(Foto: Chico Ferreira/Futura Press)
Pela primeira vez no campeonato engatamos 3 vitórias seguidas. Os pontos conquistados hoje diminuem para 5 a diferença para o líder. Estamos no páreo.
Abrimos o marcador logo no começo do jogo e no final do primeiro tempo ampliamos. Durante o segundo apenas administramos o resultado sem sustos. Vitória inquestionável.
Jogo válido pela 11ª rodada do Brasileirão 2015.
FICHA TÉCNICA
Local: Arena Pantanal, Cuiabá (MT)
Data: 05/07/2015, domingo
Horário: 18h30 (de Brasília)
Público: 11.074 pagantes
Renda: R$ 800.370,00
Árbitro: Vinicius Gonçalves Dias Araújo (SP)
Assistentes: Vicente Romano Neto (SP) e Alex Alexandrino (SP)
Cartões amarelos: Lucas, Victor Ramos e Dudu (Palmeiras); Cesinha, Vitor Xavier e Pablo (Ponte Preta)
Gols: Dudu, aos 8 e aos 39 minutos do primeiro tempo
Ponte Preta: Marcelo Lomba; Rodinei, Renato Chaves, Pablo e Gilson; Juninho, Vitor Xavier e Paulinho (Leandrinho); Felipe Azevedo, Roni (Biro Biro) e Cesinha (Diego Oliveira)
Técnico: Guto Ferreira
Palmeiras: Fernando Prass; Lucas, Victor Ramos, Vitor Hugo e Egídio; Gabriel e Arouca; Rafael Marques (Cleiton Xavier), Robinho (Zé Roberto) e Dudu; Leandro Pereira (Cristaldo)
Técnico: Marcelo Oliveira
Pós-Jogo
Fonte: Verdazzo
Embalamos de vez. Jogando em Cuiabá, o Verdão venceu a terceira seguida, repetindo a receita dos jogos anteriores, e chegou à sétima posição na tabela. A diferença para o líder, que chegou a ser de nove pontos, agora é de apenas cinco, e já podemos dizer que estamos de volta no bolo.
Além das circunstâncias do jogo – adversário seriamente desfalcado e jogo em campo “neutro”, com torcida 99% nossa – o Palmeiras teve a tarefa facilitada por ter chegado ao gol logo no início, quebrando o plano de jogo do time campineiro. Em noites inspiradas de Rafael Marques e Dudu, o time construiu a vantagem e depois apenas administrou, dosando as energias. Missão cumprida.
Primeiro tempo
Logo a dois minutos, um susto: Gilson lançou Cesinha pela esquerda, nas costas de Lucas; o atacante fez um cruzamento por baixo, primoroso, mas Felipe Azevedo escorou para fora de dentro da pequena área, perdendo gol feito. Egídio dormiu na marcação.
Passado o susto, o Palmeiras acordou e jogou o mesmo futebol das últimas duas partidas, com intensa troca de passes e muita movimentação com a bola nos pés; e marcação implacável sem a posse, com duas linhas de marcação bem próximas, reduzindo os espaços. Dessa forma, aos oito o time chegou ao primeiro gol: a jogada começou com Dudu, que distribuiu o jogo para a esquerda, para a passagem de Egídio, que cruzou; Rudinei rebateu e o próprio Dudu pegou a sobra, cabeceando para o meio da área; Gilson rebateu mais uma vez e a bola caiu no pé de Rafael Marques, que enxergou Dudu se projetando no segundo pau por trás da zaga e fez um lindo passe para o camisa 7 apenas escorar para o gol.
Sem Josimar, Fernando Bob, Renato Cajá e Biro Biro, o time da Ponte tinha sérios problemas para encaixar seu jogo, e se limitava a dar bicões buscando a dupla de frente, sobretudo Cesinha. Com os Vitor’s inspirados, sobretudo Victor Ramos, nossa defesa era uma parede e recuperava a bola sem maiores problemas, e assim o Palmeiras controlou o jogo, valorizando a posse de bola e construindo os ataques com toda a paciência.
Leandro Pereira não jogou tão enfiado na área quanto nas partidas anteriores e voltou a apresentar as mesmas deficiências do esquema do Oswaldo. Sem ter a referência no ataque, o domínio do Palmeiras não era traduzido em oportunidade de gols – o lance seguinte só aconteceu aos 39 – e foi para as redes: Leandro Pereira brigou pela bola na intermediária, a bola sobrou para Rafael Marques que avançou pela direita, enxergou Dudu fechando pelo meio e rolou; de frente para Marcelo Lomba o camisa 7 não perdoou e aumentou o placar.
Segundo tempo
Robinho, bastante apagado, deu lugar a Zé Roberto no intervalo, mas a postura do time era clara: seguir controlando o jogo, dosando as energias diante de um adversário aparentemente inofensivo. Mas a Ponte Preta voltou diferente, disposta a reverter o placar, e o jogo poderia ter se complicado não fosse a pontaria ruim do adversário, que conseguiu uma série de finalizações; algumas bem cercadas pela defesa, outras realmente perigosas. Aos cinco, a primeira: depois de boa troca de passes, Paulinho recebeu na frente da área e girou rápido, batendo cruzado, para boa defesa de Prass.
Aos 11, Felipe Azevedo entrou driblando, aos trancos e barrancos, e mesmo cercado por três conseguiu o arremate, para fora – se fosse na direção do gol, fatalmente seria travado. Aos 14, depois de boa trama pelo lado esquerdo, Rafael Marques foi acionado, ele rolou para Dudu que bateu de fora – a bola saiu à direita de Lomba.
Cristaldo veio para o jogo aos 15, no lugar de Leandro Pereira. Guto Ferreira mandou Leandrinho a campo, e o garoto entrou muito bem, infernizando nosso lado esquerdo. A Ponte passou a dominar o jogo, enquanto o Palmeiras só cercava, com destaque para as atuações de Gabriel e da dupla de zaga, muito firmes. O cerco piorou aos 29, com a entrada de Biro-Biro no lugar de Roni.
Aos 31, um erro individual de Arouca quase complicou o Verdão: ele se desequilibrou e perdeu para Rudinei, que entregou para Felipe Azevedo, que por sua vez armou uma tabela com Leandrinho e recebeu de volta, para servir Biro-Biro, que perdeu gol feito na cara de Prass.
O lance serviu para acordar o Verdão, que voltou a pegar firme na marcação e só voltou a ser incomodado aos 37, numa saída toda errada de Fernando Prass, lembrando as maluquices do Marcão. Nossa zaga aliviou e a partir daí o jogo acabou – o Palmeiras foi quem criou chances, já que a Ponte decidiu se lançar toda à frente, abrindo para o contra-ataque. Num deles, Dudu chegou a driblar Lomba, mas ficou sem ângulo e bateu na rede, por fora. Cristaldo também teve sua chance aos 44, depois de ótima arrancada de Dudu pela esquerda – Lomba rebateu e o próprio Churry tentou puxar para o gol, mas bateu por cima – e ficamos nisso.
Fim de jogo
Frente a um adversário valente, mas bastante enfraquecido, o Palmeiras construiu a vantagem e administrou. Vitória indiscutível – a terceira seguida sem tomar gols, alcançando o posto de melhor defesa do campeonato – e a ponta da tabela já está novamente no horizonte. Passo a passo, desde que façamos nossa parte, chegaremos naturalmente a nosso lugar, já que poucos adversários mostram consistência. Hoje, além do Verdão, apenas os três líderes parecem ter essa força, mas num campeonato longo em que os times sofrerão muitas baixas, Palmeiras e Galo parecem ser os times mais preparados para aguentar as 27 rodadas que ainda temos pela frente. Azar nosso, que deixamos de vencê-los na abertura do campeonato, frente ao time reserva deles em nossa casa.
A evolução, todos sabem, vem passo a passo, e o próximo é o Avaí, no Allianz Parque, na próxima quarta às 21h. Mais um jogo para lotar o estádio e exercer a superioridade, na intensidade que o jogo exigir. O teste em Cuiabá foi um sucesso, e o Palmeiras mostrou que sabe controlar um adversário inferior quando sai na frente. Que continue nessa pegada. VAMOS PALMEIRAS!