William Popp conseguiu a aproximação e bateu de fora, assustando Prass. Na reposição, o Joinville roubou a bola e armou um contra-ataque rápido; Victor Ramos chegou atrasado na dividida com Edigar Junio e a defesa ficou aberta; Marcelinho Paraíba recebeu livre e tocou na saída de Prass, diminuindo o placar. O time e todo o estádio se comportaram como se tivesse sido um lance isolado; que o Palmeiras faria mais dois ou três a hora que quisesse. Faltou combinar com Marcelinho Paraíba. Aos 26, Egídio dormiu na marcação, Mário Sérgio desceu, Vitor Hugo cortou mas Edigar Junio pegou a sobra e cruzou; a bola não oferecia nenhum perigo, mas João Pedro resolveu rebater em vez de matar e sair jogando; ela bateu em Zé Roberto e sobrou para Marcelinho, que só teve o trabalho de tirar de Prass para empatar o jogo.

Quatro minutos depois, já com parte do estádio xingando o time, Barrios teve a chance de fazer o terceiro: ele recebeu de Dudu na área, protegeu e bateu um tanto desajeitado; a bola foi na trave e com isso o Joinville conseguiu manter o empate no placar e colocar a bola no chão. Foi a deixa para começar um cai-cai insuportável, um expediente que já não pode mais ser tolerado pelas arbitragens.

O ritmo do jogo foi quebrado inúmeras vezes, e o Palmeiras só conseguiu criar mais um lance de perigo aos 44, em jogada de Egídio, após rápida troca de passes de Dudu e Zé Roberto; o lateral invadiu a área e bateu cruzado, mas Agenor defendeu. Um minuto depois, João Pedro fez boa jogada pela direita e cruzou no segundo pau, mas tão junto, que Zé Roberto não teve confiança para meter a cabeça nela, que saiu lambendo a trave. Os dois times assim foram para o intervalo com o empate.

SEGUNDO TEMPO

Com Alecsandro no lugar de Barrios, o time voltou com uma movimentação melhor, já que o camisa 90 fez o papel que o paraguaio deveria ter feito: de sair da área e abrir espaços. Mas o time continuava insistindo nos balõezinhos e torcendo para a defesa deles cometer um erro em vez de aproveitar as laterais do campo.

Marcelo Oliveira cansou da brincadeira e mandou Rafael Marques para o jogo no lugar de Egídio. Voltamos ao sistema antigo, com dois volantes e três meias; Zé foi para a lateral e Dudu, Gabriel Jesus e Rafael Marques trocaram bastante de posição.

Assim, começou uma enorme pressão do Verdão. Os passes saíam, a defesa deles foi ficando cada vez mais confusa e cansada, e o cheiro de gol era sentido no Allianz Parque. Aos 14, Robinho bateu falta da esquerda, bem fechado; Agenor mais uma vez tirou para a meia-lua e Gabriel Jesus, talvez inspirado em Zé Roberto, enfiou a sapata nela, tentando furar a redede Agenor, mas pegou muito embaixo da bola, que foi parar no setor sul das arquibancadas. E a cera do JEC prosseguia.

De tanto insistir, saiu o gol: Robinho tocou em Alecsandro, que puxou o zagueiro e fez o corta-luz; a bola foi em Dudu, que cruzou de primeira, por baixo, com muita precisão; Gabriel Jesus fechou no segundo pau e só escorou para o gol, fazendo o terceiro.

E como por milagre, acabou a cera do Joinville.

Thiago Santos entrou no lugar do garoto, com cãibras, e fez um excelente trabalho, se aproximando muito do que fazia Gabriel. O Palmeiras se fechou, neutralizou o Joinville e atacava quando achava os espaços. E estava muito mais próximo de ampliar do que de levar o empate.

Aos 31, Robinho bateu falta na área, Rafael Marques subiu mais que a zaga e cabeceou no cantinho, mas Ageneuer fez uma excelente defesa, dando um tapa na bola e mandando a escanteio – todo mundo viu a defesa, menos o cego do juiz que deu tiro de meta.

Aos 35, Zé Roberto cruzou, Alecsandro dividiu e a bola sobrou para Amaral, livre e com o gol aberto, mas o volante conseguiu chutar por cima. Aos 36, mais uma chance de matar o jogo: Zé Roberto correu como o diabo, tabelou com Rafael Marques, o ultrapassou, recebeu de volta, e quando a linha de fundo se aproximava – RUN, FORREST, RUN! – ele rolou pra trás, com a sola, e deixou Rafael em condições claras de arremate, mas ele foi travado por Guti. Zé Roberto ficou caído atrás do gol depois da jogada, e se fosse um infarte não seria de se estranhar, de tanto que o velhinho correu. Mas foi só um choque com a placa.

No final, o Verdão se fechou e o máximo que permitiu ao Joinville foi um arremate com pouco ângulo de Fabrício, que Prass defendeu firme. No final, mais uma vez, deu Verdão.

FIM DE JOGO

A diferença se manteve em doze pontos e voltamos à zona da Libertadores. O Palmeiras, a partir de agora, tem que jogar uma partida por vez, fazer sua parte, jogar todas os jogos como se fossem finais, e esperar pelos tropeços dos outros, a começar pelo jogo no estádio maldito na próxima quarta. Com uma boa dose de sorte, podemos até estar a seis pontos da liderança daqui a exatos sete dias – e se isso acontecer, estaremos com o moral lá em cima, e eles, em queda livre. Não custa nada acreditar. Dezessete rodadas é bastante coisa. VAMOS PALMEIRAS!

Leave a Reply

Your email address will not be published. Required fields are marked *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.