Quase em ritmo de treino atropelamos o Vasco em sua própria casa e assumimos a 3ª colocação na tabela.
O Vasco esse ano não é muito parâmetro e está brigando na parte de baixo da tabela, mas é bom ver o Verdão jogando com consistência e massacrando adversários inferiores tecnicamente, apesar de toda a tradição do Vasco.
Estamos firmes na busca do caneco.
Jogo válido pela 15ª rodada do Brasileirão 2015.
FICHA TÉCNICA
VASCO 1 X 4 PALMEIRAS
ESTÁDIO: São Januário, no Rio de Janeiro (RJ)
DATA/HORA: 26/07/2015 – 18h30 (de Brasília)
ÁRBITRO: Anderson Daronco (RS)
ASSISTENTES: Fabio Pereira (TO) e Rafael da Silva Alves (RS)
RENDA/PÚBLICO: 13.775 pagantes/R$ 348.740,00
CARTÕES AMARELOS: Rodrigo, Dagoberto e Madson (VAS) e Victor Ramos (PAL)
GOLS: Leandro Pereira 3’/1’ºT (0-1), Dudu 17’/1ºT (0-2), Victor Ramos 34’/1ºT (0-3), Leandro Pereira 9’/2ºT (0-4) e Riascos 23’/2ºT (1-4)
VASCO: Martin Silva (Jordi intervalo), Madson, Aislan (Serginho intervalo), Rodrigo e Julio Cesar; Anderson Salles e Guiñazú; Jhon Cley, Andrezinho e Herrera; Dagoberto (Riascos intervalo).TÉCNICO: Celso Roth.
PALMEIRAS: Fernando Prass, Lucas, Victor Ramos, Jackson e Egídio; Gabriel e Arouca; Dudu, Robinho (Cleiton Xavier 30’/2ºT) e Rafael Marques (Cristaldo 15’/2ºT); Leandro Pereira (Lucas Barrios 18’/2ºT). TÉCNICO: Marcelo Oliveira.
Com histórico positivo contra o Vasco, Verdão visita São Januário após três anos
Felipe Krüger
Departamento de Comunicação
25/07/2015 – 13:00h
O clássico entre Palmeiras e Vasco da Gama, que não acontecia desde o segundo semestre de 2012, voltará a ser disputado neste domingo (26), em São Januário, em partida válida pela 15ª rodada do Campeonato Brasileiro. O duelo traz boas recordações ao time palestrino, que mantém retrospecto amplamente favorável: em toda história, as equipes se enfrentaram 122 vezes, com 54 triunfos alviverdes, 38 empates e apenas 30 vitórias vascaínas.
Considerando apenas jogos do Campeonato Brasileiro, a vantagem verde e branca segue absoluta. Foram 49 duelos, com 23 vitórias paulistas, 15 igualdades e 11 partidas vencidas pelos cariocas. No Torneio Rio-São Paulo, segunda competição com mais jogos na história do duelo, foram 30 encontros – 16 triunfos palmeirenses, oito empates e apenas seis derrotas.
O primeiro jogo de Campeonato Brasileiro, em São Januário, entre Palmeiras e Vasco da Gama, como no caso da partida deste domingo (26), foi em março de 1985. Naquela oportunidade, o Verdão levou a melhor e venceu por 1 a 0, com gol de Hélio.
A maior sequência invicta da história do confronto pertence ao Palmeiras. Entre abril de 1951 e março de 1959, o Verdão permaneceu 12 jogos seguidos sem perder para o Vasco. Também é favorável ao Palmeiras a maior série de vitórias consecutivas do duelo – entre março de 1965 e dezembro de 1970 foram nove triunfos seguidos.
Na última partida entre os dois clubes, o goleiro vascaíno era Fernando Prass, que defende o Palmeiras desde o início da temporada 2013 e é um dos principais jogadores do atual elenco. O jogo aconteceu em 2012 e o Vasco da Gama venceu por 3 a 1 – o tento alviverde foi anotado por Luan.
Pós-Jogo
Fonte: Verdazzo
Numa atuação de gala, sobretudo nos primeiros vinte minutos, o Palmeiras massacrou o Vasco em São Januário e, beneficiado por outros resultados da rodada, avançou à terceira posição na tabela – ainda a quatro pontos do líder. Do pelotão de frente, apenas o Atlético-MG e o SPFC venceram, e com isso o Palmeiras ultrapassou, de uma vez só, Grêmio, Fluminense e Sport.
Tão bom quanto o resultado na tabela foi o futebol apresentado pelo Verdão. De forma muito convincente, o time se impôs frente ao Vasco, conseguindo trabalhar melhor a posse de bola, cometendo menos erros e chegando às finalizações diversas vezes. Um time que, se ainda não chega a encher os olhos, já dá plena satisfação em ver.
Primeiro tempo
Aproveitando a escalação arriscadíssima de Celso Roth, que mandou Jhon Cley a campo desfazendo a formação com três volantes, o Palmeiras dominou o meio-campo com facilidade e sufocou o Vasco, fazendo marcação pressão. Com três minutos, saiu o primeiro gol: Gabriel roubou a bola, que ficou com Arouca; rapidamente ele armou uma tabela com Robinho, e a bola foi entregue a Leandro Pereira, que ajeitou e bateu de longe; a bola desviou de leve na zaga e foi no cantinho de Martín Silva, que aceitou.
O ritmo do Palmeiras era alucinante, e o Vasco não conseguia sair de seu campo. O time mantinha a posse de bola até achar os espaços – algo já diferente do que víamos nas partidas anteriores, quando o time buscava os passes mais arriscados em busca do gol. Aos 10, Dudu, como um autêntico meia, distribuiu a Rafael Marques na direita, Robinho encostou, recebeu e cruzou no segundo pau, na cabeça de Leandro Pereira, que mandou na trave direita.
Enquanto o Vasco tentava descobrir qual era a cor da bola, aos 17 o Verdão chegou ao segundo: jogada na direita com Rafael Marques, que passou a Dudu; o camisa 7 inverteu a jogada, tocando para Egídio; o cruzamento foi na direção de Leandro Pereira, que disputou com Martín Silva; o goleiro socou para a meia-lua e caiu enquanto a bola se oferecia para Dudu, que fuzilou, estufando a rede de São Januário.
Aos 20, mais Verdão: Victor Ramos até que acertou um lançamento, e foi preciso; Leandro Pereiradominou no bico da grande área e bateu, para fora. Foi o último lance da enorme pressão do Palmeiras, que diminuiu o ritmo, até em busca de algum fôlego. Com o adversário atônito, não foi difícil descansar sem correr riscos – e ainda ganhamos um gol de presente: Egídio bateu falta da esquerda; Martín Silva, sem ritmo após ficar um tempo parado por contusão, passou em branco e a bola bateu na canela de Aislan, ficando no jeito para Victor Ramos tocar para o gol vazio, aumentando o placar.
Aos 40, a única chance do Vasco, num lance fortuito: Gabriel rachou a bola no meio, que acabou espirrando para trás e caiu no pé de Herrera, já avançado; sem impedimento, ele avançou em direção a Fernando Prass, driblou o goleiro, parou a bola e ficou apenas com Jackson entre ele e o gol; bateu forte e… a bola explodiu no travessão. Que noite, senhores! Todos os presentes, inclusive os jogadores, precisaram de cinco minutos para se refazerem do lance, e com isso o primeiro tempo acabou.
Segundo tempo
Celso Roth queimou todas as substituições no intervalo: trocou o goleiro – Martín Silva não tinha clima para permanecer em campo; e ainda tirou Aislan, para a entrada de Serginho – Anderson Salles foi para a zaga – e ainda trocou Dagoberto, amarelado, por Riascos. E logo no primeiro lance perto da área, um susto: Victor Ramos escorregou, a bola sobrou para Herrera que, de frente para Fernando Prass, chutou mal, facilitando a defesa de nosso arqueiro.
Aos seis, Egídio roubou no meio-campo e armou o contra-ataque; rapidamente passou a Rafael Marques que ligou a Leandro pereira; aconteceu o desarme e a bola voltou para Rafael Marques, que esticou para Robinho, na cara de Jordi, que saiu bem e fechou o ângulo, abafando a conclusão.
Três minutos depois, o qurto gol: falta pela esquerda, Rafael Marques se deslocou sem marcação na esquerda e Egídio bateu rápido; o camisa 19 tentou o centro mas a bola desviou na zaga, se oferecendo para Robinho, que fez lindo giro e levantou para o segundo pau onde Leandro Pereira se colocou para cabecear firme no canto de Jordi. Um chocolate no Rio de Janeiro, mandando parte da torcida do Vasco para casa.
O jogo já não tinha mais tática, era apenas o embate entre dois times, em que um tinha muita organização e aplicação tática, contra outro em que só havia vontade. Marcelo Oliveira netão fez um teste, mandando Cristaldo a campo no lugar de Rafael Marques, para ver como o argentino se portaria caindo pelos cantos. Logo depois, trocou o artilheiro da noite, Leandro Pereira, por Lucas Barrios.
Aos 22, Cristaldo mostrou que pode, sim, ser mais uma boa opção para jogar aberto, ao armar uma bela jogada e servir Gabriel, que bateu com muita força; a bola parecia ter o endereço, mas explodiu na zaga. Um minuto depois, o Vasco marcou seu gol de honra com Riascos, aproveitando um vacilo de Egídio: ele se deslocou sem marcação pela direita de seu ataque e recebeu o passe de Serginho; dominou e bateu na saída de Fernando Prass, diminuindo o placar.
O Vasco se animou um pouco com o gol e deu mais espaços para o Palmeiras, mas o time, com o setor de ataque desmontado, não aproveitava – sobretudo quando Robinho saiu para a entrada de Cleiton Xavier. Mesmo assim, Dudu teve uma boa chance de fazer o quinto, ao emendar de calcanhar uma bola que estava viva na pequena área do Vasco – Jordi conseguiu a defesa.
Aos 33, uma pintura de Egídio: ele cortou o ataque vascaíno no campo de defesa e arrancou; parecia o Cesar Sampaio deixando os marcadores para trás até invadir a área, mas um segundo antes de tentar a finalização, tendo apenas Jordi pela frente, sofreu o corte preciso de Rodrigo, que se esticou por trás e mandou a escanteio. Aos 39, Cristaldo fez ótima jogada pela esquerda e serviu Barrios que, em condição legal, tentou seu primeiro gol com a camisa do verdão, mas Jordi defendeu – e o bandeirinha errou marcando impedimento.
Ainda tivemos tempo para uma tentativa de cada lado, nenhuma com muito perigo: Egídio mais uma vez vacilou na marcação e Riascos teve a chance, mas tinha pouco ângulo e Prass mandou a escanteio. Um minuto dpeois, Dudu fez jogada individual e bateu forte de fora, mas Jordi pegou firme. E assim acabou o jogo que nos recolocou no G4, desta vez sem risco de perder a posição ao fim da rodada.
Fim de jogo
Se a memória não falha, desde 2011, quando batemos o Avaí no Canindé por 5 a 0, não fechávamos uma rodada no G4. É muito tempo. E a única maneira de chegar a esta posição no campeonato (descontando as cinco rodadas iniciais, onde há desvios estatísticos) é jogando bem, com consistência. O feito fica mais relevante ainda levando-se em conta que o time teve um início muito ruim, e que reagiu com bastante força, chegando de vez na briga bem antes do fim do primeiro turno.
Melhor ainda: o time segue evoluindo taticamente, e deve ficar melhor ainda: esta semana será mais uma que Marcelo poderá trabalhar a parte tática, já que o próximo confronto acontece só no domingo, contra o Atlético-PR. Mais uma vez, devemos ter casa cheia no Allianz Parque. E já estamos contando os minutos. VAMOS PALMEIRAS!